Um Irmão Para Se (Odiar) amar. escrita por Amizitah


Capítulo 18
Capítulo 18 - Nunca afogue ESSA garota.


Notas iniciais do capítulo

Oiee!!
Geeente, quem ai me desculpa pelo atraso?! Vocês sabem que eu NUNCA iria me esquecer de postar né? /Olhares cheios de morte/ Credo gente, mais amor e bondade no coração! Eu tenho um bom motivo para não ter postado e vocês devem imaginar o que é. Bem, como todo o país sabe, ontem foi Páscoa, e como em todo feriado ou seja lá oque for, alguem sempre me arrasta para algum lugar longe do meu amado Note e me tortura com algum tipo de comida ou surpresa (Sim, eu sofro bastante aqui D: ), então foi IMPOSSIVEL postar esse capítulo! Mas como vocês são ÓTIMOS leitores que eu amo (Aham...) Vocês não me abandonaram e vão esquecer mais esse atraso né? *--*
Deixando de lado esse probleminha, espero que esse capítulo agrade vocês e que continuem presentes para dar motivação a essa garota problema! >.
Beijos meus queridos e queridas!
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315070/chapter/18

Paul -


Nada como uma manhã tranquila depois de um dia daqueles.

Ou quase isso.

– Que droga de vida... - Reclamou Vinícius enquanto procurava uma camisa dentro da mochila dele - Merda... O que...? CADE A DROGA DA MINHA CAMISA AZUL?!

– Sei lá, a mochila é sua - Falei, soltando mais um dos meus bocejos monstruosos e coçando as costas enquanto reunia coragem para levantar da cama.

Caleb ainda dormia na beliche de cima da outra cama.

– Valeu pela ajuda - Resmungou ele mais uma vez, cavucando aquela mochila como se a camisa fosse a passagem de ida da July.

Não me pergunte o motivo pelo qual ele ficou bravo com uma camisa azul - acho que é uma das coisas esquisitas influenciadas pelo Caco que aliás, estava todo babado na cama acima da minha -, mas eu nem fico tão impressionado com esses ataques de bipolaridade dele desde que a July chegou. Virou nada mais que rotina. Depois de um tempo, aquela cena de raiva me cansou o suficiente para eu resolver levantar da cama e catar a minha camisa camuflada em cima da minha mochila aberta e ir para a porta.

– Ei Paul - Vinícius virou o rosto para mim.

– O que?

– Se certifique que a pirralha não foi morta pela sua namorada antes de qualquer coisa. Eu sou a única pessoa que pode torturá-la - E virou a cara para a mochila novamente.

– Está certo, mas duvido que ela tenha feito algo - Abri a porta, mas assim que resolvo sair adivinhe quem surgiu na porta?

– Finalmente acordou Paul, pensei que ia ter que cuidar das meninas sozinho - Matt abriu um sorrisinho e entrou no quarto só com a calça moletom dele, uma toalha e os cabelos molhados

Vinícius deu uma risada chacotadora e logo se virou para o Matt com uma camisa azul na mão.

– Pode fazer o que quiser com aquela guria, pode até ter filhos com ela ou traficá-la para a Turquia, mas não vai nem triscar na July sem que minha alma te persiga até o inferno.

Matt fez um rosto fingidamente magoado quando o Vinícius disse o óbvio.

– O que é isso Vinícius! Eu tenho cara de quem faria algo pelas suas costas?

– Tem cara e marca registrada, principalmente da ultima vez - Tive a leve impressão de que o Vinícius estava a um tris de esmagar a camisa com a mão - Quem diria que você trairia a nossa confiança se metendo com aquela gangue de imbecis e tudo por aquela maldita...

– Vinícius - Cortei ele vendo que estava ficando pública a história - As garotas, lembra?

Vinícius continuou encarando o Matt que escutava tudo com um leve sorriso descarado e então se rendeu.

– Que se dane - Resmungou - Não era nem para eu e muito menos a July a estarmos aqui - E nem estariam se a mãe da July não tivesse gritado com ele na sala de modo que eu conseguisse ouvir a ligação do meu quarto.

Mães...

Por fim, Matt fingiu que tinha acontecido nada de mais e jogou uma camisa branca nos ombros no lugar da toalha úmida, jogando ela no encosto da cama dele que ficava do outro lado do quarto.

– Não troque as coisas Vinícius, a coisa que eu mais me arrependo de ter feito foi trair a sua confiança. Então, vamos ficar tranquilos certo? - Se virou e sorriu para o Vinícius de um modo que quase me convenci. Quase.

Revirei os olhos e me preparei para sair dali.

– Vamos esquecer isso Matt, ninguém aqui quer se meter mais em encrenca- Dei uma olhada para ele antes de sair - Não é verdade?

Matt parou de olhar o Vinícius para me dar atenção, e por algum motivo o sorriso dele ficou maior.

– Claro, isto é apenas um acampamento - E deu uma piscadela gay.

Depois daquilo percebi que só começaria a ter meu humor normal de volta parando de olhar a cara dele, então fechei a porta e fui para a porta ao lado.

Parei de frente para ela e pensei duas vezes antes de bater já que tinha duas "bombas" ali dentro.

