Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 8
Capítulo 8 - Juntos em todos os momentos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bom?? Espero que gostem desse capítulo! Boa leitura!



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No capítulo anterior...
Ela demorou bastante em seu banho, mas voltou vestida como uma viking, de novo.
– Estou pronta para trabalhar. - Ela me cumprimentou formalmente e sorriu. Eu sorri também.
– Capitão! Capitão! - Escutei uns gritos. Era John.
– O que houve?
– Estamos prestes a bater em algumas pedras.
Olhei desesperado para Safira. Eu precisava salvar nossas vidas. Urgentemente.


POV Rupert
– Vou ver o que posso fazer.
Subi em direção a cabine do capitão. Safira e John vieram logo atrás de mim.
– Capitão, Harold me pediu para ficar aqui, mas não sei como controlar isto. - Joseph disse, apontando para o timão. Ele era um rapaz muito atrapalhado, mas era muito inteligente.
– Meu Deus! - Disse Safira. Tentei desviar. - Não vamos conseguir! Que faremos?
– Acalme-se, Safira! - Tentei desviar, novamente. E, desta vez, consegui.
– Você salvou nossas vidas! - Safira disse, me abraçando.
Eu a olhei com ternura. Estávamos próximos demais enquanto os outros comemoravam o que eu havia conseguido fazer.
– Precisamos comemorar também. - Eu disse. Ela sorriu e saiu da sala.
Essa mulher queria me matar com tanto mistério que faz.

***

Tínhamos acabado de almoçar e eu estava na cabine, controlando o navio. Senti um arrepio ao ouvir o sussurro de Safira.
– Capitão?
– Assustou-me, Safira.
– Não foi minha intenção. - Ela riu e ficou parada ao meu lado, sem dizer nada.
– Deseja algo?
– Só queria ficar aqui.
Silenciamos por um tempo.
– Gostaria de ir ao meu pequeno salão que fomos ontem?
– Não sei se devo.
– Você disse que queria que eu lhe levasse, novamente.
– Mas quem vai ficar no controle daqui?
– Harold! - Chamei-o, mas não o vi. - Harold!
– Pois não, capitão?!
– Pode ficar aqui? Preciso fazer uma coisa.
– Sei. - Ele lançou um olhar malicioso para mim e para Safira. - Fique à vontade, capitão.
Descemos até o local.
– Aqui fica muito mais lindo iluminado pelo sol. - Ela disse, com o mesmo brilho nos olhos de ontem.
Ela olhava os quadros de maneira ingênua e aquele silêncio me fazia observar suas curvas e traços com mais atenção. Eu a seguia pelo salão.
– Safira, não aguento mais.
– O que foi, capitão?
Aproximei-me dela e beijei seu pescoço. Ela estava apoiada em uma mesa perto da única janela que havia naquele salão.
– Capitão, eu...
– Deixe-me apenas sentir o seu cheiro, Safira. - Ela começou a acariciar minha nuca.
Aproximei meus lábios de sua boca. Sorri, maliciosamente.
– Hoje, quem vai ser mau, sou eu.
– Como assim? - Ela sorriu.
– Não vou te beijar porque quero que sinta mais vontade, assim como eu senti. E ainda sinto... Mas se resisti ontem, posso resistir hoje. - Será que poderia?
– Isso é besteira.
– Mas quero que sinta o mesmo desejo que eu sinto.
– É tolice.
– É o que o amor faz.
Nós rimos.
– Vou subir até a cabina. - Eu disse.
– Vou com você.
Subimos para a cabine de comando.
– Ei, Harold! - Bati no ombro dele, que se virou para nós dois.
– Tão rápido assim? - Harold arregalou os olhos.
– O quê? - Safira disse, confusa.
– Nada, meu doce. - Eu disse. - Harold é um tolo que pensa coisas erradas de nós.
– Ah... - Ela riu e foi virando a cabeça, lentamente, para frente. - Harold, preste atenção! - Safira apontou para frente.
– Essa não! - Eu disse.
Harold tentou desviar, mas não conseguiu.
– Capitão, não consigo! Tente você!
Tentei desviar, mas não consegui também. O movimento do navio seria lento demais para desviar a tempo das grandes pedras que haviam em nossa frente.
– Chame Joseph aqui.
Safira correu para chamá-lo, logo ele chegou.
– Algum palpite, Joseph?
– Teremos que sair daqui antes que seja tarde.
Silenciei, procurando uma saída.
– Avise a todos para pegarem os salva vidas.
– Sim, capitão. - Harold respondeu.
– Mas não temos o suficiente para todos. - Disse Joseph.
– Então, corram. - Disse para ele e Safira. Joseph foi, mas Safira ficou parada, olhando para mim. - Vá!
– Sem você?
– Sim. Eu vou sobreviver.
– Irá sobreviver apenas se salvar sua vida.
– Safira, eu não posso perder esse navio.
– Eu não posso perder você. - O olhar dela era inegável.
– Vamos.
Peguei em sua cintura e tirei seus pés do chão.
– Espere! Deixe-me pegar uma coisa. - Ela se soltou de mim e correu para as escadas.
– Não, Safira!
Fui atrás dela. Ela havia pegado uma foto, seu diário e uma pena para escrever neste.
– Vamos! - Peguei sua mão.
– Espera! - Ela correu para o meu salão que, por sorte, estava destrancado.
– Não temos tempo, Safira! - Ela saiu de lá com o nosso quadro favorito.
– Agora, podemos ir. - Ela me entregou o quadro. Fiquei sem palavras e apenas sorri.
Subimos e vimos o desespero de todos que não tinham salva vidas.
– Acabaram as boias! - Harold disse.
– Que faremos? - Safira me olhou, desesperada.
– Pulem, se quiserem viver!
Cerca de três homens, de uns vinte que estavam ali, pularam.
– Nós vamos bater! Vem! - Puxei Safira pela cintura e nos joguei no mar.
Assim que caímos no mar, o navio se desfez, aos poucos. Cerca de vinte homens morreram. Quando pude sentir o ar, desesperei-me para procurar Safira. Puxei-lhe pela cintura.
– Ah, - Ela gritou. - capitão!
– Estou te segurando e não vou te soltar. - Apertei sua cintura. Ela envolveu meu pescoço, o que fez nossos corpos se unirem. Mesmo naquele desespero, excitei-me ao sentir o corpo molhado e arrepiado de Safira colado ao meu.
– Estou com frio, capitão. - Disse Safira, com a boca e o corpo tremendo. Ela estava começando a ficar pálida.
– Safira, vou nadar até a ilha que estou vendo daqui, mas prometa que não vai se soltar de mim. - Ela estava segurando apenas seu diário. Eu estava segurando o quadro.
– Eu prometo.
– Segure nas minhas costas e segure isto também. - Dei-lhe o quadro. - Todos nadem para aquela ilha!
– Está muito longe, capitão!
– Não podemos ficar aqui! Está ficando frio demais! Vamos!
Todos começaram a nadar para a ilha que parecia aumentar cada vez que chegávamos mais perto.
– Estava tão calor quando toquei o mar pela última vez.
– É difícil de entendê-lo, meu doce. - Eu disse, nadando.
Nadei. Já não aguentava, mas nadei até lá. Chegamos na ilha e deitamos na areia. Ela colocou seu diário e o quadro entre nós.
– Dei trabalho para você, não?
– Sim, mas eu gosto desse trabalho.
Ela sorriu e fechou os olhos. Eu fazia força para que minhas pálpebras permitissem que eu continuasse acordado, mas estava cansado demais. Então, adormeci também.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeijos :*



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