Viagem No Tempo HIATUS escrita por Borracha


Capítulo 3
Capítulo 2 - No Centro da Arena


Notas iniciais do capítulo

"Enquanto Prisco e Vero alongavam o confronto
E por longo tempo a luta foi igual de ambos os lados,
Altos e repetidos gritos reclamavam a liberdade para os homens;
Mas César seguiu a sua própria lei;
Era a lei de lutar com o escudo até que um dedo se levantasse:
Fez o que lhe era permitido, muitas vezes deu comida e presentes.
Mas chegou-se ao final com a mesma igualdade:
Iguais a lutar, iguais a ceder.
César enviou espadas de madeira a ambos e palmas a ambos:
Portanto, a coragem e o talento receberam o seu prémio.
Isto não aconteceu perante nenhum príncipe salvo tu, César:
Quando dois lutaram, ambos foram vitoriosos."
Marcial, De Spectaculis, XXIX



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Som: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=1viIikLbXDw

– Amber... Fols? - o comandante perguntou.

– Ssou eu. - disse uma menina loira de olhos azuis nervosamente.

– Esta é a sua paragem. Boa sorte. - disse o capitão. E esse boa sorte foi repetido pela restante tripulação.

Ela sabia o que fazer. Dirigiu - se à cabine, assim como a tripulante egipcia e despoiu o uniforme da AVT.

Cobriu o peito com uma mammilia e colocou em volta dos rins uma subligaculum. Dois nomes esquisitos que na realidade, nada mais eram que faixas de tecido. Depois puxou umas calças apertadas até aos joelhos cujo nome era femoralina. Em seguida vestiu uma túnica e por cima uma toga muito volumosa.

Saiu e tentou equilibrar – se com aquela pesada roupa, quando de repente se deparou com uma enorme multidão que se espremia e acotovelava para tentar ver alguém ou alguma coisa.

Tentou eivitá – los e fazer – se passar por uma simples matrona. Mas nem ela poderia adivinhar o que se passaria a seguir. De um momento para o outro as pessoas afastaram – se e formaram um circulo em torno dela e começaram a apontar – lhe o dedo. No momento seguinte apareceram quatro ou cinco soldados armados com escudos e lanças arrastaram – na dali para fora.

Quando pensava que tudo havia acabado, finalmente, foi esbofeteada e atirada para uma saleta minuscula que fedia a morte e que mais parecia o próprio vomitorium.

– Vais pagar pelo que fizeste, sua ladrazinha imunda. – gritou um dos guardas enquanto lhe cuspia na cara.

Um outro amassou uma folha de pergaminho e atirou – a para cima dela.

Depois foram embora, deixando – a ali, fechada e privada da luz do sol. Numa masmorra fétida, escura e húmida. Provavelmente cheia de ratos e teias de aranha. Começava a sentir – se arrependida. Ninguém a avisara de que aquilo lhe iria acontecer.

Desenrolou o pergaminho e pode ver um desenho de uma figura feminina rabiscado a carvão vagamente parecida com ela.

– Suponho que seja esta a razão de tudo isto. – Susurrou para si prórpria antes de se enroscar no chão gelado e vencida pelo cançaso acabou por se deixar embalar nos braços da noite.

Acordou poucas horas mais tarde enquanto um soldado a agitava. Era noite serrada e sentia nas pernas uma dormencia incomum, conequencia da pancadaria do dia anterior. Mas ainda assim, deu o seu melhor para se manter de pé. Sabia que se caisse voltaria a apanhar.

Quando chegaram ao limite do corredor onde a sua sela se localizava, um dos guardas arrancou – lhe as ropas sem qualquer tipo de cerimónia. Amber começou a chorar com medo que o pior lhe sucedesse. Mas não. Foram – lhe amarradas as mãoes e os pés e foi embarcada numa carroça junto com outros prisioneiros.

– Para onde nos vão levar? – Perguntou com medo de que a sua vida acabasse mais cedo que o esperado.

– Para a vila. Para a feira. – Respondeu um homem, provavelmente da mesma idade que ela.

– Que farão connosco?

– Que achas? Vão nos leiloar…

Quando chegarm à feira ela ficou horrorizada com o que via. Ali comerciavam alimentos, animais e escravos.

