PET - 2 Temporada - Estilo de Treinador escrita por Kevin


Capítulo 5
Capitulo 5 – Ajude New Bark


Notas iniciais do capítulo

As vezes temos que parar e olhar para o passado para amadurecer e evitar continuar cometendo os mesmos erros.

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É isso ai galera, vocês votaram e decidiram. Teremos episódios extras dessa fanfic. Mas, aconteceram sempre que houver recomendações, quantidade recorde de comentários, ou mesmo um momento especial.

Mas, para não haver aquela coisa meio perdida... Sempre anunciarei a postagem do extra alguns dias antes.

E graças a Lucão... No querido leitor que fez a primeira recomendação da Segunda temporada, Na quarta feira de cinzas, teremos o nosso primeiro extra.

Atenção, quando falo extra é um episódio a mais na semana e não algo fora do contexto, ok? mas vamos parar de falar e vamos ver o que nos aguarda no episódio de hoje.



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Capitulo 5 – Ajude New Bark



Como eu odeio ser menosprezado. O Inicio da minha jornada foi inteirinha ouvido as pessoas tirando sarro de mim. Eu não estava esperando ajuda de ninguém, mas também não precisavam esculachar comigo.




Acho que por isso também nunca gostei de ver alguém esculachando com outra pessoa. Cara, porque as pessoas precisam menosprezar umas as outras?



Eu imaginava que as coisas iam começar diferentes em Jotho, principalmente depois de ter encontrado Choc no meio do caminho. Pois é... eu imaginava.



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– Continuem! - Um homem gritava em meio a noite. - Kevin, algum será que seu Slowbro sabe o raio de gelo? - Como resposta um olhar debochado vinha para o homem. - Consegue controlar o raio de congelar? - Tentou consertar o homem um tanto quanto sem graça.





Era noite em New Bark, mas quase ninguém estava dormindo na cidade. Todos os que estavam em condições de ficar de pé e usar seus braços estavam nos destroços de um prédio, retirando escombros de forma acelerada, afim de salvar a vida de uma pessoa que estava soterrada, o Professor Elm.





– É possível! Mas se eu o fizer chickorita não poderá mais usar os chicotes para segurar as vigas. - Comentou Kevin que estava completamente sujo e evitava conversar com o homem que lhe dava ordem atrás de ordem. - Quer congelar os destroços para arrastar o professor para fora deslizando-o, Senhor Allan? - Kevin apenas recebeu uma confirmação com a cabeça.





Eram muitas mãos retirando com velocidade pequenos pedaços de concreto. Mas, existiam alguns pokemons fazendo a parte mais pesada. Mas, todos eram coordenados por Allan, um cidadão de New Bark com seus mais de 50 anos de idade que trabalhou a vida toda resgatando pessoas de acidentes.




Kevin havia chegado a New Bark correndo depois de ter vido a cidade destruída. Ele não corria desesperado para ajudar realmente, ou mesmo querendo enfrentar alguém. Ele sabia que o ataque já havia acontecido a uma semana e, certamente, não havia mais nenhum Estilo de Poder e ninguém para ser realmente ajudado. Mas, queria chegar para ver com seus próprios olhos e confirmar que tudo era real.



Ao entrar pelo destruído arco da cidade, era um cheiro de queimado e poeira que não sabia como alguém poderia ter sobrevivido. Não havia vida na entrada da cidade, nem mesmo os pokemons que habitavam a florestava estavam próximo. Um cartaz, precariamente confeccionado, num papel amaçado e sujo, indicava que as pessoas deveriam se dirigir para o laboratório do Professor Elm.



Kevin até riu da informação. Quem observa-se a cidade, veria que apenas duas construções estavam de pé, e felizmente elas pareciam ficar na mesma direção. Uma ele não reconhecia, mas pelo porte deveria ser o laboratório do Professor. A outra ele reconheceria de qualquer lugar, afinal Centros Pokemons eram facilmente identificados.



A placa era até desnecessária, qualquer pessoa, na opinião de Kevin, que viesse para New Bark, seguiria para as únicas construções que existiam de pé.



Kevin se preparava para seguir de forma calma naquela direção, ia observar as coisas ao redor. Era tanta destruição que ele tinha medo que o menor de seus movimentos, pudesse fazer algo desmoronar. Surpresa não foi quando escutou um desmoronar acontecer. O Centro Pokemon vinha abaixo criando uma grande cortina de poeira e uma gritaria começou a tomar conta da cidade.




– Quando você chegou aqui correndo que nem um louco e usando seu pidgeotto para retirar a poeira do local eu achei que ia ter que mandar as oficiais Janes prenderem-no para que eu pudesse resgatar quem estava lá dentro em paz. - Riu Allan enquanto retirava um grande pedregulho do local. - Achei que você era bem do tipo escandaloso e impaciente. O tipico curioso que mais atrapalha do que ajuda na emergência. -





– Na verdade não está errado... - Riu Kevin que o ajudava com o pedregulho. - Mas, eu ainda não entendi o que está acontecendo. Trabalhamos o dia todo e ninguém me explicou como é que a Enfermeira Joy e o Professor Elm foram para dentro de um prédio que todos falavam que estava prestes a desabar. -




Kevin havia chegado e a cortina de poeira ainda era forte. Tossindo e sem conseguir muita visibilidade libertou pidgeotto pedindo uma cortina de vento para limpar o ar do local. Não demorou até que a poeira fosse retirada do local e Kevin pudesse ver um senhor gritando com alguns pokemons e caminhando na direção dele.



Allan era realmente uma visão preocupante. Um senhor careca, usando um capacete de obra, com roupas sujas e um olhar carrancudo. Ele gritou para Kevin parar o que estava fazendo que iria por em perigo a vida de Joy e Elm que haviam sido soterrados.



Kevin tentou dizer que estava apenas querendo ajudar, mas Allan chamou-o de moleque inconsequente e mandou-o ir par ao canto. O sangue de Kevin ferveu. Ele observava o homem de cima em baixo enquanto tentava não começar um escândalo. Percebeu então que Allan coordenava todos que ajudavam. Escutava alguns perguntando por onde deveriam começar e se eles ainda estavam vivos. Allan ficou calado sem saber o que responder, até que Kevin libertou Gastly e ele adentrou os destroços.



