P.O.V. Annabeth

   Estávamos em mais um dia de aula, eu estava eufórica, era hoje que a Pratiada voltava para casa, não via a hora de pega-la novamente, Percy percebeu minha inquietação e soltou uma risadinha.

   - Calma pequena – disse entrelaçando nossas mãos, eu o amava, e noite passada eu tive a certeza que meu amor era correspondido. Finalmente o sinal tocou, guardei meus materiais rapidamente e fui para fora da escola.

   - Cuidado Annie – falou Nico rindo, o olhei confusa, Percy também sorria.

   - Com o que?

   - Com outro besouro – ambos caíram na gargalhada, gente é normal alguém bater o carro se desviando de um besouro. Rolo meus olhos, então do nada, me bateu saudade de Thalia, ela e nem Luke tinham vindo á aula hoje, o que me fez sentir-se mal. Bob abraçou-me sabendo do estado que me encontrava.

   - Annie, porque vocês não fazem as pazes? – pergunta, hesitante nego com a cabeça. Droga de orgulho meu, sinto meu irmão suspirar.

    - Vocês são cabeças duras mesmo – consigo rir um pouco – Vou com Melina, assim que pegar seu carro quero que volte direto para casa.

    - Sim papai – rimos, me pus ao lado de Percy, e de mãos dadas fomos buscar a Pratiada.

    - O que anda acontecendo com você pequena? – perguntou o moreno de testa franzida, passei a encara-lo, será que era possível alguém lhe conhecer tanto assim em tão pouco tempo? Não pude evitar de sorrir.

   - Briguei com Thalia – então contei-lhe sobre nossa discursão na lanchonete, Percy era um bom ouvinte, assim que terminei ele me abraça de lado.

   - Ela só expressou sua opinião Annie, não falou por mal – solto um suspiro demorado, Bob e Percy tinham razão, mas com o eu disse meu orgulho era maior.

   - Ela ficou do lado de Atena Percy, minha melhor amiga, a única pessoa que eu pensei que me entendia, ficou do lado da mulher que abandonou seus filhos.

   Sinto o Jackson ficar inquieto, encarei seus olhos, eles continham uma certa duvida, mas permaneci calada, ficamos assim, até ele pronunciar.

    - Sabe Annie, por um lado Thalia tem razão – parei de andar na hora.

    - O que? – só o que me faltava, meu namorado defendendo aquela que me colocou no mundo para depois fugir com seu amante. Percy muda o peso de um pé para o outro.

    - Você queria viver o resto de sua vida apanhando do seu marido? Desculpa, mas seu pai a fazia de lixo, Atena estava precisando de carinho e proteção, amor e ternura, e isso Frederick não dava, no meu ponto de vista, foi esse o motivo dela fugir, Atena encontrou em alguém algo que nunca recebeu.

   Minha respiração ficou pesada, minha boca abriu varias vezes, mas nenhuma frase saia.

    - Percy, a minha vida toda – enfatizei bem a palavra ‘’toda’’ – Meu pai, meu próprio pai me bateu, cheguei a vê meu irmão quase morto por causa dele, Ethan brincou com meus sentimentos, Mattew sumiu e nunca tive noticias dele. Esses anos todos passei, pensando que minha mãe estava morta, não tinha mais ninguém nesse mundo a não ser Bob, e nem por isso abandonei aqueles que eu amava.

   As palavras saíram mais frias que eu imaginei, mas tudo era verdade, sempre enfrentei todas as dificuldades com a cabeça erguida, sempre passando pelos obstáculos, esperando que amanhã fosse um dia melhor. Com o calcanhar girei meu corpo e comecei a andar, escuto Percy me chamando, mas ignoro, ando mais alguns passos e sinto mãos segurando delicadamente meu pulso, eu sabia quem era, permaneci parada sem olhar para trás.

    - Annie – sua voz era suave, percebo que estou à beira das lágrimas, mas me controlo, eu não iria chorar – Me desculpe. Não foi minha intenção te deixar assim.

   Percy era uma droga, uma droga na qual eu estava viciada, não resistir e me virei beijando-o. Ele era a minha cura. A cura para o meu coração que estava em pedaços, à cura para a ferida que Ethan abriu, somente ele e mais ninguém.

    - Eu te amo – sussurrei entre o beijo, o moreno sorrir.

    - Eu te amo mais, bem mais – nos afastamos. Percy segura minha cintura e continuamos a andar. Por um momento enquanto caminhamos eu quase menciono Nakamura, quase menciono o tanto que ele me fez sofrer, mas Percy começou a falar sobre o filmes que sua família gosta de assistir no natal.

     - Meu pai gosta de comedia, já minha mãe, um bom romance a deixa derretida – soltamos uma gargalhada – Então todo natal, vamos para um chalé que temos em Montauk, compramos algumas pizzas e alugamos uma comédia romântica.

     É sobre isso que quero falar, e pela primeira vez, o que passou, passou.

     - Eu imagino você assistindo um filme todo romântico, que lindinho – toquei seu nariz, o moreno jogou sua cabeça para trás, rindo igual uma criança, eu ainda continuava achando estranho o fato dele, me achar uma pessoa engraçada, por que bem, Nakamura nunca achou, mas isso não importava mais, na verdade... nunca importou.

    Chegamos na oficina do pai de Charles, onde meu carro estava em conserto.

