Tomei meu banho e fui separar minhas melhores roupas pra ir na festa pra Le me ajudar a decidir qual colocar, escutei a campainha e logo depois alguém batendo na porta do meu quarto, abro e vejo que é a Le, mando entrar e mostro o que separei, e ela logo aponta pra uma roupa, sorrio contente, pois é a que eu mais tinha gostado, vejo que temos gosto em comum, ela trousse dois vestidos pra mim ajudar ela, logo mostrei que deveria ser o preto.

Fomos primeiro arrumar nosso cabelo, ela fez babyliss nas minhas pontas e passou uma pasta, que deixou os fios mais rebeldes, eu que fiz pra ela, enquanto fazia me perdia no perfume dela, era um perfume doce, gostoso, parecia que estava nas nuvens, até que ela me chamou atenção.

– Hei Vale, o que aconteceu? – Ela fez cara de desentendida, não tinha reparado que até tinha parado de fazer babyliss – Você ta perdidinha ai, ta pensando em quem hein?

– Ah desculpa, nem tinha percebido – Respondi sem graça e tentando fugir da pergunta dela.

– Ok, mas tu não respondeu em quem estava pensando.

– Não tava pensando em ninguém não.

– Pode para Vale, ninguém fica assim nas nuvens a toa – Como ela era persistente.

– É que só bateu uma saudade aqui – Menti, afinal, não iria dizer que tava viajando no perfume dela.

Terminei de arrumar o cabelo dela e fomos nos maquiar, como eu não levava jeito pra essa coisa, ela que maquiou nós duas, e logo depois fomos nos vestir, Le ficou totalmente linda, muito perfeita, só faltava eu babar.

– Ei Vale, não baba ok – Ela zoou de mim, é ela tinha percebido que eu estava olhando pra ela que nem tonta.

– Impossível não babar – E nós rimos

Logo o celular da Le tocou, era Fred, ele já estava lá na frente, só peguei minha bolsa e desci, deu um beijo na minha mãe, avisando que não sabia a hora que iria volta, e sai. Entrei no carro e fomos conversando até lá, na verdade não era muito longe, dava uns dois quarteirões da casa da minha mãe.

Quando chegamos pude ver que estava lotada, nesse momento me arrependi de ter vindo, já sabia que era o tipo de festa que todos ficam bêbados, a casa era bem grande, mas em cada canto tinha gente se comendo, dava nojo só de olhar.

– Olha o Artur lá – Gus disse animado, já estava com um copo de bebida na mão, sei lá o que era, acho que era vodka com energético.

– Olá pessoas – Artur chegou nos cumprimentado – Hum e quem é essa linda? – Me olhou dos pés a cabeça.

– É aquela brasileira que eu te falei que conheci no avião – Fred disse se intrometendo.

– Prazer Vale – Disse indo da um beijo no rosto dele.

– Prazer é todo meu, linda – disse me abraçando – Bom, curtam a festa, a casa é de vocês, tenho que ir lá ver se está faltando algo.

– Acho que ele gostou de você – Le disse dando uma piscadinha pra você.

– Mas já vou avisando pra tomar cuidado, ele é muito mulherengo – Gus disse, percebi uma pintada de ciúmes

– Você ta com ciúmes Gus? – Disse rindo – Não precisa ficar com ciúmes não.

Ele não respondeu nada, apenas virou os olhos, entramos lá dentro, ficamos dançando e bebendo por um tempo no nosso grupinho, logo cansei, pois não era acostumada a dançar, e fui lá pra perto da piscina onde tinha umas mesas com cadeiras, logo vejo Gus se aproximando de mim.

– O que ta fazendo aqui? – pela voz parecia que já estava um pouco alterado por causa da bebida.

– Nada, só cansei. – Respondi seca.

– Vem, vamos num lugar mais sossegado pra gente conversa melhor – Ele disse me puxando já.

Chegamos num canto escuro, e ele grudou nossos corpos, eu não sabia direito o que estava fazendo, só sei que ele começou a me beijar, e eu correspondi, afinal eu também queria. O beijo dele era tão bom, era um beijo quente, com pressa, a mão dele percorria todo meu corpo, eu puxava as mechas do cabelo dele, arranhava sua nuca só pra ele ficar arrepiado, mas tivemos que separar porque já estávamos sem ar. Eu não acreditava no que estava fazendo, mas agora já foi.

– Melhor irmos, já devem ter sentido nossa falta – Disse tentando disfarçar um pouco, ele apenas assentiu e fomos ao encontro da Le e do Fred.

– Onde vocês estavam seus loucos? – Le encarou nos dois – Ah claro, nem precisa falar nada – Disse me encarando, com uma cara de “tu fez isso mesmo?”.

– Já está tarde, que tal nós irmos? – Falei, por que estava cansada mesmo.

– Vamos – Os três responderam.

Entramos no carro, fomos em silencio, até quando chegamos na minha casa Gus quebrou o silencio.

– Hei Vale, te ligo amanha pra gente conversar sobre o que aconteceu hoje – Gus disse, me dando um beijo na bochecha – Boa noite.

– Ok, boa noite Gus – Olhei pra ele e sorri , depois olhei pra Le e pro Fred – Boa noite vocês dois.

– Boa noite – os dois disseram junto – me liga amanha – a Le gritou.

Apenas assenti, e fui em direção a casa, abri e vi que minha mãe já devia ter ido dormi, pois a casa estava escura e em silencio, tirei meus sapatos e subi pro meu quarto, cheguei lá, só tirei minha maquiagem, fiz minha higiene, coloquei meu pijama, e deitei, dormi que nem pedra. Acordo com o barulho de mensagem, era do Gus, nela dizia assim “precisamos conversar, que tal um almoço?” poxa ele não desiste mesmo, mas respondo com um “ok, passa me pegar meio dia”.