Somebody That I Used To Know escrita por Luke Lupin


Capítulo 6
“Mas eis que chega a roda-viva E carrega a saudade pra lá”


Notas iniciais do capítulo

Roda Viva - Chico Buarque



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Seu sono naquela manhã de sábado só foi interrompido porque Henry ouviu o barulho de chaves em sua porta, significando apenas uma coisa: Marie. Mesmo com a injeção de ânimo com a conclusão, o garoto demorou a se levantar.

— Vamos acordando, vamos acordando que o dia está quase acabando e é sábado. – Era a voz de Thiago que invadia os corredores do apartamento, ultrapassava a porta fechada e vinha ter destino nos ouvidos de Henry, que não conseguiu reprimir um sorriso, mas mesmo assim fingiu que estava dormindo.

Abrindo a porta sem fazer nenhum esforço para ocultar o barulho, Thiago pulou (literalmente pulou) em cima de Henry e começou a socar seu irmão, obrigando-o a acordar de uma vez.

— Bom dia pra você também, Ago. – Falou, entre risos e falta de ar, para seu irmão, jogando toda sua força sobre o outro, para tirá-lo de cima, e tomando a dianteira nos socos. – Cara, tava com saudades. – Declarou Henry, parando de socá-lo e abraçando-o, recebendo o cumprimento de volta.

— E eu não ganho um abraço também? – Uma voz feminina invadia o quarto escuro, Marie entrava e sorria com felicidade, vestia uma roupa casual, jeans, camiseta branca e lisa, sandálias, tão diferente do normal que Henry até se surpreendeu.

— Claro que sim. – E então correu para abraçá-la, recebendo um beijo na testa logo após. – Mas é sério que vocês me acordaram a essa hora? São o quê? 10 horas?

— Sim, dez horas da manhã, olha que perfeito é ver seu lindo irmão logo que acorda. Agora vamos, se arruma logo, que to morrendo de fome. A mãe disse que vai nos levar para comer na padaria e depois vamos fazer alguma coisa, pra passar o tempo junto.

Sem conseguir controlar sua felicidade, Henry fez que sim com a cabeça e foi se arrumar. Vestiu tão normal quanto sempre, arrumou sua cama, seu cabelo (ou seja, passou a mão e jogou a franja para o lado), colocou o quarto em ordem e checou o celular, tinha uma mensagem de Billie.

Billie: vamos ao parque hoje à tarde? Tá um dia lindo e eu mereço te ver sem ser naquele monte de coisa reagindo.

Henry: não vai dar, Rose, minha mãe e meu irmão apareceram aqui em casa e vamos sair para matar a saudade e tals... Mas eu posso perguntar para eles se você pode ir, se quiser.

— Quem é Billie, hein? – Thiago surgia atrás de Henry, pegando-o verdadeiramente de surpresa.

— Sua capacidade de aparatar atrás de mim é tão incrível quanto a dela, Ago, sério. Ela é uma amiga minha...

— Amiga que quer te ver fora da escola, claro. Ela beija bem?

— E isso são coisas que se pergunta, Thiago? Pelo amor de Deus. – Marie aparecia no quarto para ver porque os dois estavam demorando tanto para sair, o elevador já estava no andar, a porta aberta, os óculos na testa e as chaves do carro na mão. – Vamos logo que eu mereço vitamina D na minha pele antes do meio-dia.

— Para todos os efeitos a resposta é sim. – Disse, simplesmente, Henry, enquanto lia a nova mensagem que recebia.

Billie: OMG, NÃO! OBRIGADO! Realmente passo a ideia de ter que encarar sua mãe e irmão com meu cabelo azul, pelo menos por agora. Bom dia, sweetie.

Henry: Sobre o cabelo já é tarde demais, Thiago já viu sua foto no meu celular, te chamou de “gatinha” e disse que tem “cabelo muito louco”; minha mãe perguntou como você faz pra manter a cor, porque não imagina como faz.

Billie: Diga para ela que tenho muita paciência. Agora larga esse celular e vai curtir sua família que você nunca vê. YOU LISTEN TO ME, HENRY FRITZ, YOU LISTEN TO ME RIGHT NOW.

