Digimon Beta - E as Cartas Acessórias escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 41
Dukemon x MetalSeadramon




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João e Murilo passavam por sérios apuros. Blaze havia revelado ao líder dos Domadores Beta como fizera para destruir o Mugendramon que enfrentou no Continente Perdido. De uma forma até então inexplicada, Blaze se funde ao seu digimon, fazendo-o, assim, atingir o nível Extremo de evolução.

Shurimon e Yashamon foram derrotados, um a um, sem maiores dificuldades pelo Dukemon, que estava disposto a matar os domadores. Após um rápido descuido, os garotos tentam fugir da Arena Quadrática, acompanhados dos seus parceiros, quando são surpreendidos pelo digimon cavaleiro medieval, que avançava em sua direção de sabre em punho.

Patamon consegue se livrar dos braços de Murilo e voa de encontro a Dukemon. O garoto magro de sorriso largo sente que perderia seu digimon com um simples golpe do inimigo. Seu coração acelera. Ele não sabia qual atitude tomar.

— PATAMON!

O digivice de Murilo brilha de uma maneira já conhecida por João.

Patamon é envolvido pelo casulo brilhante da evolução que rapidamente cresce e se desfaz, revelando a presença de um imponente Angemon. O digimon arcanjo usa seu bastão e consegue barrar o golpe de Dukemon, que segue pressionando-o. Ambos estavam a poucos metros dos garotos.

Murilo rapidamente rastreia informações sobre o seu digimon.

— Quer dizer que essa é a evolução natural de Patamon?

— Exato! – Responde João. - Existe outro domador que também possui um desse.

Angemon não consegue resistir a tamanha força e dá um salto para trás, fazendo com que o sabre de Dukemon atingisse o chão.

— Se afastem! – Pede o digimon olhando para os garotos, que prontamente o obedecem.

O digimon humanoide que usa capacete de metal e tem longos cabelos loiros recolhe seu bastão dentro da mão direita, que passa a brilhar.

— Punho do Destino.

Dukemon recebe o ataque certeiro no peito, sendo lançado no chão. Logo em seguida, o digimon se levanta e volta a atacar o rival com socos e chutes de maneira sequenciada, não dando chance de defesa ao digimon em forma de anjo. Com um soco de direita, aplicado embaixo do queixo de Angemon, o digimon Extremo o lança no chão.

O digimon Adulto cai na direção de Murilo e João.

Dukemon enrijece o braço direto e materializa sua espada medieval.

— Sabre Real.

A poderosa técnica avança na direção de Angemon que rapidamente se põe de pé e passa a girar seu bastão numa tentativa de repelir o ataque. O digimon sagrado se esforçava para barrar a técnica. Seus pés eram arrastados de costas. Murilo e João ainda estavam atrás do digimon sagrado recém evoluído. João segura Murilo pelo braço e, com Betamon no colo, foge dali. O arcanjo de asas brancas não consegue mais resistir a tamanho poder e a técnica do rival avança sobre seu corpo como uma enorme onda. Uma grande explosão acontece. Murilo, João e Betamon são lançados a frente. Murilo rapidamente se vira e vê seu digimon desfalecer aos poucos até cair de joelhos na frente de Dukemon, apoiando-se apenas em seu bastão.

— Digimon sagrado. – Ironiza Dukemon, que gargalha em seguida.

Por um momento, João tem a nítida impressão de ver Blaze sorrindo através da gargalhada do seu digimon.

— Grande perdedor! – Prossegue o digimon, que dessa vez aplica um chute no peito do digimon de Murilo, lançando-o sobre o tablado. O digimon anjo cai, ofegante, de costas no chão e longe de seu bastão. Com o grito de dor do digimon, Betamon acorda.

Fernanda e Solarmon observavam a batalha atentamente.

— ANGEMON! - Murilo tenta avançar, mas é contido pelo João.

— Vamos embora, cara. Dukemon não está pra brincadeira.

