Indiana Jones e o Mistério do Báltico escrita por Goldfield


Capítulo 7
Capítulo 6




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Capítulo 6

 

Águas mais profundas.

 

 

NORUEGA >>>>> MAR BÁLTICO

 

A bordo do U-Boat, Indiana encontrava-se desprovido de qualquer noção de tempo. Talvez houvesse se passado todo um dia, quem sabe até mais. Dormira pouco, tanto devido ao desconforto do compartimento quanto ao pensamento nos amigos que fora forçado a deixar na Noruega e que poderiam agora estar mortos. Heinrich, entretanto, repousava feito um bebê, deitado junto ao casco úmido com os olhos bem fechados e uma expressão lívida no rosto desacordado. Jones riu baixinho. Ao menos o colega alemão ainda conseguia manter certa tranqüilidade.

Demorou um pouco a perceber, mas algo diferente ocorria. A estrutura do submarino rangia, ao mesmo tempo em que conseguia ouvir alguns gritos e palavras de ordem dos oficiais nos corredores. O transporte parecia ter diminuído sua velocidade, e a tripulação por sua vez se preparava para algo. O arqueólogo, deduzindo qual era o motivo da agitação, esticou um dos braços e cutucou Kriegüer para que despertasse. Este abriu os olhos vagarosamente, espreguiçando-se em meio a um demorado bocejo antes de perguntar, um tanto confuso:

–         O que houve? 

–         É melhor estarmos preparados – respondeu Indy, cauteloso e ainda atento aos ruídos ao redor. – Parece que chegamos ao nosso destino. 

O especialista em Vineta não conteve seu semblante de assombro. A lendária cidade perdida do Báltico, a verdade por trás de sua questionada existência e seu misterioso desaparecimento... Tudo estava de repente muito próximo deles, e era provável que dentro de pouquíssimo tempo tomassem contato com fatos e indícios que desafiavam a razão humana.

–         O que iremos fazer? – Heinrich indagou ao norte-americano. 

–         Nada, por enquanto... – ele replicou num murmúrio, voltando a se encostar ao metal que os encarcerava. – Tenho certeza de que a Vogel já tem alguma tarefa reservada para nós! 

 

De fato, naquele momento a tenente-coronel estava em seu alojamento na companhia do capitão do U-Boat, checando coordenadas num mapa sobre a mesa. Ela abriu um sorriso de satisfação, demarcando com uma caneta a localização atual do submarino, algumas centenas de milhas ao norte da costa alemã. A área onde estimavam terem realizado importante descoberta.

–         Ja, é aqui mesmo, comandante Vogel! – constatou o militar, uma das mãos em seu quepe. – O local permaneceu intocado, assim como nos instruiu. Mandaremos alguém para averiguar os destroços? 

–         Sim, os prisioneiros – Sophia respondeu com os olhos fixos no mapa. – Irei liderar a escolta que os acompanhará. Também me interessa muito saber o que esse achado nos reserva, como bem sabe... 

O capitão assentiu com a cabeça enquanto a loira tampava a caneta, guardando-a numa gaveta e em seguida fazendo um sinal para o guarda no corredor através da porta aberta. Ela desejava agir o quanto antes. Apesar de não confessar a ninguém, sua ansiedade era tanta que chegava até a incomodá-la...

 

Indiana continuava tentando identificar o que diziam as vozes abafadas dos nazistas a bordo da embarcação, quando a porta do compartimento foi de súbito empurrada. Seus olhos, pegos de surpresa pela luz que invadiu o ambiente, fecharam-se por reflexo, impedindo-o de fitar quem vinha visitar a si e Kriegüer. O sotaque inconfundível da tenente-coronel, todavia, fez-se ouvir de imediato:

–         Fez boa viagem, herr Jones? 

–         Podia ter sido melhor... – murmurou ele, ao mesmo tempo em que era agarrado pelos braços por dois soldados. – Já chegamos a Vineta? 

–         Sinto desapontá-lo, mas ainda não. Estamos fazendo uma pequena escala. 

