Já estou nessa operação de afastar o Edward Cullen da zona do amor á um mês e as coisas não saíram como eu planejei...

#FLASHBACK#

Primeira semana

Eu tinha em mente ser o mais irritante possível, mas ele parecia gostar e se divertir com tudo que eu fazia, ele... ele me provocava, quando por exemplo eu derrubei macarrão em sua blusa branquinha:

— Me desculpe — Falei com um sorrisinho maléfico no rosto

— Tudo bem, você pode me ajudar a lavar se quiser...

Então ele tirou sua bendita blusa e ficou com aquele abdômen perfeito amostra, e é claro que eu fiquei vermelha, e é claro que ele começou a rir.

Ele não parecia dar a mínima para mim e isso me fazia questionar muitas coisas, só percebi isso na segunda semana.

Segunda semana

Fomos à outra boate só que dessa vez sem Renée. Tudo parecia estar dentro do contexto até que Edward chamou uma garota para dançar e aquela sensação de possessão pairou sobre minha cabeça novamente e usei todo meu auto-controle para não agarrar Edward e puxa-lo para mim...

#FLASHBACKOFF#

Nesse dia, nessa boate eu percebi que Edward Cullen não estava na minha zona de amor e sim EU na dele, juntei os pontos e notei que ele nunca dera um sinal de que gostava de mim ou que ele tinha qualquer outra intenção comigo, mas eu sim dera sinais de que gostava dele, só que graças a Deus ele é meio lerdo e não percebeu e se percebeu não fez questão, mas verdade era eu gostava dele, era eu que tinha segundas intenções com ele.

E isso só facilitou as coisas para mim para que eu me afastasse dele, nas próximas três semanas eu apenas o ignorei, agi como uma perfeita criança emburrada, eu não respondia suas perguntas, muito menos puxava assunto, ele até tentou conversar comigo algumas vezes, mas logo se enfezava e saia por eu não responder.

Apesar de passar um mês ignorando-o meus “sentimentos” por Edward não mudavam, parecia que toda vez que íamos à boate e ele chamava outra garota que não era eu para dançar eu ficava simplesmente louca.

~~

A única que notou meu comportamento estranho com Edward foi Alice, ela me implorara de joelhos para que eu contasse o quê estava acontecendo e eu simplifiquei com um “gosto do seu irmão” e ela começou a dar pulinho de alegria.

— Já disse a ele? — Perguntou ela em uma das noites em que não conseguíamos dormir

— Claro que não, porque acha que eu estou agindo que nem retardada perto dele? — Falei com sarcasmo

— Ele tem que saber — Disse-me

Levantei-me e encontrei os grandes olhos de Alice me encarando

— Não vai contar pra ele né? — Perguntei suando frio

— Não — Agora Alice estava sentada me encarando

— Não posso gostar dele, Alice, não posso — Sentei ao seu lado recostando a cabeça em seu ombro.

— E porque não Bells?

Quando Alice me chamou de Bells vários pensamentos vieram a minha mente, e todos esses pensamentos incluíam meu pai e de como ele havia me magoado.

— Por que eu não posso me magoar novamente — Falei vagamente

— Está com medo de que ele não corresponda os seus sentimentos? — Perguntou ela enquanto me abraçava ternamente.

— Não é isso, é muito complicado.

Alice me virou fazendo com que eu a encarasse, seus olhos demonstravam preocupação, ela realmente estava preocupada comigo e a última pessoa que se preocupou assim comigo foi Jacob.

— Me conte

Enxuguei uma lagrima atrevida que ousou sair de meus olhos, Alice ainda me encarava esperando que eu contasse o quê havia de tão errado em mim que eu não conseguia amar ninguém.

— Meu pai — Sussurrei.

— O quê tem ele? — Perguntou ela ao se sentar mais próximo de mim para entender o quê eu dizia já que a minha voz estava por um fio.

