Foram longos meses de fisioterapia, tudo sempre a mesma coisa, exercícios e mais exercícios para Amy tentar recuperar seus movimentos, ela conseguiu adquirir alguns básicos, como mexer os dedos dos pés, foi ótimo, mas não era o bastante. Me sentia mal por ter feito ela passar por isso, mas ela insiste que não foi culpa minha.

A terapia de Amy ocorria três vezes por semana de manhã, sempre que podia, ia acompanhá-la. Eu já estava ficando um pouco impaciente sem resultados melhores, então eu resolvi que iria fazer uma consulta diferente, a médica concordou, falou que talvez seria uma boa maneira de tentar ver se conseguiríamos algum resultado bom.

Eu estava planejando como seria aquele dia, levaria meu ipod e uma pequena caixa de som, levaria meu violão também, Amy amava quando tocava pra ela. Essa surpresa ia ser no primeiro dia de fisioterapia de Amy na próxima semana, que ia ser na segunda feira, estamos na quarta , mal podia esperar para ver sua reação.

Quinta foi um dia normal da fisioterapia, quando acabamos, fomos tomar sorvete juntos e depois fomos para o parque para tocar a nossa música para Amy, muitas pessoas ficavam em volta olhando e ouvido o som do violão, mas para mim e Amy, era só nós dois naquele parque, no mundo, só havia nós dois quando ficávamos juntos.

Chegou o dia que eu mais esperava, o dia que eu queria que um ''milagre'' acontecesse.

Fomos para o consultória da doutora Catarina, ela nesse dia, só ia nos atender, porque era um dia especial, ela tinha um grande carinho por nós dois e o que mais queria é que Amy voltasse a sua vida normal. Catarina deixou a sala arrumada, quando Amy chegou, perguntou:

- O que está acontecendo?

- Você irá ver.

Entramos na sala que a doutora Catarina foi falando:

- Bom dia Amy, Bom dia Dylan. - disse ela sorrindo e piscando para mim. - Amy, hoje será uma consulta diferente, Dylan que teve a ideia, mas teremos que esperar um pouquinho para a tal surpresa, faremos os exercícios normais por 1 hora e logo depois vem a surpresa.

Essa 1 hora demorava muito para passar, eu queria ver a cara de Amy com a surpresa, eu queria o que acontecesse o que eu queria que acontecesse.

Finalmente a hora passou, me levantei do sofá que havia na sala, me agachei e falei para Amy:

- Espero que goste da surpresa, e que dance comigo.

- Mas eu não posso dançar Dylan. - disse ela desanimada.

- Fica quieta, você vai poder.

Ela sorriu e eu a peguei como se fosse pegá-la no colo e fiz com que ela se apoiasse em mim como se nós tivessemos nos abraçando, as pernas dela estavam moles e ela meio que caída sobre mim.

Pisquei para Catarina e ela colocou a nossa música para tocar, Kiss me slowly. Amy sorriu e comecei a balança-la.

- Eu te amo mais que tudo no mundo Amy, eu nunca vou te perder, eu nunca vou te abandonar, você é o mundo para mim, você é o que me mantêm feliz, não suportaria uma vida sem você, sua felicidade é a minha. - Ela começou a chorar.- Por que está chorando ?

- Porque você é a melhor pessoa do mundo, você também é tudo pra mim, não sei como pode amar uma pessoa como eu, explosiva, feia, careca, que te deu um trabalho imenso durante todos esses meses, eu te amo Dylan, eu nunca vou deixar de te amar.

- Feia? Você é a garota mais linda do mundo mesmo com ou sem cabelo, não me apaixonei por você por causa do seu cabelo, você é explosiva sim, mas isso não faz eu te amar menos, só faz eu te amar mais, os seus ''defeitos'' são perfeitos pra mim.

Amy me deu um beijo, um beijo doce e sincero, quando vi que a perna de Amy começou a mexer.

- AMY, SUA PERNA! - gritei.

- MINHA PERNA MEXEU, MEU DEUS. - disse ela sorrindo

Doutora Catarina me pediu para que a colocasse em cima da cama para avaliar. Catarina pegou um martelinho e bateu de leve na perna de Amy.

- Sentiu isso Amy? 

- SIM! - disse ela sorrindo.

- MEU DEUS, QUE MILAGRE. - disse Catarina sorrindo - Isso pode ser um sinal Amy, pode ser um sinal que você possar voltar a andar, continuaremos com a fisioterapia até que conseguir resultados melhores ainda.

Nós três começamos a sorrir, abracei as duas, aquilo era um motivo para comemorar, então chamei as duas para jantar fora no sábado , nós três e nossos pais e as duas concordaram.

Chegou no final da consulta e nos despedímos de Catarina.

- Obrigado Doutora, obrigado por tudo que tem feito a Amy, eu, ela e os pais dela somos muito agradecidos a você.

Ela simplesmente sorriu e disse que iria no jantar no sábado.

Fomos para o parque como sempre, toquei violão para ela e depois fomos para casa, contamos aos pais dela o resultado de hoje e eles ficaram muito felizes. Ficamos conversando por bastante tempo, mas tinha que ir para sair Jason, que já estava reclamando que só ligava para Amy.

Dei um beijo nela de despedida e disse que iria com ela nos próximos dias de fisioterapia, então fui para casa me arrumar e sair com Jason.