Heinrich também foi conduzido em silêncio para fora da improvisada prisão e Indy, com as pupilas ainda irritadas, empurrado um tanto zonzo ao corredor. Sua visão aos poucos recuperou a nitidez e, quando notou Vogel liderando determinada a marcha à sua frente, percebeu que talvez o trajeto até Vineta levasse bem mais tempo do que o imaginado...

 

O mar estava excessivamente tranqüilo. Céu nublado. No horizonte, nenhum sinal de terra, não importando a direção. O barco se deslocava lentamente pelas águas bálticas, no encalço do submarino alemão no qual haviam sido levados os doutores Jones e Kriegüer. Mac cuidava do leme e checava constantemente as coordenadas que seguiam num mapa disposto dentro da pequena cabine. Já Sophia permanecia debruçada junto à proa, olhar tão vago quanto as ondas, abraçando o próprio tronco para se proteger da gelada brisa que a atingia.

Tinha várias coisas em mente – entre as quais o possível sofrimento de Indiana – porém, conforme pareciam se aproximar mais da famigerada Vineta, a jovem sentia uma espécie de aflição, como se seu coração fosse de alguma forma oprimido por uma força invisível. Memórias ruins passavam em tropel por seus pensamentos: traumas de infância, a briga com a família... E de repente se sentia como uma pessoa só e desesperada, um ser abandonado por quem mais amava. Tentando deixar tal estado, perguntava-se a respeito de este se dar devido ao isolamento em meio ao oceano, à separação inesperada em relação ao arqueólogo ou a aterradora aura mística que parecia envolver a cidade de Vineta. Talvez fosse um misto das três hipóteses.

–         Como estamos indo? – ela indagou ao inglês. 

–         Bem, acredito. O U-Boat parece estar logo à frente, no entanto convém mantermos certa distância. Além disso, lembre-se de que estamos em águas inimigas e a qualquer momento podemos nos deparar com alguma embarcação de patrulha ou área minada. Estou seguindo as instruções de Myrvang para evitar ambos, mas... 

Hapgood suspirou e tornou a voltar sua atenção para o mar, que, infindável e sereno, era-lhe cada vez mais alvo de intenso fascínio. O que toda aquela massa líquida fria e abundante aparentava esconder? Será que conseguiriam desvendar o mistério do Báltico e saírem vivos?

–         Estou entediada... – murmurou a ruiva, virando-se para a cabine. 

Mac, por sua vez, descuidou dos aparelhos de navegação por um momento e, caminhando na direção da companheira, retirou de um dos bolsos uma pequena caixa contendo um baralho. Foi estendendo-a aberta na direção de Sophia que ele inquiriu, sorridente:

–         Que tal jogarmos cartas? 

A moça hesitou por um instante, porém acabou também sorrindo e concordou movendo a cabeça.

 

No interior do submarino, Indy continuava acompanhando Vogel pelos corredores, cruzando portas e passando por vários marujos carrancudos e apressados. Pouco atrás de si, também com submetralhadoras apontadas para suas costas, Heinrich andava o mais depressa que podia, sua face demonstrando certa curiosidade em saber a razão da parada em pleno alto-mar antes de terem alcançado as supostas ruínas de Vineta. Indiana, igualmente consumido pela dúvida, acabou não mais resistindo e questionou a oficial nazista:

–         Algo me diz que não estamos fazendo uma pausa para um sanduíche, correto? 

–         Há uma certa informação ultra-secreta que não vazou à inteligência dos Aliados – a tenente-coronel replicou de forma um tanto seca e ao mesmo tempo instigante. – Uma variável preciosa no tocante àquilo que buscamos. 

–         Creio que então vai nos revelar o que é, correto? 

–         Você é um homem faminto por respostas, doutor Jones. Já parou para pensar em até onde esse ímpeto pode levá-lo? 

–         Ele sempre me levou até aquilo que procuro! 

Diante de tal afirmação, Sophia deteve-se subitamente, pisando forte sobre o chão de metal, logo depois se voltando para o norte-americano, os demais também interrompendo a marcha. Frente a frente de novo com a alemã, Indy viu-a aproximar-se lentamente de si, seus rostos ficando quase colados como ocorrera antes no dormitório da militar. E, fitando-se nos olhos, ouviu-a dizer em tom sério e provocante, seus lábios se movimentando quase em câmera-lenta:

–         E o que você procura? 

