Se alguma vez na vida você já teve que ser fria, mesmo não querendo, multiplique isso por cem milhões de vezes e terá o tanto de vezes que isso aconteceu comigo. Eu não gosto de matar, nem de ver sangue, ou de tirar “vidas”, mais foi pra isso que nasci e fui criada, aprendi a gostar de matar meus inimigos com o tempo. Aprendi lições com meus erros. E agora mais que nunca eu terei que usar tudo isso para realizar minha tarefa. Sim, eu amo Edward, eu o amo como nunca amei ninguém antes. Eu sinto por ele uma coisa inexplicável, mais ao mesmo tempo eu o odeio, odeio o monstro que ele possui, odeio seu lado negro. Infelizmente eu tinha que matá-lo, querendo ou não, essa é minha missão.

 

- Esta pronta? – Johnny perguntou ligando o carro.

 

- Não.

 

- Ótimo. – Ele arrancou o carro e fomos.

 

Eu e Johnny estávamos indo a casa dos Cullen. Seriam seis contra dois, mais estávamos armados e torcíamos para que conseguíssemos matar algum. Pelo menos Johnny torcia já eu deseja bem lá no fundo de minha alma que eles conseguissem me matar antes de eu fazer qualquer coisa. Eu estava bastante armada, facas nos pulsos nos tornozelos e ate um facão no meu coldre nas costas, você deve estar pensando, o que facas podem fazer contra vampiros? Facas normais, nada. Mais as facas que Johnny trouxe são feitas especialmente para cortar eles, eu não sei de que material é feito, mais sei que é forte feito às garras do Wolverine. Na minha cintura tinha um coldre que continha minhas duas armas e também havia um coldre na minha coxa com mais uma arma. Fora isso, ainda tinha mais um coldre de ombro para munições. Você deve estar pensando que eu estou exagerando, é talvez você esteja certo mais pelos meus cálculos e levando em conta os modos de Edward eu deduzi que ele deveria ter por volta de 100 anos e se ele tinha cem anos, imagine seu “pai”? A família Cullen não é formada por vampiros jovens, são vampiros velhos e experientes, isso significa que serão difíceis de matar. Eu e Johnny temos 83 % de certeza que não voltaremos vivos (eu talvez volte, mais Johnny com certeza não) ainda assim iremos em frente.

 

- Nervosa? – Johnny perguntou de repente.

 

- É claro que eu não estou nervosa. Afinal, eu só estou indo matar o cara que eu amo nada de mais. – Respondi sarcástica.

 

- Eu vi na TV um documentário que as pessoas ficavam sarcásticas quando estão com medo.

 

- Onde você viu isso?

 

- Discovery Channel.

 

- Primeiro RPG, agora Discovery Channel, só o que me falta é você dizer que acompanha Naruto!

 

- Porque, o que tem Naruto? Eu adoro ele! É interressante!

 

- Ai meu deus Johnny! – Bufei batendo com força minha cabeça no encosto do carro.

 

- Cala boca que eu ainda lembro que você via “As Guerreiras Mágicas de Rayearth”

 

 

- Não via não!

 

- Via sim!! Admita você não perdia um episodio desse anime.

 

- Que mentira!

 

- Fica quieta se não eu vou falar de outra coisa vergonhosa.

 

- Que coisa vergonhosa?

 

- Que você via “Mister Ed”!

 

OMG!!!! Como ele lembra????

 

- Do que você ta falando? Eu nunca...nem seu o que é isso!

 

- Ah, sabe sim! É aquele seriado do cavalo falante!

 

- Não! O cavalo não era falante era o Wilbur que tinha o poder de escutá-lo!

 

- Te peguei! – Droga!

 

- Era engraçado, o cavalo vivia se metendo em confusão e quem o tirava delas era o seu dono, o Wilbur que ficou taxado de louco por ficar falando com o cavalo.

 

- Viu? Eu não to te criticando pelas coisas que você via então cala a boca.

 

- Mas...

 

- Atari!

 

- Ta calei.

 

Abaixei minha cabeça meio envergonhada. Nossa eu já tinha ate me esquecido do Mister Ed! Era um seriado muito leg...esquece, finja que não ouviu isso.

 

- Eu sou mais inteligente do que você pensava. – Johnny falou.

 

- O que?

 

- Eu consegui fazer você esquecer do porque esta aqui.

 

- É valeu. Pena que você é esperto o suficiente pra me lembrar.

 

- Disponha!

 

Quando a casa dos Cullen ficou a vista senti milhões de borboletas rondando meu estomago, e uma vontade tremenda de pegar o volante do carro e dar meia volta. Assim que estacionamos, todos da família já saíram de casa. Abri a porta do carro e sai com Johnny logo atrás de mim.

 

- Nick o que você esta fazendo aqui? – Edward ficou na frente de sua família e me perguntou.

 

Um nó se formou se minha garganta e eu não consegui responder.

 

- Nada, só uma visitinha. - Johnny sorriu. - Comece Nicolle. - Ele disse e eu obedeci.

 

Peguei uma das minhas armas e apontei para Edward, nem ele e nem sua família fizeram um único movimento, provavelmente eles estavam muito confusos e achando que minha arma não iria fazer nada com eles.

Minhas pernas fraquejaram e parecia que a qualquer momento eu iria desabar, minhas mãos tremiam compulsivamente me forçando a segurar a arma com as duas mãos e minha mente me enganava dando diferentes opiniões. Mate ele! Vamos acabe com isso. Ele é um monstro. Uma voz na minha cabeça falava, já outra dizia. Você não o ama? Não importa o monstro que ele tem, o amor vai superar. Não atire!  Que conselho aceitar? Que caminho seguir?