Ah! Mas talvez não aconteça nada especial hoje, vai ser a July irritada de sempre e a Ever correndo até mim.

– É mesmo, o que eu estou pensando... - Murmurei, finalmente batendo na porta com um sorrisinho de positividade.

E então a porta é aberta, mas não por quem eu esperava que abrisse.

– Ah... - Afastei um passo - Bom dia July

– Oi Paul! Excelente manhã, não?! - July abriu um sorriso de mil volts enquanto eu continuava parado como uma rocha de tão chocado.

JULY?!

– Ah! Foi mal... Você quer ver a Ever certo? - Ela saiu do quarto e apontou para a porta no final do longo corredor - Ela acabou de ir ao banheiro fazer alguma coisa, mas não deve demorar - E então sorriu DE NOVO, oque soma dois sorrisos AUTÊNTICOS, para MIM.

– Tudo bem, mas... Você parece bem hoje - Olhei ela da cabeça aos pés e foi então que meu choque foi maior.

De alguma forma, me senti preso quando vi o novo visual dela, composto de uma camisa rendada gola V rosa clara, um short jeans que não chegava perto de ser tão curto quanto o da Ever, mas mesmo assim mostrava mais que o costume; um par de tênis all Star vermelhos, e mais acima, um colar de coruja prateado com uma segunda corrente com pingente de uma lua; lábios cobertos de gloss rosa claro e os olhos grandes levemente puxados, parecendo mais arredondados com a máscara que colocou.

Cara, eu ando ficando muito bom em descrever mulheres, não é?

Ou será que eu tenho um lado obscuro gay...?

– Paul - July me chamou para a realidade com uma sobrancelha erguida - Você está bem?

Pisquei algumas vezes e me obriguei a parecer menos idiota que eu parecia naturalmente.

– E-Estou ótimo, claro... - Ela ergueu mais a sobrancelha - Hum, quer dizer... Onde está a Ever?

Ela abriu um sorriso e revirou os olhos

– Eu já disse Paul, ela acabou de ir ao banheiro. Você está bem mesmo?

– S-sim... É que você realmente me pegou desprevenido - Abri um meio sorriso, mas ela não pareceu entender.

– O que eu fiz?

– Está mais boazinha comigo, diferente sabe? - Mordi o lábio para não dar uma risadinha com o bico dela.

– Eu tive uma boa noite de sono, mas meu ódio por você está intacto, entendeu?

– Desse jeito eu sinto que eu e o Vinícius invertemos os papeis, pensei que íamos trabalhar juntos para se vingar dele nessas férias.

Apesar do bico ela riu um pouco e deu um tapinha no meu ombro.

– Droga! Eu estou de bom humor mesmo - Balançou a cabeça - Enfim, suma daqui e vai ver a Ever. Não quero parecer mole quanto ao meu ódio por você.

– Entendi - Me afastei um passo e fui para o banheiro com um sorriso involuntário no rosto, mas antes que ela pudesse voltar a entrar no quarto, parei e virei para ela - Hey July!

Ela virou o rosto para mim.

– O que?

– Está muito bonita hoje, só para não passar despercebido - Pisquei para provocá-la e pareceu deu certo porque ela fez uma careta para mim.

– Tarado - E então entrou no quarto de novo.

É, ela me odeia no final das contas, mas me pergunto o porque do bom humor. Foi então que eu percebo o Matt parado na porta do quarto me observando e paro no lugar.

– Você...

– Sim, eu ouvi tudo - Ele sorriu - E tenho que concordar com você sabe, a July realmente está bonita hoje. Imagino o porque disso.

Apertei os lábios ao olhar para os olhos dele. Aquele olhar e aquele sorriso dele me incomodavam o suficiente para o meu bom humor sumir.

– Tanto faz Matt, só fique longe - E voltei a andar.

– Digo o mesmo a você Paul, aliás, ela é a garota proibida - Falou nas minhas costas, mas nem ousei olhar para ele de novo.

Esse cara realmente arruina meu humor.


July -


Ninguém faz ideia do esforço que eu fiz para não deixar transparecer minha vergonha na frente do Paul.

Não fazem MESMO!

Enfim, a história da roupa... Não pensem que eu caprichei hoje por aquilo. Foi meio que... Involuntário. Fiz sem pensar! Apesar de eu sentir no fundo que tudo isso é culpa do...

– Matt - Mordi o lábio e me encostei na parede do quarto - O que diabos ele pensa que fez...?

– O que o Matt fez?

AI MEU DEUS DO CÉU!

Desencostei da parede e dei de cara com a Ever me observando na porta.

– EVER?! VOCÊ NÃO ESTAVA...?

– Sim, estava, mas eu quis pegar uma coisinha - Ela fechou a porta e caminhou até a cama dela com os olhos pregados em mim - E você? O que estava falando ai...?

– Nada - Cortei ela numa resposta rápida e definitiva.

Ela revirou os olhos e pegou o celular em cima dos cobertores.

– Você é uma péssima mentirosa sabia? Não vai conseguir sobreviver sem fazer ao menos isso - Abriu um sorrisinho e jogou o celular para a outra mão enquanto caminhava até mim - Então me diga, July, o que andou aprontando?