Henry: Você é genial, cara, genial. (Larguei) X.

Desceram, foram para o carro, saíram.

Era de costume, em qualquer utilização do carro da Família Fritz em que estavam todos os membros dela, ligar o rádio no último volume, fechar os vidros dos carros e cantar, mesmo que nem sempre soubessem a letra da música em questão; tal tradição vinha desde antes da morte do pai de Henry, na verdade, a ideia era dele, uma tradição que faziam questão de manter.

Saíram do estacionamento e, enquanto pegavam uma avenida paralela à rua que moravam, uma música em especial começou a tocar, aquele tipo de música que a primeira nota entoada é reconhecida por todos, ou todos que deveriam reconhecê-la, pelo menos. Em uníssono e em alto e bom som, os três começaram a cantar, seguindo cada ritmo, cada pausa, sentindo cada momento.

Hold me closer one more time,

Say that you love me in your last goodbye,

Please forgive me for my sins,

Yes, I swam dirty waters,

But you pushed me in,

I've seen your face under every sky,

Over every border and on every line,

You know my heart more than I do,

We were the greatest, me and you

E cantaram até o final da música, e continuaram cantando todas as outras que vieram, até que chegaram ao primeiro destino, sendo obrigados a parar.

A família desceu do carro e foi para a padaria. Henry nunca tinha ido lá, e com certeza seu irmão também não, mas Marie pareceu bem íntima do local. Entraram e subiram para o segundo andar, que era onde serviam o café da manhã até às onze e meia, escolheram uma mesa e se acomodaram, depois foram se servir.

Gastaram pouco tempo lá dentro, primeiramente porque não tinham muito tempo para ficar (afinal, o local pararia de funcionar em pouco tempo), e segundo porque Marie queria levá-los a um parque e depois almoçar no shopping, de noite Thiago voltaria para sua casa, Henry seria deixado em casa e ela retornaria para seu hotel perto de onde trabalhava.

Saíram e pegaram o carro de novo, dessa vez quem dirigiu foi Thiago, Marie sentada ao seu lado, como um guia pela cidade desconhecida e Henry no bando de trás, olhando pela janela e tentando se lembrar de quanto tempo fazia desde que os três tivessem entrado no carro juntos, para irem ao mesmo lugar. Fora o trânsito e motoristas que não sabem aproveitar o domingo, foi engraçado ver seu irmão dirigir, principalmente porque ele deixava sua mãe desesperada com as brincadeiras propositais.

Já no parque, depois de muita luta para encontrar uma vaga no estacionamento, e outra luta para fazer com que o modo de estacionar agradasse a senhora Perfeição, personificada na figura humana de Marie, Henry e Thiago foram alugar bicicletas, enquanto a mãe iria caminhas pelo parque, queria ver se tirava umas fotos, estava com saudades de seu hobbie.

Os irmãos alugaram as bicicletas por duas horas, e antes que fossem formalmente permitidos de sair andando com elas, praticamente apostaram corrida. A vida daqueles dois sempre fora uma eterna competição fraternal. Os dois percorreram, fácil, duas voltas completas no parque, antes que um deles (Thiago) quisesse parar para tomar água e descansar as pernas.

— Como você é velho, Ago.

— O tempo em que eu tive sua idade já se foi, Henry. Mas se eu ainda tivesse quinze anos, nossa, você não me vencia de jeito maneira.

— Eu te venceria engatinhando, cara, para de mimimi aí, vai. E vamos logo com esse “descanso” que não deve ter passado nem uma hora, ainda.

Relutante, Thiago se levantou e montou na bicicleta, começou a pedalar e seguiu a ciclovia, Henry foi logo atrás. Agora os dois não estavam mais apostando, apenas curtiam o pedalar, sentiam a brisa, ouviam os pássaros e aproveitavam a irradiação solar. O celular de Henry vibrou.

Número desconhecido: Cola aqui na lanchonete do parque, perto do portão 7.

