Agente escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 3
Act3: Poker Face


Notas iniciais do capítulo

Oi! Espero que gostem da rotina do Lass com a Mari nesta manhã. Boa Leitura.



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Tudo calmo, escuro, sua baba escorrendo no travesseiro e dois seios se aproximando de seu rosto. Assim que ia abraçar o corpo da garota, tudo foi destruído.

UÓÓÓÓÓÓÓOÓÓÓÓOÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!!!!!!

_AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!! –Lass caindo da cama com o barulho entrando em seu cérebro.

Seu peito arfava e Lass percebeu que o susto o tinha deixado tremendo. Lass esfregou seus braços e engoliu a saliva, limpando o canto de sua boca. Respirou fundo e olhou mortalmente para o ser infeliz que o tinha acordado daquela maneira.

_MARI! QUE DESGRAÇA! EXISTE DESPERTADOR! –Lass.

_Isolet-sama, seu despertador tocou três vezes. O senhor estava salivando, parecia estar com raiva. Por isso achei um modo mais fácil de acordá-lo. –Mari sem mudar a expressão no rosto.

Lass se levantou com o rosto vermelho de raiva.

_Que INFERNO! Sai daqui! Vou me trocar! –Lass empurrando a moça.

Mas antes que conseguisse expulsá-la para voltar ao seu sono, ela empacou. Empacou? Empacou.

_SAI MARII! –Lass quase chorando para tirá-la dali.

_O senhor vai voltar a dormir. –Mari falou se virando.

_Não vou não, eu juro! –Lass rezando pra dar certo.

A menina acenou com a cabeça. Lass em uma noite entendeu que a cara de “nada” nunca iria sair do rosto da moça e isso o irritou profundamente. Assim que ela o deixou sozinho, Lass empurrou a cômoda e trancou a porta.

Pulou em suas cobertas lavadas. Até que para isso a garota servia, limpar tudo. Era uma boa empregada.

Lass entrava em seu primeiro sono, mas ao quase completar esse desejo para voltar aos braços da secretária nos seus sonhos, ouviu um som de canhão.

_AHH! PORRA! –Lass caindo da cama novamente.

A porta estava destruída e sua cômoda no meio do quarto. Lass tinha os olhos arregalados. Mari entrava com uma bazuca em seu ombro direito e na outra mão uma bandeja com o café da manhã do albino.

_Está servido. Vou esperar o senhor se alimentar o suficiente e te ajudarei a se trocar. –Mari indo em direção a cama.

_Você-não-é-minha-babá! –Lass a desafiando com o olhar.

_Então se troque logo. Faltam cinco minutos para o sinal do colégio tocar, boss*. –Mari saindo do quarto (boss- “bossu”- chefe).

Lass cuspiu o café e engoliu tudo de uma vez, correndo até a cama, que misteriosamente tinha sido ajeitada.

Havia um uniforme lavado e passado. Tinha até um aroma de amaciante, mas Lass não ligou devido a velocidade em que trocou de roupa.

Quando escovou os dentes em alguns segundos, agarrou a mochila e saiu do apartamento. Bem ao sair do prédio, uma moto azul, branca e preta o esperava, um modelo de corrida enorme. Nela uma moça de capacete.

_Vamos logo. –Mari.

Lass engoliu em cheio. Sua vida de repente ficou mais apressada e cheia de regalias do que antes?

O albino sempre se perguntou, se ele era rico e tudo o mais, porque Lupus o obrigava a viver como uma pessoa normal? Lass Isolet poderia ter tudo.

“Você ainda tem 17. Quando fizer 18 quem sabe, Lass... eu quero que você viva normalmente pelo menos até a maioridade. O dinheiro muda as pessoas.” –isso é o que Lupus dizia.

Suspirou, sem perceber que estava abraçado à azulada e que essa estava a 120 por hora onde era permitido apenas 80 km/h.

_PÁRA!!!! PÁRAA MAAARI! –Lass com os olhos lacrimejando de acordo com que a velocidade da moto diminuía.

A moça parou e tirou o capacete, olhando o portão da escola. Os alunos que ainda entravam pararam para ver a cena estranha.

_6 e 58 da manhã. Dois minutos adiantado. –olhava no relógio de bolso a azulada.

Aquilo tinha se tornado de repente tão violento?! Aquela garota era perigosa!