O arqueólogo abriu a boca para falar, contendo-se para não ceder à tentação de tomar Vogel em seus braços e beijá-la na frente de todos – o que poderia acarretar seu fuzilamento imediato pelos guardas – quando Kriegüer, inesperadamente, cortou o diálogo de modo quase pueril:

–         Nós procuramos Vineta! 

A loira fechou a cara e lançou um olhar de fúria sobre o compatriota, em seguida recuando alguns passos. Tornou a girar o corpo, retomando o trajeto pelo corredor ao mesmo tempo em que explicava aos prisioneiros:

–         No início de nossas buscas, deparamo-nos com um achado inesperado: os restos conservados de uma embarcação comercial viking. Através de uma checagem preliminar, constatamos que o navio naufragado data mais ou menos do ano 1000. O interior, porém, permanece intocado. Tenho fortes razões para crer que podemos encontrar alguma pista a respeito de Vineta dentro dele. 

–         Barcos naufragados são muito comuns – afirmou Indy. – Por que toda essa esperança na chance de ele conter pistas sobre a cidade? 

–         A vela e os escudos nas laterais possuem um símbolo bastante peculiar... 

Dizendo isso, a oficial, sem voltar-se para trás e continuando a andar, estendeu uma pequena folha de papel àqueles que a seguiam. O norte-americano apanhou-a e, parando momentaneamente junto a um intrigado Heinrich, puseram-se a examinar o que ela possuía. Tratava-se de uma gravura geométrica, mais precisamente um hexágono. Cada lado da figura continha, sobre as linhas, dois retângulos simétricos. Seis lados, no total doze marcas. Não era preciso pensar muito para deduzir o que a ilustração representava.

–         Vineta e seus doze portões! – concluiu Jones em voz alta. 

–         Exato – confirmou Vogel, detendo-se diante de uma porta. – Há razões para crer que os habitantes da cidade utilizavam tal símbolo em seus navios e armas. Mas bem... Agora poderemos averiguar a veracidade dessa hipótese diretamente. 

Nisso, um dos combatentes da escolta abriu caminho entre os demais, girando a tranca da entrada logo à frente. O pesado obstáculo de metal foi puxado pelo soldado, o compartimento a seguir ficando então visível ao grupo: um pequeno ambiente repleto de trajes completos para mergulho, arpões e tanques de oxigênio. A tenente-coronel adiantou-se, adentrando o local e já apanhando o capacete de um dos escafandros. Fez menção de colocá-lo na cabeça, porém antes se virou para os prisioneiros e perguntou, piscando para Indy:

–         Prontos para um mergulho?

 

Já a bordo da embarcação de Mac e Sophia, os dois, apertados no interior da cabine ao redor de uma mesa, encontravam-se entretidos com uma animada partida de poker. O inglês depositou de súbito suas cartas em cima da madeira do móvel, exclamando num sorriso:

–         Full House! Ganhei de novo!

–         Mas como? – protestou Hapgood, indignada. – Você só pode estar trapaceando!

Como que para comprovar a suspeita da ruiva, o acaso contribuiu para que o agente do MI6 esbarrasse o braço esquerdo na borda da mesa, fazendo com que um ás voasse de dentro da manga de seu uniforme. A moça apanhou a carta no ar e, mostrando-a ao companheiro como se fosse a evidência de um crime, inquiriu com astúcia:

–         O que eu havia dito?

–         Ora... No amor e na guerra tudo é válido, querida!

–         A qual dos dois você se refere neste caso?

Mac apenas deu uma risada e não respondeu. Na verdade, Sophia preferia mesmo ficar sem saber...

 

Indiana não gostava de mergulhar em alto-mar, ainda mais em tais circunstâncias. Não era apenas um trauma decorrente de sua busca pela Arca da Aliança anos antes, quando tivera de pegar carona do lado de fora de um submarino alemão por centenas de quilômetros, mas também devido ao escafandro, que lhe causava uma incômoda sensação de inépcia, reduzindo drasticamente sua capacidade de ação e movimentos, para o que também contribuía o fato de estar embaixo d’água.

