é Possível Amar de Novo? escrita por kellyzinhah


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Voltando pra visão da Nick.



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Passamos direto pela minha casa e seguimos em frente, logo já havíamos deixado Forks pra trás.

 

- Aonde vamos? – Perguntou Johnny.

 

- Não sei. Só não podemos continuar em Forks. Você tem alguma idéia?

 

- Não sei, talvez poderíamos ir ficar na casa da Mônica.

 

- Quem é essa?

 

- Minha madrinha.

 

- Sua madrinha?

 

- É.

 

- E porque você foi atrás de mim ao invés dela quando queria abrigo?

 

- Porque ela não sabe de nada sobre o que eu faço e não queria colocar ela em perigo e também eu queria você.

 

- Ok, então vamos ficar na casa dela ate acharmos outro lugar. Onde fica?

 

- Watsonville, Califórnia.

 

- Certo, podemos...

 

- Tem um problema.

 

- O que?

 

- Ela não gostaria nada se eu trouxesse uma estranha para casa.

 

- E o que você sugere?

 

- Que você finja ser minha namorada. – Ele prendeu a respiração esperando alguma explosão raivosa de mim.

 

- Qualquer coisa pra ficar longe de Forks. – Virei o carro bruscamente, fazendo com que Johnny quase caia em cima de mim.

 

Nossa viagem continuou por quase quatro dias inteiros, manha, tarde e noite, quatro dias torturantes, no quais Edward não saia da minha cabeça. Eu já havia ligado para uma transportadora ir pegar minhas coisas pessoais (só minhas roupas, eu pretendia ir pegar os moveis, incluindo meus instrumentos quando tivéssemos uma casa permanente). Eu e Johnny dividíamos o tempo, quando eu ficava com muito sono ele dirigia quando ele ficasse com muito sono eu voltava pro volante (já descansada) e assim foi ate finalmente chegarmos a Watsonville. O calor da Califórnia já estava me afetando e eu já estava sem casaco algum, apenas uma blusa regata e um short.

 

Johnny estacionou e minha boca abriu. A tal madrinha de Johnny não era pobre não! A casa dela, ou melhor, a mansão era branca e muito grande, com umas arvores e tudo, bem estilo Califórnia.

 

 

 

 

Saímos do carro e fomos ate a porta da frente, Johnny bateu algumas vezes ate a emprega atender.

 

- Pois não senhor? – Ela disse.

 

- Diga a senhora Manson que seu afilhado Johnny esta aqui.

 

- Só um instante senhor. – A moça voltou a fechar a porta e ficamos ali esperando.

 

Do nada alguém abriu a porta e saiu de lá uma mulher de altura mediana, cabelos loiros (novidade!) roupa tipicamente da alta sociedade rosa e um sorriso enorme no rosto, ela foi direto ao Johnny e o abraçou, parecendo esmagá-lo.

 

- John, meu querido! Quanto tempo.

 

 Ela se separou dele e olhou pra mim.

 

Seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo, me controlei pra não dar uma resposta pouco educada.

 

- Quem é essa? – Perguntou.

 

- É minha namorada. – Johnny passou os braços pelos meus ombros e deu seu sorriso amarelo que foi acompanhado pelo meu.

 

- Namorada? – Ela ficou de boca aberta.

 

- Sim! – A mulher sorriu!

 

- Maravilhoso! Ela só precisa das roupas certas e bum, magnífica! – Aumentei meus olhos disfarçadamente, “roupas certas?” OMG era só o que me faltava! – Eu sou Mônica. – Ela estendeu a mão e eu a apertei tentando sorrir.

 

- Eu sou Nicolle. Prazer em conhece - lá.

 

- Venham crianças entrem!

 

Ela foi nos levando pra dentro da maravilhosa casa. Fomos seguindo por um curto corredor onde se encontravam diversas pinturas lindas, ate a entrada, onde poderíamos escolher entre, ir para um corredor à direita, o corredor da esquerda ou a enorme escada de mármore! Nos fomos pela esquerda ate uma grande sala, onde tinha uma lareira, poltronas chiques, sofás e uma televisão de tela plana na parede. Sentamos eu e Johnny em um sofá e a mulher na nossa frente na poltrona.

 

- Querem alguma coisa? – Ela perguntou e uma empregada apareceu. – Um chá, café, refrigerante, biscoitinhos?

 

- Eu aceito um café, por favor. – Disse educadamente.

 

- Certo e você querido?

 

- Nada obrigado.