_Porque você tem um relógio de bolso? –foi a primeira pergunta que conseguiu formular.

_É um símbolo da minha família. É uma tradição ser passado o relógio de ouro a cada geração. –Mari falava sem interesse enquanto guardava com o mínimo de cuidado o relógio com símbolo estranho.

_Ah, estou atrasado! –Lass entrando na escola sem proferir mais nenhuma palavra.

Mari o olhava a distância, entrando devagar, pondo uma mochila azul nas costas. Apenas esperando ele entrar em sua sala, ela tomou um caminho diferente, a diretoria.

Passado alguns minutos, Lass se encontrava um pouco descomposto, sob a atenção de todos os colegas de classe. Lass andou até os colegas e sentou-se com uma cara de morte.

­_O que houve? Você não está atrasado. Quem morreu? –Sieghart.

_A...garota...que a Aoki contratou...destruiu a porta do meu quarto, e veio a 120 por hora. –Lass.

_Pensei que você gostava de velocidade. –Jin rindo.

_Gostava. Realmente. –Lass.

_E então a garota é bonita e perigosa? Gostaria de estar no seu lugar. –Sieghart.

_Você não dá conta nem da Elesis. –Lass olhando destravessado.

_Você também não. Ninguém daqui e nem do planeta dá conta dela. –Sieghart.

Sieghart sentiu suas costas travarem e uma dor espantosa tirar seu ar. Lass ficou assustado e ao ver quem estava ali ficou mais ainda.

_E-ELESIS! –Ronan segurando Sieghart com a preocupação estampada no rosto.

_IHHHHH! –Lass colocando o braço como se estivesse com medo.

_Porque está com medo, Lass? Ela é tão cruel assim? –Elesis olhando para Mari ao seu lado.

Lass pensou ter sentido náuseas, mas não teve tempo pra pensar, ele já estava desmaiado.

_AI MEU DEUS! –Jin tentando acordar Lass.

Mari se aproximou e injetou com uma pistola médica pequena um remédio no braço do rapaz. Lass acordou alguns segundos depois e o susto tinha passado. As pessoas estavam assustadas.

_É a primeira vez que ele desmaia assim fora do horário. –sussurrou Ronan para Jin que assentiu.

_Mari, o que você fez? –Lass.

_Um estimulante. Você não comeu direito, precisava de uma boa dose de vitaminas. Foi só isso. –Mari.

E os cochichos aumentaram, as perguntas eram sobre Mari e a relação dela com o albino. Ela era estranha, mas totalmente atenciosa. Não se desesperava.

_É só o meu trabalho, Isolet-sama. –Mari se sentando na carteira ao lado.

Lass estreitou os olhos. Era muito estranha aquela situação e por um segundo pensou que se ela não estivesse ali naquele momento, ele iria ficar dormindo boas horas e acordar com algo muito forte. Pensando pelo lado bom, era ótimo saber que sua saúde poderia melhorar se o preço fosse ter aquela pessoa no seu pé.

_Quanto mais rápido você se cuidar, mas rápido poderá se ver livre de mim. –Mari comentou apenas para que eles ouvissem.

Lass arregalou os olhos. Esse era o trabalho de uma pessoa como ela, parecia até ler pensamentos.

Os alunos ficaram em silêncio, quando a verdadeira peste chegou causando silêncio em todo o local.

_Amy Star... –Jin resmungou entre dentes.

Ela tirou o óculos escuro, o que não fazia sentido estar usando pois não estava sol.

_Ow. Olá, bando de lixos... –falou a rosada com um sorriso maligno.

A garota era baixa, usava o cabelo preso de um lado da cabeça, longos cabelos róseos claros, olhos rosados pink. Seu uniforme passava do limite de comprimento imposto pela diretoria de tão curta.

Automaticamente, a rosada se pôs na frente de Lass, que já parecendo abatido, fez a pior expressão de exausto. Isso ativou os pensamentos da rosada e ela se pôs a provocar o tão odiado Idol.

_Isolet! Você não aguentou o showzinho de ontem, que pena... Sugiro que você volte pra casa e durma, é tudo que um bastardinho como você pode fazer mesmo, ahahahahahaha! –Amy andando para sua carteira.

Lass bufou fechando o punho.

_Ela é tão rosa que me irrita! –Lass.

