Paixão Viking escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Oi, gente! Tudo bom?? Espero que gostem desse capítulo! Boa leitura!
No capítulo anterior...
Ela demorou bastante em seu banho, mas voltou vestida como uma viking, de novo.
– Estou pronta para trabalhar. - Ela me cumprimentou formalmente e sorriu. Eu sorri também.
– Capitão! Capitão! - Escutei uns gritos. Era John.
– O que houve?
– Estamos prestes a bater em algumas pedras.
Olhei desesperado para Safira. Eu precisava salvar nossas vidas. Urgentemente.
POV Rupert
– Vou ver o que posso fazer.
Subi em direção a cabine do capitão. Safira e John vieram logo atrás de mim.
– Capitão, Harold me pediu para ficar aqui, mas não sei como controlar isto. - Joseph disse, apontando para o timão. Ele era um rapaz muito atrapalhado, mas era muito inteligente.
– Meu Deus! - Disse Safira. Tentei desviar. - Não vamos conseguir! Que faremos?
– Acalme-se, Safira! - Tentei desviar, novamente. E, desta vez, consegui.
– Você salvou nossas vidas! - Safira disse, me abraçando.
Eu a olhei com ternura. Estávamos próximos demais enquanto os outros comemoravam o que eu havia conseguido fazer.
– Precisamos comemorar também. - Eu disse. Ela sorriu e saiu da sala.
Essa mulher queria me matar com tanto mistério que faz.
***
Tínhamos acabado de almoçar e eu estava na cabine, controlando o navio. Senti um arrepio ao ouvir o sussurro de Safira.
– Capitão?
– Assustou-me, Safira.
– Não foi minha intenção. - Ela riu e ficou parada ao meu lado, sem dizer nada.
– Deseja algo?
– Só queria ficar aqui.
Silenciamos por um tempo.
– Gostaria de ir ao meu pequeno salão que fomos ontem?
– Não sei se devo.
– Você disse que queria que eu lhe levasse, novamente.
– Mas quem vai ficar no controle daqui?
– Harold! - Chamei-o, mas não o vi. - Harold!
– Pois não, capitão?!
– Pode ficar aqui? Preciso fazer uma coisa.
– Sei. - Ele lançou um olhar malicioso para mim e para Safira. - Fique à vontade, capitão.
Descemos até o local.
– Aqui fica muito mais lindo iluminado pelo sol. - Ela disse, com o mesmo brilho nos olhos de ontem.
Ela olhava os quadros de maneira ingênua e aquele silêncio me fazia observar suas curvas e traços com mais atenção. Eu a seguia pelo salão.
– Safira, não aguento mais.
– O que foi, capitão?
Aproximei-me dela e beijei seu pescoço. Ela estava apoiada em uma mesa perto da única janela que havia naquele salão.
– Capitão, eu...
– Deixe-me apenas sentir o seu cheiro, Safira. - Ela começou a acariciar minha nuca.
Aproximei meus lábios de sua boca. Sorri, maliciosamente.
– Hoje, quem vai ser mau, sou eu.
– Como assim? - Ela sorriu.
– Não vou te beijar porque quero que sinta mais vontade, assim como eu senti. E ainda sinto... Mas se resisti ontem, posso resistir hoje. - Será que poderia?
– Isso é besteira.
– Mas quero que sinta o mesmo desejo que eu sinto.
– É tolice.
– É o que o amor faz.
Nós rimos.
– Vou subir até a cabina. - Eu disse.
– Vou com você.
Subimos para a cabine de comando.
– Ei, Harold! - Bati no ombro dele, que se virou para nós dois.
– Tão rápido assim? - Harold arregalou os olhos.
– O quê? - Safira disse, confusa.
– Nada, meu doce. - Eu disse. - Harold é um tolo que pensa coisas erradas de nós.
– Ah... - Ela riu e foi virando a cabeça, lentamente, para frente. - Harold, preste atenção! - Safira apontou para frente.
– Essa não! - Eu disse.
Harold tentou desviar, mas não conseguiu.
– Capitão, não consigo! Tente você!
Tentei desviar, mas não consegui também. O movimento do navio seria lento demais para desviar a tempo das grandes pedras que haviam em nossa frente.
– Chame Joseph aqui.
Safira correu para chamá-lo, logo ele chegou.
– Algum palpite, Joseph?
– Teremos que sair daqui antes que seja tarde.
Silenciei, procurando uma saída.
– Avise a todos para pegarem os salva vidas.
– Sim, capitão. - Harold respondeu.
– Mas não temos o suficiente para todos. - Disse Joseph.
– Então, corram. - Disse para ele e Safira. Joseph foi, mas Safira ficou parada, olhando para mim. - Vá!
– Sem você?
– Sim. Eu vou sobreviver.
– Irá sobreviver apenas se salvar sua vida.
– Safira, eu não posso perder esse navio.
– Eu não posso perder você. - O olhar dela era inegável.
– Vamos.
Peguei em sua cintura e tirei seus pés do chão.
– Espere! Deixe-me pegar uma coisa. - Ela se soltou de mim e correu para as escadas.
– Não, Safira!
Fui atrás dela. Ela havia pegado uma foto, seu diário e uma pena para escrever neste.
– Vamos! - Peguei sua mão.
– Espera! - Ela correu para o meu salão que, por sorte, estava destrancado.
– Não temos tempo, Safira! - Ela saiu de lá com o nosso quadro favorito.
– Agora, podemos ir. - Ela me entregou o quadro. Fiquei sem palavras e apenas sorri.
Subimos e vimos o desespero de todos que não tinham salva vidas.
– Acabaram as boias! - Harold disse.
– Que faremos? - Safira me olhou, desesperada.
– Pulem, se quiserem viver!
Cerca de três homens, de uns vinte que estavam ali, pularam.
– Nós vamos bater! Vem! - Puxei Safira pela cintura e nos joguei no mar.
Assim que caímos no mar, o navio se desfez, aos poucos. Cerca de vinte homens morreram. Quando pude sentir o ar, desesperei-me para procurar Safira. Puxei-lhe pela cintura.
– Ah, - Ela gritou. - capitão!
– Estou te segurando e não vou te soltar. - Apertei sua cintura. Ela envolveu meu pescoço, o que fez nossos corpos se unirem. Mesmo naquele desespero, excitei-me ao sentir o corpo molhado e arrepiado de Safira colado ao meu.
– Estou com frio, capitão. - Disse Safira, com a boca e o corpo tremendo. Ela estava começando a ficar pálida.
– Safira, vou nadar até a ilha que estou vendo daqui, mas prometa que não vai se soltar de mim. - Ela estava segurando apenas seu diário. Eu estava segurando o quadro.
– Eu prometo.
– Segure nas minhas costas e segure isto também. - Dei-lhe o quadro. - Todos nadem para aquela ilha!
– Está muito longe, capitão!
– Não podemos ficar aqui! Está ficando frio demais! Vamos!
Todos começaram a nadar para a ilha que parecia aumentar cada vez que chegávamos mais perto.
– Estava tão calor quando toquei o mar pela última vez.
– É difícil de entendê-lo, meu doce. - Eu disse, nadando.
Nadei. Já não aguentava, mas nadei até lá. Chegamos na ilha e deitamos na areia. Ela colocou seu diário e o quadro entre nós.
– Dei trabalho para você, não?
– Sim, mas eu gosto desse trabalho.
Ela sorriu e fechou os olhos. Eu fazia força para que minhas pálpebras permitissem que eu continuasse acordado, mas estava cansado demais. Então, adormeci também.
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Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeijos :*