Agente escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 5
Act5: Fort Benson


Notas iniciais do capítulo

Para uma melhoria na sincronização de Mari e Lass, eles decidem ir ao Fort Benson, um forte militar. Como é um ícone cultural, as pessoas não vão muito nele, e é praticamente deserto. (ah, ele não existe ok?).
O romance está no ar!



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UÓÓÓÓÓÓÓ!

_AHHHH! –Lass caindo da cama novamente.

_Faltam dez minutos para irmos ao colégio. E hoje vamos aos Fort Benson, Isolet-sama.

Lass com sua mais terrível expressão de sono, se arrastou até o banheiro. Pareciam os 10 minutos mais torturantes de todas as manhãs, tanto porque seu corpo doía e latejava.

Lass fez uma repetição de giratórias e coreografias longas durantes quatro horas seguidas. Estava morto...

A azulada estava com o cabelo preso no alto com prendedores japoneses, um vermelho e outro azul. Estava bonita, além de que usava uma yukata curta e justa.

_Porque está com essa roupa?

A agente o fitou um instante avaliando as palavras.

_Trabalho.

Lass sentiu que o peso de uma bigorna caiu sobre sua cabeça. Ela só pensava nisso?

_Não é lá uma boa desculpa...

Mari deu de ombros, bem, pelo menos Lass imaginou que era essa a reação que ela tivera mentalmente, mas a garota simplesmente se virou de costas e saiu do quarto andando em seu passo rítmico e sempre igual.

Lass adentrou finalmente o banheiro e deu olá ao chuveiro, que no mínimo não via há quase um dia... E ficar sem banho para ele era o mesmo de suicídio.

O albino ensaboou a cabeça vigorosamente, tentando afastar o suor e o cansaço que o abatia. Se bem que depois da chegada de Mari, para ser mais exato um dia (também), ele se sentia mais bem disposto e com certo ânimo.

_ “A minha doença pode ser falta de companhia... ah, mas se fosse isso, nada aconteceria já que eu tenho o Lupus. Mesmo que ele seja a pessoa que mais odeio...isso se ele for uma pessoa, ehehehe”.

Toc Toc.

_Isolet-sama, faltam 8 minutos, se apresse. Seu café está em cima do criado-mudo, vou esperar na frente da portaria. E tem um uniforme passado em cima de sua cama.

Lass gritou um “Ok” de dentro do box e se enxaguou. Estava com pressa, o professor Caxias devia ser o único professor que o considerava gradualmente, o resto da direção o repudiava como se fosse um monstro, mas até que era engraçado. Enfim, o professor de Geografia o avisou que seus atrasos podiam lhe render uma repetição no 2ºano e para um Idol, era um furo e tanto, mas nada bom para sua reputação.

Escovou os dentes após comer o lanche com pressa e se vestiu, deixando as roupas desajeitadas. Agarrou a alça da mochila, passando por toda a casa, dando uma parada na sala.

_Lass, eu vim te avisar que a Aoki organizou sua agenda de apresentações, então... Bem, já sabe. Mas mais importante, você desmaiou ontem na sala de aula, mas estou sabendo que foi só de susto. Tome cuidado... nunca se sabe quando alguém pode pregar uma peça em você. –Lupus se levantando e batendo a mão no ombro do albino.

Lass tirou a mão morena de perto e bufou.

_Tá, estou saindo.

A porta fez um barulho mais forte do que o comum quando fechou, deixando o moreno parado a olhando. Ele tinha um sério problema para resolver com Lass, mas não sabia se era a hora certa pra dizer algo.

Seu corpo caiu sobre o sofá. Estava exausto... passou o dia na gravadora revisando os materiais.

XXX

_Falou com o Wild-sama?

A moto andava mais devagar, 80km/h, mas o albino pareceu não escutar. Ele estava olhando o caminho distraidamente com o capacete aberto.

_Isolet-sama? –Mari.

Lass viu o rosto dela por cima do ombro quando pararam em um semáforo. Estava incomodado com algo, não sabia se fora o tal Luka Andreani na noite passada ou a fala repentinamente sem sarcasmo de seu “irmão”, Lupus nesta manhã.

_Mari, pode falar.

_Falou com o Wild-sama?

Lass fez cara feia para a menina, ele não sabia que ela trabalhava pra ele também.

_Isolet-sama, foi o Lupus e Aoki que me contrataram, então trabalho para eles, e você é meu cliente. –Mari.

_Depois diz que não lê pensamentos...

