Elizabeth subiu as escadas do porão pesadamente. Com uma barriga ligeiramente saliente de alguns meses, ela já começava a sentir certas dificuldades.

Will estava ao timão, os olhos distantes e pensativos fitando o horizonte de mais um fim de dia com dever cumprido.

Elizabeth o abraçou, sentindo o calor próprio do corpo de Will, ela então suspirou ao pé do ouvido dele.

- Como está? – Perguntou ele, se virando para ela e a olhando ternamente.

- Bem. Ele chuta bastante. – Disse Elizabeth entre risos, fitando os olhos transparentes de Will, como uma fonte límpida e translúcida. 

- Ele? – Questionou Will, a voz curiosa.

- Eu tenho um pressentimento. Acho que será mais um Willian Turner. – Respondeu Elizabeth retribuindo o sorriso.

- Fique de olho no horizonte. – Murmurou Will, lembrando Elizabeth da primeira vez que dissera isso a ela.

Quando ela estava presa em Port Royal e Will se fora para buscar a ajuda de Jack para libertá-la. As lembranças súbitas surpreenderam Elizabeth, que franziu a testa e disse em tom de ligeira confusão:

- Por quê? Você já está aqui comigo.

- Guarde isso como uma lembrança... Uma lembrança de que as coisas podem mudar, e como uma promessa de que eu vou permanecer do seu lado.

- Então, fiquemos de olho no horizonte. Juntos. – Elizabeth estabeleceu por fim, envolvendo seus braços em Will, fazendo com que suas mãos se entrelaçassem.

- Por toda eternidade. – Falou Will serenamente, pousando as mãos delicadamente na barriga de Elizabeth. Ele a olhou com uma expressão de proteção e amor absolutos. – Por toda eternidade. Nós três.