Agente escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 4
Act4: Italian Guy


Notas iniciais do capítulo

tchan tchannnn, Lu-kun, ele apareceu mais cedo do que esperávamos!



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O barulho do motor de avião ficava mais silencioso e o ar quente abaixava. O rapaz levantou-se da confortável cadeira de primeira classe e se dirigiu até a saída.

Ah, é. Seu jatinho particular tinha chegado bem mais rápido do que esperava, soube que teve que mover as linhas aéreas pra poder alcançar os Estados Unidos da América bem mais rápido.

_Chefe... –um homem de aparência mediana em seus 30 anos, cabelos levemente loiros e olhos verdes.

O rapaz, de cabelos castanhos claros, com um corte mais raspado dos lados da cabeça, sustentava um olhar afilado, olhos mel brilhantes, uma franja que tocava seu nariz, usava um casaco branco e uma camisa xadrez azul, calças cinza e um allstar xadrez em azul e branco nos pés.

_Ah, Fernandi, pode deixar que eu sigo o caminho sozinho. Eu ligo se precisar de algo. Gracias. –o rapaz com um sorriso.

O homem reverenciou e saiu. No jato, o nome Andreani se destacava.

Um carro prateado se aproximou, de estilo bem comum, sua aquisição mais barata já comprada. Pegou o lugar do homem que dirigia, de terno e se acomodou.

_Hm, vamos ver então. –comentou dando a partida.

Seu objetivo era o Colégio Saint Louie. O moreno tinha desembarcado em Nova York e viera para passar algumas semanas.

Muitas coisas precisam ser resolvidas com uma certa pessoa.

...

_LIRE! Atenda esse telefone! –Aoki.

A loira tirou os fones de ouvido e atendeu, estava numa “importante sessão de pintura às unhas”, mas algum infeliz ligou. Talvez mais um tarado, apenas pra dar trote ou marcar alguma reunião chata.

_Alouu?

_Sua idiota, já disse que não se atende telefone assim! –Aoki segurando o telefone e atendendo.

Lire bufou e continuou a lixar as unhas da mão esquerda. Lupus estava passando com alguns papéis em mãos.

_Luuupus... –Lire chamando-o lascivamente.

O moreno a encarou com um olhar que indicava perigo. Lupus era o único que ainda não tinha se envolvido com ela, até mesmo Lass.

_Dá pra ser? –Lupus a pressionando.

_Vai ter uma festa hoje no Pavilhão do Séquito Tricolor. –Lire piscando um dos olhos.

_ “S-Séquito Tricolor?! Que bosta é essa?” QUE BOSTA É ESSA?! –Lupus berrando e assustando a morena que atendia um importante telefonema.

_LUPUS! Aqui não é zona! Lire, vai almoçar! –Aoki.

_Não tá na hora do almoço...

_VAI LOGO, MERDA! –Aoki quase chutando a loira.

Lupus se acalmou e olhou para a morena, parecia concentrada em agradar quem quer que estivesse marcando reunião.

_Ufss... –desligou.

_Quem era, Ao? –Lupus sentando-se no lugar da loira e ligando a tela do computador.

A imagem que veio foi a da tal festa. Era simplesmente uma festa de comemoração dos Estados Unidos por causa da maldita crise que tinha acabado.

Lupus lembrou-se de que Lass vendeu um milhão de discos com um dos hits, que era em busca da colaboração para o fim da desigualdade, bem das Ongs, caridade e tudo o mais.

_Eventos beneficentes podem até levar pro céu, mas são imensamente chatos. –resmungou o moreno.

_Não diga isso. Lupus, a ligação era da gravadora Burns Music.

Lupus bateu a mão na mesa e se levantou. Aí tinha coisa...

_DIO VAI OFERECER UM JANTAR DE GALA NA MANSÃO DOS PRÍNCIPES DE HELLMONT? –Lupus desacreditando.

_O que é isso? –Sieghart dando de ombros.

_A Mansão dos Príncipes de Hellmont. É onde vive a família de Dio Burns, o dono e presidente da gravadora da Amy Star. –Aoki explicando enquanto passava em data show as imagens do local.

_Hellmont é a cidade natal dele. –Lupus.