Depois daquilo, Allan passou a gritar ordens para Kevin e seus pokemons sem a menor cerimônia. “Você é útil mas precisava ser orientado” gritava em meio a risos e resmungos o senhor que coordenava o resgate. Kevin apenas retirou sua jaqueta e mochila, colocando-as em um canto e libertou Chickorita e Tauros para ajudar no resgate. O dia avençou e apenas Joy havia sido resgatada ao cair da noite.



– Chickorita para retirar as pedras e segurar vigas perigosas. Tauros para levar os escombros retirados para longe. Slowbro para ir refrescando os trabalhadores. Marrep para iluminar os locais. Gastly para confirmar como estão os soterrados; - Kevin respirava de forma ofegante. - Eu não teria essas ideias tão rápido assim. - Kevin riu. - A ùnica coisa que eu pensaria era a Chickorita para te chicotear, Tauros para te chifrar e assim por diante. -



– Você pensou no pidgeotto para impedir que a poeira que subisse nos atrapalhasse. - Disse Allan. - Mais uns 10 desastres como esse e você vai começar a pensar rápido em que habilidade e pokemons podem ser úteis. - Rindo Allan falou. - O único problema é o controle da técnica, seu pidgeooto poderia mover com o vendo algum destroço deixando a situação pior do que já estava. -



Kevin franziu a testa tentando identificar se Allan estava realmente falando sério sobre ele ter que fazer mais 10 resgates. Ele havia começado sua jornada de uma forma bem diferente aprendendo uma profissão na prática. Bombeiro para missões de resgates.



– Mas, estou feliz que está aqui. - Disse Allan. - Desculpe chamá-lo de moleque. -



– Desculpa uma ova! - Disse Kevin. - Assim que tirarmos o professor ai debaixo eu vou procurar a pia da cozinha para jogar na sua cabeça. - Dizia Kevin sério, mas começou a rir ao ver que Allan apontava para uma pia aos pés de Kevin.



– Vamos continuar Allan, se não podemos fazer ele escorregar pelo buraco sem se ferir, vamos ter que tirar tudo de cima dele. - Dizia Kevin vendo Allan parado olhando em volta.



Estavam todos esgotados, não haviam mais pessoas com energia para continuar e os pokemons também estavam bem cansados. Allan sabia, estavam além de seus limites e aquilo não era bom.



– Fizemos um buraco para trazer Elm para fora, mas ele esta com a perna quebrada e isso significa que ele não poderá se locomover sozinho. Nenhum dos pokemon tem tamanho suficiente para entrar e trazê-lo sem que ele se machuque. O importante é trazê-lo sem que ele se movimente muito e sem arrastá-lo pelo chão para evitar que ele se rasgue nos escombros. - Allan respirou fundo tirando o capacete da cabeça. - A melhor solução era revestir o buraco de gelo para podermos simplesmente puxá-lo para fora, escorrendo pelo gelo. Mas, sem um pokemon que possa controlar o ataque com precisão, o buraco seria lacrado pelo gelo. Além disso, Chickorita agora está segurando uma viga, e ela seria afetada pelo raio de gelo. -




– Seria bom um teleporte agora, né? - Falou Kevin olhando em volta.





A cidade estava toda lai, ajudando no resgate. Ele pode ver um garoto gordo, completamente sujo e suado. Estava sentado ofegante com cara de desolado.





– Foi exatamente isso que eles foram buscar, dentre outras coisas. - Riu Allan. - Estamos sem energia elétrica na cidade inteira. Joy e Elm sabiam que era perigoso, mas foram ao Centro Pokemon pegar alguns pokemons que lá estavam e alguns medicamentos. - Allan suspirou. - Dentre os pokemons estava um pokemon psíquico. Mas, de acordo com a Joy não encontraram-no, então a Estilo de Poder deve ter levado-o. -




– Ei... Você disse pokemons? - Perguntou Kevin. - Tenho certeza que se você ver os pokemons disponíveis vai pensar em alguma coisa, encontrar uma habilidade que eles possuem para ser usada. - Kevin não esperou a resposta de Allan.




Allan olhou Kevin correndo e respirou fundo para voltar a organizar as coisas. Deixaria o jovem trazer os pokemons para que pudesse pensar em algo.





– Ei você! - Kevin abordava o garoto gordo. - Pode ir la no laboratório e trazer uma lista de todo o pokemon que estiver por lá? -





O garoto piscou os olhos sem entender se aquilo era com ele e para que isso serviria. O menino olhou na direção que estava o laboratório. Estava a um quilômetro, mas parecia bem mais perto. Tudo por lá era iluminado por tochas, não havia eletricidade alguma ainda. E ali, junto aos escombros do Centro Pokemon, além das chamas, Mareep se mantinha usando o iluminar como podia.




– Você pode fazer isso? Precisamos com urgência. - Falou Kevin novamente.



O Gordo levantou-se acenando com a cabeça e partiu em direção ao laboratório correndo, apesar de ser visível que a velocidade dele correndo era a mesma que caminhando.



Alguns outros jovens que estavam por ali começaram a rir da cena do gordinho desengonçado.



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Amanhecia, mas não parecia que a cidade estava disposta a acordar. Tudo estava no mais completo silêncio. New Bark no geral possuía cerca de 200 mil habitantes, no entanto após o ataque da Estilo de Poder, muitos havia ido embora. Difícil a confirmação de 10 mil mortes naquela cidade, 50 mil que estavam abrigando-se em outras cidades menos devastadas, os 140 mil habitantes de New Bark estavam acampados, precariamente, próximos ao Laboratório do Professor Elm.