Colocaram – lhe uma tabuleta com um número ao pescoço e foi encaminhada para um passadiço de madeira, provavelmente erguido para a ocasião.

Eram muitos os comentários que escutáva das pessoas que passavam examinando-os. Ela desejou poder fugir, mas era impossivel. Estávam amarrados uns aos outros, vigiados pelos soldados.

A certa alura o leilão começou. Foram exibidos, faziam com que mostrássem os dentes. Diziam as suas idades e nomes.

Amber ficou para último. Tinha bons dentes, como era óbvio, dado o facto de vir de uma época em que os cuidados dentários eram bastante avançados. Mas era demasiado magra. Como ela entendeu, na altura em que o seu suposto nome foi dito, a ladra com quem foi injustamente confunida chamava – se Penélope. Um homem velho, provavelmente nos seus cinquenta ou sessenta anos apróximou – se dela e observou – a. Estava nua, estava passando a maior humilhação da sua vida e estava sendo leiloada para aquele que pagasse mais caro. E ela sabia o que aconteceria se não fosse comprada. Morte.

O homem levantou – lhe os seios e obrigou – a a rodar – se para melhor lhe inpecionar as nádegas.

– Tens umas boas nádegas. Não emagreças. – o homem advertiu enquanto pagava uma quantia, que ela sabia ser baixa, por ela.

Amber seguiu o seu novo “dono” amarrada por correntes nos pulsos, tornozelos e no pescoço. Era

horrível, as correntes magoavam – na e dificultavam – lhe a respiração. O homem comprou a maioria dos priosioneiros que tinha estado com ela na carruagem. O rapaz com quem havia falado era um deles.

– Onde vamos? – ela perguntou.

– Para o palácio, a imperatriz precisa de uma nova serva. – Ele disse com um sorriso malvado que a fez tremer.

Foi encaminhada para o palácio e lá umas roupas novas foram – lhe dadas. Era exatamente iguais exceptuando a ausencia da túnica.

O palácio tinha todos os confortos que a civilização romana havia criado. Termas, jardins e cavalariças, um teatro e um forte, jardins e áreas agrícolas. As paredes eram pintadas com motivos decorativos, de uma grande beleza e complexidade. Possuía água corrente, graças a um sistema de canalizações e era dotado de um hipocausto, um sistema de aquecimento central.

Durante os primeiros meses em que trabalhou no palácio foi apenas ocupada de lavar a roupa e de ajudar na cozinha. No final a primeira semana as suas mãos estavam cobertas de calos de tanto esfregar. Mas ela não era uma escrava. Pelo menos não era tratada como uma. Quer dizer, ela não recebia nenhuma especie de ordenado. Mas pelo menos era bem alimentada e ninguém lhe batia.

Jano, que mais tarde descobriu ser o nome do belo rapaz com quem falara na carroça, vinha visitá – la de vez em quando e, segundo lhe tinha sido possivel apurar, admirá – la ao longe. Venília, uma das suas companheiras de servidão, uma das poucas raparigas com quem era possivel confraternizar dentro o palácio, dissera – lhe um dia que ele fazia parte de um dos grupos de lutadores ilegais que o imperador mantinha. Não que algo fosse ilegal ao imperador. Era uma lei, mas os homems poderosos facilmente contornam as leis.

“Um homem forte não precisa de poder e um homem fraco é facilmente corromido por ele.” Dissera – lhe uma vez a sua amiga.

O tempo passou – se rapidamente e nos inicios de uma dessas primaveras prometidas, ainda com sabor a inverno, foi convocada pela imperatriz.

Os aposentos da imperatriz não tinham vista para a rua. As janelas eram muito pequenas, a fim de proteger a casa de ruídos e, sobretudo, dos ladrões. A luz solar que recebia era essencialmente do complúvio ou do peristilo. As paredes e o tecto eram decorados com frescos e o chão era pavimentado com tijolos de mármore.

Nenia, assim se chamava a imperatriz, o que na realidade é bastante irónico uma vez que Nenia era a deusa das lamentações fúnebres, estava sentada numa enorme poltrona. Não parecia ter muito mais que doze anos, embora tentasse visivelmente parecer mais velha.