A moto parou no estacionamento, e diferente de suas manhãs a dois dias: havia chegado no horário, não tinha grupos de fãs em cima de si e havia uma menina linda, mas esquisita ao seu lado.

_Mari, acho que você fez alguma coisa. Não é possível que ninguém fique em cima de mim do jeito que está. –comentava baixo durante a caminhada entre os montes de alunos no corredor se espremendo para chegarem aos armários.

_O acontecimento de ontem rendeu à matéria de jornal um dúvida e um boato.

_Que?

_Com o astro do mundo estando desmaiado, surgiram perguntas do “porque do desmaio”. Como o motivo real não pode ser revelado, eu contei à imprensa que quando o astro é pressionado, ele tem crises de desmaios e falta de inspiração. Fica depressivo e fraco. As fãs não querem isso, querem?

_Eu imaginei que elas poderiam aparecer aos montes me bajulando e dizendo o quanto esperam eu ficar melhor.

_Ah, verdade. Então eu complementei com uma ameaça, quem chegar perto do astro vira paçoca pela agente dele.

Lass andou um passo ao lado com medo. Ela era horrível.

_LASS! –Sieghart o puxando para dentro da sala.

_UGH! HANASE! –Lass ficando vermelho pelo sufoco.

O moreno o soltou, fazendo-o tossir um pouco. Lass se endireitou e segurou o colarinho da camisa do guitarrista.

_IDIOTA!

Sieghart balançou as mãos para Lass se acalmar, mas antes que pudesse falar algo, uma mão fez com que Lass soltasse o moreno. os olhos azuis se dirigiram para o dono da mão pálida, não tanto quanto a sua.

_Hunf, o cara da Itália, né? –Lass colocando as mãos nos bolsos.

Mari adiantou um passo e começou a falar.

_Luka, o que está fazendo aqui? Eu já disse que estou ocupada.

_Mari! Não seja cruel com seu amigo! Eu fiquei sabendo que estava estudando aqui então vim te fazer companhia. É chato ficar num país onde ninguém fala como você ou ao menos te entende. –resmungou o maior com um bico.

_Quem é o chapa? –Ryan sentado em cima de uma carteira.

_Ninguém quer saber... o professor vai mandar ele se apresentar então que diferença vai fazer? –Sieghart.

_A diferença é que é muito chato quando ele se apresenta lá na frente. –Elesis.

_Ah, garota, fica na sua. –Sieghart *calo*.

_Fica na sua você, bafo de múmia.

_Ignore-os. O que veio fazer aqui? Me seguir? –Mari.

O moreno mexeu na franja pensando. Olhou para Lass, que mantinha um olhar frio.

_Eu queria conhecer melhor o Idol Rock. Fiquei interessado.

Lass semicerrou os olhos. Sua paciência estava no limite outra vez.

O moreno parecia ser uma boa pessoa, tirando o fato de parecer um rico mimado, mas tinha um rosto amigável e boas intenções. Lass podia sentir que ele não era mau elemento.

_Bem, por mim tudo bem. Desde que não atrapalhe o trabalho da Mari... A presença dela tem realmente mudado a minha rotina e minha saúde. Apesar dela ainda dar medo e ser muito rígida comigo. –Lass.

_Isso é ótimo. Mas isso já esperado já que se trata da Mari. –Luka com um sorriso largo e carinhoso.

_Não é? –Lass sorrindo também.

Mari entre os dois não disse nada, mas também, não sabia o que poderia dizer em meio àquilo.

Elesis deu uma cotovelada nas costelas da azulada bem fraquinho. A ruiva tinha um sorriso malicioso nos lábios.

_Ah, vocês todos vão na festa depois de amanhã? –Luka.

_Nem todos. O convite é limitado. –Elesis levantando um dedo.

Ronan fez um sinal de que era para falar baixo, nem todos podiam saber dessa festa, seria péssimo ter penetras de sua escola lá.

_Bem, eu podia convidar vocês. Eu estou sozinho, hehe. –Luka sorrindo.

_Oh, parece então que vai dar pra todo mundo ir. Isso... se não contar a Aoki e o Lupus. –Jin.

_Impossível, você não vai levar sua irmã, vai?! –Ryan.

_E vou fazer o que? Deixar ela em casa sozinha enquanto eu saio escondido? Ryan, ela tem 12 anos! –Jin.

_Então a pestinha vai. –Elesis.

_Vai, não tem jeito. –Lass.

O pessoal pensou um instante. Não teria mais alguém com convites? Eles podiam pedir para a dona da gravadora.

_Mas a Rey está de férias em algum lugar que não sabemos. A Aoki que sabe. –Lass.