— João... – Balbucia o pequeno digimon de corpo redondo.

— Não vou deixar Angemon sozinho. Não é da minha índole abandonar os amigos, assim como vocês fizeram com Levi.

O garoto de barba, por um momento, congela. Ele não esperava ouvir isso de Murilo naquele momento. Não acreditava que o amigo daria ouvidos ao que o digimon de Blaze disse.

 

O digimon misterioso, que observava toda a batalha do seu salão subterrâneo, pensava em uma saída para salvar os domadores. Ele sabia que, futuramente, João se voltaria contra, mas ele precisava, e muito, do domador naquele momento.

Um Armadimon surge pela sua esquerda e o reverencia.

— Meu senhor, os reféns presos nos cofres são vigiados vinte quatro horas por dia.

— Assim espero. Não quero que fujam, está me entendendo?

— Estamos lhes dando doses de Alcarpos regularmente.

— Alcarpos? Bem pensado, Armadimon. Essa erva do nosso mundo é um poderoso tranquilizante.

— Diluímo-la em água. Como ela não tem sabor, eles tomam sem saber. Somente um deles desconfiou. Por isso estamos lhe aplicando injeções.

— E as cartas?

— Conseguimos três, meu senhor.

— Muito bem. Entregue-as a mim.

O pequeno digimon tatu de casco brilhante sobe os degraus e entrega as cartas ao digimon misterioso, que passa a observá-las.

— Continue procurando. – Prossegue o digimon após alguns segundos. - Preciso do maior número delas, está me entendendo?

— Perfeitamente, senhor!

 

Dukemon caminhava na direção de Angemon, que se rastejava de costas à procura do seu bastão. O digimon anjo olha rapidamente para trás e localiza o exato local onde estava sua arma. Ao tornar olhar pra frente, o digimon de longos cabelos loiros percebe que o cavaleiro medieval havia se movimentado em fração de segundos e agora se encontrava ao seu lado.

— Nada disso.

Dukemon pisa com força sobre o peito de Angemon, que tenta se levantar, mas não consegue. O digimon, então, encosta sua lança na garganta do digimon sagrado.

— Qual será o efeito que o ataque de um Extremo lançado a essa distância em um Adulto tem? Deve ser devastador, não acha?

Lentamente o digimon de Blaze pressionava seu sabre contra o pescoço de Angemon.

— Broca de Ouro. – O grito ecoa pela Arena Quadrática.

Dukemon se assusta e olha rapidamente para trás. Três brocas de metal avançavam em sua direção como torpedos. De suas bases saíam faíscas. O digimon que usa armadura e uma longa capa vermelha, além de sabre e escudo, salta e passa a voar, fazendo com que os artefatos passassem a persegui-lo.

João, Betamon e Murilo também haviam se espantados com o grito e logo procuram pela Digmon, digimon elemental capaz de controlar o solo. Pelo portão de acesso, a enorme digimon besouro surge voando e pousa ao lado do arcanjo. Logo em seguida surge a guerreira elemental do vento. Bárbara, Flávia, Carlos, Verônica, Terriermon e Plotmon surgem pelo mesmo portão de acesso, levitando no ar. Uma névoa cor-de-rosa os levam, como se estivessem sobre uma enorme prancha, até os garotos.

Kazemon faz um movimento com uma das mãos, fazendo a nuvem se dissipar e deixando-os no chão.

— De novo! De novo! – Pede o digimon de grandes orelhas que estava sobre o ombro do garoto de óculos.

— Como é que vocês estão? – Questiona Carlos.

Murilo rapidamente corre na direção do seu digimon.

— Estamos bem. – Responde João. - Como que souberam que estávamos aqui?

— Liguei pra sua casa e nada! Flávia me mandou uma mensagem, logo depois, dizendo que tinha achado mais uma carta e eu vim ao encontro dela. Só que quando cheguei aqui, me enviaram uma mensagem anônima dizendo que você e Murilo estavam lutando contra um digimon Extremo na Arena Quadrática. Bárbara e Verônica avisamos no caminho pra cá.

