Wolverine: Uma História escrita por Tenebris


Capítulo 25
Sempre


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo, gente :) Amanhã eu posto o Epílogo, que direciona a uma continuação da Fic... Enfim, gostaria de agradecer todo mundo que leu, comentou, participou e deixou reviews me incentivando... Puxa, to quase chorando aqui, rs. Bem, eu já inventei uma continuação, e quem quiser um resumo pra ter uma ideia do que está por vir, pode deixar uma mensagem que eu mando :) Obrigada gente e até a próxima! Beijos!



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A primeira coisa que Julia e Logan fizeram foi se reunir com Charles. Deixaram o pequeno John com Scott e foram contar a ele o que o menino fizera. Estavam no clássico escritório de Charles, sentados na cadeira da escrivaninha de frente para ele.

- Bom... Para mim, tudo está muito claro. – Comentou Charles, pensativo.

Julia e Logan se entreolharam ansiosos.

- O poder de John é a junção perfeita do poder de vocês dois. O Adamantium e o fator de cura, ele recebeu de você, Logan. Porém, ele pode projetar esses poderes externamente. Essa projeção externa veio de você, Julia. Tudo faz sentido. Os poderes, ganhou do pai, e a forma de usá-los, da mãe. A junção exata.

- E porque tão cedo? – Indagou Julia, ainda preocupada com o futuro. O poder de John era muito intenso.

- Bem, não posso afirmar com certeza, mas acho que ele manifestou os poderes cedo porque estes são forte demais. Ele herdou poderes de dois mutantes poderosos, que são vocês. Desde sempre conviveu em um ambiente cheio de mutantes. Então, acho que o ambiente e o próprio poder de John contribuíram para a manifestação precoce. Mas eu não tinha como prever.

Julia e Logan assentiram.

Então era esse o poder de John. Logan tinha o esqueleto forrado de Adamantium e podia se regenerar. Julia podia manipular as mentes dos outros. John herdara a mistura dos dois poderes. O Adamantium e a cura, recebera do pai. E o fato de poder realizar isso nas outras coisas e pessoas, herdara da mãe.

- Agora, temos dois passos a seguir.  – Continuou Charles. – Ensinar ao John mais sobre seus poderes e sobre mutantes. Sobre o que ele realmente é. E o outro passo é não permitir que ninguém saiba de sua mutação. Esse passo é fundamental para a segurança dele.

- Entendo. – Disse Julia.

- Vai dar tudo certo... O guri é inteligente. Vai saber lidar com isso... – Disse Logan, abraçando Julia. Ele aparentava mais firmeza do que de fato sentia.

Julia o interrogou:

- E nós, Logan? Nós vamos conseguir lidar com isso?

Assim que foi possível, Charles recebeu John em sua sala. Ele leu a mente do menino, percebendo de pronto que John, apesar de novo, era um mutante classe cinco com potencial quase ilimitado. Ele recebera a combinação de dois genes mutantes intensos. Seus poderes deveriam ser trabalhados o mais rápido possível. Charles afirmara nunca ter visto nada igual em alguém tão jovem. Quanto a Julia, ela não testava isso com freqüência, mas sabia que a mente de John tinha um bloqueio para a telepatia da mãe especificamente. Assim como Logan, que também tinha sua mente fechada somente para os poderes dela.

Mas, mesmo com todos colaborando, o problema de Julia e Logan era esse: Sofriam pelo filho.

John desenvolvera poderes mutantes cedo demais. Agora, daqui pra frente, corria risco de ser capturado, estudado ou até mesmo temido e odiado pelos humanos. Aguentar esse baque com apenas quatro anos de idade não parecia justo. Julia e Logan sabiam por experiência própria que mutante, bom ou mau, sofria com perseguições, com lutas pela sobrevivência e com preconceito, basicamente.  Não queriam que o filho tivesse de lidar com isso agora, na infância. E, intimamente, Julia e Logan prometeram zelar pela guarda e proteção do filho. Não deixariam que nada o ferisse. Afinal, eram uma família. Protegiam uns aos outros com unhas e dentes.

Mas tudo tinha que continuar.

John completava cinco anos de idade.

Julia tinha voltado a trabalhar como advogada no período da manhã. No tempo que sobrava, dedicava-se ao filho, a Logan e aos X-Men. Sim, ela finalmente voltara a equipe principal dos X-Men.

Logan seguia o mesmo ritmo: trabalhava na madeira apenas no período do manhã e, no tempo que sobrava, ficava com o filho, com Julia e com os X-Men. Desse modo, Julia e Logan podiam ter seu próprio dinheiro e ajudar nas despesas de criação de John sem se preocupar.

Felizmente, em uma conversa com Luke Cage, dos Vingadores, Julia arrumara uma babá de confiança. Chamava-se Doreen Green, a Garota Esquilo. Ela cuidara de Danielle, filha de Luke Cage e Jessica Jones. Assim, Doreen passaria um tempo morando na Mansão, treinando e cuidando de John. Isso facilitava muito as coisas.

Em uma noite comum, Julia, Logan e John reuniram-se na sala de sua casa. Logan não comentou nada, pois julgou que ainda não fosse a hora apropriada. Mas, ao ver Julia brincar com o filho, pensou no futuro apelido que o menino poderia adotar. Iren.

Iren lembrava iron, ferro em inglês, assim como o poder de John em transformar o que quisesse em Adamantium. Além disso, lembrava ira, o que deixava bem claro a força que John havia de ter. “Mais tarde”, pensou Logan. “Quem sabe um dia...”

Assim, na manhã seguinte, fez-se um domingo ensolarado e Julia despertou de um sono tranquilo e livre de pesadelos.

Ela acordara, espreguiçando-se lentamente e aproveitando a claridade fraca que passava pela janela do quarto escuro. Sentiu o corpo quente de Logan ao seu lado, que ainda dormia e respirava sonoramente. Sem se preocupar com nada, ela levantou um dos braços de Logan e fez com que ele a abraçasse. A sensação de ter aqueles braços fortes e familiares a envolvendo era inigualável. Nunca se sentiu tão amada e protegida. Pensava então em tudo o que tinha ocorrido em sua vida desde que chegara ao Instituto.

Como conhecera Logan, como o odiara. Como tivera que cumprir sua missão e fingir que estava do lado do inimigo. O primeiro beijo de Logan, a surpresa. Mais tarde, a chegada de John e a descoberta do sentimento maternal... Tudo perpassava a mente dela em flashbacks, como se revivesse esses anos todos apenas em segundos. A sensação única e indescritível de cada momento acompanhada de sua imagem dentro da cabeça dela... Quando se lembrava de Logan e John, era impossível não sorrir.

Ainda que tivesse dificuldades a partir de agora, em qualquer aspecto, fosse em relação à John, a Logan ou aos X-Men, ela sabia que tinha com quem contar. Sabia que, com fé, união e amigos, tudo podia ser superado. Não havia sentido em limitar sua vida por causa de dificuldades que ela ainda não vivenciava.

Sorrindo com seus próprios devaneios, Julia observou que as persianas de sua casa, semi abertas, projetavam uma figura engraçada na parede. Com a entrada de pouca luz no quarto escuro, as sombras se assemelhavam muito a garras.

Garras como as de Logan. Wolverine. James Howlett. O homem que ela amava.

Ela riu pela observação, mas se deu conta quase imediatamente que não tinha porque se preocupar com lembranças e dificuldades passadas, nem com aflições e receios futuros. Não quando a realidade que ela mais desejava repousava bem ao seu lado


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