A Estilo de Poder havia devastado a cidade inteira. Não havia realmente destruído todos os prédios como era a impressão que se tinha quando se entrava pelo inicio da cidade. As construções que davam na saída Oeste da cidade haviam se mantido intactas. A maioria dos desmoronamentos aconteceram após o ataque. O alvo não era a cidade, mas sim os pokemons. No entanto, quando a policia e alguns outros tentaram combater os roubos a destruição começou a ocorrer.



Sem energia elétrica, com pouca água e comida, as pessoas iam tentando se organizar para restaurar a cidade. O Professor Elm e a Enfermeira Joy eram os mais atarefados. As 10 Oficiais Janes que haviam sobrevivido ao ataque tentavam auxiliá-los, mas tinham suas próprias tarefas em meio ao caos que New Bark havia se tornado.



– Obrigado por me resgatarem. - De Cabelos castanhos quase vermelhos, óculos com uma parte da lente esquerda quebrada e um jaleco que já não se podia dizer se era branco ou marrom terra, o professor agradecia a Allan. - Acho que uma perna quebrada não foi tanto se conseguimos pegar os pokemons, os medicamentos e o gerador de energia. Mas, como está a Joy? -



– Estou aqui professor. - Sorriu a enfermeira mostrando estar bem e que com ela tudo foi apenas um susto. - O gerador está sendo instalado nesse momento. Dentro de uma hora estaremos com energia e vamos priorizar os cadastros dos treinadores e os pedidos de ajuda. -




Allan olhou para Joy e foi em direção a uma parede onde encostou e deixou seu corpo começar a pedir descanso. Ele sabia que o número de mortos deveria passar dos 100 mil, em especial porque o rápido senso promovido pelo professor mostrava faltar um número grande pessoas, inclusive pessoas que o próprio Allan tinha como família. Inclusive todos os membros da Prefeitura estavam desaparecidos. A cidade estava em colapso.





Mas, Allan não iria assumir a liderança da cidade. Aquele iria ser o trabalho de Joy, conforme indicava os estatutos de Jotho. E ela estava fazendo o que podia. Mas, para uma Enfermeira, administrar uma cidade inteira, em ruínas, talvez fosse a coisa mais louca que poderia existir.





– Professor, preciso que descanse no dia de hoje. Irei precisar do senhor para me ajudar. - Diz Joy.




– Não posso descansar, você tem muito trabalho para fazer. - Comentou Elm. - Mas, antes... Como foi que me retiraram dos escombros? Eu lembro que a ideia do túnel havia falhado porque eu não conseguiria me arrastar e nem ser arrastado sem me ferir por ele. -




– Usamos um Muk. - Diz Kevin se aproximando. - Dos pokemons não levados pela Estilo de Poder, sobrou um Muk. Ele entrou pelo buraco, envolveu-o na gosma e veio lhe trazendo pelo buraco dentro do corpo dele. -





Kevin ainda estava completamente sujo. Tinha olheiras, mas parecia ser o de melhores condições em toda a cidade. Talvez por não estar vivendo o pesadelo a tanto tempo quanto eles.





– Uou... Você é Kevin Maerd Júnior. - Gritou Elm chamando a atenção de algumas pessoas. - Como vai o Professor Carvalho? O que você está fazendo aqui? Aquele Gastly era o seu ? Cadê o Professor Carvalho? -





Kevin piscou sem conseguir acompanhar as falas de Elm.





– Venha Kevin, as pessoas aqui dentro estão para descansar. - Diz Joy encaminhando o rapaz para fora da improvisada enfermaria que havia se tornado um dos quatros do laboratório do Professor Elm.





Joy fechou a porta e foi em direção a uma varanda. Eles estavam no terceiro andar, último, do prédio do Laboratório. Kevin a seguiu até a varanda e viu Joy fechar a porta atras deles.




Kevin via as milhares de barracas, improvisadas, montadas por todo a extensão que era o laboratório do Professor Elm. Ali deveriam haver os pokemons dos treinadores que tinham o Professor Elm como especialista, mas infelizmente haviam restado poucos, não mais que 100 e dentre eles o Muk que foi usado no resgate.




– Esse é o único lugar que eu consigo ficar sozinha com meus pensamentos. - Joy suspirou. - Eu te agradeço por toda ajuda que nos deu ontem Kevin. - Joy apoiou-se no parapeito da varanda olhando para as milhares de pessoas que estavam lá em baixo. Cada qual tentando fazer sua parte para ajudar a cidade.





– Não precisa... Eu não sabia ao certo que estava fazendo. Quem fez tudo foi o Allan. - Kevin fechou os olhos bufando. - Eu realmente cheguei no desastre para ajudar, mas aquele velho começou a gritar comigo me chamando de moleque... Tinha que fazer tudop certo para mostrar para ele que eu não era moleque. - Kevin se demonstrava um pouco irritado.




– Não ligue para isso. - Joy deu algumas risadas. - Allan é rabugento por natureza. Nunca pede desculpas a ninguém e muito menos tenta ser delicado com as pessoas. Mas ele pareceu ter simpatizado com você.




Kevin ficou parado olhando para Joy, com um certo ar de surpreso. Allan havia pedido desculpas a ele a noite passada, mas de acordo com Joy aquilo não acontecia. Kevin sentiu-se estranho com aquilo. Ele estava todo raivoso, apesar de nitidamente gostando de ajudar aquelas pessoas, mas estava irritado com pessoas que estavam no seu limite de estresse. Pessoas que perderam tudo. A única pessoa que parecia saber o que estava fazendo naquela confusão.




– Todos aqui estão no seu limite. Não sei quanto tempo vamos aguentar... Sua ajuda foi fundamental ontem a noite. Não importa o que você pense. - Era visível que a enfermeira de pele clara, olhos lilas e cabelo rosa estava assustada com tudo e a pressão em cima dela era muito grande.



– Joy, você está bem? -




A enfermeira forçou um sorriso, mas acabou apenas suspirando. Ela não estava nada bem.