— Eu to intrigada com isso. – Pontua a garota magra e de baixa estatura. - Quero saber quem mandou essa mensagem.

Como de costume, anoitece abruptamente. Uma linda lua cheia brilha no Mundo Digital.

— Ele deve estar voltando. Rápido!

Todos se reúnem no centro da Arena.

— João, olha essa carta que Flávia encontrou há pouco.

Carlos passa a carta para João. A carta não possuía nenhum tipo de ilustração, apenas o nome no seu rodapé: “Força Extrema”.

— Será possível? – Indaga o garoto, que tentava conter o sorriso. Seu olhar brilhava.

— O que está acontecendo? – Questiona Murilo.

— Carlos me entregou uma carta com o nome Força Extrema.

— Será que ela poderá evoluir qualquer digimon ao nível Extremo? – Pergunta Bárbara.

— Eis a nossa dúvida. Se ela realmente tiver esse poder, resolveremos isso fácil.

Dukemon retorna ao chão como um meteoro, estremecendo todo o lugar.

— Betamon, pronto para experimentar?

— O que vai fazer, seu mané? – Pergunta o cavaleiro medieval.

— Tenho uma nova carta em minhas mãos. Acho que esse acessório lhe dará trabalho. - João passa a carta pelo leitor. - Adição de dados - Força Extrema.

Os olhos do Dukemon saltam ao ouvir as últimas palavras ditas pelo garoto.

Betamon começa a brilhar e crescer assustadoramente envolto pelo casulo de luz.

Murilo e Flávia olhavam aquela evolução, admirados. Jamais pensaram que o pequeno digimon redondo de barbatana amarela sobre as costas pudesse crescer daquela maneira.

Dukemon seguia observando o imenso casulo de luz, que logo passa a se dissolver.

Uma gigantesca serpente de metal passa a levitar poucos metros acima do grupo de domadores. Seu corpo seguia compactado de forma espiralada. Sua calda bifurcava próximo a ponta, onde havia duas pequenas lanças de metal. Em seu focinho, um enorme canhão alojado e uma poderosa lâmina sobre a cabeça.

Murilo ergue seu digivice na direção de Metalseadramon, rastreando suas informações.

— Metalseadramon... – Balbucia Flávia, impressionada.

— O que está acontecendo? – Pergunta a garota cega, aflita. - Quem é Metalseadramon?

— É a fase Extrema de Betamon. – Responde Murilo.

— Ele deve ter uns vinte metros de comprimento, no mínimo.

— Agora Blaze verá o que é bom pra tosse!

— Peraê. – Diz Verônica interrompendo Murilo. - O que Blaze tem a ver com isso?

 Murilo e João contam tudo o que havia acontecido nos mínimos detalhes.

Metalseadramon nada diz e avança a toda velocidade na direção de Dukemon, que tenta atingi-lo disparando sua a técnica com o sabre. O digimon serpente desvia e continua avançando. Dukemon salta e voa. Metalseadramon o segue, mudando de direção no local onde o inimigo estava há pouco. Murilo, João e os demais domadores se afastam do tablado, sendo acompanhado pelos seus digimons.  Dukemon seguia na frente, voando e disparando raios do seu sabre na direção da enorme serpente de metal. Os dois passam a voar fora dos limites da arena. Finalmente, Dukemon consegue atingir seu oponente, que cai. João, seguido pelos demais, sobe todos os degraus da arquibancada da arena, passando a observar a luta do seu digimon contra o digimon de Blaze da última fileira de cadeiras. Angemon, Digmon e Kazemon voavam sobre eles. Metalseadramon ainda estava no chão quando Dukemon mergulha ao seu encontro.

— Metalseadramon tem que resolver isso logo, - avisa Carlos - antes que seu tempo acabe.

Uma grande explosão acontece. Os domadores olhavam apreensivos para a batalha, receosos de que sua única esperança não desse certo.