– Para com isso, eu fiz nada - Sai da mira dela indo até a porta. Até parece que ela ia me jogar contra a parede sem que eu me defendesse.

– Hm, melhorou um pouco, por pouco você me convence - Ouvi a risadinha fina dela e senti uma vontade sobre-humana de revirar os olhos - Mas não adianta esconder seja lá o que estava falando ali, sozinha...

Ai meu Pai... Ela vai dar uma de patricinha perigosa.

Vê se pode?

Virei para ela com uma cara de quem não deixou ser atingida.

– Dá para parar de falar como se soubesse de algo?

– E quem disse que eu não sei.

Oque...?

– Como assim?

Ela apenas sorriu.

– Parece que desta vez, EU te peguei July - E deu uma piscadela antes de passar por mim e sair pela porta.

– Ela deve estar de sacanagem comigo... Só pode - Murmurei, apertando as mãos com força por causa do nervosismo.

Com certeza é apenas mais um joguinho idiota que ela resolveu fazer, como se tivesse visto algo comprometedor. Ou será que ela...?

Congelo meu pensamento assim que ouço o barulho de passos no lado de fora da porta vindos na minha direção. Ah, agora ela resolve voltar.

Respirei fundo e me virei de uma vez para a porta com os punhos cerrados.

– O QUE VOCÊ QUER DE MIM?!

– EU NÃO QUERO NADA! EU JURO!

– PAUL?! - Encarei o cara assustado na minha frente, e a vergonha me subiu na cabeça - DROGA PAUL! OQUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?!

– Eu só...

– AH! CALA A BOCA - Passei por ele com o cumulo da vergonha no rosto e ele ficou me olhando ir de um jeito confuso e assustado.

– O que eu fiz?! - Falou atrás de mim, mas eu continuei andando até a cozinha como se nada tivesse acontecido.

Porque ele resolveu aparecer logo agora?!

– Aquele idiota... - Resmunguei assim que passei pela porta da cozinha, mas toda a minha raiva pareceu desaparecer quando eu senti o cheiro do bacon, e o barulho dos ovos sendo fritos.

Cheiro dos deuses!

– BOOM DIA! - Caleb acenou para mim sentado numa banqueta enquanto terminava de fazer um sanduíche de meio metro na bancada no meio da cozinha.

– Ah... Bom dia Caleb -Acenei de volta mesmo que aquilo fosse esquisito e fui direto para o lado do meu irmão que fritava os ovos no fogão - Bom dia maninho!

– O que você quer interesseira? - Respondeu sem sequer olhar para mim.

– Credo! Eu só estou dando bom dia - Fiz uma careta, mas para variar, ele apenas revirou os olhos.

– Eu estou preparando o seu café, fica tranquila e senta lá pirralha.

– Valeu Vini! - Sorri para ele e sentei na primeira cadeira que vi naquela bancada, toda alegre até o momento que uma presença se formou do meu lado.

– Não nos falamos hoje, certo? - Perguntou Matt, sentado na banqueta ao lado da minha.

CARA, NEM PERCEBI QUE A CRIATURA ESTAVA ALI!

– Ah, er... Pois é... - Respondi como uma esquisita sem convívio social.

Ele riu com minha lerdeza.

– Ok, então vamos começar tudo de novo - Ele girou na banqueta até ficar de frente para mim e arrumou a postura - Bom dia July, teve uma boa noite?

Não pude não sorrir, e então fiz o mesmo.

– Sim, tive uma ótima noite e você?

– Melhor impossível - Abriu um meio sorriso e pegou minha mão, erguendo até perto do rosto dele - Acho que compreende o motivo melhor que eu - e a beijou.

O momento seria muito mais mágico se um prato selvagem não tivesse quase sido quebrado na bancada na minha frente quando certo alguém se aproximou de nós.

Vinícius encarou o Matt no mesmo momento que ele soltou a minha mão.

– Aqui está seu café July. Agora COMA - Vinícius andou até o meu outro lado e fuzilou o Matt - Aqui é o meu lugar, sai dai.

– Mas você nem se quer sentou Vinícius - E ainda teve a coragem de abrir um sorriso.

– Eu disse que é o meu lugar, então SAI DA PORCARIA DO LUGAR DEMÔNIO!

– Certo, certo... - Ele deslizou para a outra banqueta e o Vinícius sentou ali colocando o prato dele na bancada com uma cara que me faria rir.

Levantei as sobrancelhas e peguei o garfo em cima do prato.

– Não sabia que fazia tanta questão de ficar do meu lado. Isso é amor Vinícius?

– Cala sua boca e come - E enfiou um bacon na boca.

Uma veia na minha testa começou a pulsar mais que antes.

– Como é que disse...?

Ele virou o rosto com metade do bacon para fora da boca e levantou uma sobrancelha.

– Além de feia, ficou surda pirra...

Antes que eu pudesse impedir, minha mão voou no rosto dele e o Vinícius caiu no chão com um estalo alto.

