Digimon Beta - E as Cartas Acessórias escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 42
O Sequestro de Flávia




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Um silêncio descomunal deixava todos os presentes apreensivo.

Todos os domadores e seus digimons possuíam escoriações espalhadas pelo corpo. João estava com Betamon, desacordado, em seus braços. Olhava nas duas direções da avenida. Não havia sinal de pessoas ou digimons. O lugar estava completamente deserto.

— Ainda estamos no Mundo Digital? – Indaga João aos demais.

— Bem provável. – Responde Carlos.

Meramon prontamente regride e logo corre até o seu domador, escalando seu corpo e ficando de pé sobre seu ombro.

— Esse lugar não é estranho.

— Também tenho essa impressão. – Diz Murilo com Patamon sobre sua cabeça.

Digmon regride, tornando-se Fanbeemon.

O grupo resolve seguir caminhando pela calçada da larga avenida arborizada e o assunto que ditava o ritmo das passadas era sobre os últimos acontecimentos. Como Blaze havia conseguido evoluir juntamente com Guilmon? Quem havia avisado ao Carlos sobre a batalha?

— Cada dia que passa, mais perguntas surgem para Culumon nos responder. – Diz o garoto de óculos de grau e olhos verdes.

— E vocês pensando que eram os únicos que podiam atingir a extremidade. – Pontua a garota de voz rouca e corpo escultural.

— Segundo o próprio Culumon, - interfere Verônica - somente nós seis temos esse poder. Só que Blaze conseguiu essa façanha. Ou seja: tem alguma coisa errada.

— Há bastante tempo que vem acontecendo coisas estranhas. – Pondera Plotmon.

— Bárbara.

— Oi, Fanbeemon.

— Eu estava aqui pensando sobre essa carta do Teletransporte. Será que sou eu quem controla para onde devemos ir?

— Nada mais justo!

— E como será que eu faria para escolher o local?

— Acho que você deve mentalizar um lugar. Pela lógica, não teria como você se teletransportar para um lugar onde nunca esteve antes. Por que pergunta?

— Quando Dukemon disparou em nossa direção e eu vi aquela enorme rajada de energia avançando, eu me lembrei de outra batalha terrível que tivemos.

— Qual?

— Lembrei da batalha que tivemos contra Etemon!

Bárbara compreende o que sua digimon quis dizer e interrompe a conversa dos demais.

— Vamos dar o fora desse lugar. – Diz a garota, aflita.

— Por que a pressa?

— Fanbeemon nos mandou direto para Etemonlândia!

— Droga! A essa altura ele já deve saber que estamos aqui. - Diz o líder desesperado tentando retirar seu digivice que, por causa da aflição, enroscara no bolso de sua bermuda.

Etemon surge pela esquina onde findava a rua.

— Garoto esperto, você! Dessa vez não deixarei que fujam. Rede Negra.

O digimon gorila que usa óculos de sol cria uma esfera de energia negra com núcleo esverdeado e a lança na direção dos domadores, que se separam. A energia explode ao tocar o chão.

Etemon gargalha.

— Hoje, definitivamente, não é nosso dia!

João e Betamon estavam escondidos atrás de um latão de lixo. Verônica e Plotmon correram até uma mureta acompanhadas por Carlos e Terriermon. Murilo conseguiu uma boa distância do digimon macaco. Bárbara havia sido guiada por Fanbeemon até uma grande porta de vidro que estava aberta em duas bandas. Flávia e Lunamon sofrem com o impacto da explosão e são lançadas ao chão, machucando-se ainda mais.

— Flávia, corre! – Grita o garoto de barba cerrada assim que vê Etemon se aproximar.

A garota rapidamente se levanta, pega a sua digimon de pele rosada nos braços, e corre, desesperada. Bárbara grita pela amiga seguindo indicações da sua digimon. Flávia resolve entrar no prédio onde Bárbara estava. De todos os lugares onde os domadores haviam se abrigado por causa da explosão, Flávia e Bárbara estavam mais próximas do inimigo.

