Pura Indecisão escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Oi, gente! A fic está acabando mesmo... Mais uns dois caps e eu termino D:
Enfim, estou tentando fazer um final bem legal...
Espero que gostem desse cap. Boa leitura!
No capítulo anterior...
– Alô?
– Thales, preciso de um favor seu.
POV Thales
- Favor meu? Eu já te disse que não vou te ajudar com isso.
- Eu preciso muito.
- Você podia ter sido preso na noite passada.
- Como sabe que eu podia ter sido preso?
- Porque me disseram que a polícia prendeu alguns, mas outros escaparam.
- E... Como sabe que eu era um deles?
- Mandou irem atrás de nós. Reconheci sua voz. Achei que fosse meu amigo.
- O cara que estava coordenando tudo me obrigou.
- Como pode colocar palavras como "coordenar" em um trabalho tão sujo?
- Me ajuda, por favor, Thales. Isso é caso de vida ou morte.
- É tanto assim?
- É, cara. Por favor!
- Tá bom.
- Ah, valeu! - Eu podia imaginar a expressão sorridente dele. - Daqui a 40 minutos eu passo aí na sua casa e a gente vai pro lugar.
- Tá bom.
Desliguei o telefone e respirei fundo. Deitei um pouco em minha cama e fiquei pensando.
POV Eduarda
Eu havia chegado em minha casa a tempo de meus pais me verem dormindo em minha cama. Eles abriram a porta de meu quarto e me acordaram. Eles se mostraram muito prestativos, ultimamente.
- Filha, precisamos falar com você. - Minha mãe disse.
- O que foi? - Eu sorri.
- Yuri nos disse sobre o seu suposto "síndrome do pânico" e vamos começar a pagar uma psicóloga para você.
- Psicóloga? Acham que estou louca?
- Filha, isso é comum, atualmente. - Meu pai disse. - É para o seu bem. - Ele sorriu.
- Não quero! - Virei para o outro lado.
- Faça isso por nós. Não conseguimos viver com você triste desse jeito, meu amor. - Minha mãe disse.
Eu virei para eles de novo e forcei um sorriso.
- Está bem. - Eles me abraçaram.
***
POV Thales
Fui até a cozinha e resolvi conversar com Fernanda. Sentei em uma cadeira à frente dela.
- Contou para os nossos pais da chantagem?
- Não, Thales. Eu não vou mais falar sobre isso, mas a minha vida tá um inferno. Você sem comer me deixa muito deprimida. - Aquilo havia me tocado.
- Isso vai se resolver. Estou me acertando aos poucos com a Duda.
- Sei... - Ela voltou a comer. - Tá se alimentando direito, Thales?
- Eu me alimento quando sinto vontade.
- Ou seja, de vez em nunca.
- Fernanda, não começa.
Ela se virou para mim e parou de comer.
- Eu tô muito preocupada com você.
- Eu não sei o que posso fazer para mudar isso.
- Se Eduarda voltasse para você, tudo voltaria ao normal?
- Sejamos realistas, com essa chantagem, nunca mais vamos ficar juntos.
- Nunca mais é muito tempo Thales.
- Mas existe essa possibilidade.
- Pra mim, não. - Respirei fundo. - Deus é quem vai dizer isso. Apenas espere, Thales.
Peguei uma maçã da fruteira e lancei um olhar desafiador para Fernanda. Ela sorriu vitoriosa. Fui para o meu quarto e vi que tinha uma ligação perdida. Era um número desconhecido. Depois de um tempo, uma mensagem havia chegado.
"Espero que atenda a ligação. - Yuri"
- Ah, não... - Falei sozinho. Ele já deve ter descoberto sobre a noite de Eduarda.
Meu celular voltou a tocar. Era o mesmo número. Atendi.
- O que você quer?
- Estou aqui do lado de fora da sua casa. Precisamos ter uma conversinha porque acho que você não entendeu o recado.
- Como conseguiu meu número?
- Vi no celular de Eduarda. Vem até aqui fora.
- E por que eu faria isso?
- Porque sei o que aconteceu na sua noite. Mais especificamente, em seu quarto. - Como ele poderia ter feito uma descoberta tão rápida?
- Já tô indo.
Fui até a garagem, abri o portão e saí. Fernanda sequer percebeu que eu saí e meus pais costumavam acordar tarde aos fins de semana. Fechei o portão e vi Yuri encostado em um carro do outro lado da rua. A manhã estava levemente ensolarada.
- O que você quer?
- Entra no carro. - Ele abriu a porta e entrou.
Eu pensei em não entrar, mas eu queria tirá-lo de frente da minha casa antes que fizesse algum mal para os meus familiares. Entrei no carro, sentei no banco do passageiro e coloquei o cinto de segurança. Ele não o colocou.
- Você tem permissão pra dirigir?
- Não banque a mulherzinha, agora. Nós vamos dar uma volta. - Ele sorriu, sarcasticamente.
A velocidade do carro estava alta e já estávamos muito longe de casa. Estávamos viajando por mais de 1h30, em uma serra que fazia um enorme caracol em volta de uma montanha. Yuri quase fez o carro cair em uma das curvas.
- Para com isso!
- Agora, você vai deixar Eduarda em paz? - Ele fez outra curva dessas. Eu pude ver o mar que rodeava a montanha.
Yuri parou o carro e pegou em meu pescoço com força. Eu não conseguia falar nada.
- Não quero você junto com ela! Tá me ouvindo?
- Me solta! - Eu dei um soco nele.
Vi um caminhão logo atrás de nós e ele parecia desgovernado. O caminhão tombou, mas bateu na traseira do carro em que estávamos. Nós gritávamos desesperados. Eu puxei bastante ar para poder me salvar no mar. Abri a porta do carro pouquíssimo tempo antes deste ficar cheio d'água. Yuri estava desesperado. Tentei me salvar e eu consegui. Yuri havia ficado inconsciente e minha mente, praticamente, me obrigou a salvá-lo. Eu fui soltando o ar aos poucos. Entrei no carro e peguei Yuri. O carro afundava cada vez mais. O tirei de lá e eu senti muita dificuldade para respirar. Eu não conseguia chegar a superfície. Eu já havia soltado todo o ar que eu tinha. De repente, tudo ficou escuro.
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Obrigada por ter lido!
Fique com Deus...
Beeeeeijos :*