Meio assustado com a velocidade que seu coração passou a bater, depois que leu essa mensagem, Henry gritou para Thiago que já voltava, deu meia volta e foi até onde a mensagem lhe dizia. Só quando chegou e parou sua bicicleta perto de um banco, depois sentou-se nele, que Henry viu o real perigo de seguir aquela mensagem.

— E aí, cara. – Sussurrou uma voz, conhecida, no ouvido de Henry. Não foi necessário virar para ter certeza de quem era, afinal a tal voz acabava de lhe dar um beijo na bochecha e pulava o banco para se sentar.

— E aí, Pedro. – Cumprimentou Henry, estendendo uma mão, e depois encarando o garoto. – Talvez eu me arrependa de perguntar, mas, como é que você tem meu celular?

— Um mágico nunca revela seus segredos. – Piscou com um olho e sorriu de lado. – Mas então, o que faz aqui, nessa manhã de sábado ensolarado?

— Tava andando de bicicleta até receber uma mensagem de um maníaco anônimo me mandando vir para cá, daí vim, porque curto ser vida louca. E você?

— Tava andando de skate com uns amigos meus, daí vi dois desesperados andando de bicicleta e identifiquei um deles. Te chamei aqui porque preciso trocar uma ideia. – O olhar concentrado de Henry fez com que Pedro continuasse sem esperar uma resposta. – Quero que você me apresente uma mina da sua sala. – Antes de responder, Henry estudou rapidamente a expressão de Pedro e contraiu um sorriso. Passaram pelos olhos de seu amigo duas coisas raras de se passarem: vergonha e insegurança.

— Não vou te apresentar a Larissa, Pedro. – O outro ficou sem expressão, semiabriu a boca, arregalou um pouco os olhos e apenas encarou o outro, incrédulo. – Ou melhor, Rudolph.

— Como é que... é... ahn?

— Você deve achar que é uma pessoa bem controlada com suas emoções, né, Pedro? Por ser assim, todo “foda-se pego quem eu quero”, só que na verdade não. Você é uma pessoa bem aberta pra essas coisas e seus olhares são bem certeiros quando você tá com interesse em alguém. Unir isso a uma pessoa que gosta de observar, ou seja, eu, é ter a resposta para a sua quase pergunta.

— Tá. – Respondeu Pedro, com o olhar vidrado e seu cérebro tentando se recolocar no lugar, para que pudesse continuar a conversa normalmente. – E por que não?

— Embora suas emoções sejam sinceras, digamos que não sei se confio em você 100% para te apresentar para ela, pelo menos não agora... Desculpe, mas sou amigo dos dois.

— Mas, tipo, não pode apresentar pra gente ser só amigo e depois... se rolar algo, assim, quem sabe...

— Pedro, Larissa não é como as meninas que você pegava na balada, cara. Ela não fica com qualquer um nem por qualquer motivo, se você for se aproximar dela como amigo, será como amigo, se quiser ficar com ela terá que mudar esse seu perfil pegador aí.

— Mas... assim... com ela é diferente... Tipo, não sei se gosto dela, mas não quero conhecê-la só pra ficar e depois largar, tipo como faço com as mina nas balada... Eu não digo que a amo, porque só amei uma menina na minha vida e só me fodi com isso, sem contar que eu nem a conheço direito, por isso queria que você me apresentasse e tals. Cara, você sabe que eu sou gente boa.

O jeito que Pedro falava diferia completamente da imagem que ele sempre passara para o mundo. Agora, a sinceridade em sua voz era pura, não estava jogando nenhuma cantada ou querendo sair na melhor, estava realmente se abrindo e pedindo ajuda, porque queria mudar e tentava demonstrar isso, mas os olhos azuis de Henry sempre pareciam mais intimidadores que o comum.

— Se eu não soubesse com o que estou lidando, acharia que estava tentando me manipular, mas você não é disso. Bom, te apresento a Larissa e deixo você se virar depois, se vocês se envolverem e ela sair chorando exclusivamente por sua causa, porque você ficou com outra ou qualquer coisa do tipo, considere nossa amizade acabada.