O jeito era deixar como estava.

_Como está indo o treino com o Lupus? –Lass se dirigindo ao moreno.

_Ah, ele é ótimo. Mas eu tenho intolerância a homens, então praticamente é uma tortura dançar com ele botando o bedelho em cada detalhe que estiver errado. –Sieghart.

O albino deixou-se cair sentado na cadeira. A sala estava menos perturbada, talvez seja porque Amy resolveu faltar.

Mari o chamou um instante durante a aula.

_Podemos ir pra lá logo depois da aula.

Lass assentiu. Quanto mais cedo melhor, tinha mais dois dias só e seu treino em como comer à mesa ainda não havia começado.

XXX

O local estava quente irritando ao máximo o albino. Ele odiava verão... porque ele era albino, ficava parecendo um tomate, sua pele ficava grudenta com o suor, as pessoas usavam roupas curtas demais, e principalmente o fato dele ter que posar para fotos com roupas da moda de verão, nada agradável.

_Mari... você não disse que era um local semideserto?! –Lass .

_Bem, nos últimos tempos tem sido assim, totalmente deserto. Vamos para dentro, lá é mais frio.

Lass suspirou. A entrada ficava há mais de cem metros, era irritante.

_Andar. Você quer mesmo é me fazer perder peso não é? –Lass.

_Não. Isso seria terrível já que você já pesa como uma pena.

_Meu coração doeu agora. –Lass *chora*.

Mari segurou a mão de Lass, puxando-o com pressa. O sol estava escaldante, quanto mais rápido entrassem, melhor pra eles.

A mão de Mari era fria. Assustador...

Lass ficou meio espantado com o tamanho do lugar, mas que diabos!

_ Porque raio é que você decidiu vir treinar dança em um local onde centenas de homens morreram? –Lass olhando o chão batido em terra, as paredes meio quebradas e o sol entrando pelos quadrados abertos para canhões no alto da construção.

Havia uma abertura em quadrado como janelas, em cada cinco metros, sendo que em formato retangular, o local possuía 150 metros de largura e 20 metros de altura.

_Bem, é enorme-e-e-e-e... –Lass.

_Faz eco-o-o-o-o... –Mari.

_Que merda. Mari, como vamos treinar dança em um local desses?! Tem sangue nas paredes. –Lass sussurrou quase.

Mari arrumou o óculos. Deixou a mochila no chão e arrumou a blusa de forma que pudesse espantar o calor melhor, abrindo dois botões do alto e dois botões do fim da blusa.

Lass pensou em avermelhar, mas fazia sentido com todo o calor. Mas ainda tentava descobrir qual a ideia por trás do forte e do sangue.

_Vamos seguir o ritmo do eco, que é quase o mesmo da valsa rápida. –Mari falando baixo.

_Assustador. De onde tirou essa ideia tosca?
_Minha garganta estava doendo de tantas vezes falando 1,2 e 1,2. Então pensei que um fenômeno natural facilitaria pra mim. –Mari segurando as mãos de Lass.

_Ah... é por causa de você então? Podia usar um rádio ou alguma outra coisa.

_Pare de falar e dance. Fale 1,2 e 1,2 e continue.

Foi o pior treinamento de toda sua vida. Por causa do chão de terra, seu corpo parece que teve que gastar o dobro de energia e ouvir sua voz repetindo no eco começou a dar dor de cabeça depois de quase duas horas. Mas valeu toda a pena, ele conseguiu memoriar passos e realizá-los mais facilmente.

De várias formas, a presença de Mari era benéfica mesmo. Ela podia ser uma intelectual (nerd) e tudo o mais, mas só o fato dela estar ali, de um jeito ou outro, se preocupando com ele, Lass podia sentir que seu espírito estava mais livre e calmo.

_Isolet-sama. Você perdeu o compasso... vamos repetir mais cinco vezes.

_NÃOOOOO!!!!

Continua


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Notas finais do capítulo

Olha, eu não estava tenho muitas boas ideias quando comecei essa fic para o Lu-kun, mas então eu ganhei inspiração durante o mês de Janeiro após voltar a fazer exercícios.
Ah, eu era sedentária, sentava, escrevia, comia, assistia Jhonny Test, dormia. Então eu comecei uma maratona de verão para voltar a desenvolver o corpo e emagrecer um pouco, o jeito é fazer corrida mesmo.
Essa experiência de gastar o dobro de energia na terra é bem real. Não chega a ser tão efetivo como correr na areia, mas é bem legal, tem pedras então o relevo é totalmente diferente, seu corpo não fica só acostumado com o asfalto



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