Blues Moon escrita por Alekz Fergues


Capítulo 20
A Festa - A Dança




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315211/chapter/20

“Se podemos sonhar,
também podemos tornar nossos sonhos realidade.”
Walt Disney

A FESTA

“Uma noite, dois passos, três palavras e um quarto para dormir...”

A Dança

— Sim, concordo. Apesar que eu também toco, acho que ele me supera, dá para ver a suavidade de seus movimentos, sua guitarra parece conversar com ele, e sua expressão mostra sua sintonia que o faz movimentar suas mãos, é um tanto magnífico no mínimo, superou minhas expectativas.

— Nossa... — a elegante moça lhe oferece um sorriso encantador, — Me parece que entende mesmo do assunto, ou... Talvez seja um pouco exibido. — os dois riram a toa, doravante que Hector se mostrava um pouco sem graça.

— Posso saber seu nome, madame...

— Quanta cerimônia de sua parte, relaxa, mas não irei te contar agora, até por que estamos ocultando nossas identidades não é, mas olhe pra minha máscara, pode me chamar de gatinha a vontade, Miau! — Riram novamente, e ele parecia gostar mais do envolvimento.

— Me chame então de bobo, estou aqui para fazê-la rir a esta noite minha gatinha. — Colocou a mão em seu próprio peito, e se inclinou com um ar inspirado, com gesto de cavalheirismo em sua apresentação, ela bateria palma alegremente com esta pequena amostra de Hector.

— Me diga bobinho qual drink que me prefere acompanhar.

— Ér...

— Que foi? Uma gatinha comeu sua língua, Miau! — Ele riu sem jeito, e ela agitava o ar com gestos de garras.

— Vinho, ou a gatinha prefere leitinho? — riu com um ar de ironia, ela logo deu uma cutucada com um bico amarrado nos lábios que o fez dar um suposto ai de dor, mas que gostava daquilo depois mostrando no sorriso.

Os dois foram no outro canto, sentaram e encostaram na bancada, pediram ao barman vinho tinto suave, e os dois com um brinde à la vita, e conversavam nesse meio tempo. Observando as pessoas ao redor, ora, o show do Zatumba com uma banda de jazz ao fundo que o acompanhava, a voz dele casava muito bem ao estilo que cantava, parecia agradar muitos que até alguns ficaram imóveis em frente do palco.

— Olha, não tinha percebido que você estava usando uma corrente... Posso ver?

— Ah, sim... Claro. — Hector, retirou a corrente.

— É tão chamativo, olha só esse pingente, parece, parece tão encantador, não é mesmo?

— Ah! Então, é da família, sabe como que é né. — Quase se enrolou.

— A prata é uma cor muito lindo, brilha muito não é? Hum... Um pingente em forma de palheta, e no meio seria uma safira azul escuro, você deve ser de uma família estruturada, me parece tão familiar, eu posso ver como ficaria em mim?

— Éeeeer... Pode! Mas jura que vai me dar de volta né? - Riu.

— Sim, bobinho.

Ela com esforço não conseguia encaixar a corrente, Hector então lhe pede licença para colocar para ela, apesar do ambiente com pouca luz, foi aí que ele sentiu a pele macia que ela tinha, sentia os cabelos delas que deslizavam em suas mãos, tão sedosos, pele aveludada, um pescoço fino, e um agradável perfume, aquilo realmente o encantava, com aquela combinação impecável, e mesmo assim ele sem querer escorregou a mão no rosto dela suavemente como que enfeitiçado.

— Como fiquei?

— Mais gata! — os dois riram.

Não tinham percebido que tinha acabado a apresentação de Jazz, a luz do ambiente muda, quando percebe o meio do salão fica mais claro, e o apresentador anuncia que é hora de dançar, alguns casais já pareciam prontos para esse momento, até que começa música clássica, no ritmo de valsa, os dois observaram admirados os casais dançando. Hector parecia tomar coragem para convidar a moça para dançar, o estranho que nesse momento que ela parecia estar mais silenciosa, até que ele bufou de tanto segurar o ar, vira quase brusco em direção à ela, convida simplesmente para dançar:

— Quer dançar comigo?

— O pior é que não sei dançar isso... — ela falou tão acanhada, que abriu o sorriso de Hector, isso lhe quebrou o gelo.

— Então, a gente inventa! — dessa vez lhe despertara a confiança.

— Se eu pisar no seu pé não reclame depois.

— É melhor preocupar com os seus. — Os dois avançaram para o meio do salão rindo...

Eles entraram no exato momento que começou a tocar Voices of Spring, Strauss, no qual já reconheceram os dois à música, começando a dar os primeiros passos de valsas desengonçados, e iam pra lá, e pra cá rindo e sem ritmo, até que ao olhar os casais próximo pôde acompanhar melhor, e estavam entrando no compasso. Quando começavam pegar o jeito da coisa, era um dizendo ai, e outro respondendo ui, mas com alegria os dois se ajeitavam, pareciam formar um belo casal aos olhos de outros convidados, e começaram a se movimentar mais pelo salão, como os compassos dá a nota os dois se encontravam em harmonia mesmo sem querer, até com o Blue Danube. Uma noite maravilhosa naquele momento, e ele girava ela pra lá e pra cá, ela ria ao léu, talvez a bebida os deixaram um pouco mais afoitos, pareciam duas crianças, até que o tema que apareceu, parecia mesmo uma tocata pela mera coincidência, e era Wine, Woman and Song - só que dessa vez faltava mais um ingrediente, um beijo.

Nem precisou lembrar, ele foi de encontro aos lábios dela, os dois congelaram o tempo naquele instante, como se só houvesse os dois pombinhos na cena de um filme. Era um momento mágico, até que o ritmo da música se acelerava para chegar ao seu fim, se intensificando, e os dois se apertavam mais forte conforme o ritmo da música, com um final de uma peça, a luz se apagou e se desprendem no mesmo instante para respirar um ar que não havia décadas. Todas as luzes se acendem logo após, só que onde estava ela? Foi assim que Hector se colocou a pensar imediatamente, e gira para ver todo o ambiente, mas não a encontrava, até que ele bufou com a certeza de um bobo:

— Miau, cadê você... - E se congela naquele instante. E sairia dali para fora, para procurar ela.

— Boa noite senhoras e senhores, vamos anunciar o casal desta noite, ei espere, poxa vida eles acabaram de sair correndo daqui...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blues Moon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.