Ela me olhou, com as lagrimas escorrendo.

–Edward eu... Eu... Estou com Leucemia.

Ela disse e começou a chorar e soluçar, eu fiquei paralisado.

– Não... Não é possível! Você é forte, é saudável e jovem. Não, Não e Não.

Eu disse com a voz rouca e baixa.

– Não Edward, é ai que você se engana, descobri há três meses; cada dia tem sido pior. Meu cabelo está caindo, não tenho fome, e... E eu não sei quanto tempo ainda tenho. Os médicos já tentaram de tudo e agora eu desisto. A doença vem me consumindo a cada dia que me resta, já não tenho mais vontade de sair. Antes eu tinha medo por mim, mas hoje, hoje tenho medo por vocês; tenho medo das pessoas que eu amo, incluindo você, ficarem nesse mundo terrível. Tenho medo de perder vocês e não de morrer. Toda noite eu acordo com pesadelos onde perco aquele que eu amo.

Ela falava e chorando e soluçando, as lagrimas tomaram conta d e mim, e saia descontroladamente.

– Edward eu quero que você viva a sua vida, não perca o seu tempo comigo. E desculpa pelo encontro, eu realmente queria ir; mas no dia eu desmaiei.

– O médico. - Eu sussurre com raiva de mim mesmo.

– Sim, talvez o médico que você tenha visto seja o meu, e seja lá o que você ouviu, eu disse aquilo porque você não merece acabar com aquilo que nem começou. Edward eu te amo, mas Poe favor não faça isso por piedade.

Ela chorava e soluçava descontroladamente, eu levantei e a trouxe para junto de mim, abraçando-a. Eu chorava em silêncio, não acreditando que fui tão grosso com ela.

– Shh... Bella me perdoe, me perdoe por todas aquelas palavras horríveis que eu te disse, você é muito melhor do que eu imaginei, eu te amo, e não, não ficarei por piedade, e sim porque eu te amo, e não importa se passaremos dias ou até meses juntos, o que importa é que estarei ao seu lado, não importa as circunstâncias.

–Sim lhe perdoou, obrigada. Você não sabe o quanto difícil tem sido.

–Por favor, não me deixe.

–Nunca Bella, jamais. Não importa o que vier no futuro, pode vir muita tempestade, meu amor é maior.

Beijei sua testa e ficamos ali abraçados em silêncio.

–Obrigada. Ela disse com a voz embargada.

–Não Bella. Obrigada você por existir.

– Ela foi se acalmando até o choro cessar.

– Vem você precisa descansar. - Eu disse puxando-a para cama, ela se deitou e me encarou.

–Por favor, não vá, fique comigo. - Ela sussurrou.

Então deitei com ela, que logo colocou a cabeça no meu peito adormecendo. Eu estava atordoado, ainda não acreditando no que ela havia me dito, sem ela que foi tão forte.

Ela dormia em meus braços, tranquila, como se não existisse não á temer, que havia dito que me amava. Virei-me e a olhei, ela estava corada e dormia profundamente. Afoguei meu rosto em seus cabelos e logo senti um delicioso cheio de morango. Ela suspirou e se virou.

– Bella me desculpe o atraso... Hã? Edward?

– Rose.

Rosalie entrou no quarto com tudo, falando alto, e me olhava confusa e com raiva; sai da cama com cuidado para não acordada Bela e sai do quarto chamando minha prima, que na mesma hora veio e fechou a porta atrás de si.

– O que você faz aqui?

– Rose eu... Eu... Por favor, me diz que não é verdade, me diz que ela está bem. Por favor, como prima me diga a verdade. - Eu pedi com olhos cheios de lagrimas.

– Eu sinto muito. Até eu não me conformo. - Ela disse me encarando, e ali mesmo eu desabei a chorar. Eu não podia acreditar, ela não merecia isso, tão jovem e uma boa pessoa.

Comecei a chorar de soluçar, Rose veio e me abraçou.

Cabeção precisa ser forte por ela, ela precisa de nós, e vice-versa. Eu a amo e não suporto vela triste.

Eu concordei com a cabeça e enxuguei minhas lagrimas.

–Por que vocês não me contaram? - Eu perguntei a ela.

–Pense bem... Bella é orgulhosa e odeia que as pessoas tenham dó dela, ela queria continuar a vida normalmente... Mas nessas férias ela só piorou.

Eu fiquei quieto sem saber o quefazer.

– E os médicos?

–Fizeram de tudo, mas infelizmente ela está numa fase muito adiantada.

Alice e eu estávamos dormindo aqui. Tio Charlie tem trabalho e a Renée vive saindo por causa de remédios, ou médicos.

– Droga eu queria ajudar e por um momento eu só piorei as coisas.

– Você não tem culpa. Vem, ela pode acordar.

Entramos no quarto, fiquei sentado no chão, Rose foi até a escrivaninha e ligou o notebook.

– Edward? - ouviu uma voz rouca.

– Estou aqui, junto com Rose.

Eu disse me levantando e sentando ao lado dela.