Etemon segue as garotas e entra no prédio.

João, Carlos, Verônica e Murilo correm em direção a porta de vidro, para salvá-las, quando um pequeno digimon surge voando, interrompendo sua passagem. Trata-se de Evilmon.

— Nos reencontramos outra vez, domadores.

— Saia da nossa frente! – Berra Terriermon.

— Não mesmo! Choque do Pesadelo.

Os domadores novamente se separam e desviam do ataque.

— Terriermon, Betamon. – Diz Carlos. - Lembram de quando atacaram Leomon lá na Arena? Pois façam o mesmo!

O digimon de grandes orelhas que se arrastam pelo chão corre na direção do pequeno gárgula Adulto, que estava voando, e salta em direção a parede, tomando impulso e lançando-se na direção do inimigo. Evilmon desvia do digimon de Carlos, que novamente toca o chão. Betamon aproveita a distração do rival e lança a sua “Barbatana Bumerangue”, acertando-o na cabeça e jogando-o contra o chão.

Evilmon se preparava para ficar de pé quando recebe um golpe da pequena digimon de olhos azuis e coleira dourada com ambas as patas, derrubando-o mais uma vez.

— Bolha de Ar.

A técnica dispara pelo hamster que voa com o auxílio das suas orelhas, acerta os olhos do Evilmon, deixando-o atordoado.

Terriermon passa a girar velozmente e dispara seu “Pequeno Tornado” contra o digimon Adulto, não dando-lhe oportunidade de revidar.

— Muito bem, galerinha! – Brada João.

O digimon Adulto, ainda em frente à porta de vidro que dava acesso ao prédio onde Bárbara, Fanbeemon, Flávia e Lunamon estavam encurraladas pelo Etemon.

— Desgraçados. – Diz Evilmon após se levantar lentamente. – Vocês não passarão por aqui.

O pequeno gárgula de boca enorme avança velozmente na direção dos digimons, golpeando uma a um com suas garras brilhantes.

Betamon, Plotmon, Terriermon e Patamon caem bastante machucados.

— O que faremos, Carlos? – Pergunta Terriermon enquanto se esforçava para ficar de pé, assim como os demais.

— To pensando, Terriermon.

— Acho que o melhor que temos a fazer agora – pontua Murilo calmamente – é fugir!

O garoto magro rapidamente corre até o seu digimon, o pega nos braços, e inicia uma eletrizante corrida. Seus colegas o segue.

Por alguns instantes, Evilmon fica sem saber o que fazer diante da atitude inesperada tomada pelos humanos, que corriam em sentidos opostos, até que resolve avançar na direção da Verônica. Carlos e João, ao verem que a garota magra e de baixa estatura era o alvo preferencial do digimon aliado de Etemon, vão atrás dela para ajudá-la. Murilo resolve segui-los, porém, uma carta brilhava jogada no chão.

 

Dentro do prédio, Flávia corria de mãos dadas com Bárbara. Logo atrás delas estavam Plotmon e Fanbeemon. Etemon continuava seguindo-as. Elas corriam em direção ao primeiro andar, subindo as escadas.

— É melhor nos separarmos!

— Tem certeza, Fanbeemon?

— Absoluta, Flávia. Daqui a pouco os outros virão nos salvar.

Assim que chegam ao primeiro andar, a digimon abelha e Bárbara seguem pela direita, enquanto Flávia e Lunamon, pela esquerda. Etemon, ao chegar ao topo das escadas e perceber que estava no meio de um enorme corredor, fica em silêncio e fecha os olhos. Sua audição é muito apurada e o digimon ouve passos apressados vindos do lado esquerdo. O digimon Perfeito resolve seguir por essa direção. Flávia continuava a correr pelo longo corredor que já havia feito uma curva a direita. A domadora para de correr, estava ofegante, e ouve os passos de Etemon. Flávia e Lunamon entram na próxima porta a direita.