Devido à grande profundidade e à baixa temperatura, a fauna marinha não era ali muito abundante. Tímidos cardumes de peixes pouco variados passavam junto aos mergulhadores, alguns deles dotados de estranhas formas e cores. Conforme se aproximavam no navio afundado, sua figura aos poucos se tornando nítida devido à diminuição da distância e às luzes das lanternas portadas pelos exploradores, perceberam o afastamento do U-Boat, que descrevia uma rota ligeiramente circular em torno dos destroços do barco aguardando que a averiguação fosse concluída. O oxigênio dos tanques duraria por tempo suficiente para que examinassem tudo. Vogel liderava o grupo, composto por, além de Indy e Heinrich, mais três militares nazistas. Exceto os prisioneiros, todos estavam munidos de arpões.

Por fim as sombras que dominavam o exterior do navio se dissiparam e sua aparência pôde ser admirada pelos mergulhadores, a tenente-coronel, em particular, detendo-se diante da estrutura relativamente conservada por vários instantes, sua face sob o capacete do traje ganhando expressão de incrível fascinação diante do achado.

O barco repousava quase inteiro junto a um rochedo subaquático, a formação natural agindo como uma espécie de proteção ao tesouro arqueológico. As águas frias certamente também haviam colaborado para mantê-lo tão preservado. Era uma clássica nau viking, de madeira, tanto a proa quanto a popa contendo carrancas esculpidas com minúcia, representando dragões ameaçadores com as bocas abertas, as quais agora serviam de lar a pequenos peixes e outros organismos. A vela única, apesar de se encontrar em trapos, possuía aspecto razoavelmente bem conservado, resquícios da figura mostrada antes por Vogel, o hexágono de doze marcas, ainda perceptíveis em si, assim como nos restos dos escudos redondos enfileirados nas laterais. Dentre estes despontavam os longos remos que outrora serviam para impulsionar o transporte, agora quebrados e incompletos. A estrutura como um todo fora coberta por algas e crustáceos, assimilada como se constituísse um elemento que estivera sempre presente nas profundezas do oceano. Em meio ao casco era possível perceber buracos que serviam de refúgio a vários animais marinhos. Também visíveis, ali existiam resquícios de recipientes de diversos tamanhos, parte da antiga carga da misteriosa embarcação.

A tenente-coronel ergueu um dos braços, apontando para o navio. Estava determinada a averiguar o que continha o quanto antes. Jones e Kriegüer a seguiam de perto, sempre sob a mira dos arpões inimigos. Os dois acadêmicos também se sentiam maravilhados com a descoberta, e adorariam estudá-la à exaustão se não estivessem sob o jugo dos alemães. Infelizmente, escapar naquele momento era uma idéia bastante inviável. Teriam de arcar com as ordens de Vogel ao menos por mais algum tempo.

Deslocando-se com exímia habilidade na direção da nau – sinal de que já houvera mergulhado antes muitas outras vezes – a comandante impulsionou o corpo com certa leveza, apesar do peso do escafandro, na direção do interior da embarcação. Pousou dentro dela espantando alguns cardumes próximos, por pouco não esmagando uma fileira de vasos quase ocultos junto a uma das laterais com os pés. Abaixando-se diante dos recipientes, constatou que possuíam preservada beleza: seus exteriores eram adornados com detalhadas pinturas, retratando desde cenas do cotidiano nórdico, com guerreiros e mercadores em suas respectivas atividades, até o deus Odin, montando seu lendário cavalo de oito patas chamado Sleipnir. Indy e Heinrich, este último nadando de forma um tanto desajeitada, aproximaram-se de Sophia para também poderem examinar os artefatos, os soldados sempre atentos com o intuito de os prisioneiros não tentarem nenhuma artimanha.