— Entreguem seus digivices!

A estranha voz assusta o grupo, que, ao se virar para ver de quem se tratava percebe que Júnior, Kau, Lucas e Leon estavam a poucos metros.  Seus digimons os acompanham e estavam no nível Adulto.

Próximo à entrada da Arena Quadrática, Fernanda e Alex os observavam.

Angemon, Kazemon, Digmon, Terriermon e Plotmon rapidamente se colocam na frente dos seus domadores.

— Só queremos os digivices e nada mais. – Prossegue o garoto de cabelo verde e braço inteiramente tatuado.

— Se querem tanto, venham pegar! – Diz Flávia.

— Por que vocês querem sempre tornar tudo mais difícil? – Interfere Júnior.

— Não é que seja mais difícil, - explica o domador de barba cerrada - é mais emocionante.

Dukemon retorna a arena. Ofegava e possuía escoriações espalhadas pelo corpo.

— CARTA MALDITA! – Esbraveja o digimon completamente irritado. - Vocês não perdem por esperar!

Metalseadramon se aproxima, voando, igualmente ferido.

Fernanda, Solarmon, Alex e Leomon correm para o lado de fora da arena.

O grupo de Júnior olha impressionado a grandiosidade de Metalseadramon. O focinho do enorme digimon serpente começa a brilhar.

— Corrente Final.

A enorme rajada de energia lançada pelo digimon avança na direção de Dukemon, que continuava no chão.

— AHHH!

Dukemon berra antes de posicionar seu escudo e receber o impacto da técnica. A poderosa arma do cavaleiro medieval resistia ao poderoso jato de energia do inimigo. O escudo cria uma proteção invisível a partir da sua extremidade, livrando Dukemon de todo o ataque. Metalseadramon intensifica sua técnica enquanto Dukemon resistia bravamente. O tablado da arena, local onde aconteceram as batalhas do torneio, acaba não resistindo à tamanha pressão exercida pelos pés de Dukemon e se parte em vários pedaços. Toda região começa a trepidar. Rachaduras sem espalham, como se as mesmas tivessem vida própria, por toda a estrutura. Parte da arquibancada entre os dois grupos acaba cedendo. Todos os domadores abandonam o local com a ajuda dos digimons. Instantes após, toda a arena vem ao chão num grande estrondo, formando uma densa nuvem de poeira que se espalha pelo ar.

Os garotos e os digimons seguiam olhando atentamente na direção do desmoronamento, quando percebem que o embate prosseguia. Metalseadramon levava a melhor e seu canhão de energia praticamente englobava o oponente, que tentava resistir, com seu escudo, praticamente de joelhos. Finalmente a técnica de Metalseadramon engloba Dukemon como se fosse uma grande rajada de água.

— Isso, Beta! – Brada João, sendo acompanhado pelos colegas.

— Blaze não pode perder pro idiota do João. – Balbucia Alex, que estava acompanhado da Fernanda e dos seus respectivos digimons. A dupla havia conseguido tomar uma distância ainda maior do que a tomada pelos grupos liderados por João e Júnior.

Uma reação do cavaleiro medieval surpreende a todos. O digimon dispara pelo seu escudo uma rajada de energia da mesma magnitude. Metalseadramon perdia território na disputa de técnicas. Dukemon consegue novamente ficar de pé em meio aos destroços do que um dia fora a Arena Quadrática. Aos poucos, a energia de Dukemon se intensifica e se torna páreo a energia de Metalseadramon. Uma grande esfera de energia e raios lampejantes se forma no ponto de encontro das duas técnicas. Com a intensificação, a grande esfera de energia cresce de maneira assustadora. Nenhuns dos dois digimons Extremos demonstravam sinal de desistência.

— Meu Deus! – Brada a garota de cabelos volumosos, temerosa. - Isso vai causar uma grande explosão!

— Vamos nos afastar ao máximo. – Propõe Carlos.

— Não! Eu não vou sair daqui! – Interpõe o domador de Metalseadramon.