A garota loira de voz rouca se depara com um imenso salão. Nele, haviam algumas lâmpadas incandescentes, seis pra ser mais exato, e algumas cadeiras, empilhadas, encostadas a parede. Não havia outra saída. A domadora tenta voltar por onde havia chegado quando uma explosão a surpreende. Etemon invade o local.

— Eu vou lutar com ele. Tente fugir!

A pequena digimon de pele branca, grandes orelhas listradas em roxo e eretas, e que usa um medalhão prateado da lua pendurado ao pescoço, cria esferas de energia entre as suas orelhas e as dispara na direção do digimon gorila, que seguia desviando as técnicas com as mãos.

Flávia, mesmo dominada pelo medo, tenta manter o controle e passa a olhar ao redor, procurando por alguma porta, janela ou fresta que possibilite sua fuga juntamente com Lunamon. Ao olhar para o teto, a domadora percebe que próximo ao amontoado de cadeiras havia uma saída de tubulação de ar condicionado. Rapidamente a garota corre até o monte de cadeiras e começa a escalá-lo.

— Garra Lunar.

Lunamon salta e tenta desferi o golpe no rosto de Etemon. O digimon macaco a segura com a mão em pleno ar e a lança com toda a força contra as cadeiras empilhadas. Lunamon se esbarra de costas, derrubando toda a pilha. A garota loira, que estava a poucos centímetros de conseguir se segurar na grade de proteção, desmorona junto com as cadeiras.

Já no chão, a domadora começa a chorar num misto de dor e desespero. Lunamon, sua pequena digimon, estava desacordada. Flávia se recorda de quando estava cercada pelos Darktyranomons e foi salva por Carlos e Igor. O medo era o mesmo em ambas as ocasiões.

Etemon se aproxima e abre um pouco a mão, criando uma “Rede Negra”. Ao ver que seria destruída do mesmo jeito que Levi e Caio foram, Flávia se encolhe no chão feito um feto, abraçada as pernas. De olhos fechados, a garota começa a cantar bem baixinho a sua música preferida. Música essa sempre pedida em seus shows.

— “Inspiração dos meus sonhos, não quero acordar. Quero ficar só contigo não vou poder voar. Pra que parar pra refletir se meu reflexo é você. Aprendendo uma só vida, compartilhando prazer.”

Lentamente a técnica vai desaparecendo da mão do gorila de pelagem alaranjada e que usa óculos escuros. Etemon passa a observá-la. Sua voz rouca e aveludada acabara por conquistar mais um fã.

— “Pensa em mim que eu to pensando em você. E me diz o que eu quero te dizer. Vem pra cá pra eu ver que juntos estamos e te falar mais uma vez que te amo.”

Preocupada com o silêncio, Flávia para de cantar e ergue lentamente a cabeça que estava enterrada entre os joelhos. Ao ver que o digimon estava agachado próximo de si, ouvindo-a cantar, desmaia. Etemon, cuidadosamente, a pega no colo e sai da sala pela mesma porta que entrou.

Lunamon permanece desmaiada.

 

Verônica havia dado uma volta no quarteirão fugindo de Evilmon, que estava se divertindo. O pequeno gárgula pronunciava palavras de baixo calão para a domadora, que já não conseguia mais correr tamanho o cansaço que sentia. Carlos e João seguiam logo atrás.

Murilo permanecia parado em frente ao prédio onde Etemon entrou, e onde havia se iniciado a perseguição de Verônica. A garota em questão surge pela esquina e, ao vê-lo distraído, corre em sua direção e se esconde atrás de si. Murilo percebe a aproximação do pequeno digimon, que voava, e ergue a carta que tinha em mãos.

— Achei mais uma carta!

— Qual a função dessa? – Questiona a garota.

— Descobriremos agora. – Diz o garoto sacando seu digivice. - Adição de Dados – Recuperação.

Patamon, que estava sobre sua cabeça, brilha e logo percebe que havia recuperado suas forças. O digimon estava em perfeitas condições físicas e passa a voar.

— Mas o que é isso? – Pergunta o digimon espantado, parando de avançar.