– És tu a minha nova criada? – ela perguntou numa vozinha aguda enquanto um sorriso travesso brincava na sua cara.

– Esperava que me o pudésseis dizer, majestade. – disse Amber humildemente.

– A minha outra serva morreu, serás tu quem me servirás daqui para a frente.

Amber olhou em volta desorientada, esperando algum tipo de ordem. A ordem veio da pequena irrequieta sentada no trono.

– Vem, vamos ao fórum.

Acompanhadas por alguns guardas ambas se dirigiram ao fórum. O Fórum Romano era o principal centro comercial da Roma Imperial. Ali havia lojas, praças de mercado e de reunião. Também era o local onde exactamente ficava o coração comunal.

Enquanto a pequena imperatriz se divertia com um espectáculo de magia de rua, Amber deambulava por ali admirando umas flores aqui e observando umas estatuetas acolá. Ela, sobretudo ela, deveria saber que onde há fumo há fogo. E onde há circos há palhaços. E onde há palhaços… bem, vocês já perceberam a ideia. Aquele não era com certeza o sitio mais indicado para uma coulrofobica. Mas claro, nem lhe passou pela cabeça que poderia acontecer aquilo que aconteceu e que não deveria ter acontecido.

Em poucos minutos aquele que deveria ser o antepassado do ser horripilantemente brincalhão, mas conhecido por “o palhaço”, aproximou – se dela com aquela carantonha horrível de monstro dos pesadelos. Aquela carantonha que dava pesadelos aos pesadelos. Aconteceu tudo tão rapidamente que ela só teve tempo de fechar os olhos que logo se encheram de lágrimas e apertar uma estampa de Vénus contra o peito enquanto murmurava incessantemente “O que os olhos não vêm, o coração não sente.”, como uma cantilena de morte.

Com os olhos fechados, não viu um belo jovem que lançou alguns trocados ao palhaço para que ele se afastasse e foi dar com ela aos prantos, soluçando e mal conseguindo respirar.

– Ei, está tudo bem. Apenas respira e tenta acalmar – te. – ele disse abraçando – a carinhosamente.

Mas ela não parecia acalmar – se.

– Ei, ele já se foi. Vamos, concentra – te nos meus olhos, ok? – ela olhou fixamente os olhos dele – Agora respira. Vamos, inspira… expira…

Passado alguns minutos Amber já se tinha recomposto.

– Obrigado, nem sei como agradecer – te.

– Talvez seja obra dos deuses. – ele disse apontando para a estampa de Vénus, a deusa do amor. Amber corou e tentou desviar o assunto.

– Como sabias que eu tinha medo dos palhaços?

– A minha irmã mais nova, Gaeta, morria de medo dos palhaços.

– Que lhe aconteceu?

– Não sei… - ele disse fixando qualquer ponto além dela, com uma triste expressão no rosto.

– Lamento.

– Também eu, queres ir dar um passeio?

– Claro… acontece que eu não posso…

Amber foi interrompida pela adorável criaturinha loira, a Imperatriz.

– Claro que podes. Vai lá, eu já acabei as compras e vou voltar ao palácio. Acho que nove guardas musculados dão bem conta de mim.

– Oh, bem, sendo assim aceito. Obrigada vossa alteza.

– Deixa – te disso, és mais velha que eu. Chama – me apenas Nenia. Sim, eu sei, nome péssimo. Não tive dedo na escola. – ela fez notar ironicamente. Amber já sabia o seu nome, mas ser convidada pela própria a fazer uso dela era uma honra.

Amber e Jano passearam silenciosamente pelo lado exterior de um dos templos do fórum. Ele parecia absorto nos seus pensamentos enquanto na face permanecia uma expressão triste.

– Passa – se alguma coisa? – ela perguntou ao fim de algum tempo.

– Sim. – ele suspirou e pareceu entristecer ainda mais – Eu gosto de ti, não apenas como amigo. Todo este tempo… eu… acontece que eu não posso fazer nada. É o meu destino perecer no Coliseu.

– Quanto tempo?

