Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 7
Capítulo 7 - O desejo aumenta cada vez mais


Notas iniciais do capítulo

Estou quase terminando a história. Eu gostei do final... Não sei se vocês vão gostar, mas espero que gostem! :)
Boa leitura!



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No capítulo anterior...

Subimos as escadas e fomos até uma espécie de salão que ficava em baixo da cabine do capitão. Todos estavam de taças erguidas.

– À Safira. - O capitão disse, com um sorriso enorme no rosto.

– À Safira! - Todos os outros repetiram, ergueram as taças e tomaram seus vinhos.

– Feliz 19 anos, Safira. - Ele sorriu. Tinha como não gostar de um cavalheiro como este?

POV Safira

Depois disto, todos se sentaram e se serviram do que havia para comer. Fui em direção ao capitão e ia me sentar na ponta de um dos bancos nas laterais da mesa.

– Safira, eu vou sentar aí. - Harold disse. - Você e o capitão sentarão lá fora.

– Jantar ao ar livre? - Eu disse, sorrindo.

– Vamos? - Ele ofereceu seu braço para se entrelaçar ao meu.

– Vamos. - Eu o respondi entrelaçando meu braço e sorrindo.

POV Rupert

Sentamos nos barris que ficavam um de frente para o outro, separados por uma mesa.

– Safira, sobre eu ter deixado mulheres no reino, eu...

– Eu sei, capitão. Vamos esquecer.

– Você me perdoa?

– Vamos comer, capitão.

– Safira, - segurei suas mãos. - eu não gosto de você.

– Ah, é bom saber. - Ela ficou sem graça.

– Eu te amo. - Completei. Ela levantou o rosto, com um olhar esperançoso.

– Tem certeza?

– Absoluta. - Ela sorriu. - Então, vamos comer!

Nós começamos a comer.

– Está muito bom. - Ela disse, de boca cheia. - Desculpe-me. - Nós apenas rimos.

Nós terminamos de comer.

– Eu sequer agradeci a surpresa, capitão.

– Esqueça a formalidade e não me agradeça.

– Mas, capitão...

– Esqueça a formalidade, Safira. Chame-me de Rupert.

– É melhor não, se não eles pensarão que poderão lhe chamar assim.

– Você é quem sabe.

– O céu está tão bonito. - Ela se levantou e se aproximou do mar.

– Bonito como seus olhos. - Ela olhou para mim.

Eu estava cara a cara com ela. Ela estava com um belo vestido rosa que continha um generoso decote e mostrava seus ombros. O vestido tinha detalhes em dourado por sua cintura e em seu busto. O vestido ia até seus pés. Percebi que ela também me observava.

– Está tão elegante, capitão.

– E você está muito formosa, Safira. Está radiante. - Passei a mão em seu rosto.

Ela fechou os olhos. Aquilo me deixou feliz. Aproximei-me para beijá-la.

– Não posso, capitão.

– Só um beijo, Safira. Só um beijo.

– Eu não posso.

– Sou diferente de William.

– Então, Harold te contou? - Nossas testas estavam coladas.

Meus braços estavam acariciando seus ombros e suas mãos brincavam com a gola da capa preta que eu vestia por cima de uma elegante camisa branca com os dois primeiros botões desabotoados, calça marrom e botas pretas que iam até o joelho.

– Contou. - Sorri e ela também sorriu.

– Mostre-me o navio inteiro.

– Não o conhece ainda?

– Não tudo.

– Então, venha comigo. - Peguei em sua mão e lhe guiei até o subsolo do navio.

Eu tinha uma espécie de salão secreto lá. Tirei uma chave de meu bolso e abri. Ela entrou, surpresa.

– Aqui estão meus melhores vinhos, os mapas de todos os lugares que já fomos, as conquistas, quadros que...

– Você quem os pintou?

– Devo admitir que sim.

– Pois tens talento.

– Acha mesmo? - Aproximei-me dela.

– Sim. Gostaria que me ensinasse a pintar deste modo.

– Não sei ensinar, meu doce. Já pensava que não o fazia direito.

– Mas faz. - Ela sorriu e nós silenciamos por um tempo.

Ela parecia pensar sobre algo.

– Algum problema com alguma coisa, Safira? - Eu disse, sorrindo e voltando a olhá-la.

– Quanto aquela mulher...

– É passado. Não estou apaixonado por ninguém que não seja você. - Ela sorriu. - Sentiu ciúmes? - Sorri, maliciosamente.

– Ciúmes? Não! Claro que não!

– Sei. - Ri.

Safira continuava olhando meus quadros, mapas, vinhos e tudo o que havia naquela sala. Eu abri uma garrafa de vinho.

– Gostaria de me acompanhar?

– Eu não bebo. - Ela sorriu.

– Já experimentou?

– Não.

– É só um gole.

– Tenho medo de ficar bêbada.

– Não vou te deixar bêbada. Aliás, não vou deixar que tome mais do que pode. Apenas um gole para experimentar, pois foi feito sob minha coordenação.

– Como assim? - Ela pegou o copo e tomou um gole. - É muito bom mesmo. Parece que é até suco de uva.

– Um pouco mais amargo, não? - Tomei o que havia no copo e o deixei sobre um barril, perto da garrafa.

– Sim, mas eu gostei.