— Caralho, Henry, tu é muito foda. – Gritou Pedro, abraçando o outro com força. – Juro que não vou ser filho da puta. Nossa, cara, vou ficar te devendo mais uma. Obrigado, de verdade, obrigado. Agora, mals, mas eu tenho que ir porque os moleques estão me esperando. Falou, cara. – E saiu de skate, pela rua, desviando das pessoas como se o vento guiasse seus pés.

Henry se levantou e montou novamente na bicicleta, pegou a ciclovia e voltou o mais rápido que pôde para seu caminho, torcendo encontrar Thiago sem muito esforço, no final, conseguiu. Encontrou seu irmão de baixo de uma árvore, sentado, encostando-se ao tronco e de olhos fechados. Nunca pareceu tão relaxado. Henry resolveu deixar seu irmão ali, enquanto continuava a andar de bicicleta, para ver se encontrava sua mãe. De acordo com o que se lembrava, ela gostava de tirar fotos de duas coisas: pessoas e animais, ambos em seu estado natural, sem pose, sem montar cenário ou qualquer preparação prévia, logo, ela tinha que estar em algum lugar com bastante gente.

O garoto não conhecia aquele parque muito bem, talvez só tivesse ido para lá uma única vez, além daquela, e, portanto, não tinha como saber onde encontrar um lugar como aquele que sua mãe desejaria. Uniu o útil ao agradável e foi conhecer o parque enquanto procurava pelo que precisava. Para isso, deixou sua bicicleta com seu irmão e foi andando, tinha se cansado de pedalar.

Henry caminhou contra o sentido que a maioria das pessoas vinham, porque aquele sempre fora seu costume, gostava de observar por quem estava passando mais do que gostava de acompanhá-los. A maioria das pessoas que frequentavam o parque naquela hora ou corriam ou andavam de bicicleta, poucos faziam outra coisa. Uns liam, outros ouviam música, outros se beijavam, alguns andavam de patins, alguns de skate. Observar aquele lugar era curioso. Pessoas de todos os tipos, cores de cabelo, tons de pele, portes físicos, quase nenhum chamava a atenção, todos eram diferentemente do mesmo jeito. Podiam não combinar se vistos um por um, mas formavam o conjunto mais clichê de todos, indiretamente seguiam padrões. “Um dia, quem sabe, nem todos tentarão ser igualmente diferentes uns do outros.” Dentre as poucas coisas que realmente chamaram a atenção de Henry, estava um garoto, que devia ter no máximo dezessete anos, com cabelo branco, um alargador na orelha esquerda, um piercing no canto direito do lábio inferior, vestia regata branca e jeans, estava com patins nos pés e bebia algum isotônico. Encarou-o e foi encarado de volta por alguns segundos, sorrio quando parou de olhar.

Andou por alguns quilômetros até que chegou a um grande campo aberto, ocupado por grupos de pessoas que se distanciavam uma das outras aleatoriamente, preenchendo todo espaço quase que de forma uniforme, ali era, sem dúvidas, o lugar que estava procurando. Tomou uma visão geral do local para ver se encontrava sua mãe, encontrou. Uma mulher meio alta, cabelos castanho escuro, branca, brilhando sob a luz do sul, sorrindo enquanto fotografava. O menino foi obrigado a sorrir. Já tinha se acostumado a ficar sem a mãe por tanto tempo e agora não se importava mais, mas sempre que a via ficava daquele jeito, meio bobo, sem saber o que fazer para mostrar que estava com saudades. Caminhou até ela e a abraçou por trás, deu um beijo em sua bochecha e sorriu para a foto que Marie resolveu tirar.

— Há quanto tempo não tiramos uma foto juntos? – perguntou a mãe, mostrando a foto que tinha acabado de tirar para o filho.

— Essa é uma ótima pergunta. – Respondeu Henry, pegando a máquina fotográfica para observar como a foto tinha saído. “Incrível como elas sempre saem boas”. Passou o dedo na tela, para limpar uma sujeira, incrivelmente era o local que se encontrava o rosto de Marie. – Você sabe que eu sinto saudades, não é? – Comentou enquanto devolvia a câmera e a encarava, seus olhos azuis sempre pareciam intimidadores.