– COMO É VINÍCIUS?! REPETE QUE EU NÃO OUVI! - Encarei ele no chão com o fogo do ódio ao redor.

Ele sentou no chão e engoliu o bacon com dificuldade antes de falar.

– VOCÊ PIROU?!

– VOCÊ MERECEU SEU GROSSO DOS INFERNOS!

– QUAL É A DA REVOLTA?! ESSAS ROUPAS ESTÃO AFETANDO SEU CÉREBRO AGORA?!

Maldito...

– REPETE ISSO E ESSE GARFO VAI PARAR EM UM LUGAR NUNCA IMAGINADO ANTES!



Paul -


O café foi melhor que eu imaginei, principalmente com as demonstrações de afeto da July e do Vinícius. Parece que eles voltaram ao normal, mas isso só deve continuar por um tempo já que o Vinícius sempre tem que meter o pé na jaca...

– AAAAA! Hoje vai ser o máximo! Grave minhas palavras! - Ever deu alguns pulinhos do meu lado enquanto todo mundo seguia a mesma trilha de ontem - Cair com aquela garota valeu alguma coisa.

Soltei um suspiro.

– Será que pode parar?

Ela virou o rosto para mim parecendo confusa.

– Com o que?

– De falar dela desse jeito. É por isso que o Vinícius está puto comigo.

Em vez de me dar ouvidos, a garota cruzou os braços e soltou uma risadinha enquanto olhava a July na nossa frente.

– Não me diga que ela está magoada com isso? Fala sério - Bufou - Ela devia aprender que existem garotas que fazem pior que isso.

– Mesmo assim Ever, já chega. Isso está enchendo o saco.

Pronto, cavei meu túmulo. Só o olhar de indignação que ela lançou para mim foi o suficiente para eu saber que devia ter calado a boca.

– Ah, desculpe - Levantou as mãos - Eu não sabia que falar dela te incomodava tanto.

Pronto, começou...

Soltei o ar pela boca e puxei a garota pela cintura até mim.

– Esquece isso, ok? - Levantei o rosto dela - Esquece.

Rapidinho ela abriu um sorriso e pulou em mim para me beijar.

– Se insiste - Falou depois que nos separamos e voltou ao seu estado normal.

É por isso que eu não me canso dessas garotas: Elas são fáceis de controlar apesar dos ciúmes irracionais.

Mais a frente, onde o Vinícius guiava todo mundo, o cara parou e levantou os braços para nós.

– Ei! Todo mundo prestando atenção se não quiserem rolar morro abaixo, não é July?

– Cala a boca Vinícius!

– Enfim... - Revirou os olhos - Nos vamos descer esse morro em duplas a partir de agora para evitar que alguém saia rolando por falta de apoio. Então façam o esforço de prestar atenção no caminho para ninguém atrás cair e levar todo mundo para o fim do morro para comer terra. Entendidos?

Todo mundo balançou a cabeça, pouco ligando para o que ele falava. Vinícius soltou um resmungo e tomou a frente.

– Beleza, vamos começar logo. July, vem cá.

A garota franziu a testa.

– Porque?

– Você é minha dupla, então vem cá.

Ela bufou.

– Foi mal te decepcionar, mas eu já falei para o Matt que ia com ele - E para variar, o cara ainda abriu um sorrisinho.

– Ah Vinícius, é só você ir com o Caleb - Matt apontou para o cara que parecia mais a personificação de um arco-íris fluorescente.

Vinícius fez uma careta.

– Com isso?! - Apontou para ele.

– Cara, eu sou uma pessoa e não "isso" - Caleb foi para o lado dele e teve a coragem de passar o braço pelo seu ombro e dizer - BORA PESSOAL! VAMOS DESCER A LADEIRA!

Vinícius meteu a mão na cara dele de novo e o empurrou.

De novo.

– FICA LONGE - Apontou para a cara dele e então tomou a frente com uma careta - Vamos logo antes que eu me arrependa de ter falado em duplas.

– Relaxa cara! É só uma ladeira e mais nada - Caleb deu uma risada quando desceu a ladeira do lado do Vinícius carrancudo - Se você continuar tão bravo você vai parecer um velho cha...

Caleb calou a boca assim que o Vinícius lançou seu olhar assassino, que só fazia quando estava no limite do limite.

Caleb levantou as mãos.

– Tá legal! Parei beleza?!

–---

Não seria tão dificil para eu descer ali, mas a coisa começou a complicar quando a Ever se agarrou no meu braço com medo de cair ali como antes. No fim tive que carregar a garota nas minhas costas para que conseguíssemos descer, e quando chegamos numa área aberta a beira do rio, nunca me senti tão aliviado.

– Pelo menos surfar ajudou em algo - Falei enquanto esticava os braços, sentindo os ossos estalarem e os músculos contraírem.

Ficou caidinha né?

– Eu já disse que eu não vou! - Parei de me esticar quando ouvi a voz da July, então virei o rosto para ela e o Vinícius.

– Porque isso agora?! Pensei que quisesse nadar. - Vinícius cruzou os braços e olhou ela de cima para baixo - Tem vergonha de mostrar algo por acaso...?