— Ele era um bom homem antes deu nascer, não sei bem o quê aconteceu, mas ele não gostava de mim, e eu o amava e ele sempre me destratava me deixava para baixo, nunca ia nas apresentações do dia dos pais que tinha na escola, mas eu aceitava tudo isso.

Encarei Alice e ela estava atenta a tudo que eu dizia então continuei

— Eu aceitava todos os maus-tratos todos os xingamentos, mas quando eu fiz dez anos eu cheguei ao meu limite com ele, pois não aguentava mais, então eu e ele discutimos as palavras deles me feriram acima do inimaginável, ele me disse coisas que nenhuma filha gostaria de ouvir do pai, logo depois disso veio a separação dele e de Renée, e antes dele sair casa me lançou um olhar sombrio e disse que eu havia estragado a família dele e que me odiava mais do que qualquer coisa  — Comecei a chorar descontroladamente, eu não falava sobre isso a anos, mas continuei — Renée amava Charlie mais do que tudo, então a culpa caiu sobre mim e ela começou a me ignorar, o único que ficou de meu lado foi Jacob

Suspirei e continuei

— Além dele ser meu irmão é meu melhor amigo, me ajudou todos esses anos, as coisas só vieram a melhorar quando completei quinze anos, Renée havia superado a partida de Charlie e me aceitara novamente como sua filha.

Parei de falar ao perceber que Alice também chorava junto comigo.

— Ah Bella eu não sabia — Ela me abraçou e eu a confortei

— Tudo bem, Alice.

 — Só mais uma coisa que eu preciso lhe perguntar

— Pode dizer — Encorajei-a

— Pensei que passasse uns meses no seu pai de vez em quando, como é que você suportava? — Perguntou ela enxugando as lagrimas que descia por sua face

— Isso era o quê Renée achava que eu fazia, mas eu não ia para casa dele, eu ia para uma pousada no Arizona e Jacob ficava comigo lá.

Alice assentiu e começou a me fazer perguntas sobre minha infância perturbadora, perguntou o porquê de Charlie agir assim comigo, mas nem eu sabia dizer, Renée e Jacob sabiam, mas nunca me contaram e eu não faço questão de saber.

Passamos a noite conversando e Alice me contara coisas sobre Edward, algumas coisas eu poderia usar contra ele no futuro.

Conversamos até que o sono nos pegou

~~

No dia seguinte parecia que um trator havia passado por cima de mim, procurei Alice no quarto, mas parecia que ela já havia se levantado, me arrastei até o banheiro e taquei um punhado de água na cara para poder acordar, escovei os dentes e fui para sala e encontrei Emmett de Edward no sofá, passei direto e encontrei Alice na mesa da cozinha conversando com Jacob e com Renée.

— O quê vocês tem em mente hoje? — Perguntou Renée enquanto eu tomava um pouco de suco de maça

— Tudo menos balada, já enjoei — Reclamei.

Não que eu houvesse enjoado de balada, apenas estava enjoada de ver Edward se enroscando com outras garotas.

— Também enjoei — Falou Alice

— Sabe, não passamos uma noite sequer em casa no último mês, podíamos ficar aqui e inventar alguma coisa para fazer — Sugeriu Jacob.

— Seja lá o quê for eu tô dentro — Falou Emmett— e ai, O quê vamos fazer?

— Ficar em casa — Falou Alice

— Não curti — Falou Emmett todo emburrado

Deixei todos resolvendo o quê iriamos fazer essa noite e segui para o banheiro para fazer xixi.

Banheiro sempre é um bom local para se pensar.

Com preguiça de ir ao banheiro do meu quarto me dirigi para o banheiro mais próximo aquele do lado da escada e entrei deixando que a porta batesse atrás de mim, mas quando ela se fechou não fez o barulhão que eu esperava, mas sim um silencioso barulho como se alguém tivesse a fechando com delicadeza.

Me virei e encontrei Edward encostado na porta me encarando.