— A Arena Quadrática foi destruída. – Balbucia a digimon engrenagem com saudosismo.

— Por que será que ele conseguiu? – Pergunta o garoto magro de olhos orientalizados.

— Ele quem?

— Blaze, Fernanda!

— Vai saber... Eu nem fazia ideia desse tipo de evolução.

— Vamos tornar tudo mais emocionante. – Diz o garoto sorrindo, assuntando sua aliada. – Leomon, lance o seu melhor “Punho do Rei das Feras” naquela grande bola de energia.

— Você sabe o que ta fazendo? – Pergunta, preocupada.

— Evidente que sim. Agora, Leomon! – Ordena.

Tanto o grupo de João como o de Júnior continuavam a observar a intensa disputa de energia. Os domadores calouros estavam impressionados.

— El asombroso poder.

— Não fazia ideia de que o digimon de João era tão poderoso. – Pontua o líder, tão alto quanto Davi e magro.

João, que observava atentamente a batalha, nota a aproximação de uma pequena esfera de cor laranja e logo percebe o que seria ao ver Alex distante.

— O que será que ele quer com isso?

— Ele quem? – Questiona a garota loira.

Dukemon e Metalseadramon continuavam a intensa disputa de poder quando a técnica de Leomon atinge a enorme esfera de energia. Um grande lampejo corta o céu escuro como uma lâmina. Uma explosão muito maior acontece. Em meio a gritos desesperados e rajadas de vento, todos são arremessados para longe juntos com seus digimons, que os protegiam com seus corpos.

 

Alguns minutos se passam.

João se levanta com grande esforço. Sua cabeça doía. Tudo parecia estar calmo. Verônica e Plotmon estavam desacordadas, assim como Flávia e Lunamon. Carlos se levantava lentamente, um pouco mais distante das meninas. Terriermon estava distante de si. Patamon tentava acordar Murilo. Digmon e Bárbara se levantam. Júnior estava desacordado junto com Kudamon. Lucas e Lalamon estavam bastante machucados, mas continuavam conscientes. Kau e Wormmon estavam caídos próximos a Júnior. Leon estava com um profundo corte na testa e era amparado pelo pequeno dragão humanoide azul.

João vê, no exato local da batalha, que Betamon também estava desacordado, assim como Dukemon.

— Droga! Ele não regrediu.

João corre, mesmo mancando, até Betamon. Assim que se aproxima, o garoto de barba cerrada pega seu digimon nos braços e, fazendo o mínimo de barulho possível, tenta retornar até o local onde estavam seus amigos e os digimons. Ao seguir caminhando lentamente, o Domador Beta percebe a aproximação de outra energia alaranjada que possui o formato de cabeça de leão. A energia explode em pleno ar, despertando Dukemon. O garoto acelera as passadas enquanto percebia que Dukemon se colocava de pé enquanto Fernanda e Alex se aproximavam, correndo.

Digmon observa toda a movimentação e informa a sua domadora.

— Digmon, você consegue lutar?

— Podemos tentar, Bárbara.

— Aonde vai com tanta pressa, João? – Indaga o digimon extremo de Blaze, enquanto se apoiava em sua espada, completamente exausto.

— Pode deixar, Dukemon. – Brada Alex, enquanto prosseguia com a corrida. - A partir de agora eu e Fernanda assumiremos.

Digmon carrega sua domadora até João e a deixa no chão, enquanto avança na direção do leão humanoide.

Logo atrás, Blimpmon surge no campo de batalha e passa a sobrevoar o local.

— João, acho que podemos lutar. – Diz Bárbara.

— Sai daí “cegueta”! – Interfere Alex. - Vai procurar sua turma.

— Se existem algumas vantagens em ser cega, a melhor delas é não precisar olhar pra sua cara de merda!

A digimon Híbrido capaz de controlar o solo lança enormes blocos de pedra na direção dos digimons do Alex e da Fernanda.

