Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 19
Capítulo 19 - Quê isso Matt?! Quê isso?!


Notas iniciais do capítulo

Ooooiie!!
Eita, quase que não posto hoje *---*, mas claaaaro que eu não iria deixar de postar.... Imagina...
Rsrsr, espero que vocês possam aproveitar esse cap!! Postarei mais cedo domingo que vem, prometo U-U
Beijoooos!
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/19

July


– Vinícius, vamos logo! Já vai anoitecer e está frio pra caramba– Falei assim que terminei de vestir minhas roupas por cima do biquíni azul, agora observando o meu irmão boiando na água enquanto o resto do grupo ainda fazia a festa num canto do rio.

– Ah July... Deixa de ser chata e espera um pouquinho - O cara nem se deu o trabalho de olhar, apenas rodando na água de olhos fechados.

– Esperar?! Nós estamos aqui desde de manha cedo! O dia está acabando se não percebeu! - Depois disso, ele pareceu acordar por um segundo para me olhar, mas quando espero uma resposta boa...

– Então suba sozinha se tem tanta pressa. Depois nós nos vemos - E abriu sorrisinho antes de virar na água e mergulhar para não sei aonde.

Coloquei a mão no rosto e encarei a cena feliz daquele povo rindo e nadando.

Pelos deuses...

–... O que eu fiz para ser tratada assim? - Resmunguei, e segui a ultima alternativa que eu tinha ali: Dar as costas e enfrentar a ladeira.

Quando se tem irmãos que se preocupam com você, bons amigos, e tudo mais, enfrentar ladeiras é o de menos, mas em vez de tudo isso, Deus quis me dar o VINÍCIUS!

OBRIGADA SENHOR! AMO A FORMA QUE VOCÊ GOSTA DE ME TROLLAR!

– Eu juro que um dia eu ainda incinero aquele macaco idiota - Resmunguei, amaldiçoando o dia em que o meu irmão ganhou aquele macaquinho do meu pai. Foi como amor a primeira vista e depois virou obsessão quando eu nasci, porque eu adorava aquele macaco também, e foi a partir desse momento que eu e o Vinícius começamos a nos odiar.

TUDO CULPA DA PORCARIA DO MACACO DOS INFERNOS!

– Acho que eu poderia usar roupas intimas mais ousadas nele... - Abri um sorriso ao pensar naquele macaquinho traveco outra vez. Até que ele ficava uma graça naquelas roupas...

– July!

Deletei os pensamentos do pobre macaquinho da minha cabeça, e foi ai que percebi que já estava de frente para a trilha que dava para a cabana. Caramba, não é que foi rápido? E quando virei para trás e lá estava o Matt, correndo na ladeira até parar de frente para mim.

O que? Quer saber como ficou a minha cara? Ah sei lá! Eu nem sabia o meu nome e ainda espera que eu saiba como ficou a minha cara?

– Estou te seguindo desde o começo da ladeira, não me ouviu chamar? - Perguntou enquanto respirava um pouco rápido de mais.

Aaaaaawn ele me seguiu mesmo gente! Que cara fofo!

– Foi mal, é que eu me distrai com umas coisas... - Melhor dizendo, com o Caco, mas vamos ignorar porque não é isso o que importa agora, né?

– Tudo bem - Ele sorriu e me estendeu o braço - Vamos? Eu estou com fome.

Engraçado, só foi ele falar e um som esquisito e alto parecido com um cachorro resmungando saiu do meu estômago.

Os caras piram nos meus barulhos sexy.

– Certo, vamos antes que meu estômago se revolte de verdade - Sorri também para disfarçar e peguei o braço dele para sairmos logo dali.

Enquanto isso, eu me sentia a garotinha de treze anos mais feliz do mundo enquanto o Matt sorria e me acompanhava até a cabana. Sabe, chega a ser incrível que um cara que você conhece a uma semana e pouco se preocupe mais com você que seu irmão mais velho.

É a vida...

