Num impacto subito eu despertei de meus pensamentos. Quando percebi ja estavamos no estacionamento do restaurante. Parecia que a viagem havia durando apenas um minuto. Entramos e sentamos em uma mesa para dois. Então Charlie começou a falar.

– Está tudo bem com você, Bella? – Indagou Charlie.

– Sim, pai... Mas por quê esta me perguntando isso?

– É que ultimamente você tem estado muito distante... Anda esquecendo de tudo, fica muito pensativa.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer palavra, o garçom interrompeu a conversa.

– Boa noite, bem-vindos ao restaurante. O que vão querer? – Perguntou, com muita delicadeza.

– Eu vou querer o prato do dia – falou Charlie.

– Acho que também vou querer o prato do dia.

O graçom anotou o pedido e foi para outra mesa.

– Querida, eu sei que a morte de Edward foi um grande choque para você, mas a vida continua, não pode ficar se lamentando – falou e ficou me fitando.

– Pai, eu amava muito o Edward, ele foi muito importante para mim, mas eu não fico me lamentando. Eu acho que ja me recuperei quase cem por cento de sua morte.

– Então por que você fica pensativa de uma hora para outra? Quando estavamos vindo para cá, eu fiz várias perguntas a você, no entanto, você não respondeu nenhuma. Apenas ficou olhando o nada, e seu olhar era tão triste!

As palavras de Charlie entraram como uma felxa em meus ouvidos. Não tinha reparado que ele havia percebido. Pensei que Charlie não tinha percebido nada, achei que tudo estava normal para ele.

– Pai, eu preciso te contar uma coisa – fechei os olhos, respirei fundo e olhei para ele.

– Pode falar, Bella.

– Prometi para Edward que nunca contaria isso a ninguém, mas, não sei porque, me sinto obrigada a contar a você – respirei fundo mais uma vez.

Quando abri a boca para começar a falar, fomos interrompidos outra vez pelo mesmo garçom de antes. Dessa vez, com a nossa comida.

– Com licença, aqui esta o que pediram.

Ele colocou cuidadosamente os pratos sobre a mesa, e depois saiu.

– Agora você pode continuar a falar, querida. Estou a seus ouvidos.

– Não sei como começar a falar isso, mas vamos lá... Pai – olhei firmemente para Charlie –, Edward era um vampiro, e todo o resto dos Cullens também eram vampiros. Ah! Jacob, Sam e todos seus amigos eram lobos.

Charlie olhou para mim com uma cara de "O que?!" com uma sombracelha mais alta que a outra.

– O que foi que você disse, Bella?