– Não é nada disso! - Ela ficou vermelha, e quase que solto uma risada - Eu vou entrar na água mas só na parte rasa. Não estou a fim de nadar hoje...

Vinícius soltou um suspiro.

– Essas mulheres... - Resmungou virando a cara, mas logo voltou a olhar ela - Tudo bem, pode ser. Mas depois não fique choramingando porque não entrou na água, aliás, só encontramos esse rio por sua causa - E abriu um sorrisinho, se lembrando do tombo que ela tomou.

Ela fez uma cara de quem entrega os pontos, e colocou as mãos na cintura.

– Vai logo, eu sei que você está rindo por dentro.

Ele colocou a mão na cabeça dela se segurando para não rir.

– Eu nunca riria de você maninha, eu fiquei muito preocupado aquela hora, você sabe não é?

– Você é muito falso - Resmungou, mas em vez de bater nele como sempre, ela deu as costas para e foi até a beira do rio, tirando os tênis antes de colocar o pé na água.

Matt que estava não tão longe, correu até ela, aproveitando para dar um tapinha no ombro do Vinícius quando passou por ele.

– Vai ficar ai mesmo? - Falou com um sorriso idiota enquanto tirava a camisa e jogava num canto.

Mas não foi exatamente isso que me fez ficar parado como uma das árvores daquele lugar.

Como o bom cara observador que sou, percebi o exato momento que a July tirou o short e depois a camisa para jogar num canto longe da água.

Nunca pensei que tanta coisa podia sair despercebida quando coberta (mentira).

July não tinha todos os efeitos daquelas brasileiras que via apenas por casualidade em revistas (outra mentira), mas era tão bonita quanto. Claro que sem todas aquelas poses exageradas. Mas, resumindo tudo que eu quero dizer...

– Isso é uma visão do paraíso - Murmurei, completamente hipnotizado na garota proibida em seu biquíni azul.

Ainda bem que a Ever nem percebeu o que eu disse já que ela estava encarando o Matt... Não, pera.

– Ever? - Parei de olhar a July e encarei a garota com o indicador na boca e os olhos pregados no Matthew.

– Hun...? - Respondeu sem se quer me olhar.

– Pelo jeito o Matt deve ter alguma coisa muito interessante. - Foi ai que ela finalmente olhou para mim, mas com os olhos arregalados.

– O que? O Matt? - Ela olhou rapidamente para o Matt e depois para mim - Ah, não... Eu só estava... Ah esquece, vamos entrar na água ok? - Ela abriu um sorrisinho tirou as roupas para ficar apenas num biquíni branco e correr para a água.

Cara... Isso está começando a ficar complicado.

– Esquece - Abri um sorriso e tirei a camisa para entrar na água também - É só um dia qualquer mesmo.


July -


Não... Cara, não... Isso é de mais para uma pessoa inocente como eu.

Já faz um tempo que parei de andar na água para prestar atenção no ser bronzeado e perfeito que corria na água somente para dar um mergulho na água e acabar com minha sanidade mental.

QUE VISÃO DOS DEUSES MEU PAI.

– Ai meu cérebro... - Coloquei a mão na cabeça e caminhei para um lugar menos agitado para que pudesse sentar, recuperar o raciocínio e o oxigênio que por algum motivo muito importante, resolveu me deixar na mão.

QUAL É A TUA OXIGENIO?! NÃO SE CANSA DE ME TROLAR NÃO MALDITO?!

Quando eu finalmente sento numa parte não tão funda do rio para organizar os pensamentos que me atacavam sem dó alguma, eu sinto as ondas traidoras daquele rio tentando me arrastar para algum lugar fundo, frio, e pior... Com água.

NOSSA, NÃO BRINCA?!

CALA SUA BOCA CÉREBRO! VOCÊ SÓ QUER APARECER NESSAS HORAS NÃO É SAFADO?!

Bem, depois que as ondas feitas pelo mergulho do Matt diminuíram, eu pude relaxar um pouco e apreciar a paisagem verde pra caramba daquela floresta. Até que aquele lugar podia ser agradável quando você não esta rolando em terra, insetos e coisas estranhas com uma morena assassina tentando acabar com sua raça por um tarado que ama me assediar.

É... Era bem bacana ficar ali.

Abri um sorrisinho e observei o Matt ressurgir na superfície graciosamente, balançando o rosto de modo que o cabelo molhado espirrasse água por todo lado. Fiquei hipnotizada observando aquilo quando ele passou a mão pelo rosto e por coincidência, seus olhos derretidos me olharam. Quase que eu perco totalmente o fôlego quando ele abre um sorriso para mim, e como eu sou muito madura e nada idiota, levanto a mão da água e aceno como uma foca feliz.

Lindo...

Bem, pelo menos era lindo pra caramba até que a água voltasse a ficar mais agitada do nada quando algo parecido com gritos de um animal surgiu, e então eu só tive tempo de ver o cara de um metro e oitenta e cinco pular na minha frente com tudo.

– IIIIIIIIIIIIEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAHHHH - Gritou o selvagem ruivo pouco antes de espatifar na água e uma onda destruidora de lares me engolir em cheio e me fazer cair para trás de modo que minhas pernas fossem para cima.