– Quer o que? - Perguntou quando já estávamos na cozinha da cabana: Eu sentada numa banqueta e ele vasculhando os armários atrás de algo.

– Hm, qualquer coisa. Não estou com tanta fome.

Depois de um tempo afastando vidros de não sei o que num dos armários, Matt falou um "Aha" contente e pegou um vidro médio com alguma coisa marrom e redonda dentro.

– Achei cookies! - Ele ergueu o vidro e colocou ele em cima da bancada da cozinha - Acho que estão bons pelo o que estou vendo.

Ele pegou um biscoito do vidrinho e mordeu um pedaço pequeno. Eu observei o rosto dele tentando não deixar aparente o meu choque por ele ser bonito até mesmo comendo, mas logo fui tirada do transe quando ele abriu um sorriso e ergueu o biscoito que ele mordeu perto da minha boca.

– Estão bons, experimenta.

– Ahn... - Olhei o biscoito e me senti um teco nervosa por ser o Matt a oferecer. Ah! Mas nada poderia dar errado ao morder um biscoito, certo? - Certo - Falei mais para mim que para ele, e dei uma boa mordida no biscoito que ele me estendeu e... Caramba! Aquele negócio estava bom mesmo!

– Não está bom? - Ele afastou o biscoito de mim e comeu o que restou dele.

– É muito bom! Comeria uns dez desses! - Corei assim que me ouvi falando aquilo.

AGORA eu tenho motivos para ficar envergonhada.

Mas para variar um pouco, o Matt apenas riu e terminou de mastigar para falar alguma coisa.

– É, são bons mesmo - Falou quando terminou, sem fazer cerimônia para pegar mais dois biscoitos e entregar um para mim - Pode comer a vontade, não acho que alguém vá se importar com alguns biscoitos a menos.

Mesmo que sejam uns vinte a menos?

Claro que eu não falei isso, mas peguei de bom grado o biscoito e o comi tão rápido que me lembrei do dia em que eu devorei uma pizza com o Paul... DROGA! PORQUE DIABOS EU VOU LEMBRAR DO PAUL QUANDO EU ESTOU COM O MATT?!

Fiz uma careta ao lembrar dele e peguei meu segundo biscoito com um pouco mais de energia que o necessário.

Matt parou de mastigar e me observou com o cenho franzido.

– Está... Chateada? - Perguntou como se isso não fosse tão óbvio, mas mesmo assim, tentei disfarçar um pouco.

– Nada é só... - Bufei e dei uma grande mordida no biscoito só de raiva - É o Paul - Admiti.

– O Paul? - Matt engoliu o que restou do biscoito dele e se endireitou na banqueta - Ele fez alguma coisa?

– Não... Exatamente. É que ele não parece notar que eu realmente estou chateada pelo o que ele fez comigo - Soltei um suspiro e coloquei meu biscoito em cima da bancada. Isso até me fez perder a fome - Ele sempre age como se tudo estivesse bem e eu não tivesse um ódio mortal por ele.

– Tipo hoje no rio?

Epa.

– Você viu aquilo?!

– Não tinha como não ver, então eu vi tudo sim.

Aaah que droga! droga! droga! Ele deve ter pensado algo muito errado com aquilo!

– Mas sendo sincero, você pareceu até se divertir.

PAUL E SUA MALDITA MAGIA NEGRA PARA ME FAZER ME DIVERTIR!

– É... - Comecei, meio indecisa sobre como explicar aquilo de maneira razoável - Por um segundo realmente foi legal porque fazia tempo que eu não nadava... Mas foi apenas isso. E naquela hora eu nem tinha escolha já que ele tinha me pegado sem se quer avisar...

Matt balançou a cabeça com um sorrisinho no rosto.

– Típico do Paul, ele não liga muito em pedir permissão antes de fazer algo.

– É tipo isso - Concordei, feliz pela minha explicação ter valido algo.

Matt apenas deu de ombros.

