All About Us escrita por Mariana


Capítulo 2
Quando tudo começou. Versão Dylan




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Eu cheguei no baile sem a menor intenção de me interessar por alguém. Fui apenas para marcar presença, já que Jason me pertubou a semana inteira no colégio pra ir. Eu jurava que seria apenas um baile comum, mas eu acordei com uma intuição boa... Eu sabia que aquele 22 de outubro iria me surpreender, mas não conseguia imaginar como.

— E ai Dylan, ta curtindo?

— Ah mano, está sendo legal. O drink ta ótimo.

— Realmente.. Se liga naquela lorinha ali.

— Bonita. O que tem ela?

— To pegando!

— Aê! Boa cara!

— E você?

— Eu? Eu o quê?

— Secando alguém?

— Eu? Que isso... Não sou assim não.

— Ta bom Dylan, ta bom. Já volto.

Eu realmente não tinha ido pra lá nessa intenção. Não mesmo. Não sou assim, nunca fui. Eu me interessar por alguém era como chover no deserto.

Eu a vi de longe. Era bonita, tinha um corpo ótimo também. Nunca entendi dessas coisas mas ela parecia ter feito alguma coisa no cabelo, pois estava escandalosamente brilhante, o que realçava ainda mais aquele vestido tomara-que-caia que ela tava usando. Me aproximei e vi que ela era ainda mais bonita olhano de perto. Chamei-a para dançar. Vê se pode, um cara como eu, chamando uma garota pra dançar.

— Gostaria de dançar?

— Eu não sei dançar, desculpa.

— Eu te ensino, pegue a minha mão.

Ela veio. E por um momento eu me senti diferente. Era algo tão... maravilhoso.

— Então, qual seu nome? — perguntei.

— Meu nome é Amy, e o seu?

— Dylan.

Amy. Então era esse o nome da menina do vestido tomara-que-caia com quem eu estava dançando há um bom tempo? Amy e Dylan.. Será? Não sei. Só sei que a partir do momento que a girei e vi desequilíbrio dela, aquela tontura, aquela garota desajeitada que mal conseguia ficar em pé, foi que percebi que eu tinha que continuar ao lado dela. Algo nela me chama a atenção, e eu estava decidido a conhecê-la melhor.

Deu meia-noite e uma amiga dela a chamou para ir embora.

— Então, até mais Dylan. — disse ela

— Até, pequenina destraída.

Eu sabia que não podia perder aquela chance. Eu só sabia seu nome, nada mais. Deveria ter pego seu telefone ou passado o meu. Merda. Ela já estava distante.

— Ei Amy, que tal marcarmos uma aula de dança e uma de violão? — chamei ela, eu precisava reenontrá-la

— Eu adoraria! Que dia? Que horas? Aonde?

— Pode ser no domingo? — sugeri — Às 16h? No parque em frente a igreja.

— Combinado, te encontro lá.

— Beleza, até logo.

Que alívio. Agora eu tinha a certeza de que a veria novamente. Fiquei na rua olhando praquela lua cheia encantadora até o sol nascer. Fiquei imaginando como seria meu reencontro com Amy, fiquei relembrando várias e várias vezes aquela nossa dança, que apesar dos pisões no meu pé, foi maravilhosamente boa. Ainda era terça-feira, e ter que esperar até domingo seria uma eternidade. Uma eternidade que, eu estava disposto a enfrentar para olhar nos olhos de Amy novamente.


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