– Uma semana… talvez duas…

– Talvez… tu possas ganhar…

– Não, eu não posso, sabes disso. Se ao menos eu tivesse um motivo para viver… um só, eu tentaria.

– Serei o teu motivo se assim o desejares.

Uma luz invisível pareceu ilumina – lo de repente.

– Sei que é repentino, mas casarias comigo se eu ganha – se? Seu eu ganhar comprarei a minha liberdade e poderei comprar a tua também. Poderíamos viver uma vida honesta…

Ele foi interrompido por um súbito beijo de Amber. Rápido o bastante para não ser notado pelas pessoas ao seu redor, mas o suficiente para selar aquela promessa de amor.

A semana passou – se rápido, todos fazendo os preparos para os combates realizados no Coliseu uma vez por ano. Na véspera já a cidade se amontoava de estrangeiros e mercadores que vinha de todas as provincias romanos apenas para assistir ao espétaculo. As estalagens estavam a abarrotar de gente. Vivia – se num frenesim. As apostas já decorriam a um ritmo alucinante. Era alegre ver esta Roma, cheia de vida. Era como se a cidade em si tivesse vida. Mas para Amber, não havia qualquer motivo para viver. No dia dos combates, foi acompanhada pelas sua velha amiga Venília e a sua nova amiga Lavinia.

Sentaram – se todas na companhia da pequena imperatriz que as convidara com antecedencia a juntarem – se a ela.

A multidão reunia – se no estádio a uma velocidade alucinante. Pareciam bácterias a multiplicar – se. Amber lembrou – se dos jógos de futebol em que todos se espremiam e acutuvelavam por uma melhor vista do campo. Aqui era praticamente o mesmo. A única diferença era o facto de apenas um sair vivo após o apito final.

Os patrícios sentavam-se nas primeiras fileiras, e a plebe nas fileiras restantes até ao topo. Os toldos estavam estendidos para proteger do sol e do enorme calor que se fazia sentir. Ela estava sentada no lugar exclusivo destinado ao imperador, aos membros da sua família e à corte. Nos corredores em torno das arquibancadas e nas entradas, amontoavam - se os mais variados tipos de pessoas: comerciantes, apostadores, cafetões, prostitutas, jogadores, trapaceiros, ladrões, etc. Na realidade, os jogos não passavam de uma oportunidade de se fazer dinheiro, já que pelo menos 50 mil pessoas estariam concentradas por ali a cada dia de jogo.

Jano entou e saiu vitorioso, tantas vezes quanto o número de combates que realizou. No inicio os gladiadores encenaram a Guerra de Tróia. Mais tarde iniciaram – se os confrontos entre si e a caçada de animais. No final, a arena não passava de uma massa escura e sangrenta. A carnificina era tal, que até mesmo os vivos exalavam o cheiro da morte. Jano deixava – se a pouco e pouco vencer pelo cansaço. Amber mal conseguia olhar. Ela tinha a certeza de que, se fosse noutra altura, talvez, em que ela não conhecesse nenhum dos participantes, ela até pudesse apreciar a grandiosidade dos combates. Lembrou – se de ter lido em algum momento sobre os canais que existiam por baixo da arena, por onde água era bombeada para que esta fosse inundada e batalhas navais fossem travadas. Sempre pensou que iria adorar assistir, mas agora que ali estava o sentimento não coincidia.

O último combate havia feito mais mortos que qualquer outro. Muitos dos corpos haviam sido mutilados pelas feras e a grande maioria dos corpos não se encontrava completa. Havia bocados de pessoas por todos os lados. A multidão enlouquecia, as alcoviteiras, sempre armadas em sensíveis choravam lágrimas de crocodilos, tanto patrícios como plebe clamavam por sangue. Um dos muitos feridos era Jano, que mal se conseguia levantar e que aos poucos se esvaia em sangue. Uma serva tinha ido ter com Amber, Jano chamava por ela. A jovem acompanhou – a até ele, tentando não chorar.

– Amber… eu – ele disse arfando – eu… tenho de… continuar…

– Não, não podes. Tu não podes! Tu vais ficar bem… Tudo vai ficar bem... – ela disse desta vez deixando as lágrimas escorrerem livres pelas faces.