– Não ligue para esse lado dele, Paul só gosta de brincar com as garotas, não é que ele esteja indiferente ou algo assim - Matt sorriu de novo e pegou mais um biscoito do vidro, jogando-o dentro da boca.

– Mas você também faz o mesmo, não faz? - E então o Matt parou de comer.

CARACA GURIA! QUE TIPO DE MERDA FENOMENAL TEM NESSA SUA CABEÇA?!

– Meu deus! - Coloquei a mão na boca e desci da banqueta para não morrer de vergonha com a cara de choque dele - Desculpa! Me desculpa! Sério! Eu não queria... Eu... - parecia que algo tinha entalado na minha garganta quando eu senti as mãos dele no meus ombro.

IDIOTA! IDIOTA! IDIOTA! IDIOTA! IDIOTA! IDIOTA...!

– July... - Matt encostou o queixo em cima da minha cabeça e envolveu meus ombros com os dois braços - Parece que eu estou brincando com você?

MEU DEUS, EU VOU TER UM DERRAME!

– F-Foi o Vinícius que me disse... Uma vez - Falei numa voz lindamente tremula, sem saber como respirar com os braços dele cobrindo meu pescoço.

– Parece que eu realmente estou longe de ter a confiança do seu irmão - Ele juntou as sobrancelhas - Mas eu realmente não quero brincar com você. Não sou como o Paul.

Até que eu fiquei com pena do Paul nessa hora, mas... Ah, ele merece. Isso que dá me beijar a força.

– Foi mal... Eu não devia ter dito isso - Peguei os braços dele meio tremula e consegui me afastar e ficar de frente para ele.

EEEE!! EU NÃO CAI!!

– Foi mal mesmo - Abri um sorriso de desculpas, afastando meu surto de alegria interior para parecer normal.

E quando pensei que poderia voltar para a banqueta e engolir mais uma meia dúzia de biscoitos para poder esquecer o que eu acabei de fazer, congelo no meu lugar assim que o Matt se aproxima e toca meu rosto.

O QUE ELE VAI FAZER?!

Idiota, oque mais ele faria?

SEI LÁ OQUE ELE VAI FAZER! EU SÓ QUERIA COMER BISCOITO!

Quando Matt sorriu de leve e começou a se aproximar, decidi que era hora de parar de brigar comigo mesma e, ao contrario da noite passada, não parecer que ele estava beijando um peixe morto. Mas quando ele me beijou, todo meu plano pareceu escorrer pelo ralo, mas eu fiz um esforço enorme para raciocinar e consegui corresponder a ele em vez de ficar mole. E estava tudo indo bem até o momento que o Matt passa a mão pelas minhas costas e me puxa mais para ele.

CADÊ A PORCARIA DO OXIGENIO?! ELE SEMPRE DESAPARECE!

E então ouvimos a porta da entrada se abrir.

– Ô DE CASA! CHEGAMOS!

VINÍCIUS! DROGA!

Matt se afasta de mim assim que ouve o bocó e eu fico parada com os olhos arregalados. Matt resmunga alguma coisa e então pega a minha mão e me puxa até a bancada.

– Senta e coma normalmente - Falou com o rastro de um sorrisinho no rosto, e eu assenti mecanicamente enquanto me sentava na banqueta e pegava meu biscoito abandonado no momento em que alguém abre a porta da cozinha.

– Ah, vocês estão ai - Mordi o biscoito com mais força que o normal quando reconheci a voz da Ever.

Matt sorriu e apontou o biscoito da sua mão para o pote de vidro.

– Biscoito? - Perguntou com tanta tranquilidade que eu tive que olhar para ver se ele realmente estava tão tranquilo.

Pior que estava, aparentemente.

– Não obrigada - Ela abriu um sorriso meio esquisito e desfilou até a torneira para pegar um copo e enchê-lo de água. Então o resto do povo entrou.

– Falei que era o Matt que estava com ela cara, e não um tarado - Falou Caleb assim que olhou para nós - Você exagera de mais!