_Não diga... –Lass *raiva*.

_Calem a boca. Os jantares de gala nessa mansão são dadas apenas uma vez a cada três anos, e é o evento mais bombástico de todos. Dio nos convidou, mas tem uma quantidade limitada de convites, há inúmeras tentativas de penetra, mas a segurança é máxima. –Aoki.

_E se a gente foi convidado, qual é o problema? –Jin.

_Que esse jantar é sinônimo de...GUERRA!!! –Aoki levantando seu apontador de painel em direção ao grupo.

_QUEE?!

_A nossa chefe, senhorita Von Crimson, está “de férias” e nos deixou como responsáveis. Ela deve ficar sabendo desse evento e vai direto lá para participar, especialmente porque ela e Dio são conhecidos de mito tempo, mas se odeiam. Totalmente.

_E estamos nesse meio? –Ronan.

_Claro, porque a Amy que vai apresentar o concerto principal. Ela tem um dom de se portar em jantares de gala que fazem princesas rolarem aos seus pés... eu vi com meus olhos.

_Mas qual é a importância disso tudo?! –Elesis.

_É óbvio. Eles vão aproveitar essa chance para humilhar vocês, é um estratégia para fazer um furo de artista e seu conceito cair. Agora, eu não sei por que Dio comentou alguma coisa sobre “diminuir distância de 20%”... –Aoki coçando o queixo.

Lass pensou melhor e olhou para Mari.

_É, parece que você acabou dando a ideia pra ela. –Lass.

_Eu não tinha dados constando o quão inteligente era ela. Seus testes não passam da média 6. –Mari ajeitando o óculos.

_Do que estão falando? –Lupus fuzilando os dois.

_Eu acabei dando informações sobre a diferença de público alvo entre o Idol Rock e a Idol Pop, que era em cerca de 20%. –Mari.

_Hm... era? –Aoki não entendendo muito bem.

_Era. Porque o público que curtia o gênero pop da Idol de 2019, praticamente migrou para o gênero Rock de 2020-2021. O público de tal Idol foi a quase 0%, mas de alguma forma, que não sabemos, ela ainda se mantém nas paradas de sucesso. –Mari.

Aoki olhou para Lupus. Mari era preciosa para aquele grupo, mas ainda seria um perigo se não tomasse cuidado com o que falava.

_Bem crianças, eu quero que vocês vão para casa, treinem seus lindos pezinhos para aprender valsa em até três dias, alguém por favor que saiba tocar piano diga agora. –Aoki.

Mari se levantou.

_Eu sei.

_M-Mas você não é da banda! –Aoki.

_Ah...

_Ela pode me ensinar! –Elesis toda contente.

_Você também não, ruiva horrorosa! –Sieghart.

Um soco foi inevitável.

_Ah, passe maquiagem. Não queremos nosso guitarrista todo feio nas fotos de uma festa de gala. Vai ter repórteres e entrevistadores, além de paparazzis, então se ajeitem. Quero resultados do treino de “boa educação” até essa sexta-feira! –Aoki batendo as mãos e terminando com a reunião.

Lass deu um olhar de esgoela para Lupus, e pelo visto não foi só ele, como também Sieghart. Ryan e Jin olharam para Ronan.

_P-Porque estão me olhando assim...? –Ronan com suor escorrendo *medo*.

_Cobro mil por dia. Do Lass eu cobro cinco mil. –Lupus.

_EU NÃO SOU RICO! –Sieghart reclamando com raiva do moreno.

_É sim, agora anda logo. Vai querer aulas também, maninho? –Lupus.

_Nem morto. –Lass saindo de fininho.

Ele olhou sim para o irmão que tanto odiava, mas nunca iria dar o braço a torcer. Ele precisava arranjar alguém melhor do que ele.

_Eu posso te ajudar. –Mari.

_AHHH! Pare de me assustar! –Lass.

_Certo. Eu toco piano e para missões de infiltração e espionagem de longo prazo eu precisei treinar danças variadas e a beleza dos bons modos. –Mari.

_Uh. É mesmo? –Lass.

_Claro. Cada cultura tem a sua, e acredito que a dos EUA seja a dança de salão e os modos europeus da classe nobre monárquica. –Mari.