— Sua sentença de morte.

Patamon voa na direção de Evilmon e começa a brilhar, sendo envolto pelo casulo de luz.

Carlos e João, ao perceber que o pequeno digimon evoluía, atravessam a rua com os seus digimons nos braços, saindo da rota da técnica e se aproximam de Verônica e Murilo.

Angemon surge na frente de Evilmon, que fica completamente sem reação ao vê-lo, e o golpeia com seu bastão na cabeça, lançando-o com força contra o chão. Evilmon tentava se levantar quando recebe um chute do digimon anjo, caindo no chão mais uma vez.

— Te avisei que seria sua sentença de morte! – Brada o domador de Angemon.

Aos poucos, o digimon Adulto aliado de Etemon ficava de pé. Era evidente o desespero estampado no seu rosto.

— Estúpido! - Brada. - Vocês nunca conseguirão me destruir. Irão se arrepender de ter me machucado. ETEMON!

O digimon grita pelo seu amigo. As artérias do seu pescoço saltaram.

— Gritar não o livrará do seu destino. – Diz Angemon calmamente.

Evilmon, ainda transtornado, salta e rapidamente começa a voar, seguindo pela avenida.

Angemon lentamente recolhe o bastão laranja em sua mão, fazendo-a brilhar intensamente antes de disparar sua mais poderosa técnica. A rajada de energia avança na direção do Evilmon que, ao ver que a técnica se aproximava, resolve contra-atacar com o seu “Choque do Pesadelo”. As ondas sonoras que o digimon gárgula emitia pela boca não foram suficientes para barrar o golpe sagrado do anjo. Evilmon é tragado pela técnica de Angemon e se converte em dados na frente dos humanos e demais digimons.

— Angemon, – chama o seu domador - vamos salvar Bárbara e Flávia.

Angemon tenta invadir o prédio, mas se depara com Etemon, imóvel, em frente à porta de vidro. O digimon gorila estava perplexo com a cena que acabara de presenciar. Seu melhor amigo havia sido destruído pelos humanos que ele tanto odeia.

João, Carlos, Verônica e Murilo percebem que o digimon Perfeito carregava Flávia desacordada sobre um dos ombros.

— O que vocês fizeram com o meu amigo? - Etemon gritava.

Bárbara sai do interior prédio, sendo guiada pela Fanbeemon e carregando Lunamon nos braços.

— Largue a Flávia! – Ordena João.

Angemon tenta avançar em Etemon quando é impedido pelo seu domador.

— Digam adeus a essa humana.

Etemon une os dedos indicadores na boca e assobia. Uma moto surge a toda velocidade, pela esquina mais próxima, e para a sua frente. Ninguém a pilotava. O digimon monta na moto e sai em disparada.

— Não deixe que fuja, Angemon.

O digimon Adulto voa logo atrás de Etemon, que seguia muito veloz com a sua moto. O digimon mantinha a Flávia sobre um dos ombros enquanto pilotava. Ele seguia fazendo ziguezague na avenida e gargalhando. Ao fazer uma curva, desaparece, despistando Angemon que não encontra nenhuma indício do local onde ele poderia estar.

Angemon retorna e comunica a Murilo o que aconteceu.

— Vamos voltar amanhã.

João pega Betamon no colo e sai andando.

— Como assim amanhã? – Indaga Murilo, incrédulo. - A gente tem que salvá-la agora!

Angemon regride e volta a ser Patamon.

— Murilo, não tem conversa. - O garoto de barba cerrada encarava o domador, bastante sério. - Estamos esgotados por causa da batalha contra Blaze. E, também, já escureceu. Logo darão por nossa falta no Mundo Real.

Carlos e Verônica seguem João, que logo reinicia a caminhada.

Bárbara fica sem entender a atitude de João, assim como Murilo.

 

— Tenho certeza que você me esconde algo!

Bento conversava com Blaze no mesmo quarto de antes. O domador alto e corpulento acabara de sair do banho e enxugava a cabeça com a toalha branca. Outra toalha estava enrolada em sua cintura.