_Jin, sinto pena de você. –Ronan consolando o ruivo.

Lass olhou para Mari, ela estava lendo um livro enquanto o professor não chegava. Não seria trabalho dela evitar esses seres que o incomodavam todos os dias, principalmente a Amy Star?

_Isolet-sama, eu devo lembra-lo que devo protegê-lo de ameaças físicas e psicológicas do tipo “Letal”. Isso consta na regra Vigésima Primeira (21ª) do Livro de Comandos dos Onette. –Mari sem ao menos olhá-lo.

_Eu devia considerar aquela coisa que estava aqui como “Ameaça Psicológica Letal”. Ela me dá nos nervos. –Lass resmungando.

O albino viu a azulada abrir seu relógio e depois guarda-lo. Ela era super assustadora, e parecia que aqueles olhos só enfatizavam esse fato.

_Pessoal, prestem atenção. Temos uma aluna nova, Senhorita Onette, vinda da Itália de uma família nobre. Sejam educados com ela. –o professor, um homem de cabelos loiros cortados o ombro penteados para trás e olhos azuis.

_Na, na, professor Caxias, como assim família nobre? –perguntou um rapaz alto de cabelos vermelhos desbotados e olhos azuis.

_Senhor Bard, a Itália é um país onde se mantém muitas das famílias extensas. Elas são muito unidas e tem na linhagem o sangue de grandes figuras do passado, elas detém muito poder financeiro e cultural. –Caxias folheando um caderno.

Mari pareceu prestar mais atenção na conversa e logo ela virou o centro da atenção. Sua voz soou incrivelmente alta, fazendo todos se calarem.

_Estou aqui à trabalho, portanto não estou inclinada à criar laços com qualquer gênero de grupo ou pessoa. Se não demonstrar incômodo, o detentor da sabedoria pode dar início ao que realmente tem importância nesse estabelecimento. –dizia ajeitando os óculos.

Amy fez um bico nervoso e soltou um resmungo audível.

_É só uma nerd...

A sala deixou escapar alguns risinhos e o professor se manteve impassível diante da falta de educação.

_Amy Star. Profissão do gênero “cantor”, estilo: Pop. Fez sucesso no ano de 2019, ou seja, dois anos atrás, com seu hit P-Pon Rosé. Seu índice de plateia chegou à aproximadamente 80% do público adolescente via internet e televisão. Mas chegando o fim de 2020, surgiu um novo Idol representando o estilo Rock que abalou 97% do público feminino adolescente e 91% do público masculino adolescente, o que equivale a quase 100%, com exceção de míseros 2% de público feminino e masculino que curtem outros gêneros musicais. Todos os gêneros classificados entre 13 à 20 anos de idade.

O auge da carreira foi no ano 2021, ou seja, o ano atual. Porém algumas recaídas misteriosas fazem o Idol estar decaindo lentamente, ainda que sua taxa de sucesso ultrapasse quase 20% da taxa de Amy Star.

Todos estavam em silêncio. Amy parecia ter levado um balde de molho de tomate no rosto, ela parecia furiosa.

_Estou vendo que a senhorita é boa em matemática. Mas a aula agora é de geografia, então por favor, abram os livros na página 31. –Caxias.

Lass olhou para Mari.

_ “Talvez ela não seja má pessoa” Ei, Mari. –Lass.

Os olhos heterocromáticos sérios o fitaram. Ele sorriu como era difícil de fazer a um bom tempo. Mari por um instante se tornou a melhor pessoa que ele conhecia.

_Domou. –Lass reverenciando com a cabeça.

Mari ia responder algo, mas reverenciou de volta.

_Hm. –assentiu.

Lass voltou-se para sua carteira. Ficou divagando na matéria por alguns segundos até que se lembrou de algo, por um acaso eles estavam numa metrópole da América chamada Nova York.

O albino suspirou ao se lembrar disso... eles estavam na América e não em sua terra natal, Japão. Olhar para a italiana ao seu lado o fez se lembrar desse fato. Contudo, ele viera com Elesis, Sieghart, Jin, Ronan e Ryan, todos do Japão então normalmente falavam em sua língua.

_Mari, me desculpe, eu esqueci de falar certo. Obrigado. –Lass.

_Ah, eu o chamo de Isolet-sama, esqueceu? Já sei disso. –Mari olhando-o.

_Ahh... Ok, então você sabe japonês? –Lass.

