Stan Marsh

*3 dias após a briga nas montanhas rochosas*

–Vamos Stanley, acorde querido. Disse minha mãe me virando de um lado para o outro na cama.

–Estou indo. – Disse com a voz quase sem força.

Não sei por que, mas depois que passei dos dez anos, tenho 16 atualmente, não tenho mais aquela disposição, gosto de passar as noites em branco na frente do computador vendo as fotos da Wendy, que voltou pro Token, não me surpreendi muito quando eles voltaram, Token estava alto, musculoso, parecia um jogador de basquete.

Levantei da cama sem um pingo de disposição, fui ao banheiro escovar os dentes e desci as escadas para tomar café.

Chequei meu novo celular, três mensagens do Kyle.

“Você falou com o bundão esses dias?”

“Stan, responde, a mãe dele ligou pra minha”.

“Não estou preocupado, mas parece grave”.

Não falava com o Eric dês do nosso desentendimento nas montanhas, o que era estranho, pois Eric sempre voltava a falar com comigo e com o Kenny como se nada tivesse acontecido.

Peguei a mochila e sai a fora até o ponto de ônibus.

–Oi Kenny, oi Kyle.

–Oi

–Olá – Ainda me surpreendia com a voz do Kenny dês de que ele tirou o capuz

–Cadê o Cartman? – Perguntei fitando Kyle.

–Sei lá cara, e bom não ser chamado de judeu pela manha, posso me acostumar com isso. – Disse sorrindo.

O ônibus chegou, é lá no final estava Wendy sentada ao lado de Bebe, ela estava mais linda que nunca, seus cabelos negros lhe cobriam as costas, seu corpo entrou em puberdade, ela estava mais linda que nunca, eu ainda ficava bobo perto dela, graças a Deus aprendi a controlar o vomito.

Kenny foi direto pro fim do ônibus sentar ao perto de Bebe, por quem ainda tinha uma quedinha, ainda mais agora que ela tinha alisado o cabelo e tinha encorpado.

Eu realmente queria sentar perto da Wendy, mas não ia deixar Kyle sozinho.

–Então cara, cadê o Eric? –Disse logo que nós sentamos.

–Sinceramente? Não me interessa, a senhora Cartman ligou pra minha mãe perguntado o que tinha acontecido, mas eu não falei pra minha mãe – Disse dando os ombros.

–Acho que o ego do Eric jamais faria com que ele se sentisse culpado. – Disse rindo

–Verdade, ei cara, porque você não vai lá sentar com a Wendy?

–Não, vou ficar aqui com você mesmo, acho que o Token não a gostar.

Não sei por que, mas juro que vi um brilho nos olhos de Kyle quando disse “fico aqui com você”. Nossa eu devo estar doido, mesmo assim Kyle estava tão estranho, sabe ele foi o que menos se desenvolveu na adolescência, todos ganharam músculos e a voz engrossou menos o Kyle, tudo que mudo foi que ele ficou alto e se cabelo ficou bem menos enrolado, não gosto de pensar que o Kyle é gay, afinal ele me contaria, é meu melhor amigo, acho que não temos segredos.

–Cara, eu fiz um bilhete pra Wendy, sei que é meio gay, mas preciso mostrar a alguém – Disse colocando a mochila no colo para procura-lo.

–Tudo bem – Disse sorrindo

“Eu já não sei, sabe são tantos anos que eu estou assim pensando e repensando em você. Os dias estão cada vez mais longos embora a minha vontade de te ter perto ainda seja enorme fico aqui relembrando os bons momentos vivenciados, pois imagino tudo dando certo... Só queria que você estivesse em meus braços, acariciando a minha pele, falando palavras bonitas ao meu ouvido e me fazendo ver o quanto o amor é algo perfeito. De fato meu amor eu te amo e não conseguirei imaginar uma vida sem você; é como se eu também não existisse ou se como eu estivesse com uma doença permanente sem cura, por este motivo eu peço venha até mim e me mostre este amor tão lindo, me faz o cara mais feliz do mundo cativando meu intimo no mais profundo, sem você jamais conseguiria amar, pois você é o motivo de minha existência de minha persistência, de tudo quanto preciso para a vida viver.”

–Uau, nossa cara – Ele disse revirando o papel – Você vai dar isso pra ela, certo?!

–Não cara, vamos descer logo – Disse tirando o papel de sua mão e surrando em minha mochila.