Nada Planejado escrita por Paula Stefanello


Capítulo 2
Apenas ela


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooooooooooi minhas lindas ♥ ♥
espero que gostem



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Realmente eu não tinha um bom relacionamento com minha mãe, ela nunca foi muito amorosa comigo, então não sei o que tinha acontecido, acho que foi por que escolhi ficar com meu pai e a saudade também. Chegamos na casa dela, era muito bonita, não era grande, mas era bem aconchegante, tinha o estilo daquelas casas antigas que eu simplesmente amava, e o bairro então nem se fala, muito lindo e calmo. Entramos e ela me mostrou o quarto que eu iria ficar, na verdade ela fez especialmente pra mim, arrumou do jeitinho que eu gosto, pintou as paredes de azul e fez uns detalhes em preto, mesmo não ser muito apegada a ela, ela me conhecia bem, ou ela teria pedido opiniões ao meu pai, o que seria bem provável.

Fui tomar um banho, pois estava tudo grudenta, tinha banheiro no meu quarto, o que facilitava com o frio, liguei o aquecedor e a torneira da banheira e deixei enchendo e fui escolher uma roupa simples. Entrei na banheira e fiquei uma meia hora eu acho, mas eu precisava de um banho assim pra relaxar meu corpo, não é fácil ficar quatorze horas sem tomar banho, sai do banho, pois ouvi minha mãe me chamar pra ir jantar, lá já era sete horas da noite, então sai rápido e fui vestir a roupa, lá estava muito frio mesmo, o que era de se esperar nessa época do ano.Ajudei minha mãe lavar a louça e depois conversamos até umas dez horas da noite, matando a saudades, realmente, como é bom ficar perto da mãe, até tinha esquecido essa sensação, já que fazia dez meses já.

– Filha, amanha vou ter que ir trabalhar, mas se você quiser dar uma volta, vou deixar dinheiro pra você em cima da mesa ok, mas só não vá muito longe

Minha mãe disse toda preocupada, nossa como era boa a sensação de ser chamada de filha, ela nunca me chamou, era sempre Valentina, nem nunca me chamou de Vale, que era como meus amigos costumavam me chamar.

– Sem problemas mãe, só vou dar uma volta no bairro mesmo, e ir comer alguma coisa de meio dia – Falei e ela assentiu – Vou indo dormir, já esta tarde.

– Tudo bem, eu também já estou indo – Disse e se levantou e me deu um beijo na testa – Durma bem.

– Você também.

Fui em direção ao banheiro que tem em meu quarto, fiz minha higiene pessoal, e fui colocar o pijama, e mandei uma mensagem pro meu pai avisando que eu tinha chegado, como prometi que faria. Deitei e logo adormeci.

Acordei eram nove horas, com o sol fraquinho batendo na janela, hoje era um dos dias raros que saia sol, fui para o banheiro, tomei uma ducha rápida e coloquei uma roupa e desci pra comer alguma coisa, e encima da mesa avistei um bilhete, e era da minha mãe.“Filha, tive que ir trabalhar, o dinheiro está em cima da mesa como te disse, beijos, era só pra não esquecer. Com amor – Mãe”.

Ri sozinha, era estranho minha mãe agindo desse jeito, ainda não conseguia me conformar, sempre quando ela agia assim ela queria alguma coisa, então não posso ter muitas esperanças. Logo escuto meu celular, vou que nem louca atender.

Ligação on.

– Alo? – Eu disse, já que não conhecia de quem era o numero.

– Oi Valentina, aqui é o Frederico – Não sei por que, mas logo um sorriso se abriu no meu rosto – Então gostaria saber se não queria almoçar hoje com nós, se não tiver nada mais importante pra fazer é claro.

– Claro eu adoraria, iria almoçar sozinha igual.

– Ótimo, posso passar ai na sua casa te pegar se tu quiser, só me passar o endereço.

– Ok, já te mando o endereço por sms, que na verdade nem eu sei direito – Nós rimos – Então tchau.

– Tchau – Disse e desligou.

Ligação off.