_De certa forma. Mas está quase chegando sua vez de responder, se concentre, ou vou impor hora de estudos pra você. –Mari com um olhar (a mesma coisa), mas com um brilho de torturadora.

Lass travou. Ele realmente tinha a considerado POR UM INSTANTE e SOMENTE naquele instante. Mari Ming Onette era cruel, egoísta e digna de ser uma perfeita mercenária! O dinheiro era a única coisa que a fazia se importar por algo.

_Vamos lá, Lass...-Caxias.

_H-HAI! Q-Quer dizer... Sim! Desculpe! –Lass se atrapalhando todo.

_Olha só... –Amy rindo da situação.

Algumas carteiras atrás, o ruivo a olhava com mágoa. Jin Striker tinha uma história com Amy, mas sua amizade foi posta à prova e eles ficaram brigados daí em diante. Ele não se arrependia, mas Amy era uma garota muito diferente agora.

Lass se sentou após com muita sorte conseguir responder corretamente. Até quando ele poderia fugir de “hora de estudos” da mercenária Mari?!

_Isolet-sama, entenda. É o meu trabalho, sou uma profissional, portanto isso é para seu bem e você vai sim ter “horas de estudo” querendo ou não. Afinal, eu não sou uma mercenária e sim uma Agente de Segurança e Saúde. –Mari.

_É isso que você é? E quem te chamou de mercenária?!! –Lass colocando os braços na frente do rosto com medo.

_Isolet-sama, eu não leio pensamentos. Pode ficar tranquilo. –Mari.

_ “Dizer isso não vai me convencer nem que eu esteja caducando...” –Lass *gota*.

A garota fez par com Elesis nos estudos de Biologia e teve êxito completo, enquanto que ele...

O professor Mont. o odiava com todas as forças e o pôs junto com a coisa rosa para aumentar a afinidade dos dois.

_A única afinidade que temos no momento é esse idêntico 0!!!! –Lass batendo o pé no chão com raiva.

Durante o intervalo ele passou pelos grupos de fãs. Felizmente, ele tinha conseguido fazer com que elas se acostumassem e parassem de agarrá-lo, mas nesse dia em especial (e nos próximos que viriam) a presença de Mari contribuiu para os 50 metros de distância do albino.

_Mari. Você não precisa andar comigo só por causa do trabalho, pode andar um pouco e investigar sobre suspeitos, ou sei lá. –Lass.

_Eu já tenho todas as informações possíveis e pessoais de todos os alunos dessa escola. Tenho uma análise de dados que comprova a ineficiência de todos eles em causar problemas contra você.

_V-Você sabe de tudo?! –Lass super apavorado.

_Poderia escrever furos para o jornal da escola e assim eles ganhariam fama e dinheiro. Mas essa não é minha missão atual ou trabalho pessoal. –comentou mexendo no bolso da saia.

_Ai... Eu tenho medo de você.

Mari o olhou sem entender. Ela estava com o cabelo solto e incrivelmente era o maior cabelo de todos por ali.

Havia uma bela franja que dava destaque ao seu rosto arredondado e seus lábios eram rosados e ressaltados com um leve gloss. Lass sabia que era de cereja, havia sentido o gosto uma vez quando estava beijando uma garota.

_Porque tem medo de mim? Não estou com uma arma.

_Ihh! E você tem uma?!

_Informação secreta do trabalho. Não posso responder.

_Quer dizer que tem! Ahh...e não quer que eu fique com medo?!

_Eu não disse que não quero. Apenas não sei por que, se não demonstro ameaça.

_Você é esquisita e robótica, por isso, entende?

Mari ficou sem responder. Lass não pode perceber nada por trás de uma máscara que não expressava nada.

Ele não podia dizer se ela se ofendeu ou ficou com raiva. Ela ajeitou os óculos fazendo com que refletisse a luz do sol e os olhos dela não ficassem visíveis.

_Eu não posso entender muito bem, mas acho que compreendi quase tudo. –Mari se virando e caminhando para algum lugar da escola.

_Eu hein?... –Lass dando de ombros e indo até a fila do intervalo.

Os olhos azuis do albino ainda olharam para a direção que ela foi.

A agente era o sinônimo de Poker Face.

Continua


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Notas finais do capítulo

Yo! Deixem reviews pessoas lindas!