_Bem, mais ou menos. Não precisa levar ao pé da letra. –Lass.

_Podemos treinar nos salões de aluguel.

_Isso ainda existe?

_Certamente. Podemos começar hoje à noite. Leve um par de sapatos sociais e calças cáqui no mínimo. –Mari.

_Hm... –resmungou entediado.

_Ora, um Isolet não tem o direito de ficar resmungando de tudo. Seja homem, chefe. –Mari.

_O que você disse?!

_Não seja bunda mole. Um homem tem que fazer o que é necessário, e eu aceitei esse trabalho porque é um Isolet. Agora ande. –Mari o empurrando para a moto.

...

Lass ficou impressionado por ver que ainda existiam salões de dança para aluguel, em alguma rua desconhecida de uma Nova York escura e sombria.

O albino ficou até impressionado pelo local de tão alta estirpe ficar num lugar cheio de marginais e delinquentes.

_Bem, podemos começar com o equilíbrio. Levante a cabeça em visão reta, a coluna tem que estar ereta. Muito bem. –Mari.

_Isso é horrível. Eu odeio esse tipo de coisa.

_Você pode apenas participar da Valsa Principal. Assim não parece que você não sabe, e se fizer com perfeição poderá ficar bem cotado.

Mari ainda ajeitou o movimento dos braços, dando-lhe dicas de como se lembrar da postura certa e enquanto explicava, foi mostrando como devia conduzir.

Os dois estavam bem próximos, tentando sincronizar passos.

_Bem, você aprende rápido, Isolet-sama. Agora vamos tentar com a música. Os passos da valsa clássica não são rápidos, são lentos. Tente pensar em uma onda suave de vento e segui-la com os passos.

Mari colocou a música, que particularmente não era o tipo de Lass e estava em uma das últimas.

Lass fechou os olhos e tentou não apertar a mão macia da azulada. Era bonita e charmosa, mas ainda era irritante e maléfica.

Parou de dar passos e rodar quando ouviu som de palmas.

_Vejo que tem dados passos suaves, mas longos demais... –comentou um jovem na porta.

Mari olhou na direção da voz, avistando os olhos castanhos e o jeito carinhoso.

_Luka...

Mari caminhou rapidamente até ele.

_Ahn? Luka? –Lass olhando-o.

Ele se vestia bem, mas parecia um pouco branco demais, ainda que não parecesse albino nem um pouco. Devia ser europeu.

_Isolet-sama, esse é meu amigo e parceiro, Luka Andreani. –Mari.

_Também veio da Itália? –Lass o olhando de cima a baixo.

O olhar mel parou no olhar azul. Lass podia dizer que não gostou do tipo de pessoa que via nessa primeira impressão, ele estava “próximo demais de Mari”.

_É. Eu sou da Itália.

Lass pensou melhor. O que ele fazia em NY? Até parece que ele havia encontrado Mari por coincidência.

_Luka, é melhor você ir. Nós vamos conversar outra hora, estou trabalhando.

_AHH, eu só vim avisar que vou passar meus dias aqui nos Estados Unidos, porque fui convidado para a festa em Hellmont. Parece interessante. –Luka.

_Hm. Vai ser mesmo... –Lass.

_Enfim, eu sou amigo da Mari de infância e soube que ela estava por aqui. Desculpe atrapalhar. –Luka.

_Tudo bem, eu sou...

_Lass Isolet. O Idol Rock. Eu sei... Gosto da sua música. –Luka.

O albino sentiu o sangue esquentar por algum motivo, mas foi o que levou a ver tudo turvo novamente e perder por um momento os sentidos.

_Nos vemos na festa! –Luka dando um beijo na bochecha da azulada e acenando para Lass.

O albino respirou fundo. Mari o olhava.

_Você está se sentindo bem?

_Estou bem. Vamos treinar ou não?!

Mari continuou com a última posição.

_1,2 e 1,2 e 1,2...

Continua


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Notas finais do capítulo

Podem criticar. Esse encontro tão rápido e agitado, a festa, os ciúmes... tudo vai acontecer rápido, mas de uma forma que me agrada.
Agora digam vocês como é que tá! Reviews, please!