– Eu não sei exatamente o que estou fazendo. - Dizia a enfermeira encarando Kevin. Ela tinha uma cara de quem a qualquer momento ia chorar. - Isso aqui é uma cidade destruída onde as pessoas contam comigo. Sou uma enfermeira e estou seguindo os ideias da enfermagem, ignorando a ideia que sou enfermeira pokemon e não de humanos. Deixei Allan para resgatar o máximo de sobreviventes, mas ele é o único que sabe o que faz. Estou com o professor cuidando dos feridos, mas existem muitas outras coisas para fazer. -




– Sinto muito por estar nessa situação. Pelo que escutei o prefeito deve estar morto debaixo dos escombros de um desses prédios. - Comentou Kevin. - Mas, as pessoas parecem querer ajudar, pelo menos vi isso ontem enquanto tentávamos resgatar você e o professor.



– Mas, eu não sei o que fazer. E Elas também não sabem. Elas precisam que alguém diga a elas o que fazer. - Joy segurou uma lagrima. - Eu também preciso. -



Joy começou a chorar e escondeu as mãos no rosto. Aquela cena acabou com Kevin. Se havia algo que ele nunca tinha visto era uma enfermeira Joy em prantos. Elas eram preparadas para serem fortes e o porto seguro de milhões de treinadores. Mas, a Joy da cidade de New Bark havia levado um golpe mais forte do que ela podia aguentar.




– Desculpe... - A enfermeira ia sair da varanda chorando, mas Kevin o impediu.




– Esse é o único lugar que consegue ficar sozinha. - Disse Kevin saindo da varanda.



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Kevin sabia que New Bark não tinha mais nada a oferecer-lhe a não ser coisas para fazer pelos outros. De certo que ficar ali significava não uma pessoa a mais para ajudar, mas uma pessoa a mais para preocupar aos demais.




– O que... O que... Está fazendo? - Uma voz interrompia Kevin.





Kevin havia sentado-se próximo ao laboratório e estava tentando analisar um mapa. Usava de um pequeno livreto que dava indicações sobre alguns pontos importantes de Jotho. Era como uma guia para treinadores. No entanto, a voz pegou Kevin de surpresa.





– Você! - Kevin sorriu identificando o jovem gordo que havia ajudado-o a noite passada. - Estou tentando identificar a rota para Azálea e o Centro Pokemon mais próximo. - Kevin parou e levantou-se da grama. - Por sinal... Obrigado pela ajuda ontem! Sou o Kevin, como você se chama? -




– Eu? - O rapaz gordo ficou mudo durante um tempo até que percebeu a mão do Kevin estendida. Ele se assustou e tentou apertar a mão de Kevin logo em seguida, mas começou a escutar algumas gargalhadas e zoações.




“Chupeta de Baleia!” Alguns jovens gritavam. “Ele está tentando fazer amizade com um treinador experiente.” Gritava outro. “Cuidado que ele pode achar que você é comida.”





Kevin olhou para a situação e viu o rapaz gordo sair correndo. Ele estava sendo azoado pelos demais e pela primeira vez Kevin percebeu que o rapaz realmente era uma pessoa meio desajustada. Talvez a noite passada estivesse muito cansado e muito escuro para se importar com qualquer coisa, mas naquela naquele momento ele entendia as risadas que escutou durante o resgate. O chamado Chupeta de Baleia era gordo, do cabelo bagunçado, andava de forma estranha, quase que indo de um lado para o outro. A voz era meio engraçada e as roupas de gordo não o favoreciam.




Aquela visão fazia um contraste completo com os jovens que estavam a zoar dele. Já que todos tinham um pequeno porte atlético para a idade. Apesar das condições precárias que a cidade se encontrava, eles estavam com roupas limpas e pareciam uma pequena gangue.




– Saiam daqui seus moleques! - Gritou Allan se aproximando fazendo os jovens correrem assustados. - Já falei que não quero nenhum verme aspirante a treinador rondando o laboratório. -




– Ei! - Kevin olhou irritado para Allan. - Não fale assim dos Treinadores Pokemons. -




Allan olhou para Kevin e cruzou os braços encarando-o.





– Você parece um senhor muito legal. Mas tem que parar com isso de ficar menosprezando as pessoas. - Dizia Kevin visivelmente irritado.




– Não tenho nada contra treinadores. Já fui um, e dos bons. - Sorriu Allan. - Mas, aqueles garotos não são treinadores. São apenas moleques que ficavam perturbando as pessoas pela cidade e causando confusão. O Arentilmar é a maior vitima deles. - Allan olhou para o chão vendo o mapa de Kevin. - Haviam 30 jovens que se tornariam treinadores esse mês, Arentilmar e os moleques estavam entre eles. - Allan pegou o mapa de Kevin e sorriu para ele. - Você é uma pessoa de personalidade meu caro Kevin. Treinadores Pokemons amadurecem rápido e aprendem a se virar na vida deixando certas coisas de criança de lado. Se tornar treinador talvez colocasse juízo na cabeça daqueles moleques. -




Kevin olhou Allan dizendo aquilo.




– Bem... Você deve pegar essa rota aqui e essa outra aqui. Vai demorar um pouco mais, mas chegará a Azálea em segurança. - Disse Allan. - Tem que evitar esses Centros Pokemons e essas rotas. -



– O que? - Kevin viu ele marcar o seu mapa rapidamente. - Por que eu faria isso? - Kevin parou alguns instantes. - E quem é esse Aren.. Arent..Arentilmar... Ah aquele tal de Are que você ficou falando ai? -



–Arentilmar. - Disse Allan. - É o jovem gordo que estava aqui falando com você anteriormente. - Allan viu Kevin olhando para a direção em que o rapaz correu. Era realmente um nominho difícil.



– Porque... - Allan olhou Kevin e olhou em volta. Confirmava que não havia ninguém perto e aproximou-se um pouco mais de Kevin. - Essas rotas e Centros Pokemons não foram alcançados por ninguém que foi pedir ajuda durante a semana. -



Kevin ficou sem falas. Ele ia soltar um berro mas foi impedido por Allan. Aquilo não parecia real, mas Allan tentava explicar, de forma rápida e em baixo tom que desde o primeiro dia, assim que o ataque cessou. Pessoas eram enviadas aos centros Pokemons próximos, ou para algumas rotas que poderiam encontrar ajuda, mas a ajudava nunca chegava e as pessoas enviadas para buscar ajudas, nunca voltavam.