— Eu sei. Eu também sinto saudades de você. Mas não tenho muito o que fazer... Desculpe.

— Não precisa se desculpar, mãe, eu entendo seus motivos, você sabe disso. – Então abraçou-a novamente, porém dessa vez de frente e mais forte. Ele realmente sentia falta dela. Os dois se sentaram e Henry deitou em sua mãe, ela começou a mexer em seu cabelo, ele apenas fechou os olhos. “Clichê, mas não nego que sinto falta.”

— Quando estava pensando em me contar sobre a Billie?

— When I knew for sure.

— You never start something without knowing, sweetie. – Então se encararam por um tempo, Marie sorriu e passou a mão pelo rosto do filho, segurou por um tempo o queixo, depois soltou. – Vamos encontrar seu irmão, estou com fome. – Os dois se levantaram e Henry levou-os até seu irmão, que não tinha se movido um centímetro. Pelo menos as duas bicicletas ainda estavam ali.

Thiago foi acordado gentilmente por um chute de Henry, os dois levaram as bicicletas de volta enquanto Marie se dirigia para o estacionamento para pegar o carro, depois de pegá-los, seguiram para o shopping, coincidência, talvez, mas o mesmo que Henry tinha estado com Billie a semana anterior, seguiram direto para a praça de alimentação.

Marie almoçou “comida de verdade” enquanto Henry e Thiago comeram fast-food, como sempre era, pelo menos, desta vez, Marie não soltou um discurso sobre o quanto aquele tipo de comida não é saudável, até porque queria evitar brigas.

— Tenho uma coisa pra falar pra vocês. – Começou Marie, enquanto colocava uma garfada de arroz com feijão na boca.

Bom, para todos os efeitos Marie não falava muito, ou, pelo menos, não mais que o necessário (um aviso, uma bronca, um conselho, enfim), não estava sempre falando, e sempre fora daquele jeito, mesmo quando o pai de Henry ainda era vivo, era só o jeito dela; logo, quando ela dizia que tinha algo pra falar, era importante.

— Estou saindo com um cara. – Henry parou de mastigar e Thiago deixou uma batata cair, os dois encararam a mãe com os olhos um pouco arregalados. – A gente se vê desde o começo do ano... Ele diz que gosta de mim, eu não nego que gosto dele, mas digamos que ainda não é nada sério.

— Com quatro meses nem tinha como ser. – Comentou Thiago, pegando a batatinha de novo e colocando-a na boca. – Mas sortudo é o cara, me avise se ele fizer algo de errado que eu venho até aqui pra dar um jeito dele.

— Fico feliz, mãe. Sabe, você mesmo fala que não devemos parar de ter vida social por causa do trabalho ou escola e sempre achei que você fazia isso, ainda bem que deu chance para alguém. Eu vou querer conhecê-lo, aliás.

— Quando tudo ficar mais sério, quem sabe.

Todos terminaram de comer e foram dar uma volta pelo shopping, porque ainda estava cedo para irem embora. Thiago comprou três camisas, um shorts e um tênis afinal “estava precisando muito”, Henry comprou livros e um caderno e Marie só pagou. Não demoraram muito mais tempo no shopping, não tinham mais o que fazer, mesmo que Henry não quisesse ir embora, porque significava se despedir de seu irmão e mãe.

Entraram no carro e seguiram o caminho de volta para casa, onde Marie deixaria Henry, depois iria para rodoviária e então seguiria para ficar mais perto de seu trabalho. Por mais que Henry desejasse que as músicas durassem mais tempo e que os semáforos ficassem fechados e nunca abrissem, sua casa chegou bem mais rápido que imaginava, se despediu de sua mãe com um beijo e de seu irmão com um aperto de mão, disse que esperava que voltassem logo. Saiu do carro e seguiu para seu prédio, pensando o quão bom é matar a saudade.


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Notas finais do capítulo

Mil desculpas pela demora, segundo semestre escolar nunca foi tão infernal...
De presente de natal, uma capa feita pela minha amiga ;)
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