 

- Ok. – Ela enxotou a empregada com a mão que voltou em menos de um minuto com meu café e o chá da mulher. Peguei meu café e agradeci.

 

- Então o que fazem aqui? – A madrinha de Johnny disse.

 

- Queríamos um lugar pra ficar. – Johnny foi bem direto.

 

- Por quê?

 

Johnny limpou a garganta.

 

- É temporário, só ate acharmos um lugar permanente.

 

- Ela esta grávida?

 

Engasguei-me com o café e Johnny teve que dar uns tapas na minha costa.

 

- Não! – Johnny disse apressadamente.

 

- Então porque vocês não ficam onde estavam ate agora?

 

Nossa! Essa mulher é um poço de gentileza.

 

- Nossa casa pegou fogo. – Johnny fez cara de enterro e logo eu o acompanhei.

 

Tive vontade de bater na cabeça dele, sorrir e dizer “Bom garoto!”. Johnny estava ficando mesmo mais esperto.

 

- Oh, eu sinto muito. – Ela fingiu sentir pena. – Nesse caso podem ficar o tanto de tempo que precisarem.

 

Ela sorriu e nos também.

 

- Marcela! – Ela gritou e a mesma empregada apareceu. - Leve os dois para o quarto de hospedes.

 

Seguimos a Marcela ate nosso quarto. Uma cama de casal grande, uma cômoda, um banheiro, nada de mais.

 

Joguei-me na cama e Johnny foi pro banheiro tomar banho. Olhando pro teto lagrimas silenciosas começaram a cair. Eu me sentia vazia, triste, como se não pudesse mais sorrir, meu mundo havia desabado. Vivi minha vida sem amar ninguém e quando isso finalmente acontece é logo pelo meu maior inimigo! A vida é irônica, idiota, louca, imprevisível, maravilhosa, é tudo de bom e ruim. Eu perdi meus pais, meus amigos e agora meu amor! O que mais posso perder? O que mais tenho a perder? Nada. Eu queria voltar no tempo e ter fugido daquela agulha de meu pai, ou então não ter ficado com Beatriz, eu queria que nada disse tivesse acontecido e ao mesmo tempo eu estou feliz que eu tenha me apaixonado. Mesmo que por pouco tempo, eu amei e aparentemente fui amada, e isso já vale por uma vida toda.

 Meus soluços estavam altos e eu não parecia estar nesse mundo, meus olhos estavam perdidos em algum ponto imaginário. Senti Johnny chegar perto de mim e eu o abracei chorando em seu ombro.

 

- Porque?...Porque comigo? – Comecei a perguntar em meio a soluços e lagrimas.

 

Johnny me abraçou forte e eu o abracei também. “Eu vou te ajudar. Tudo vai ficar bem...” ele dizia no meu ouvido.

 

Quando finalmente me separei, Johnny limpou as lagrimas de meu rosto.

 

- Quer ir tomar um banho? Vou mandar trazerem algumas roupas pra você.

 

Não confiando em minha voz apenas assenti e fui pro banheiro.

 

A água quente pareceu ajudar, mais ainda assim pra mim nada mais importava ou fazia sentido, eu não sentia mais vontade de chorar e muito menos sorrir, eu havia virado uma completa zumbi. Johnny trouxe uma toalha e roupas limpas pra mim. Sai do banho e vesti as roupas, era uma blusa rosa tipo barbie e uma calça jeans, normalmente eu reclamaria, mais hoje eu não me importo.

 

 Sai do banheiro e encontrei Johnny no quarto me esperando.

 

- Quem vai dormir onde? – Perguntou Johnny.

 

- Pode dormir na cama comigo se quiser. – Johnny ficou branco feito papel.

 

- O que?

 

- Eu não me importo. E também quero alguém pra abraçar. – Me deitei na cama, dei espaço pra Johnny e me cobri com a coberta.

 

Ele ficou parado olhando pra mim.

 

- Vai vir ou não? – Perguntei irritada.

 

- Só não vai me bater, hem. – Ele avisou e deitou bem na pontinha da cama, reto feito taboa a dois metros de mim.

 

Rolei meus olhos e o puxei pra perto de mim. Deitei minha cabeça em seu ombro e o abracei, Johnny relaxou me abraçando também, mais confortável e exausta eu dormi imaginando que fosse Edward ao meu lado.

 

 

Mais um capitulo!

Obrigada pelos reviews!!!!

Comentem!!!

Bjss

 


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