– E ninguém está sabendo disso? - Kevin estava assustado. - Temos que ir ver o que está acontecendo. - Diz Kevin.




– Duas Oficias foram e não voltaram. - Diz Allan. - As pessoas sentiram falta dos primeiros que foram, mas os que foram mais tarde foram em segredo. Como a cidade está um caos, poucos sabem ao certo quem foi encontrado ou não, quem foi resgatado ou não. Então os boatos ainda não estão rodando. -



Kevin assentiu com a cabeça entendendo o motivo de Allan estar instruindo-o de que deveria fazer uma outra rota.



– A Joy deve estar completamente desesperada. - Kevin suspirou. - Ela realmente não tem ideia do que fazer nessa situação. -



Allan concordou com a cabeça e sentou-se na grama. Ele estava cansado, não estava podendo dormir com tanta coisa acontecendo. Mas, ele também não podia fazer muito mais do que organizar as expedições de resgate e ajudar as pessoas feridas.



– A Joy está em uma situação muito delicada. Em uma situação como essas o importante era garantir a vida e segurança de todos antes de qualquer coisa, mas estamos muito cansados e não conseguimos encontrar a todos. - Allan riu. - Nem sabemos quem são todos. -



– Como assim? - Kevin não entendeu. - Eu entendo que New Bark é uma cidade com mais de 200 mil pessoas, mas não há registros das pessoas, ou algo parecido para contabilizar? -



– O problema foram as festas de Ano novo. - Diz Allan. - Recebemos muitos turistas, para acabar de completar acho que temos cerca de uns 150 treinadores visitando a cidade que perderam seus pokemons. Ou seja, eles não vão a lugar nenhum. -



– E porque eles não voltam para suas cidades? - Perguntou Kevin.



Allan olhou Kevin incrédulo. Eles estavam sem energia elétrica, então não tinham como se comunicar ou transferir pokemons. Tudo aconteceu devido a Estilo de Poder, então o medo dos treinadores era muito grande. Nenhuma pessoa deveria viajar sem pokemon. Aquilo era o básico para os treinadores. Só mesmo uma pessoa muito louca e desesperada o faria.



– Ok... Pergunta idiota. - Kevin sorriu sem graça sentando-se.



– Mas... Isso era o principal a se fazer. - Diz Allan. - Falei 150 pois eram os registros que Joy possuía, mas dos prováveis 140 mil habitantes que deveriam estar vivos, muitos já tem idade para serem treinadores, e agora ou estão sem pokemons, ou nem retiraram suas credenciais ainda. - Allan riu. - O melhor era ter morrido mais gente



Kevin franziu a testa e ficou cara de assustado.



– Pode parecer cruel, mas é um fato. Não temos recursos para tantas pessoas. Algumas sequer sabem fazer algo por elas mesmas nesse momento, precisam que alguém faça tudo por elas, lhes de a comida, água, diga onde vai dormir, como dormir. - Allan suspirou. - Eu vivi muito Kevin. Vi muitos desastres, alguns como esses ataques, e outros causados apenas pela natureza. Algumas pessoas não se recuperam de situações como essas. -




Kevin abaixou a cabeça. Era horrível pensar que um desastre como aquele poderia acontecer. Não se comparava a destruição do dia da princesa que ele tinha presenciado. No entanto, se sobrevivesse ao ataque eminente, ainda precisava ser forte para sobreviver as lembranças. Algumas pessoas chegariam ao ponto de não ter mais vida devido aos traumas do incidente. Era impossível para Kevin aceitar que Allan estava dizendo que era melhor ter morrido mais gente, mas algo dentro dele entendia perfeitamente o que ele estava dizendo.




– Quanto mais gente tiver nessa cidade, mais difícil vai ser restabelecê-la. - Diz Allan. - Você foi muito útil ontem a noite e eu gostaria de poder contar com você para continuar os resgates, ou na verdade a retirada dos corpos. - Allan fez um pequeno muxoxo. - Mas, a verdade é que você vai passar a comida de um sobrevivente, a água, e outros mais. -



– Por isso está me dando a rota que acredita ser a mais segura. - Diz conclui Kevin. - Mas, acho que eu não sou o único que deveria ir embora então... Os treinadores e os jovens com idade deveriam ganhar o mundo. Como treinadores vão poder se virar por ai e assim diminuiria o número de pessoas aqui. -



– E acha que podemos simplesmente expulsá-los dessas ruínas? - Allan disse como se a fala de Kevin fosse a coisa mais óbvia. - Quando uma calamidade ocorre as pessoas tendem a procurar ajuda e não fazerem nada por si próprios. O certo é quem estiver em condições de ir para outro lugar, ir imediatamente. As pessoas aqui em New Bark estão esperando uma ajuda para algo que eles nem sabem. A vida das pessoas aqui acabou. A cidade vai demorar pelo menos um seis meses para ser reconstruída e voltar a ter pelo menos metade de suas atividades normais. Quem não tem nada na vida além dos terrenos cheios de destroços aqui terão de ficar aqui. Mas, quem nem isso possuem e podem procurar uma nova vida... Deveriam recomeçar. Encontrar algo que faça eles esquecerem os momentos difíceis que viveram e que traga o seu melhor para fora. - Dizia Allan. - Mas, faça Joy dizer isso a eles? Quem tem coragem de dizer a essas pessoas, após o terror que passaram, que devem deixar o passado de lado e se lançar em um futuro sem nada nas mãos ou nos bolsos? -



– Algo que traga o seu melhor para fora. - Repete Kevin pensativo.



– Isso aí. - Sorriu Allan. - Bem... Não vou ficar tentando te convencer a fazer as coisas, mas eu aproveitaria que ainda é cedo para começar sua caminhada. -



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A floresta foi alcançada com um pouco mais de 30 minutos. Um pouco empoeiradas e algumas até caídas, as árvores que ladeavam o entorno da destruída cidade de New Bark se encontravam bem afetadas com a destruição da cidade. Kevin já julgava que teria mais de 500 metros de floresta afetada, pensando que o lado que daria em Kanto apenas não foi afetada devido ao grande morro que havia antes dela.