– Eu tenho que lutar. “Pão e circo” lembras – te? – ele disse tentando sorrir.

– Nunca gostei de circo. – ela declarou enquanto lhe acariciava os caracóis, encharcados em suor.

– Não… pois não…

– Ei, tu vais ficar bem…

– Tu estás aqui. A tua presença torna tudo melhor. Voltar – nos – emos a ver. Nesta vida ou na outra.

– Não digas isso.

Nesse momento entrou um homem de mais ou menos meia-idade e tez tostada.

– Alguém deve lutar – ele disse – o público quer sangue.

– Eu vou. – Amber falou decidida. – Ninguém precisa de saber.

– Não, eu vou. – Jano disse tentando levantar – se e caindo imediatamente.

– Não estás em condições.

– Uma morte nobre é um tesouro que ninguém é pobre demais para comprar. Se o meu destino é morrer, morrerei.

– Nunca – disse ela – tu achas que é uma vergonha ser eu a lutar por ti, só por eu ser uma mulher. Isso não tem nada. Tu irás viver toda uma vida e os teus filhos e netos sem reconhecerem qualquer tipo de direitos às mulheres. Mas pelo menos, morrendo ou vivendo, eu sei que te poderei dar um lampejo sobre aquilo que significa ser livre. Mesmo sendo escravo… ou mulher… ou ambas as coisas.

Dito isto ela retirou – se, colocou um elmo e dirigiu – se à arena. Toda a sua vida, sete dias por semana ela havia lutado arduamente, tanto na escola militar como mais tarde, no exercito. Ela era capaz. Ela sabia.

Por longo tempo a luta foi igual de ambos os lados, altos e repetidos gritos reclamavam a liberdade para ambos. Mas o imperador seguiu a sua própria lei, era a lei de lutar com o escudo até que um dedo se levantasse.

A certa altura, porém o adversário vacilou e Amber desferiu o golpe fatal.

A multidão delirava, temporariamente saciada da sua sede de sangue. A certo momento, por ordem do Imperador, calou – se.

Amber ajoelhou – se perante ele.

– Lutaste bravamente gladiador. – o Imperador disse – ergue – te e tira o elmo para que Roma veja o vencedor.

Amber hesitou mas retirou.

– É uma mulher! – gritaram todos ao seu redor enquanto lhe apontava o dedo em desaprovação.

O Imperador pareceu indeciso. Ergueu a mão e rodou – a lentamente para cima. Ela iria viver!!!

– O coliseu não distingue homens de mulheres, vencedora foste e vencedora serás! – disse o imperador.

Amber não aceitou o dinheiro para si. Para ela o herói foi e seria sempre Jano. Deu – lhe o dinheiro a ele, certo de que ele lhe faria bom uso. O tempo passou – se e Jano recuperou. Voltou ao palácio algumas semanas mais tarde para cobrar a aliança.

Amber estava com a pequena Nenia. Conversavam alegremente,

– Sou livre. – Jano disse. – Se vossa alteza me o permitir comprarei a liberdade de Amber e casarei com ela.

– Não. – Nenia disse com um sorriso brincalhão. – Eu dou – lhe a liberdade. É um presente meu. E insisto em pagar a boda.

– Vossa alteza, creio que não poderemos aceitar tamanha simpatia.

– A recusa não é uma hipótese.

Cerca de um ano depois, Amber era a matrona ideal, e dava à luz o primeiro filho, uma menina a quem deram o nome de Gaeta, em honra da sua tia.

Nesse dia, Amber decidiu partir o chip da AVET, ela havia entendido que durante séculos, aquilo que havia movido os seus antepassados era o segredo e a curiosidade. Assim deveria continuar a acontecer.


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Notas finais do capítulo

Então, desculpem, mas não deu mesmo para postar mais cedo. Achei realmente que seria mais fácil. Mas prontos, eu decidi adicionar um som a cada capitulo, o Egipto também já tem.
Espero que gostem.
AVISO: Eu não vou postar este fim de semana, por duas razões:
-É muito perto deste cap, e o tempo é pouco.
-Tenho teste intermédio de português na semana que vem.
É isso, comente muito.
Beijos ♥



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