Guilmon dormia próximo ao guarda-roupa.

Bento estava em pé, próximo à janela.

— Esconder o que? Ta louco?

— Você acha que eu nasci ontem, meu bem? Na escola que você estuda eu dou aula!

— Chega, Bento! Eu to exausto e sem saco para ouvir seus lamentos.

— Por que você não me leva junto quando vai atrás do tal João?

— É perigoso para um humano simples. Já disse.

— Não acredito!

— Então vá à merda!

 Bento se aproxima de Blaze, encarando-o.

— Acho que minha irmã está com esse tal João. Vai ver ela tem um digimon também.

Blaze gela e se afasta de Bento, que percebe o grande incômodo que as palavras que acabara de dizer lhe fizeram.

— Acertei? – Conclui.

— Não sei do que você está falando.

— Você está me escondendo esse tempo todo?

Blaze estava ficando muito nervoso com as acusações. Bento se aproxima pelas costas dele e continua a falar.

— Anda, responde! Bárbara se tornou amiga dos seus inimigos, é isso?

Blaze se vira e acerta um soco no rosto do garoto de cabelos cacheados, que cai sobre a cama. Logo após, se lança sobre o rapaz, segurando-o pelo colarinho.

— Não meta o seu nariz onde não é chamado!

 

No dia seguinte à toda confusão, já à tarde, João havia chamado os domadores até sua casa para discutirem o resgate da Flávia.

— A gente resolveu se separar enquanto fugíamos dele naquele edifício. – Pontua a garota de olhar fugitivo. - Não sei por que, mas Etemon foi na direção de Flávia e conseguiu encurralar ela e Lunamon.

— Entramos numa sala e, quando tentamos sair de lá, ele havia nos alcançado. Tentei detê-lo, só que ele me atacou e desde então não lembro de mais nada. Só de uma voz muito doce. Acho que Flávia estava cantando.

— Deve ter sido. – Afirma Verônica. - Sempre que fica muito nervosa, começa a cantar.

— Tínhamos que salvá-la ontem! – Diz Murilo visivelmente irritado. - Não quero nem pensar no que pode acontecer. Cada minuto é precioso.

— Nós também queríamos.

— Não parece, Carlos.

— Murilo, - inicia o garoto de barba, pacientemente - ela é nossa amiga e não é de agora. Ontem não tínhamos como enfrentar Etemon. Ele é um Perfeito! O poder dele é muito maior do que dispomos no momento.

— Patamon podia ajudar!

— Se toca, cara. Seu digimon pode ser um anjo, mas não é invencível. Ele até poderia fazer frente a Etemon, mas não conseguiria derrotá-lo. - João se controlava para não explodir. - E também, já estava super tarde. Nossas famílias iriam se preocupar.

— Estamos falando de uma parceira, de uma colega, da nossa amiga! – Diz o domador de Patamon, aos gritos. - E eu não to dizendo que meu digimon é invencível.

— Está bom, Murilo. Se for pra começar o mesmo papo de ontem é melhor que cale a boca.

— Cale a boca você, João! - Murilo estava totalmente fora de controle. - Que tipo de líder é você que abandona um membro do grupo? Eu não escolhi ter ido parar naquele lugar, mas também não me arrependo de nada do que fiz até agora! Bárbara disse que seu irmão está perdido e o que você está fazendo pra procurá-lo? NADA! Levi, que é meu amigo e não é de agora, vocês deixaram morrer por pura covardia! E espero, sinceramente, que não aconteça o mesmo com Flávia!

— Para de falar asneira. Você não sabe de nada!

— Isso te incomoda, líder? Quer dizer que Blaze tem razão. Você deixou Levi morrer por pura covardia.

João perde a cabeça e avança na direção de Murilo com os punhos cerrados.

— CALMA, CARAMBA! – Brada o garoto de óculos de grau e cabelos bagunçados.

 Carlos e Verônica se colocam entre Murilo e João.

 

Continua...


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