Um zumbido. Kevin se virou assustado procurando. Aquele zumbido era de um dos pokemons que Kevin menos gostava e que fazia tempo que não dava de cara com um. Beedrils, pokemons abelhas que chegavam a ser os pokemons mais perigosos para os viajantes. Tudo porque andavam em bando, ou um enxame como era tecnicamente falado pelos especialistas.



– Achei... - Kevin olhou curioso e viu que tratava-se de uma Beedril solitária que estava caída embaixo de uma arvore. Ela já não se agitava muito e parecia bem cansada. - Será que você está ai a semanas ou algo... - Kevin parou ao se aproximar viu o zumbido aumentar de forma muito irregular e logo percebeu um enxame se aproximando.



Kevin deu alguns passos para trás e preparou para pegar a pokebola, mas parecia que os pokemons resolveram ignorá-lo. Ficaram a rodear a abelha presa por algum tempo levantando muita poeira no local e logo acabaram indo embora.




– Trazer para fora o seu melhor. - Kevin fechou os olhos pensando naquela frase.





A frase era tão familiar e havia lhe ampliado tanto os horizontes. Algo que traga para fora o seu melhor. Ele já havia escutado aquilo antes. Bem no começo de sua jornada. Uma garota de pele clara, da idade dele, cabelos rosas próximo a Pallet. Melani Meldari.




Melani Meldari. A primeira pessoa que ajudou Kevin a sua jornada. Assim que saiu de Pallet, ele cruzou com Choc que tentou avisar-lhe que a floresta era perigosa a noite, mas devido a estar correndo e Kevin irritado, mais parecia uma ameaça do que um conselho. A menina havia encontrado Kevin no riu, fugindo de Beedrils. Ela dizia ser uma pesquisadora Pokemon, ou ao menos estudava para tal coisa e morava em New Bark.



A menina de cabelos rosas admirava o pai de Kevin e suas pesquisas e Kevin nos poucos instantes que esteve com ela apreciou a companhia e aprendeu muito. Em especial o Sentido em capturar um pokemon.



Todos os pokemons enquanto não encontram um parceiro que traga para fora todo o seu potencial, sentem-se sozinhos.” Era o que Melani acreditava e Kevin passou acreditar. Que cada treinador tinha a missão de trazer o melhor de cada um de seus pokemons para fora. Mas, aquela foi a única vez que teve contato com a menina.



– Ela era aqui de New Bark. - Kevin abriu os olhos lembrando-se da sua amiga e como foi o encontro com ela a dois anos atras. - Eu acho... Kevin parou por alguns instantes. -




Melani tentava capturar um pokemon que estava enfurecido e causando confusão no rio. Na verdade ela acreditava que o próprio pokemon estava com problemas e ela queria ajudá-lo a seu melhor vir para fora.




– Trazer o melhor de cada um para fora... - Kevin repatia enquanto se aproximava do tronco que prendia a Beedril. - Não faça barulho. Suas amigas vão vir e levantar a poeira e piorar sua situação. Só quero te ajudar. -



Kevin por um breve momento havia levado além o que Allan havia falado. Não apenas os habitantes da cidade estavam com problemas e precisavam migrar, mas os pokemons nos arredores. A cidade havia sido afetada assim como a floresta. Os pokemons poderiam estar presos ou sem lugar para ir aos milhares ao redor de New Bark.



Um zumbido e a beedril presa ganhava liberdade. Ela parecia bem fraca, mas ficou parada olhando para Kevin. Sorrindo Kevin fez sinal para que ela fosse embora. A pequena desaparecia pela floresta empoeirada.



Kevin olhou para trás na direção em que ficava New Bark.



– O melhor para fora! - Repetiu ele.



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– Pode tentar. - Dizia um rapaz todo sujo de graxa para a Enfermeira Joy que estava sentada em frente a um computador desligado.




Em questão de segundos a tela ligava e o sistema começa a iniciar. Joy sorria aliviada.



– Obrigada Roy. - Joy parecia mais leve. - Não sei o que seria de nós sem você por aqui. -



– Não fiz nada demais. - Riu o homem vestido de mecânico. - Vocês encontraram o gerador e arriscaram a vida de vocês. Eu apenas liguei o computador e a internet no gerador. - Joy coçou a cabeça. - Mas, pensando bem, eu não entendo nada de internet... É... Não sei o que seria de vocês sem mim. -



A enfermeira riu e olhou para a tela do computador.



– Só deixei energia para esse computador, a internet e esse telefone antigo que achei. - Disse Roy. - O Videophone vai comer muita energia do gerador e não sei como instalá-lo. -



– E o gerador vai aguentar quanto tempo? - Perguntou Joy.



– 24 horas. - Disse o rapaz meio desanimado. - Mas, ele era o do Centro Pokemon certo? Arrume um pokemon elétrico para dar carga ao gerador a cada 12 horas para manter a energia sempre acima da metade e ele funcionará constantemente. - Roy sorriu e preparou-se para sair. - Você quer que eu chame alguém para lhe ajudar? -




Joy sacudiu a cabeça indicando que Allan estava chegando. Roy passou saudando Allan e logo o velho homem dos resgastes estava junto a Joy no computador.





– O que vai fazer primeiro? - Perguntou Allan puxando uma cadeira. - Vai se atualizar sobre tudo o que ocorreu nessa semana que estivemos ausentes do mundo, ou vai declarar estado de emergência de imediato? -




– Eu não sei como fazer a segunda coisa. - Diz Joy sem graça. - Mas, vou ligar direto para a Central de Centros Pokemons e pedir orientação. - Joy pegou o telefone.