O incrivelmente sem noção Caleb saiu da água balançando a cabeleira ruiva como um louco e então soltou um grito de animação enquanto sorria.

– CAAAAARACAAAA, ISSO FOI MUITO LOUCO CARA!

Enquanto isso, o ser afogado se levantou de uma vez com os olhos pulando da cara e tossindo como uma condenada até que a minha visão assassina (mas um pouco embaçada) capturasse o ruivo sorridente. Soltei um grunhido assim que vi ele.

– CALEB SEU MALDITO!

O cara virou o rosto para mim com a expressão mais inocente do planeta.

– O que foi July? - Perguntou pouco antes de eu levantar da água e encarar ele.

– VOCÊ É CEGO?! VOCÊ QUASE ME MATA!

– Te matar? Eu nunca faria isso - Ele soltou uma risada - Deixa disso e vem nadar July!

Franzi o cenho.

– Eu já disse que eu não vou...

– CUIDADO AE GALERAAAA! - Gritou outro retardado a pouca distancia de mim assim que caiu na água e outra onda do mal surgiu tão grande como a ultima e me engoliu de maneira que eu caísse sentada na água.

Caleb me esqueceu num segundo e soltou outro grito animado quando o Vinícius desapareceu na água para surgir pouco tempo depois com um sorriso de encher a cara.

– ISSO AI VINÍCIUS! - Caleb levantou a mão para ele e o idiota feliz que chamo de irmão bateu nela rindo feito um bestão.

– Foi louco né?!

– Muito cara! Essa foi de matar!

– VOU TE MATAR! - Surgi como uma alma penada e pulei em cima do meu irmão dessa vez esquecendo até do fato de a água não ser tão rasa ali.

– JULY VOCÊ ESTÁ LOUCA MINHA IRMÃ?! - Ele berrou antes de eu agarrar o pescoço dele -AAAA SOCORRRO!

– MORRE DESGRAÇA! - Chacoalhei a cara dele, enfiando e tirando a cara dele da água com sangue nos olhos - QUER ME MATAR DE VEZ?!

– AAAAAA - Afoga - OQUE... - Afoga - DEU EM VOCÊ?! - Afoga mais uma vez.

– JULY! ELE É SEU IRMÃO! - Caleb tentou me afastar, mas não deu certo.

– POR ISSO QUERO MATAR ELE!

– GURIA SOLTA ELE! - Finalmente ele conseguiu me segurar e afastar do ser semi-morto que boiava na água.

– So... Socorro... - Murmurou a criatura que estava prestes a afundar se não fosse o Matt para segura-lo.

– Cara! VOLTA PARA NÓS! - Matt balançou ele mas o Vinícius viajando pela falta de oxigênio - RESSUSCITA! - E deu um tapa no rosto dele que fez o cara dar um pulo e afundar mais uma vez antes de voltar a superfície.

– O que?! - Ele olhou para os lados com os olhos bem abertos e então os olhos dele pousaram em mim - MEU DEUS, SOCORRO!

Dei uma cotovelada no Caleb na primeira oportunidade e nadei atrás do bocó.

– VOLTA AQUI DESGRAMA! VOCÊ AINDA ME PAGA!

– SAI DAQUI! - Berrou ele de volta, mas de alguma forma eu conseguir me segurar nas costas dele e apertar seu pescoço com meus braços

– MORRAA!

– SAI DAQUI DEMONIO!

–---

Depois da brincadeira saudável, eu voltei para meu cantinho de tranquilidade enquanto todo mundo praticamente se afogava de tanto que estavam agitados, mas, claro, dessa vez bem longe de mim para que ninguém fosse vítima de afogamento ali.

Mas, apesar de ser seguro ali, tinha que admitir que era chato pra caramba.

Eu simplesmente ficava sentada, brincando com a água e a terra molhada enquanto todo mundo gritava e afundava na água como crianções de vinte e tantos anos.

– Droga de trauma que não serve para droga nenhuma - Resmunguei, desistindo de brincar com uma plantinha comprida que encontrei para observar o povo feliz.

Ah, e o chato era que parecia ser tão divertido ficar ali, na área mais funda com todo mundo...

... Mesmo que isso significasse ser arrastada pela água e perder todo o oxigenio naquela água nada confiável aproveitadora de traumas de pessoas inocentes.

Tá... Não era tão exagerado assim, mas era como eu me sentia quando ia para o fundo. Nunca se sabe os tipos de acidentes que podem acontecer e nem as criaturas que podem sair da água, como aquela bola escura que acabou de submergir do meu lado com apenas dois olhos me observando.

Não... Pera.

Virei a cara para ela e então a bola escura sorriu.

– Oi

– AAAAAAAAAAAAA SAI SATANÁS!!! - Bati na bola e pulei para o outro lado no puro desespero.

A bola soltou um "Ai" e levantou da água com uma careta.

– Nossa July, agora você está me magoando - Paul passou a mão pelo cabelo que cobria o rosto e mostrou que a coisa redonda era a cabeça dele e a parte escura, os cabelos loiros dele.

Parei de nadar para observar o rosto dele.

– Paul?