 

- O que você esta fazendo Nicolle? - Edward perguntou.

 

Pisquei meus olhos com força fazendo uma lagrima cair.

 

- Eu...eu...preciso te matar.

 

- O que? Por quê? Eu não fiz nada. – Ele olhou espantado pra Johnny.

 

- Você é um vampiro. – Eu disse.

 

- Do que você esta falando?

 

- E eu sou uma caça-vampiros. – Agora os Cullen estavam espantados.

 

- Uma caça-vampiros? – Perguntou Carlisle.

 

- Sim.

 

- Mate ele de uma vez Nicolle! – Ordenou Johnny.

 

 

Minha expressão mudou naquele momento drasticamente, agora eu estava seria e com raiva. Apertei com força o cabo da arma, mexi meu dedo em direção ao gatilho, e fui subitamente atingida por lembranças. Nosso primeiro beijo, o show, a clareira...E naquele momento soube que não seria capaz de matá-lo, aos poucos afrouxei o aperto no cabo da arma e a abaixei.

 

 

- Vamos embora Johnny.

 

- O que?!

 

- Edward salvou minha vida uma vez e agora eu estou salvando a dele, estamos quites.

 

Fui em direção ao carro e Johnny hesitante me seguiu e entrou no banco do passageiro, abri a porta e Edward perguntou.

 

- Nicolle, será que você poderia me explicar direito o que esta acontecendo?

 

Virei apenas minha cabeça lentamente e o olhou nos olhos.

 

- Adeus Edward. – Disse com a voz baixa e suave antes de entrar no carro e partir.

 

 

Edward

 

Estávamos eu e meus irmãos reunidos na sala quando ouvimos um carro vindo para nossa casa e reconheci o cheiro sendo de Nicolle e seu amigo. Meus irmãos também os notaram e logo todos nos fomos pra rua. Eles estacionaram o carro e saíram. Concentrei-me nos pensamentos de Johnny.

 

“Finalmente, seu imbecil esse é seu fim!”

 

Por segurança me coloquei em frente aos outro e perguntei.

 

- Nick o que você esta fazendo aqui?

 

Ela pareceu empalidecer e ficar sem resposta.

 

- Nada só uma visitinha. – Johnny disse sorrindo. – Comece Nick.

 

Os pensamentos de Johnny eram os horríveis, ele imaginava varias formas diferentes de nos matar e ate mesmo torturar. Mais, por quê? Nicolle tirou da cintura uma arma. Eu e os outros tivemos que nos segurar para não rir. Uma arma? O que isso pode fazer com a gente. Nicolle parecia nervosa, sua mão estava tremendo e ela teve que segurar a arma com as duas mãos.

 

- O que você esta fazendo Nicolle? – Decidi perguntar.

 

Nicolle piscou os olhos com força fazendo uma lagrima cair, que não passou despercebida por ninguém.

 

- Eu...eu...preciso te matar. – Ela gaguejou.

 

- O que? Por quê? Eu não fiz nada. – Procurei por resposta.

 

“Vampiro desgraçado!” Olhei espantado para Johnny.

 

- Você é um vampiro. – Nick confirmou os pensamentos de seu colega.

 

- Do que você esta falando?

 

- E eu sou uma caça-vampiros. – Todos ficamos espantados, os pensamentos de meus irmãos estavam a mil e tive que fazer força para me concentrar na conversa real.

 

- Uma caça-vampiros? – Perguntou Carlisle curioso, pensando que nem mesmo ele havia conhecido um caçador antes.

 

- Sim. – Respondeu Nick. Uma caça-vampiros? Mais eles existiam? Milhões de perguntas e pensamentos passaram na minha cabeça, mais antes de abordá-los fui interrompido por Johnny.

 

- Mate ele de uma vez Nicolle! – Ordenou Johnny.

 

A expressão de Nick se tornou tão fria e má como eu nunca havia visto antes, raiva queimava através de seus olhos. Meus irmãos pensaram em ir ataca-lá para fazer com que abaixasse a arma, pois não saibamos se aquilo poderia me matar, se ela era mesmo uma caça-vampiros. Mais então, notamos ela hesitar e afrouxar aos poucos seus dedos da arma ate abaixa-lá.

 

- Vamos embora Johnny. – Nicolle disse com a voz mais fria que o normal.

 

- O que?! – Ele disse surpreso.

 

 - Edward salvou minha vida uma vez e agora eu estou salvando a dele, estamos quites.

 

Seu colega foi tomado por pensamentos raivosos e uma enorme vontade de me atacar naquele momento, mais eu já estaria preparado. Ao ver Nicolle se virando e indo para o carro ele a seguiu. Minha atenção imediatamente se voltou pra ela. Nick abriu a porta do carro e antes de ela poder ir, perguntei.

 

- Nicolle, será que você poderia me explicar direito o que esta acontecendo?

 

Ela virou sua cabeça lentamente, o que pra mim pareceu levar uma eternidade, olhou em meus olhos, e ao invés de responder minha pergunta, ela disse com uma voz baixa e suave.

 

- Adeus Edward. – Antes de entrar no carro e partir.

 

Naquele momento eu senti como se meu coração tivesse sido arrancado novamente, e tive a impressão que aquele adeus era permanente.

 

 

 

 

 

Gente eu deixei o Edward no vacuo, sem entender nada! Bah eu sou malvada!! kkkk To brincando.

Bom, espero que tenham gostado do capitulo. Eu nao sei se ficou bom, entao espero comentarios.

Obrigado pelos reviews gente!

Bjss