– Nesse caso vou verificar o meu e-mail. Provavelmente devo ter recebido instruções da corporação a respeito das calamidades. - Allan riu. - Eu já falei para eles que estou aposentado e devem parar de mandar essas coisas idiotas para o meu e-mail, mas talvez agora sirva para algo. -



Não demorou para que os dois conseguissem pedir socorro e saber que 10 das grandes cidades de Jotho foram bem arrasadas. O Continente inteiro havia declarado situação de emergência e que cada GOVERNANTE deveria tomar medidas para assegurar a vida dos habitantes e viajantes.



– Aqui está falando que 4 pessoas da Associação de batalhas, e do governo, foram enviadas a cada cidade para auxiliarem no necessário. - Dizia Allan lendo seu e-mail informativo. - Acho que eles deveriam ter chegado aqui ontem, pois essa era previsão da chegada deles a New Bark. -



– E quem seriam essas quatro pessoas? - Joy questionou irritada. - Onde estão eles? - Sacudindo o senhor demonstrando estar aflita. -Não quero governar a cidade! Que eles mandem um prefeito substituo – Gritava ela.



– Eu não sei por que ainda não chegaram. - Diz Allan empurrando-a. - Acalme-se mulher, ou esquecerei que você é uma e vou lhe dar umas palmadas para você ter motivos de histeria. -



– Eu não tenho medo de suas ameaçadas, quem é que vem para cá? - Joy retirou o velho da frente do computador e começou a ler o e-mail rapidamente. - Não tem ninguém para assumir a porcaria da prefeitura? -



Joy engoliu um seco ao perceber que Allan a olhava de forma ameaçadora. Os dois se encararam e logo começaram a rir da situação. Mas, algo inesperado aconteceu, eles começaram a escutar os risos e gargalhadas de muitos outros.



– Está acontecendo algo? - Perguntou Joy.




Joy e Allan saiam do pequeno escritório do Professor Elm, onde haviam colocado o gerdor de energia os equipamentos que usariam. Eles foram até o que deveria ser a garagem do laboratório, o local onde tinha mais barulho e se depararam com uma fila de vários, começando dentro da garagem e se estendo pelas ruas destruídas da cidade.




– Próximo! - A voz de Kevin era escutada aos berros.



Joy e Allan se olharam sem entender e via um garoto saindo com uma pokebola nas mãos indo para outra fila que começava a se formar do outro lado do laboratório.



– Eu não to nem ai se você tem meno de spinaraks vai ficar com ele! - Gritava Kevin. - Próximo. -



Na garagem algo incomum acontecia. A máquina de transferência de pokebolas estava funcionando com a energia elétrica gerada pela marrep de Kevin. Kevin ficava ao lado da máquina e depois de alguns minutos, uma pokebola chegava e o alguém da fila recebia o pokemon que havia sido teleportado. Alguns gostavam do que recebiam, outros reclamavam e recebiam gritos de Kevin.



Algumas vezes uma ventania começava e Kevin saia correndo para o ponto da fila onde a ventania acontecia. Seu Pidgeotto anunciava dos ceús que uma briga começava a ocorrer na fila e Kevin acaba sendo o vencedor dela, após gritar e ameaçar os brigões a tirá-los da fila, permanentemente.



– O que está acontecendo? - Perguntou Joy a Kevin não entendo, mas achando a situação interessante.



– Distribuição de Pokemons. - Disse Kevin não dando muito atenção aos dois recém-chegados pois outra pokebola chegava.



Da pokebola recém-chegada saia um spearow. O jovem olhou meio sorridente.



– Eu tinha um desse. - Sorriu o rapaz. - Valew Kevin! -



– O que exatamente está acontecendo? - Perguntou Allan. - Achei que tinha ido embora. -



– Bom... Você me disse que as pessoas que estão aqui precisam trazer para fora o seu melhor. Encontrarem novos rumos e que muitos precisam que alguém diga para eles o que fazerem... - Kevin olhou para a grande fila. - Quando estava indo embora percebi que não só os humanos estão nessa situação, mas os pokemons que vivem ao redor da floresta de New Bark também. Eles sofreram e ainda sofrem com o ataque a cidade. -




– Vai demorar muito para chegar o próximo? - Questionou o atual primeiro da fila, mas percebeu que Kevin apenas lhe deu um olhar gelado e resolveu se calar.





– Então procurei alguns treinadores locais que não haviam perdido seus pokemons e propus que conseguíssemos pokemons para servirem de iniciais para todo o jovem que aqui estivesse e se dispusesse a começar uma jornada como treinador, bem como um pokemon inicial novo para aqueles que tiveram todos os seus roubados e não estão podendo voltar para suas casas. - Kevin sorriu. - O Aren... Aren... O garoto gordinho passou chamando todos os jovens de 10 a 16 anos para cá e enfileirar-se e passei a proposta, recebe um pokemon quem aceitar virar treinador e deixar a cidade para poder diminuir o número de pessoas que você precisa tomar conta Joy. -




– Kevin... - Joy ficou escutando aquilo sem saber o que dizer. - Mas tem mais de 500 jovens nessa fila.



– Pois é... já distribuímos 50 pokemons. - Suspirou Kevin. - Os treinadores que estão na mata são os únicos que tinham o Professor Elm como especialista pokemons. Tudo que eles capturam deveria vir para o laboratório automaticamente, mas a máquina não estava funcionando por falta de energia. Estou tento que manter a mareep ligada a ela. -



– Todos estão dispostos a viajarem pelo mundo com o pokemon que receberem? - Perguntou Allan.



– Alguns bem que reclamam, mas o Kevin grita tanto que achamos melhor aceitar qualquer coisa e partirmos para ficarmos longe dele. - Respondeu o rapaz que estava como o primeiro da fila. - A propósito, vai demorar muito? -




– Está chegando um agora. - Sorri Joy pegando a pokebola e entregando ao rapaz. - Tome conta direitinho dele. -




Joy viu o rapaz ir para a outra fila que se formava.



– E para que serve a outra fila? - Perguntou Joy.