— Nunca te ensinaram que não se deve entrar no banheiro quando alguém está usando — Falei enquanto me afastava dele

— Ensinaram, mas preciso falar com você.

— Também me ensinaram que quando alguém fala “preciso falar com você” nunca é uma boa coisa, então fale logo.

— Na verdade preciso te perguntar uma coisa

Ele se aproximou de mim fazendo com que eu fixasse meu olhar no dele

— Pergunte então — Falei enquanto me afastava, mas ele me puxou para perto.

— O quê está acontecendo? Tá agindo que nem criança, me ignorando, te fiz alguma coisa? — Perguntou ele com um olhar triste o suficiente para me entristecer também

— Você não fez nada, eu é que sou estranha — Falei ainda encarando seus lindos olhos.

— Por que ser estranha comigo? — Perguntou ele enquanto me prendia mais ainda em seu abraço forte

— Por que é com você que as coisas estranhas acontecem

MAIS QUE MERDA É ESSA QUE EU TÔ FALANDO?

Saí de seus braços e me virei ficando de frente para o espelho, eu encarava meu reflexo, mas logo ele foi ofuscado pelo de Edward fazendo com que eu centrasse toda a minha atenção nele.

— Alice me disse que... que você gosta de mim — Falou ele passando a mão no cabelo.

Me virei e o encarei, não sabia de quem ficava com mais raiva, dela ou de mim por ter confiado nela.

— N-não gosto de você — Gaguejei e ele sorriu

Ele se aproximou de mim e pegou uma mecha do meu cabelo e a colocou atrás da orelha, se aproximando mais ainda me prendeu novamente em seus braços nos deixando numa proximidade incrivelmente perturbadora.

— Precisa parar de ter medo de mostrar o quê sente. Precisa parar de ser essa criança boba e insegura que não consegue sair de sua zona de conforto... Vamos lá Bella, admita. Admita que gosta de mim, diga o quê sente pelo menos uma vez...

— Você quer que eu admita? Está bem, eu admito, eu gosto de você, mas gostar de você não significa que eu vá dar o próximo passo ou que eu vá querer algo com você. Está certo Edward, não consigo sair da minha zona de conforto, muito menos consigo deixar que alguém entre nela.

Nos encaramos por longos minutos e ele sorriu para mim satisfeito com alguma coisa.

Edward aproximou seu rosto do meu e me deu um beijo, não um beijo breve, mas sim um beijo de verdade, sua língua invadiu a minha boca e eu cedi e me entreguei a ele.

Quando tive tempo para perceber alguma coisa eu já estava em cima da pia com as pernas em torno de sua cintura, meus braços em volta de seu pescoço, eu arfava e ele também, mas não paramos.

Regredi um mês inteiro ao beija-lo dessa forma, mas ele já sabia de meus “sentimentos” por ele, então entenderiam quando desse a louca em mim e eu voltasse a ignora-lo.

Naquele momento tentei evitar pensamentos impróprios, mas a forma como suas mãos corriam por meu corpo fez com que eu me arrepiasse e desse liberdade para que meu cérebro criasse as mais incríveis sensações.

Quando ele se afastou e me olhou com um sorriso vitorioso no rosto eu corei.

— Obrigado, foi esclarecedor — Falou ele.

— Isso não significou nada, está bem? — Falei em minha defesa

— Não foi o quê me pareceu — Falou ele ainda sorrindo e me ajudando a descer da pia

— Você me atacou

— Mas suas mãos estavam bem ativas enquanto eu te beijava

— Estavam? Não percebi — Falei corando novamente

— Quer que eu te beije de novo para que você possa perceber o quão à vontade você fica quando te beijo? — Ele deu um passo em minha direção e eu me desviei

— Não, obrigado — Tentei sair de seu campo de visão, mas ele me puxou novamente e me deu um breve beijo.

Saí do banheiro e o deixei sozinho lá.