   - Annie – disse Hefesto, ele era o melhor mecânico que eu já vi – Seu carro está pronto. 

   Sorrir com essa noticia.

   - E onde ela está? – Hefesto apontou para o Mustang prata que estava parado em um canto, saio correndo e abraço o capô.

   - Que saudade Pratiada – Percy se coloca ao meu lado, sua boca totalmente aberta.

   - Você tem um Mustang? – pergunta perplexo, apenas assenti, eu nutria uma paixão por carros antigos – Cara, esse carro é meu sonho.

    Me levanto ficando de frente para o moreno.

   - Sério?

   Jackson balança a cabeça ainda admirado com meu carro, seguro sua nuca e o beijo, depois sussurro em seu ouvido.

    - Você leva então.

    - Annabeth...você...você... deuses – ele me pega em um mega abraço girando-me no ar e me fazendo cair na risada. Assim que sou colocada no chão, um carro prende minha atenção toda.

   Me aproximo, e meus olhos são arregalados, coloco a mão na boca.

    - Não pode ser – murmuro para mim mesmo, mas Percy escuta.

    - O que não pode ser pequena? – aponto para a Mercedes prata, era esse o carro que eu vi passando em frente de casa, Percy ficou estático, viro-me para Hefesto.

   - De quem é?

   - Não sei, foi deixado com Glub, meu assistente hoje de manhã, parece que o freio e a embreagem não estão muito bons, fiquei de revisa-los.  

   - Vamos Annie – disse Percy, que agora ficou mais quieto que o normal, assenti, paguei Hefesto pelos serviços, entreguei a chave para o Jackson e fomos embora, no carro ficamos calados, apenas ouvindo o som de Linkin Park.

    Percy estacionou na garagem de casa, assim que saímos, ele me prende na porta do carro, dando-me um beijo de tirar o fôlego. Suas mãos vão para debaixo de minha blusa, alisando minha barriga depois minhas costas, esse menino me tira do sério. Ele abre a porta me depositando no banco de trás e ficando por cima do meu corpo. Seus beijos passam para meu pescoço.

   - Bob está em casa – sussurrou ao seu ouvido, um sorriso forma em sua boca.

   - Isso fica mais excitante – isso foi tudo para me tirar sua camisa e inverter as posições.

   - Hoje sou eu que vou brincar com você – minha voz sai sedutora demais, colo os lábios em seu pescoço, deixando uma marca e fazendo-o gemer baixinho, depois sigo mordendo seu lóbulo da orelha, mordo também seu queixo, já consigo sentir um volume entre as pernas de Percy, isso só me faz sorrir mais. Encontro seus lábios, beijando-o devagar, aproveitando para explorar cada milímetro de sua boca. Com as mãos percorro seu tórax até chegar ao seu abdômen, onde arranho, espasmos de prazer tomam o corpo de Percy.

   - Você me enlouquece garota – fala em meu ouvido, desço meus lábios para seu peitoral, e logo depois para seu tanquinho definido, cada mordida que ele recebe é um suspiro, arranco seu jeans, deixando apenas com uma box branca, mordo meu lábio inferior, encaro Percy e seus olhos estão escuros, sorrio e retiro sua cueca, que visão dos deuses, volto a sua boca. O moreno troca as posições, agora ficando por cima, sua mão aperta meu seio esquerdo por cima da blusa, e solto um suspiro involuntário, devagar ele retira a blusa que estava vestida, aproveitando para tocar em meu corpo. Recebo um chupão no pescoço, logo depois meu sutiã é retirado. Percy brinca com meus seios, em seguida suas mordidas descem para minha barriga, suas mãos apertando minhas coxas. Quando percebo estava sem calcinha. Iniciamos outro beijo, dessa vez mais voraz.

   - Cada dia você se torna mais linda pequena – um sorriso me invade.

   - Acho que é o amor que está me deixando assim – ele solta uma gargalhada baixa e volta a me beijar, então Percy entra dentro de mim se movimentando, meus gemidos são abafados pelos seus deliciosos beijos. Entrelaço minhas pernas em sua cintura, trazendo-o mais para mim, era incrível como Percy me completava, ele era a peça do quebra-cabeça que faltava em minha vida, ele começa a aumentar o ritmo, suor brota de minha testa e da sua também. O moreno encaixa sua cabeça na volta do meu pescoço. Ouço falar meu nome duas vezes. Sem tira-lo de dentro de mim, troco as posições e começo a me movimentar em cima dele. Percy segurava meu quadril, ajudando-me com os movimentos, abaixo-me e o beijo. Novamente fico por baixo, Percy explorava meus seios, sua língua circulando em meus mamilos e de vez em quando os mordendo, eu tentava gemer baixo para não atrair a atenção de Bob, talvez por instinto aperto a bunda do Jackson, e um longo gemido escapa de sua boca. Quando estamos prestes a chegar ao ápice, as estocadas de Percy foram mais fortes e rápidas, solto um ultimo grito antes do meu namorado desabar em cima de mim.

    - Você é perfeito Percy – falo ofegante, ele também respirando pesado, sorrir e me beija.

    - Você que é meu anjo.

    Vestimos nossas roupas e saímos do carro, quando entramos na minha casa, eu e Percy rolamos no chão com a cena que vimos.

   - Não é o que vocês estão pensando.