– Eu e os treinadores que estão na mata estamos resolvendo o problema de um pokemon inicial, mas eu não posso registrar ninguém como treinador... Estão fazendo fila para que você os registre. -



– Eu? - Joy ficou surpresa. - Mas, eu nem sabia que isso estava acontecendo... - Joy ficou estática, mas acabou dando uma risada. - Tudo bem... isso eu sei fazer. Só não tenho pokeagendas para todos. De qualquer forma... Obrigada Kevin. -




Allan ficou olhando aquilo admirado. Não era uma ideia ruim. Evidente que seria impossível o grupo de treinadores da floresta capturar mais de 500 pokemons, não teria tantos em torno da mata. E se conseguissem fazer isso iriam destruir o ecossistema da região certamente. Mas, Kevin havia percebido algo que ele não costumava atentar-se muito, nos desastres, ops pokemons também sofriam.




– A ventania significa que está tendo confuso na fila, certo? - Allan sorriu. - Vou te ajudar a gritar com essa galera mais nova e... - Allan parou assustado. - Que merda é essa? -



Joy e Kevin, bem como a maioria das pessoas que estava dentro da garagem, correram para ver o que estava causando alvoroço do lado de fora. A gritaria do lado de fora era bem maior do que uma simples confusão por alguém que queria furar fila, ou por um esbarrão.



Completamente cinza e com uma extensão que eles não podiam calcular, um dirigível começava a pousar, após ter passado pelos céus da cidade de New Bark. O Gigantesco dirigível possuía a insignia das forças armadas e causavam uma grande ventania enquanto pousava.



Os habitantes de New Bark corriam para ver quem estava chegando, apesar de estarem temerosos de ser um novo ataque da Estilo de Poder. Apenas os jovens se mantinham na fila, com medo de perderem a oportunidade de se tornarem treinadores pokemon, o que para muitos poderia ser a única solução após perderem tudo.




– Acho que são as pessoas enviadas pelo governo de Jotho. - Diz Joy animada.




– Não anime-se, não vai escapar de ser prefeita interina. - Riu Allan.



– Você é um velho muito chato. - Reclamou Joy.




A porta do dirigível se abria e de dentro saia alguns soldados com fardas militares, se posicionando como se estivessem cobrindo o perímetro e logo todos podiam ver um homem musculoso e alto a caminhar sorridente para fora do dirigível. Seus cabelos loiros e sua feição sisuda não deixava dúvidas para quem o conhecia.




– Tenente Surge! - Gritou Kevin surpreso ao identificá-lo correndo até ele.



Atrás de Kevin aparecia uma enfermeira Joy, um senhor de terno com um óculos fundo de garrafa e Trainen, o comentarista pokemon.



– Kevin.. Garoto, você vive no meio da destruição. - Riu o homem vendo o rapaz se aproximando. - Mas, vamos corrigir essa sua fala. General Surge. Agora eu sou General! -



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Aqueles foram dias difíceis. Eu oscilava entre comer as pessoas na porrada e fazê-las engolir as pias da coas cozinhas, e ajudá-las. Sinceramente acho que se não tivesse lembrado de Melani não teria ajudado-os tanto.



Enquanto estava em New Bark eu aprendi muito sobre resgate com o Allan, mas passei um bom tempo com o Trainen e ele não é tão inútil quanto eu achava.



Resgatar pessoas em acidentes era uma tarefa que exigia muito das pessoas. Um treinador pokemon precisava de muita habilidade para usar seus pokemons para auxiliar no resgate. Eu não sei se tenho toda essa habilidade, mas a sensação de comandar meus pokemons para fazer tarefas que poderiam salvar uma vida, ao invés de ferir uma era realmente indescritível. Sei porque Allan dedicou sua vida toda a essa tarefa.



Será que eu seria um bom Bombeiro de Resgate? Pensando bem... Acho que não. Estou precisando ser resgatado no momento. Ainda estou em alto mar com a minha vida por um fio.





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Notas finais do capítulo

espero q tenham apreciado o capitulo de hoje!

Aproveitando, tenho achado que os capítulos tem ficado bem grandes, pretendo dar uma enxugada. Mas, para isso preciso da opinião de vcs.

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Nome: Kevin Maerd Junior

Cidade Natal: Tin na região de Kanto

Ocupação: Treinador

Nível: F (Iniciante)

>>>>> Tempo: 4 a 5 (F)

>>>>> Jornadas e Pesquisas: Regiões vizinha a sua (F)

>>>>> Técnicas: Realiza técnicas fazendo variações para alcançar novos efeitos (E)

>>>>> Torneios: São convidados a participarem de Torneios Festivos (E)

>>>>> Estilo: Desenvolvimento de estratégias (F)

Idade: 14

Qtd. Pk: 7

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Ativos:

Gastly - Nível de Raridade (10)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Inicial (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por energia (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva direta (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Fantasma (3pts) e Venenoso(1pt)

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Mareep - Nível de Raridade (7)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Inicial (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por energia (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva direta (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Elétrico(1pt)

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Chickorita - Nível de Raridade (7)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Inicial (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por energia (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva direta (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Planta (1pt)

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Pidgeotto Raro - Nível de Raridade (13)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Secundário (2pts)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por energia (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva direta (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Incomum (5pts)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Normal (1pt) e Voador (1pt)

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Slowbro - Nível de Raridade (16/18)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Secundário (2pts)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por Mecanismo Especial (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva Ramificada (3pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Psíquico (3pts) e Água (1pt) [Abordarei um 3º elemento, no caso GELO (2pts)]

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Tauros - Nível de Raridade (6)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Treinados (3pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Inicial (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Não Evolui (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Não Evolui (0pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Normal (1pt)

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Guardados:

Caterpi - Nível de Raridade (5)

>>>>>>>>>>>>>> Utilidade: Recém Capturado (1pts)

>>>>>>>>>>>>>> Estagio evolutivo: Estágio Inicial (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Forma de Evolução: Evoluiu por energia (0)

>>>>>>>>>>>>>> Possibilidade de evolução: Linha evolutiva direta (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Constituição física: Comum (1pt)

>>>>>>>>>>>>>> Elementos: Fantasma Inseto (1pt)