Ignorando tudo ao seu redor, tamanho o deslumbre que sentia, a loira apanhou com extremo cuidado um dos jarros, temendo que ele se despedaçasse em suas mãos devido à ação dos séculos, e vistoriou seu interior com uma delas. Seus dedos retornaram segurando várias moedas de ouro, contendo peculiares figuras. Incapaz de analisá-las satisfatoriamente ali, Vogel guardou-as de volta no vaso e, ainda muito cautelosa, decidiu levá-lo consigo para posterior exame.

No entanto, acabou logo em seguida retirada de seu estado de êxtase de modo brusco, por pouco não soltando o objeto, que certamente teria assim sido destruído. A razão foi a descoberta de um esqueleto humano coberto de algas acorrentando pelos braços agora em puro osso ao mastro da embarcação, seu crânio fixado eternamente numa expressão de pavor, com cavalos-marinhos saindo tão assustados quanto a jovem através da boca bem aberta e das cavidades onde no passado existiram olhos.

Num gesto igualmente inesperado, Indiana colocou sua mão direita sobre um dos ombros da oficial, tranqüilizando-a. Ele estava bem mais acostumado a visões como aquela. Recuperando a calma e a habitual postura superior, a Sophia germânica retomou o ritmo normal de sua respiração – já que também não desejava consumir mais oxigênio do que o necessário – e prosseguiu com a exploração do navio afundado.

Nisso, Jones percebeu que Kriegüer havia se afastado dos demais. Olhando brevemente ao redor, logo notou o amigo vasculhando a área da popa do barco, talvez procurando algo que houvesse avistado ou suspeitasse que ali estivesse. O aventureiro norte-americano tratou de dirigir-se até ele, um dos combatentes nazistas preocupando-se em segui-lo a uma curta distância para evitar uma eventual tentativa de fuga. Chegando mais perto, Indy pôde perceber que Heinrich procurava pegar algo que se encontrava embaixo de alguns escudos empilhados. O recém-chegado ajudou-o a executar a tarefa, removendo com cuidado os obstáculos. Por fim, tornou-se visível, quase coberto totalmente por vida marinha, um grande, velho e firme baú de madeira. Os dois o ergueram com ambos os braços, carregando-o para fora dali. Vogel aproximou-se, intrigada com o achado, assim como os outros homens do grupo. Vendo e tocando o recipiente, percebeu a existência de um cadeado selando-o, a chave para abri-lo provavelmente perdida para sempre. Todavia, isso não impediria que ela vislumbrasse seu conteúdo. Forçar a tranca a bordo do submarino bastaria para removê-la.

O que poderia conter?

Disposta a descobrir, a moça acenou para seus comandados. Já desejava retornar ao U-Boat. Passou o vaso contendo as moedas a um deles e tomou o baú encontrado por Kriegüer em suas mãos. A dupla de prisioneiros desejava explorar um pouco mais os destroços do transporte, mas a ânsia de Vogel em interpretar alguma pista decisiva que a levasse decididamente a Vineta falava mais alto. Conformados, os dois professores puseram-se a nadar acompanhando os alemães, a tenente-coronel conduzindo triunfante o tesouro à frente de todos. Parte da solução de todo aquele mistério estava dentro dele, era certo. Porém, haveria volta depois de terem contato com uma evidência desse tipo?

Vineta deveria mesmo ser desvendada?

Tão entusiasmada com a certeza de estar no caminho correto quanto a encontrar a cidade, a loira não notou algo estranho relativo ao invólucro... Certas vibrações provinham de seu interior, num ritmo definido, abalando ligeiramente a madeira e as algas que envolviam seu interior... Algo poderoso, avassalador, como se possuísse consciência e desejasse romper de vez aquela prisão... Algo como as batidas de um coração.

 

 

Glossário – Capítulo 6:

 

Odin: Principal deus viking e governante de Asgard, o reino dos deuses nórdicos. Senhor da magia e invocado durante as batalhas, é dono da poderosa lança Gungnir, a qual nunca erra seu alvo, do cavalo Sleipnir, de oito patas, e dos corvos Huginn e Muninn, que voam ao redor do mundo diariamente e, à noite, contam ao deus tudo o que viram. O dia da semana “quarta-feira” em inglês, “Wednesday”, derivado de “Woden’s Day”, foi nomeado em sua homenagem.

 

 

Continua...

 


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