Paixão Viking escrita por Liz


Capítulo 14
Capítulo 14 - Quando leio isso, lembro-me de você


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Primeiramente, eu queria pedir desculpas pela demora a atualizar... Eu fui viajar e não consegui atualizar a fic de jeito nenhum na quarta passada.
Nesse capítulo, eu vou citar algumas frases de uma autor que eu gosto bastante, que é Shakespeare. Eu procurei na internet e achei estas, mas não sei se são assim exatamente. Desculpem-me por qualquer erro!
Espero que gostem!
Boa leitura...



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No capítulo anterior...

O que teria acontecido se ela não tivesse se desequilibrado, afinal? Acho que não aconteceria. Safira e eu nos amamos, mas não nos sentimos seguros um com o outro ainda.

POV Rupert

- Desculpe-me por isso. - Ela disse, em tom de riso.

- Não se desculpe. - Eu disse, no mesmo tom.

Nós conseguimos parar de rir e, aos poucos, o silêncio prevaleceu. Safira estava deitada em mim. Meu queixo estava apoiado na cabeça dela.

- Safira. - Eu a chamei.

- Sim, capitão. - Ela pegou a minha mão e começou a brincar com os meus dedos.

- Eu quero fazer uma pintura sua, de verdade.

- Achei que não estava falando sério.

- Falei muito sério. 

- E por que quer me pintar? Não sou bonita como outras moças que você já deve ter pintado.

- É a mais linda de todas.

- Tenho minhas dúvidas.

- Acredite. - Eu a abracei.

Nós ficamos em silêncio por um longo tempo. Ficamos abraçados. O silêncio chegava a ser constrangedor. Forcei minha mente para pensar em alguma coisa. Levantei-me e tive uma ideia. Segurei a mão de Safira e disse:

- Daria-me a honra desta dança?

- Mas não há música. - Ela sorriu, sem graça.

- Então, cantemos.

- Eu não sei cantar.

- Vai negar dançar comigo, Safira?

Ela segurou em minha mão e se levantou. Eu puxei sua cintura, com força. Ela assustou.

- Que dança é essa?

Eu apenas ri e a abracei. Logo, eu a soltei e juntei a palma de minha mão direita com a dela. Giramos em torno de nós mesmos.

- Eu não sei dançar, capitão.

- Vai me dizer que nunca dançou em nenhuma festa?

- Bem, em apenas uma.

- E então?

Ela sorriu, timidamente. Eu podia ouvir o som dos tambores e das flautas. Eu frequentei muitas festas e dancei bastante. Safira, timidamente, tentou um passo. Ela se afastou e girou em torno de si. Tentei deixá-la a vontade e bati palmas, duas vezes. Ela se aproximou, novamente e girou em torno de mim. Cruzávamos nossos braços e girávamos ao mesmo tempo. A música em minha mente acelerou. Eu podia me lembrar do som da viela de roda. Senti-me animado. Ficamos um do lado do outro. Andei para frente e Safira me acompanhou. Voltamos para trás e ela também se animou. Parecíamos saber dançar a mesma coreografia que dancei no dia em que conheci Nicole, em uma festa em uma aldeia. Eu não estava me sentindo bem com aquelas memórias, então, resolvi tentar encerrar a dança. Parei de me movimentar e me arquei, para cumprimentá-la. Ela segurou em sua saia, que ia até o começo do joelho, e se curvou também. Sentamos, novamente, perto da árvore. Safira se deitou em mim e eu a abracei. Ficamos assim por um tempo.

As festas na aldeia sempre eram muito boas. Eu já podia imaginar a festa que faria para comemorar meu casamento com Safira. Ela estaria vestindo uma linda roupa branca que ia até seus pés. Estaria radiante como nunca. Dançaríamos e beberíamos o quanto quiséssemos. Conhecer os pais de Safira seria um prazer maior ainda. Será que tudo isso poderá se tornar realidade?

POV Safira

Estar deitada nos braços do capitão era um grande sonho realizado. Eu queria fazê-lo feliz por toda minha vida. Ele parecia saber as danças que praticávamos na aldeia, mas sei que o duque nunca frequentaria festas de plebeus. A festa seria muito melhor se fosse a de meu casamento com ele. Já podia até imaginar ele vestindo uma roupa simples. Apesar de meu pensamento sobre o que ele talvez pensa sobre os plebeus, capitão Rupert é um homem que demonstrou atitudes humildes até hoje. Ele sempre veste o mais simples: camisas brancas com os primeiros botões desabotoados, calças escuras que iam até o joelho e botas escuras que iam, também, até o joelho. Uma vez ou outra ele usava sua capa preta de veludo que o deixava ainda mais atraente. Eu já havia visto outros rapazes vestidos com armaduras e já vi o capitão vestido deste modo apenas uma vez e, ainda sim, não perdia sua gentileza. Um verdadeiro cavaleiro. Aliás, um belo cavalheiro... 

Eu o olhei, seriamente. Vi sua blusa desabotoada e pude notar uma parte de seu peitoral. Não pude resistir e acariciei um pouco abaixo de seu pescoço. Mudei a direção de meu olhar para o mar.

- Sente sono, Safira?

- Nem um pouco.

- Então, ficaremos acordados para ver o amanhecer. 

- Vou buscar meu diário.

Ela se levantou e entrou em casa. Os rapazes ainda estavam festejando. Logo, ela saiu com seu diário em suas mãos e voltou a sentar ao meu lado. Eu a abracei. Safira colocou o diário em meu colo e o abriu em uma página. 

- Eu amo os poemas deste autor.

- William Shakespeare?

- Sim. Meu avô me contou sobre ele e disse que o conheceu.

- Eu já ouvi falar dele. Posso ler os poemas?

- Claro. - Ela me entregou o caderno.

Haviam vários poemas escritos entre aspas. Safira tinha uma letra muito bonita.
"Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração."
"Se você ama alguma coisa ou alguém , deixe que parta. Se voltar é porque é seu , se não é porque jamais seria."
"A verdade é que não te amo com os meus olhos que veêm em ti mil defeitos;
Mas com o meu coração que ama o que os olhos desprezam.
"
"E um amor arruinado, ao ser reconstruído, cresce muito mais belo, sólido e maior."
"Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz."
"Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo."
"Duvida da luz dos astros, de que o Sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor."

- Tem muito bom gosto. - Eu sorri.

- Você se lembrou de Nicole com algumas frases, não foi?

- Não gostaria de falar sobre outra coisa? - Tentei não ser ignorante.

- Precisamos falar sobre isso. - Respirei fundo. - Então, deixe que apenas eu fale. 

- Diga, então.

- As frases que você se lembrou de Nicole, lembrei-me de William e escrevi aqui. - Ela apontou para o diário. - Eu gosto muito de escrever poemas de outros autores para ler diversas vezes e refletir. Mas as últimas frases que você leu, eu as escrevi quando te conheci. - Lágrimas caíram da face dela. - Eu te amo muito, Rupert. - Ela olhou no fundo de meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeeijos :*



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