Pura Indecisão escrita por Liz


Capítulo 18
Capítulo 18 - Um pequeno passeio inocente...


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! A fic está acabando mesmo... Mais uns dois caps e eu termino D:
Enfim, estou tentando fazer um final bem legal...
Espero que gostem desse cap. Boa leitura!



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No capítulo anterior...

– Alô?

– Thales, preciso de um favor seu.

POV Thales

- Favor meu? Eu já te disse que não vou te ajudar com isso.

- Eu preciso muito.

- Você podia ter sido preso na noite passada.

- Como sabe que eu podia ter sido preso?

- Porque me disseram que a polícia prendeu alguns, mas outros escaparam.

- E... Como sabe que eu era um deles?

- Mandou irem atrás de nós. Reconheci sua voz. Achei que fosse meu amigo.

- O cara que estava coordenando tudo me obrigou.

- Como pode colocar palavras como "coordenar" em um trabalho tão sujo?

- Me ajuda, por favor, Thales. Isso é caso de vida ou morte.

- É tanto assim?

- É, cara. Por favor!

- Tá bom.

- Ah, valeu! - Eu podia imaginar a expressão sorridente dele. - Daqui a 40 minutos eu passo aí na sua casa e a gente vai pro lugar.

- Tá bom.

Desliguei o telefone e respirei fundo. Deitei um pouco em minha cama e fiquei pensando.

POV Eduarda

Eu havia chegado em minha casa a tempo de meus pais me verem dormindo em minha cama. Eles abriram a porta de meu quarto e me acordaram. Eles se mostraram muito prestativos, ultimamente. 

- Filha, precisamos falar com você. - Minha mãe disse.

- O que foi? - Eu sorri.

- Yuri nos disse sobre o seu suposto "síndrome do pânico" e vamos começar a pagar uma psicóloga para você.

- Psicóloga? Acham que estou louca?

- Filha, isso é comum, atualmente. - Meu pai disse. - É para o seu bem. - Ele sorriu.

- Não quero! - Virei para o outro lado.

- Faça isso por nós. Não conseguimos viver com você triste desse jeito, meu amor. - Minha mãe disse. 

Eu virei para eles de novo e forcei um sorriso.

- Está bem. - Eles me abraçaram.

***

POV Thales

Fui até a cozinha e resolvi conversar com Fernanda. Sentei em uma cadeira à frente dela.

- Contou para os nossos pais da chantagem?

- Não, Thales. Eu não vou mais falar sobre isso, mas a minha vida tá um inferno. Você sem comer me deixa muito deprimida. - Aquilo havia me tocado.

- Isso vai se resolver. Estou me acertando aos poucos com a Duda.

- Sei... - Ela voltou a comer. - Tá se alimentando direito, Thales?

- Eu me alimento quando sinto vontade.

- Ou seja, de vez em nunca.

- Fernanda, não começa.

Ela se virou para mim e parou de comer.

- Eu tô muito preocupada com você.

- Eu não sei o que posso fazer para mudar isso.

- Se Eduarda voltasse para você, tudo voltaria ao normal?

- Sejamos realistas, com essa chantagem, nunca mais vamos ficar juntos.

- Nunca mais é muito tempo Thales.

- Mas existe essa possibilidade.

- Pra mim, não. - Respirei fundo. - Deus é quem vai dizer isso. Apenas espere, Thales.

Peguei uma maçã da fruteira e lancei um olhar desafiador para Fernanda. Ela sorriu vitoriosa. Fui para o meu quarto e vi que tinha uma ligação perdida. Era um número desconhecido. Depois de um tempo, uma mensagem havia chegado.

"Espero que atenda a ligação. - Yuri"

- Ah, não... - Falei sozinho. Ele já deve ter descoberto sobre a noite de Eduarda.

Meu celular voltou a tocar. Era o mesmo número. Atendi.

- O que você quer?

- Estou aqui do lado de fora da sua casa. Precisamos ter uma conversinha porque acho que você não entendeu o recado.

- Como conseguiu meu número?

- Vi no celular de Eduarda. Vem até aqui fora. 

- E por que eu faria isso?

- Porque sei o que aconteceu na sua noite. Mais especificamente, em seu quarto. - Como ele poderia ter feito uma descoberta tão rápida?

- Já tô indo. 

Fui até a garagem, abri o portão e saí. Fernanda sequer percebeu que eu saí e meus pais costumavam acordar tarde aos fins de semana. Fechei o portão e vi Yuri encostado em um carro do outro lado da rua. A manhã estava levemente ensolarada.

- O que você quer?

- Entra no carro. - Ele abriu a porta e entrou.

Eu pensei em não entrar, mas eu queria tirá-lo de frente da minha casa antes que fizesse algum mal para os meus familiares. Entrei no carro, sentei no banco do passageiro e coloquei o cinto de segurança. Ele não o colocou.

- Você tem permissão pra dirigir?

- Não banque a mulherzinha, agora. Nós vamos dar uma volta. - Ele sorriu, sarcasticamente.

A velocidade do carro estava alta e já estávamos muito longe de casa. Estávamos viajando por mais de 1h30, em uma serra que fazia um enorme caracol em volta de uma montanha. Yuri quase fez o carro cair em uma das curvas.

- Para com isso!

- Agora, você vai deixar Eduarda em paz? - Ele fez outra curva dessas. Eu pude ver o mar que rodeava a montanha. 

Yuri parou o carro e pegou em meu pescoço com força. Eu não conseguia falar nada. 

- Não quero você junto com ela! Tá me ouvindo?

- Me solta! - Eu dei um soco nele. 

Vi um caminhão logo atrás de nós e ele parecia desgovernado. O caminhão tombou, mas bateu na traseira do carro em que estávamos. Nós gritávamos desesperados. Eu puxei bastante ar para poder me salvar no mar. Abri a porta do carro pouquíssimo tempo antes deste ficar cheio d'água. Yuri estava desesperado. Tentei me salvar e eu consegui. Yuri havia ficado inconsciente e minha mente, praticamente, me obrigou a salvá-lo. Eu fui soltando o ar aos poucos. Entrei no carro e peguei Yuri. O carro afundava cada vez mais. O tirei de lá e eu senti muita dificuldade para respirar. Eu não conseguia chegar a superfície. Eu já havia soltado todo o ar que eu tinha. De repente, tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeijos :*



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