Argonautas I escrita por Argonautas


Capítulo 21
Eduardo Carvalho




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Sou Eduardo Carvalho, tenho 15 anos, sou filho de Deméter. Eu descobri ser semideus no inverno do ano passado. Estava uma noite linda e de lua clara. Eu havia acabado de chegar à Nova York com meu pai e era a primeira vez que nós havíamos viajado para outro país. Estava perdido em meus pensamentos quando ouvi o comandante dizendo que iríamos pousar em menos de 5 minutos. Quando chegamos ao aeroporto já estava tarde, eram exatas 00h45min.

Pegamos um táxi e fomos direto para o Hotel. Meu pai pegou a chave do quarto, enquanto um cara carregava nossas malas. Ele me olhava de um jeito estranho e isso me deixou muito assustado. Ao entrarmos no quarto, aquele homem continuou nos encarando e não permitiu que meu pai fecha-se a porta. De repente ele olhou para mim e falou com uma voz estranha, como se ele fosse três seres dentro de um só corpo.

– Tomara que o recepcionem bem no tártaro, semideus maldito!!

Ele começou a ficar em carne viva e despedaçando. Fiquei assustado sem conseguir reagir. Cobri os olhos, pois ele emanava uma luz poderosa e quando olhei novamente no lugar de um homem comum eu encontrei um monstro de pelo menos dois metros de da cabeça à cauda. Quer dizer... Dá cabeça do MEIO até a cauda. Sim... Aquela criatura, se me lembro pelo que estudei de mitologia era a quimera, um monstro pavoroso e sedento de sangue. Ele tinha corpo e a cabeça do meio de leão. A da direita era de cabra e da esquerda de dragão. De suas costas pendiam um enorme par de asas cobertas de escamas. Tinha um pelo brilhante, liso e louro-escuro. A besta-fera tinha uma cauda longa e também escamosa e que eu tinha certeza, que com uma única chicoteada eu poderia até ficar em coma.

Fiquei com muito medo principalmente quando ela pulou em minha direção. Imediatamente agachei-me e a fera passou por cima de mim. Levantei novamente e saí correndo do quarto desci as escadas o mais rápido que pude e ao chegar lá embaixo vi que a quimera já estava quase me alcançando corri e fiquei encurralado em uma parede com a quimera cara-a-cara comigo. Assim que ela abriu a boca preparando o jato de fogo peguei o extintor de incêndio e atirei-o em sua garganta deixando o monstro temporariamente confuso e engasgado. Consegui escapar do hotel e estava na rua. Quando o ser me alcançou eu estava cansado e ofegante. Todas as pessoas saíram correndo ao ver a quimera. Não sei qual o problema delas porque saiam gritando: "LEÃÃÃÃÃÃÃO! FUJAM!". O monstro pulou em minha direção estava novamente encurralado. Levantei as mãos para não ver e quando olhei novamente percebi que havia árvores circundando a fera. Na hora descobri que aquele era um carvalho e não sei o porquê disso, pois sempre gostei de plantas, mas nunca parei pra estudar profundamente e muito menos pra saber o nome de cada espécie. Afastei-me do monstro e percebi que estavam brotando plantas do chão com o movimento de minhas mãos. A quimera tentou cuspir mais fogo, porém uma parede de plantas rompeu o asfalto e pegou fogo em meu lugar. Pensei em um modo de amarra-lo. Cipós começaram a subir do asfalto e agarrar o monstro. Pensei em uma planta tóxica, e uma brotou no asfalto ao meu lado, agarrei-a e pulei no monstro. Cai em cima de suas costas e esfreguei as folhas nos olhos da cabeça de leão.

Ele ficou pulando e se balançando. Caí dele e invoquei flores que sabia que causa intoxicação. Invoquei copos de leite, comigo-ninguém-pode, tinhorão, taioba-brava, mais jequiriti entre outras flores. A quimera continuava gritando por conta de suas córneas que estavam queimando. Joguei as ervas em sua boca e o forcei a engolir pulando novamente em cima de suas costas e prendendo sua boca com cipós ele começou a se desfazer em cinzas depois disso cai no chão desmaiado.

Quando acordei estava em um lugar estranho que achei que era uma enfermaria. Um homem barbudo e com bunda de cavalo apareceu. Quer dizer com pernas de cavalo. O resto era de homem. Seu nome era Quíron e junto dele havia um menino com pernas de bode. Eles me explicaram que eu estava no acampamento meio sangue. Eles me explicaram tudo e no outro dia fui reclamado e fui determinado ao chalé quatro, o de Deméter.


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