O digimon humanoide de fogo se une a Digmon, enfrentando os digimons inimigos.

Carlos, Flávia, Murilo e Verônica se aproximavam juntamente com os seus digimons.

— Meramon e Digmon não resistirão por muito tempo. – Brada o garoto de óculos de grau. - Precisamos fugir.

— Esse é o meu plano desde o início! – Pontua João.

A digimon besouro dispara três brocas explosivas na direção de Leomon, que saca sua espada e segue disferindo golpes nos artefatos, fazendo-os explodir antes que pudessem lhe tocar. O digimon leão Adulto, então, avança velozmente na direção da guerreira do solo e lhe aplica uma chave de braço, lançando-a para o alto.

Enquanto ascendia aos céus, por força da inercia, Digmon é atingida no peito por uma das Cartas Acessórias que voava sem rumo por aquela região. Assim que consegue pegar a carta em suas mãos, nota que dois torpedos incolores, disparados pela digimon dirigível, estavam próximos de si. Uma explosão acontece.

— DIGMON! – Grita Bárbara ao pressentir o ocorrido.

A digimon besouro cai no chão com forte estrondo a alguns metros dos domadores. Mesmo sem poder ver o que de fato acontecia, a garota de longos cabelos cacheados e pele bronzeada tenta se aproximar da sua digimon até que é guiada pela Flávia.

— Digmon, como você está? – Questiona a garota com a voz embargada tocando-a próximo aos olhos.

— Estou machucada, mas ainda posso resistir. Segure isso. – Diz a digimon aproximando suas mãos da mão da garota. – Consegui uma nova carta.

As palavras ditas pela digimon causa espanto na dupla de domadores, seus digimons e no Dukemon, que prontamente se manifesta:

— Não deixe que a levem!

Leomon avança de espada em punho na direção de Bárbara, quando Meramon lança uma sequência de bolas de fogo na sua direção, fazendo-o explodir. Digmon se põe de pé e logo bate o pé com força no chão, fazendo surgir uma parede de pedra na sua frente e na frente das garotas. A digimon pega Flávia e Bárbara no colo e voa até os demais. Dukemon destrói a parede com um simples golpe de sabre. Leomon e Blimpmon avançam na direção deles e Digmon ergue outra parede. Meramon ataca a digimon dirigível com o seu punho de fogo, englobando-a. Logo após, o digimon corre até seu domador.

— Que carta é essa, João? - Bárbara pergunta quase que entrando em desespero, assim que sua digimon a colocou no chão.

O garoto pega a carta de suas mãos.

— Aqui diz: Acessório Teletransporte. - João devolve a carta.

Uma explosão acontece. Dukemon havia pulverizado a barreira de pedra criada pela digimon do solo e caminhava na direção dos garotos.

— Acabou a brincadeira. – Diz o digimon materializando seu escudo, que passa a brilhar antes mesmo que ele o posicionasse a frente do seu corpo. – Elísio Final.

Uma poderosa energia se origina do centro do escudo e avança próxima ao chão, destruindo-o.

— Rápido, Bárbara, – Pede Verônica com Plotmon nos braços. - tente usar essa carta!

— Adição de Dados - Teletransporte. – Diz a garota passando a mais nova carta pelo leitor de cartão do seu digivice.

Digmon abre os braços na frente do grupo e, instantes antes que a técnica do cavaleiro medieval de capa vermelha lhes atingissem, todos desaparecem.

Como num piscar de olhos, todo o ambiente ao redor dos garotos e dos seus digimons muda de aparência. Agora eles estavam no meio da avenida de uma grande cidade, mais precisamente sobre a faixa de pedestres. Enormes e espelhados prédios estavam por toda a extensão daquela arborizada localidade. O semáforo logo à frente funcionava tranquilamente. Porém, nenhum som de carro, moto, pessoas e demais sons corriqueiros em cidades dessa dimensão.

— Ainda estamos no Mundo Digital? – Indaga João aos demais.

 

Continua...


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