– Você poderá tomar mais outro dia.

– Você coordenou... - Ela disse, com tom de dúvida.

– Sim.

– Como?

– Eu indiquei como fariam e indiquei os ingredientes.

– Que é apenas uva.

– Uva e outras coisas que ficarão secretas porque um mágico não pode revelar seus truques. - Sorri para ela, que sorriu para mim.

Ela voltou seus olhos para um quadro. O meu quadro favorito. Não pude resistir ao ver sua pele iluminada pela luz da lua. Aproximei-me e beijei seu pescoço. Ela não impediu. Eu pude sentir sua respiração mais acelerada.

– Sabia que este é o meu quadro favorito? - Disse, afobado, entre os beijos que iam para seus ombros.

– Eu observei aos outros e notei que temos o mesmo gosto. - Ela dizia, com a voz afetada pelos meus beijos.

Ela colocou suas mãos em meus cabelos e acariciou. Ela se virou para mim e se aproximou de meu rosto. Ela parou, observou-me e sorriu, maliciosamente.

– O que há de errado?

– Não vou lhe beijar agora. - Ela mostrou ainda mais seu sorriso malicioso. Ela queria me enlouquecer.

– E por quê? - Eu sorri, confuso.

– Porque quero deixar-te com mais vontade.

– Não sabe como estou me contendo, Safira.

– E o que pretende fazer?

– Eu quero te beijar, primeiramente.

– Primeiramente?

– Sim.

– E depois?

– Você pode imaginar.

– Não, não imagino.

– Quero te fazer feliz por toda nossa vida. - Eu sorri, maliciosamente.

– Não sei. - Ela brincava comigo e eu gostava daquilo. - Eu queria te agradecer, novamente, pelo belo jantar. Um dia eu ainda vou te agradecer de algum modo.

– Sabe como fazer isso, Safira.

– Capitão, - ela sorriu e abaixou a cabeça, se aproximou de mim. Eu a rodiei com meus braços. - eu acho que ainda não é o momento.

– Quero apenas um beijo.

– Aqui? - Ela apontou para seu pescoço.

– Você sabe que não.

– Aqui, então? - Ela apontou para a bochecha.

– Não brinca comigo assim, Safira.

– É o que se aprende quando fica-se ao lado de certo capitão. - Ela passou a mão em meu rosto.

– Se não quer me beijar, não me provoque. - Eu disse, maliciosamente. Eu estava me saindo muito bem ao resistir a Safira.

– Provocar? - Ela disse, fingindo-se de inocente.

– Você sabe o que está fazendo. Sou um homem fácil e não sei me controlar. Não sabe o esforço que estou fazendo agora.

– Vou lhe livrar dessa. - Ela foi em direção à porta. - Quero voltar mais vezes para este lugar.

– Trarei-te, meu doce.

Ela sorriu e saiu.

Ela era do tipo de pessoa miteriosa e aquilo me enlouquecia. Ela sabe que me enloquece e me provoca. E eu gosto disso.

***

Eu não dormi a noite inteira, pois liberei o homem que comandaria o timão do navio esta noite porque eu estava sem sono.

– Eu tomo o comando agora, capitão.

– Por quê?

– Ela acordou.

Sorri e dei dois tapas leves no ombro de Harold. Corri pelas escadarias e bati na porta de Safira. Ela não respondeu, então, resolvi entrar. Harold disse que ela havia acordado, mas não. Ela dormia como um anjo. Sua camisola, que ia até os pés, havia subido até suas belas coxas, durante seu sono. Seus cabelos estavam espalhados pela almofada branca. Ela se virou para o outro lado. Resolvi acordá-la. Ajoelhei-me e cantarolei, sussurrando:

– Safira. - Ela se virou lentamente para mim. - Esqueceu de trancar a porta.

– Que falha a minha. - Ela riu. - Veio aqui só para ver meu rosto feio quando acordo ou veio tratar de algum assunto?

– Vim comprovar que fica linda até quando acaba de acordar.

– Obrigada. - Ela se sentou. - Eles já pegaram água para hoje?

– Sim. Por quê?

– Vou tomar banho. - Ela sorriu e se levantou.

– Quer ajuda? - Ela olhou para mim e riu.

– Não, obrigada. - E saiu do quarto.

Fiquei por ali, observando suas coisas. Vi um caderno e o abri. Era um diário. Fui para as últimas páginas, que é onde, provavelmente, ela escreveu algo sobre mim.
"Eu não sei se aqui é o meu lugar. Ele me faz sentir bem, mas tenho medo. Tenho medo de me envolver e acabar magoada. O capitão Rupert não sabe o quanto me dá vontade de chamá-lo apenas de Rupert ou, quem sabe, de amor...". Fechei o diário. Fiquei feliz demais, mas não a contaria que li seu diário.

Ela demorou bastante em seu banho, mas voltou vestida como uma viking, de novo.

– Estou pronta para trabalhar. - Ela me cumprimentou formalmente e sorriu. Eu sorri também.

– Capitão! Capitão! - Escutei uns gritos. Era John.

– O que houve?

– Estamos prestes a bater em algumas pedras.

Olhei desesperado para Safira. Eu precisava salvar nossas vidas. Urgentemente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado!
Fique com Deus e tenha uma ótima semana!
Beijos :*



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