– Não, o Satanás, esqueceu?

Revirei os olhos e voltei para onde eu estava sentada.

– Foi mal, mas foi culpa sua aparecer do nada quando eu estou tão distraída.

Ele abriu um meio sorriso apesar da marca vermelha na sua testa graças ao meu tapa e se sentou perto de mim.

– É que eu pensei que você era menos escandalosa - E alargou o sorriso quando eu fiz uma careta - O que foi? Não fui eu quem deu um berro e me chamou de Satanás.

Fiz um bico enorme.

– Eu já pedi desculpas droga! - Cruzei os braços e parei de olhar para ele como uma criançinha de cinco anos faz.

Para variar, ele riu de mim.

– Esquecendo isso... Porque você está aqui? - Perguntei ainda na pose de criançinha emburrada.

– Eu? - Ele deu de ombros - Acho que me cansei desisti de ser vitima de porrada daquelas ondas. Elas são monstruosas.

– Te entendo... - Falei com sinceridade, lembrando das duas ondas que me atacaram agora a pouco - E vai deixar mesmo a Ever sozinha? Ela pode ficar irritada ou algo do tipo.

Ele riu de novo.

– Irritada? Duvido. Ela parece bem feliz do meu ponto de vista - Falou enquanto olhava para a garota que ria adoidado em cima dos ombros do Caleb.

– Ah - Desfiz a pose emburrada, sentindo uma ponta de inveja por ela estar aproveitando tanto e eu... Vocês sabem.

Paul pareceu notar meu estado de animo, e logo abriu um novo sorriso, encostando o cotovelo no meu braço para chamar minha atenção.

– E ai? Vai ficar aqui mesmo? Está bem legal lá apesar das ondas. Vamos dizer que dá até para ignorar se você pegar o espírito.

Sorri com aquilo, mas neguei com a cabeça.

– Ah Paul, você sabe melhor que ninguém porque eu não estou lá - Dei um meio sorriso, e então virei o rosto para onde o povo ainda bagunçava - É meio difícil "pegar o espírito" quando você sabe que tem uma onda pronta para te levar para o fundo.

– Mas é tão sério assim? Eu já afoguei várias vezes e mesmo assim nunca deixei de nadar - Repetiu o que disse no dia que me salvou de me afogar na praia.

– Eu sei mas... - Dei de ombros - Sei lá, é diferente com algumas pessoas.

Ele pressionou os lábios, e passou a mão pelo rosto para afastar umas gotas de água que escorriam no seu rosto.

– Hm... Então, que tal um apoio para superar isso?

Virei o rosto para ele e vi que ele abria aquele sorriso bobo de sempre, o me fez revirar os olhos e rir.

– Apoio? Ok, que tipo de apoio você poderia me dar? Eu te odeio, lembra? - Limpei a garganta, segurando a risada que quase saiu.

Ele alargou o sorriso de modo suspeito e pregando aqueles olhos cinza esverdeados em mim de modo que me senti estranha.

– Bem, você já sabe que sou péssimo com palavras, então... - Ele se levantou da água, fazendo várias ondinhas se formarem ao redor dele enquanto eu ficava cada vez mais confusa, então ele se agachou de frente para mim.

Hã?

– O que você...? - Minha garganta travou assim que senti algo segurar minha cintura, foi então que eu percebi o plano maligno dele - A NÃO!

– Calma! - Ele sorriu e quando eu menos esperava, ele sumiu dentro da água e eu parei em cima dos ombros dele quando ele me puxou e voltou para a superfície.

Fiquei branca de medo.

– Paul! Eu vou cair! Eu juro que vou cair! - Falei tão rápido que meu inglês saiu enrolado e difícil de interpretar.

Mas como o louco que me carregava era o Paul, ele apenas segurou meus calcanhares e começou a andar calmamente para a parte funda do rio.

– PAUL! SÉRIO! EU VOU CAIR! - Falei mais alto, segurando os cabelos dele para não escorregar ou algo assim.

Ele suspirou.

– Você tem pouca confiança em mim, isso magoa - Ele virou o rosto para trás e o ergueu para me olhar - Eu não vou deixar você se afogar.

– Mas sou EU quem vai lá Paul! SEMPRE acontece algo.

Ainda me olhando ele apertou meus calcanhares e suavizou o sorriso quando disse.

– July, eu prometo. Você não vai cair comigo por perto.

Eu juro que ia começar a gritar por ter uma pessoa tão teimosa em baixo de mim (estranho), mas algo naquele rosto me fez ficar menos histérica, então eu simplesmente desisti.

– Tudo bem, o que você vai fazer? - Falei como uma pessoa normal.

E ele voltou a sorrir como um bobo.

– Vamos mergulhar - Respondeu feliz como um garotinho com um brinquedo novo.

Mas o brinquedo infelizmente era eu.

– M-mergulhar? - Olhei mais para baixo e percebi que a água já estava no pescoço dele - Mas você vai morrer!

Ele riu de mim.

– Eu já fiz isso antes July, relaxa!

Mordi o lábio e encarei meu pior inimigo líquido uma ultima vez.

– Certeza? - Voltei a olhar o Paul.

