A Historia De Kimberly Jackson escrita por Gih Bispo


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora amores!



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Desapareci do mundo por uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro. Naquela noite, quando liguei a lancha e sai em disparada, parei na primeira ilha que avistei, desci, e não parecia exatamente uma ilha e sim uma pequena cidade, estava exausta e não consigo ver nada naquela escuridão, arrumei um cantinho para mim e adormeci.

Acordei junto com o sol e caminhei pela cidade. O tempo e a memoria, a historia e a ficção se fundiam como aquarelas na chuva naquela cidade feiticeira. Não havia muitas pessoas ali, apenas pequenas famílias com seu próprio comercio, não tinha posto policial, bombeiros, absolutamente nada, só uma pequena enfermaria no final na rua, continuei caminhando naquela cidade misteriosa, eu poderia muito bem voltar a praia e ver como as coisas estava, eu sabia que meu irmão ia me ajudar, mas eu gosto de mistérios.

Virei a rua e me deparei com uma menina, aparentava ser da minha idade, cabelos negros e alta, na frente de um cemitério, assim que entrei na rua ela virou o rosto me encarando, fiquei perplexa

Continuei andando, não sabia se estava exatamente andando, estava completamente hipnotizada por aqueles olhos azuis, ela simplesmente continuava me encarando, o perfume dela, exalava mistério:

-Você é a dona da lancha? – era a voz mais bonita que eu já tinha ouvido na vida.

-Sim, por quê? – as palavras quase não saiam

-Eu vi você chegando ontem anoite, parecia assustada e cansada. Conhece alguém nessa cidade?

-Não, estou aqui para pensar um pouco.

-Me siga

Não sei o que me deu na cabeça, simplesmente a segui, entramos no cemitério. Acomodamo-nos numa espécie de terraço, discreto e elevado, na ala norte do terreno. Ficamos sentados rodeados por um silencio mortal, só a brisa se atrevia a sussurrar uma advertência sem palavras:

-Vai me dizer o que aconteceu? – ela perguntou como se me conhecesse a anos

-Já falei, estou aqui para pensar. – disse meio sem paciência – Isso esta meio morto, não?

-Esta enganada. Aqui estão às lembranças de centenas de pessoas, suas vidas, os sonhos que nunca conseguiram realizar e os amores não correspondidos que envenenaram suas vidas... Preso para sempre – estava intrigada com suas palavras – você pensa na morte?

-Não muito, quer dizer, não a serio...

-Então você é um daquelas inocentes desprevenidas?

-Desprevenida? – eu estava perdida, cem por cento perdida

-A morte chega primeiro para os desprevenidos!

Não sei o que dizer mais eu confiava nela, mesmo sem saber absolutamente nada sobre ela, eu simplesmente tive vontade de contar minha vida toda pra ela:

-Eu estou aqui, por que... Matei uma pessoa!


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Notas finais do capítulo

Amei esse capitulo, espero que gostem!