Fui procurar alguma coisa que mostrava o endereço, alguma conta de luz, ou algo do tipo, mas não achei, então tive que mandar sms pra minha mãe pedindo, assim que ela respondeu já mandei pro Frederico, e ele respondeu avisando que passaria onze e vinte.Não eram dez horas ainda, então preparei umas torradas e fui assistir TV, tava passando uns programas holandeses, que eu não entendia nada. Então decidir ir arrumar a casa, já que não precisava me arrumar, iria assim mesmo. Frederico me manda um sms pra mim ficar pronta, que já estava quase na minha casa, arrumei meu cabelo, joguei pro lado como eu gosto, tranquei a casa e fui esperar sentada lá fora, não deu cinco minutos e ele chegou.

– Entra ai Vale – Ele gritou.

Fui indo em direção ao carro, pude notar que tinha mais gente dentro, quando entrei dei de cara com um menino loiro lindo, e na frente vi que estava uma menina morena, achei que era a namorada do Frederico, não pude deixar de notar como ela era perfeita, não que eu goste de mulheres, apenas havia ficado com algumas, mas nada serio.

– Oi eu sou a Valentina, mas pode me chamar de Vale – Disse, tentando ser simpática, mas eu não conseguia tirar os olhos dela.

– Prazer, meu nome é Letícia, mas pode me chamar de Le – Disse e sorriu, que voz mais perfeita, suave, te faz sonhar, e aquele sorriso então.

– Prazer, o meu é Gustavo, mas pode me chamar de Gus – Disse o loiro ao meu lado, nossa não tinha notado como ele era lindos também, aqueles olhos verdes, cada milímetro do seu rosto parecia ter sido cuidadosamente calculado.

– Então, da onde que você é Vale? – Perguntou Gus– Sou de Porto Alegre e vocês?

– Sou do Rio – Gus disse.

– Cascavel – Le e Frederico disseram junto.

Apenas sorri, chegamos ao restaurante e pude notar como o corpo da Le e do Gus eram bonitos, mesmo com os casacos dava pra perceber, entramos no restaurante, e pedimos, comemos devagar, sem pressa, ficamos jogando conversa fora até umas duas horas da tarde, até que Frederico teve uma ideia.

– Vale, hoje vai ter uma festa, que tal? – Perguntou, fazendo cara de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança, por que percebeu que fiz cara de reprovação.

– Eu não sei Frederico – Não gostei muito da ideia, afinal não gostava de lugares com muita gente.

– Vamos vai ser legal, vai ser lá na casa do Artur, outro nosso amigo brasileiro – Ele quase implorou de joelhos – E, por favor, me chame de Fred.

– Vamos Vale, vai ser muito legal, por favor – Le fez voz chorona, não tinha como não resistir a ela, tão linda e perfeita.

– Ok, eu vou – Me dei por vencida – Mas com uma condição – Olhei pra Le – Tu vai ter que ir se arrumar lá em casa.

– Com todo prazer linda – Ela disse linda? Isso mesmo? Ok, já estou ficando paranoica quanto a ela.

– Vamos indo? – Disse fazendo cara de cansada.Todos assentiram e se encaminharam para o carro.

Fred me deixou por primeiro, eu ainda não tinha me acostumado muito com o fuso horário, fui tentar dormir um pouco, por que se não até a hora da festa, já estaria muito cansada.

Acordo com minha mãe me pedindo se estava tudo bem, e conto pra ela que já fiz novos amigos, e como conheci eles.

– Ah mãe, antes que eu esqueça, Le me convidou pra ir numa festa que vai ser na casa de outro brasileiro amigo deles, posso ir?

– Mas já filha? Você nunca foi de festas? – Fiz cara de criança pidona – Ok pode ir, mas contanto que não volte tarde.

Dei um abraço bem apertado nela e agradeci, nossa como era estranho abraçar ela, mandei sms pra Le pedindo que horas iriam passar aqui, apenas respondeu que dez e meia.

Nada pra fazer, fui ler um livro, tava lendo 50 tons de cinza, era realmente bom, mas acabei pegando no sono.Acordei era seis horas, e resolvi ligar pro meu pai, apenas pedi como que estava, e para garantir que estou bem, pois a ligação se tornava muito cara.

Desci pra pegar alguma coisa pra comer, e voltei pro quarto e liguei meu notbook, pra ver se consigo conversar com meus amigos. Fiquei até umas sete horas, quando resolvi ir tomar um banho para começar a me arrumar pra festa.



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Notas finais do capítulo

e ai gostaram? me contam :3333



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