– Fica tranquila e prenda a respiração quando eu pedir, pode ser? - Ergueu uma sobrancelha.

Soltei o ar pela boca.

– Certo, certo. Vai logo Paul - Apertei os cabelos dele com minhas mãos e então ele virou o rosto para frente. Depois de eu respirar profundamente para me manter calma, Paul voltou a apertar meu calcanhar - Pronta?

– Aham - NÃO! ME TIRA DESSE LUGAR HORRIVEL!

– Certo, então vamos no três - Apertei a boca e soltei o ar - Um, dois... - Ai meu pai...! - Três.

Respirei todo o ar que podia exatamente no três, e apertei os olhos no momento que senti o corpo do Paul afundar na água junto comigo. A pior parte surgiu bem rápido (droga) e minha cabeça foi para dentro da água enquanto eu apertava os olhos com força.

Eu não vou abrir! NÃO VOU MESMO! ISSO JÁ É DE MAIS PARA ALGUEM COMO EU!

Comecei a sentir medo de verdade quando senti que fomos mais fundo ainda, mas quando eu estou prestes a me soltar dele e nadar para cima, Paul aperta o meu braço como se me chamasse e então resolvi que era hora de abrir os olhos e enfrentar o inferno aquático a minha volta. Depois de piscar algumas vezes para meus olhos pararem de arder, eu finalmente enxerguei o Paul (claro que embaçado, mas vamos ignorar tudo isso já que é EU quem está narrando). Era engraçado como os cabelos dele balançavam para cima, dando um bom close do sorriso que ele abriu com a boca fechada, mais bobo que o normal. Ainda bem que ele era tão bobo, assim eu me distraia e ignorava toda a água.

Fácil assim.

Depois de sorrir como um bobo, Paul voltou a olhar para frente e começou a nadar usando um dos braços, e do nada, tipo, de repente mesmo, eu me senti feliz.

Sim, tenho algum tipo de masoquismo inconsciente.

Ah, mas mesmo que eu morresse de medo de lugares fundos, aquele rio era mais cristalino que eu pensava, e dava para ver TUDO, inclusive o tronco do pessoal feliz, sendo que tinha milhares de bolhas ao redor deles já que não paravam de se mexer. Então, para aproveitar meu momento de tranquilidade, eu abri soltei os cabelos do Paul e abri os braços como se estivesse planando. Bem, infelizmente aquilo durou pouco porque o oxigênio não é infinito, então eu voltei a segurar o Paul quando ele nadou para cima e minha cabeça foi para a superfície.

Depois de soltar todo o ar e respirar o puro oxigenio ao redor, uma onda (oque me parece ser parte do masoquismo inconsciente) de alegria surgiu e eu comecei a rir.

É, isso mesmo. Eu ri que nem uma abestada.

– Falei que só era pegar o espírito - Falou o Paul enquanto eu terminava de rir.

– Caramba... Isso foi MUITO legal!

Ele sorriu, virando o rosto para mim.

– Não ficou com medo?

– NÃO ESTRAGUE O MOMENTO PAUL - Fiz uma careta e ele riu.

– Certo, mas tenho uma notícia - Paul afundou um pouco, mas logo depois voltou a superfície para falar - Isso aqui está muito fundo e acho que vou acabar me afogando desse jeito.


Ei... Perai!

– E-E oque você vai...? - O cara nem esperou eu terminar de falar e eu já estava fora dos ombros dele, e dentro do inferno aquático.

PAUL FILHO DA MÃE!

– DROGA!! - De repente eu lembre do pânico que era ficar num lugar fundo sabe... - PAUL! ME SEGURA! EU VOU MORRER!

Quando a criatura percebeu que eu já estava me debatendo, ele tentou me segurar, mas recebeu um tapa na cara. NÃO FOI DE PROPÓSITO! É O DESESPERO!

– CALMA! VOCÊ NÃO DISSE QUE FOI LEGAL?!

– MAS EU ESTAVA EM CIMA DE VOCÊ! - Berrei para ele, "P" da vida. Mas como ficar desesperada no meio de um rio era pouco de mais, alguma coisa fria resolve roçar meu pé.

Estou morta.

– PAAAAAAAAAUL! SOCORRO! - Pulei no pobre inocente na minha frente e me aperte nele como se minha vida estivesse em perigo -SOCORRO! SÉRIO ME SEGURA!

– JULY! EU VOU ME AFOGAR!

– FOI IDEIA SUA ME TRAZER NO MEIO DESSE LUGAR! ENTÃO ME TIRA DAQUI OU ENTÃO EU JURO QUE TE LEVO PARA O FUNDO JUNTO COMIGO!

E assim começou um lindo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço Reviews? :3 Heeeeim? Diz que sim, vai! *--*

Enfiiiim, meus queridos, antes que eu me esqueça, queria recomendar a vocês uma fanfic que estou acompanhando: http://fanfiction.com.br/historia/335883/Reprise_Sa_Chanson/
É uma fanfic de uma amiga minha e garanto a todos que o enredo é ÓTIMO!
Bem, agora que o trabalho foi feito, beijos meus fofos!
Ami ~