Vinícius encarou o Caleb como se ele fosse um idiota.

– E qual é a diferença entre um tarado e o Matt, Caleb?! - Ele revirou os olhos e andou até a bancada e pegou um biscoito do pote enquanto me olhava.

Virei o rosto para ele.

– O que é?

– Parece estranha.

– E desde quando você nota essas coisas? - Revirei os olhos também e peguei outro biscoito - Mas só para você parar de me encarar, eu fiz nada que te interesse.

– É, a July parece a mesma - Fiz uma careta quando o rosto do Paul surgiu do lado do Vinícius. Para completar o teatro, Ever deu uma risadinha depois de beber a água, e se encostou na pia enquanto olhava para nós.

– Vocês são muito inocentes mesmo - Falou lançando um olhar especial para mim que ignorei com a facilidade que pegava mais um biscoito.

– Inocência é o que falta na cabeça deles, isso sim - Vinícius se declarou de boca cheia e então saiu em direção à porta, realmente se achando o inocente. Coitado, pelo menos não entendeu o que a Ever insinuou.

– Caaaara, eu me sinto encharcado - Caleb apareceu balançando os cabelos dele de maneira que eu levei um banho junto com o pessoal ali.

– Valeu por encharcar todo mundo criatura! - Fuzilei ele com os olhos junto com todo mundo, por exceção do Vinícius que já havia sumido. Sai da banqueta e fui para a porta - Vou tomar um banho.

Estava limpando meu rosto dos pingos de água com uma mão enquanto abria a porta, quando o Matt surgiu do meu lado num segundo e diz:

– Lá fora às oito - E deu uma piscadela antes de sumir porta a fora.

Hã? Isso por acaso é um encontro?

Balancei a cabeça para voltar ao normal e sai da cozinha deixando o povo conversador para trás. Depois de pegar minha toalha e ir para o corredor, Vinícius sai do quarto dele no mesmo momento com uma toalha em volta do pescoço. Meus olhos foram para a porta do banheiro com olhar possessivo e depois para o bocó.

Ah, nem pensar!

Apressei o passo para a porta e passei pelo bocó sem nem olhar para ele.

– Pirralha? - Vinícius ficou confuso até olhar a toalha na minha mão - Ah! Nem vem, eu vim primeiro!

– Mentira, eu sai do quarto antes de você - Falei sem desacelerar o passo.

– Até parece pirralha! Sai da frente! - Ele tentou passar por mim, mas eu dei uma risadinha esquisita e comecei a correr - PIRRALHA! - Vinícius berrou atrás de mim e eu sorri com ar vitorioso.

Bem, só até ele passar correndo de mim e pegar a maçaneta da porta do banheiro.

MALDITO! EU ESTOU SUJA PRA CARAMBA!

Então, como sou inteligente pra caramba, sai correndo atrás do cara quando ele havia abrido a porta e pulei nas costas dele tampando seus olhos.

– Cadê o bocó?! - Brinquei em cima dele, e o cara começou a cambalear para longe da porta aberta.

– SAI PIRRALHA! DROGA! DESGRUDA!

– EU PERGUNTEI: CADÊ O BOCÓ?!

– QUE SE DANE!

Quando o Vinícius estava longe o suficiente da porta, abri um sorrisinho e pulei de cima dele para correr até a porta. Quando eu ja estava lá dentro, olhei para o bocó desorientado, e assim que ele me encontrou, sorri mais ainda e disse:

– OLHA ELE AQUI!

– VAI SE FERRAR!

Antes que ele corresse até a porta e tirasse dali, fechei ela e a tranquei.

Aaah... O delicioso sabor da vitória!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeee aiii? Mereço um tapa ou um Review?!
E para aquelas que odeiam o Matt... Preparem suas armas capítulo que vem ;D
Ahhh, e mais um detalhe, gostaram da capa nova? Preferem que eu a troque?