All About Us escrita por Mariana


Capítulo 6
O grande reencontro. Ou não.




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Eu acordei tão disposto. Alegre, feliz, realizado. Parecia que eu havia esperado uma eternidade para que finalmente aquele domingo chegasse. Eu estava louco para rever Amy, olhar de novo para aquele sorriso, ouvir aquela voz doce... Eu sabia que quando a visse novamente, iria contar logo tudo pra ela.

Comprei roupa nova, sapatos novos, cortei o cabelo, fiz a barba, fiz até clareamento nos meus dentes, que estavam super amarelados, por sinal. Até a minha mãe estranhou o fato de eu me arrumar tanto, não só ela, eu também estava surpreso comigo mesmo.

Minha angústia era tanta, que marquei com Amy às 16h, e 15h já estava lá a esperando chegar... Toquei "Kiss Me Slowly" do parachute, música que tocou no baile quando conheci Amy. Não sou o tipo de garoto que escuta Avril, mas era o que me lembrava dela, e se me lembrava dela, por mim tava bom.

O tempo passou, deu 16h e nada de Amy.

— É garota, vai se atrasar. Deve estar se arrumando ainda. — pensei

Continuei tocando, mas me destraí um pouco e resolvi ficar ali a praça tocando Beatles, Metallica e um pouco de Oasis, precisava destrair a cabeça e não perceber o tempo passar, até que Amy chgasse.

E realmente, o tempo passou, e passou muito depressa... Já estava anoitecendo, e nada dela chegar. Fiquei chateado, lógico. Mas mais do que isso, eu estava com raiva de Amy. Fiquei horas esperando ela chegar, e ela me prometeu que estaria aqui. Ela falou que me encontraria aqui. Mas ela só falou.

Cheguei em casa quebrando tudo, estava com os nervos à flor da pele, quase como um furacão.

— Ela te deu um bolo? — perguntou a minha mãe

— Sim, mãe! SIM! AQUELA VAGABUNDA ME DEIXOU PLANTADO LÁ NA PRAÇA DURANTE HORAS! COMPREI ROUPA E SAPATO, FIZ BARBA E CABELO PRA NADA! AI QUE RAIVA DAQUELA GAROTA, ELA VAI SE VER COMIGO, AH VAI! — respondi, nervossímo

— Calma, meu filho. Eu te avisei e falei para não criar expectativas em alguém que mal acabou de conhecer. Vou ligar pro Jason e pedir pra ele vir aqui te destrair. Enquanto isso, vai tomar seu banho e lavar essa cara.

Minha mãe era a melhor amiga que alguém poderia ter. Sabia sempre o que falar e como falar, não importa o que acontecesse, ela sempre estava lá pra me ajudar e me defender. Fiquei imaginando o que poderia ter acontecido com Amy, mas não conseguia aliviar minha raiva dela. Só Jason poderia me reanimar.

— Oi tia! Cadê o Dylan?

— Olá Jason, ele está lá em cima no quarto, vai lá! Jajá levo uns sanduíches com refrigerante pra vocês.

— Ok, obrigada!

Jason tinha chegado, e como sempre, minha mãe o recebeu muito bem. Ela era a mãe mais perfeita do mundo e eu sempre dizia isso a ela, ela negava, óbvio.

— Dylan!!! E ai muleque! Como foi lá com a Amy? — disse Jason animado

Fiquei em silêncio.

— Oh, ela não foi? Desculpa, cara. Eu não sabia.

— Relaxa, mano. Eu que sou um idiota! Devia ter feito o que minha mãe disse, não devia ter criado expectativas demais pra não me decepcionar. Eu temia isso, sabe? Pela primeira vez eu me decepcionar com uma garota. Logo eu, que sempre fui focado nas minhas coisas, nunca pensei em garota na minha vida. Meu negócio é jogar video-game e futebol com os amigos, e sempre vai continuar sendo... Não sei o que deu em mim ao chamá-la pra sair. — desabafei

— Pô, Dylan! Admiro sua coragem pra falar tudo isso, tem que ser muito homem pra admitir uma decepção, ainda mais com mulheres!

E, como sempre, Jason me fez rir sem muito esforço. Lógico que isso não acabou com a dor, mas aliviou por alguns segundinhos. Voltamos ao assunto "Amy".

— O que deve ter acontecido pra ela não ir cara? Eu comprei roupa nova e sapato novo..

— Fez barba e cabelo, sim, sua mãe me disse no telefone. — interrompeu

— É isso mesmo...

— Você não precisava disso tudo, se quiser conquistar uma mina é só ser você mesmo, sem essas babaquices de menininha.

— Não me faz rir, eu to puto. — falei rindo

— Meu dever de melhor amigo é fazer você ficar melhor, cara.

— Obrigado mano, eu te amo cara.

— Ah ôh, pára de viadagem, Dylan! Seja homem!

Rimos um pouco até minha mãe chegar com nosso lanche.

— Olá, meninos! É Jason, vejo que você fez um milagre, fez o garoto que quase quebrou minha casa rir! — falou sorrindo, enquanto colocava os sanduíches e o refrigerante na bancada. — Continuem se divertindo, aproveitem o lanche.

Como já disse, minha mãe era um amor de pessoa, isso graças à minha vó, que, infelizmente, já havia falecido. Voltamos a falar sobre o bolo que Amy me deu.

— Preciso esquecer essa garota de vez.

— Eu sei disso, já pensei nisso também. Vamos sair na terça-feira à noite.

— Sair? Mas pra onde? E pra quê?

— Vamos pro Cabaré, caro amigo! Hahaha — ele brincou

— PALHAÇO! Não quero uma puta, quero uma garota de verdade, igual Amy.

— Tô zuando. Vamos pra uma boate, bem mais animada do que aquele baile que você conheceu Amy. E se ela fosse a garota pra você, caro amigo, não te deixaria na mão que nem ela fez.

— Você tem razão. Onde fica essa boate?


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