– Isso nós não sabemos, mas vale a pena?

– Muito!

– E o que você acha que deve fazer?

– Ir até lá e tentar ouvi-la e dizer o quanto gosto dela.

– E...?

– E... Dona Esme sua psicologia de Mãe funciona, seja lá o que você fez. - Eu disse me levantando e abraçando-a.

– Eu te amo filho, mas, por favor, não a machuque.

– Eu também te amo, e eu jamais farei algo para magoa-la.

– Espero. Não quero ver você ou ela arrependidos, o tempo não volta filho. Aproveite cada segundo, a final eu já tive a sua idade.

Ela disse sorrindo, dei um beijo e sai indo em direção ao prédio ao lado.

Eu realmente estava ressentida, e se a Bella não quiser ficar comigo, e se ela estive-se brava?

Bem só iria saber quando chegar lá.

Saí só meu prédio e segui para o outro, eu não tinha a mínima ideia do que iria encontrar lá, mas assim mesmo segui em frente; só espero não encontrar a Rosalie e a Alice.

Sai do elevador e parei em frente à porta do apartamento dela. Coragem pensei comigo mesmo. Entrei no Hall de entrada e a empregada veio me atender.

–Edward?! - Ela perguntou seria.

– Er... Char alguém está ai? - Perguntei sem jeito.

– o Senhor E a Sr. Swan foram ao mercado.

–E... E... E a Bella?

–A senhorita Swan está no quarto.

– E a Alice e minha prima?

– Alice foi embora pouco tempo e Rosalie logo chega daqui a pouco, segunda a Bella.

– Ah sim. - Eu disse olhando-a. – Será que você poderia me deixar falar com ela?

– Não... Eu realmente não poderia deixar, ela não está nem. Mas como é você irei chama-la.

– Não. Se você me permite eu subo lá.

– Tudo bem. Você conhece aqui, então me de licença.

Ela disse saindo, eu comecei a subir a escada, meio com receio, parei em frente à porta branca no final do corredor. Bati três veze, e ninguém atendeu. Então Ari a porta e lá ela estava, com os cabelos recém-lavados, um vestido com um suéter, e com os fones de ouvido ligado. Pude perceber que a musica estava alta, por isso ela não me ouviu, ela estava deitada na cama com os olhos fechados. Eu estava no meio do quarto, fazia muito tempo que eu não entrava aqui, estava um pouco diferente, reparei que havia uma parede de fotos.

Ela com a família, amigos, fotos engraçadas e duas em especial que chamou a minha atenção. Uma era de nós dois quando crianças, eu havia me mudado pra cá e nossas Mães cismaram que tínhamos que tirar ao menos uma foto, e ela não queria no final a foto saiu com duas crianças se olhando, ela fazia um bico enorme de teimosia, e eu ria.

A outra foto era minha, eu não me recordo dela, me aproximei e reparei o porquê, eu estava no meu quarto na janela olhando o céu e essa foto foi tirada da janela dela. Estava um pouco escura a foto, tive que sorrir. Havia muitas fotos e toas muito bem fotografadas.

–Hã... Edward?

Ouvi uma voz baixa e rouca e me virei.

– Oi vizinha... Belas fotos. - Eu disse apontando para a parede atrás de mim.

– O quê você faz aqui? - Ela perguntou confusa, se sentando na cama e me olhando.

– Vim conversar.

– Edward, por favor, não perca seu tempo.

Ela disse me encarando.

– Não é perda de tempo Bella, eu vim me desculpar.

– Por?

– Por ter sido rude com você naquele dia.

– Não precisa se desculpar, é melhor assim.

– Não. Não é Bella. Você não sabe o que é te ouvir chorar toda noite e não e não poder vir te reconfortar, você não sabe o que é se sentir mal consigo mesmo por não me desculpar.

– Edward eu...

– Não Bella, você não, eu. Eu te magoei, eu não lhe dei chance. Eu gosto de você e muito Bella e quero me desculpar, quero que você me de uma chance, a chance que eu sempre esperei. A chance de te ver todos os dias, de te abraçar. Você é especial Bella, e eu nunca consegui lhe dizer isso.

Eu falava sem parar, andando de um lado para o outro, ela me olhava séria e então começou a falar.

–Edward eu também, desde que te vi naquele bem dito jantar, que depois da foto você jogou suco em mim.

Eu sorri ao ouvi-la recordando daquilo.

– Você não sabe quanto tempo eu esperei, eu via você todas as noites, eu poderia ficar horas te observando dessa janela, eu ficaria dias te vendo tocar piano, eu gosto muito de você Edward; não suporto te ver com outras garotas. E... E...

Ela disse olhando para os pés. Eu a olhava encantado, a cada declaração que ela falava, mais corada ela ficava.

– E... ? Eu a incentivei.

– Não podemos ficar juntos. Ela sussurrou fitando o chão.

Agora eu realmente não entendia nada, nós acabamos de nos declarar e ela disse isso.

– Por que Bella? - Perguntei fitando-a. Ela se levantou e foi até a janela, de costas para mim ela continuou.

– Lembra-se do dia em que eu disse que eu não podia beber e tudo mais?

– Sim... Mas ainda não entendo, somos jovens Bella, se não der certo no futuro você, e eu seguimos nossos caminhos diferentes, mas vamos tentar, vamos dar uma chance a nós.

– Pelo amor de Deus, Edward. Eu não sei nem se estarei no colégio ano que vem... E...

– Você vai se mudar? - Ela deu uma risada irônica.

Fui até ela, ela se virou me encarnado, então peguei seu rosto entre minhas mãos e fitei seus olhos.

– Isabella eu te amo, quer prova maior?

Perguntei encarando aqueles olhos. Ela me encarava, sem nada a dizer, ali naquele quarto eu a beijei, que logo foi retribuído.

Devagar e em pressa começamos a nos beijar, o beijo era calmo, doce. Ficamos em uma conexão, sem lembrar-se do mundo a fora, minha língua entrou em ação e ela aceitou, onde elas se entrelaçaram e parecia dançar perfeitamente, o beijo foi se acalmando, até pararmos.

Estávamos arfando, ela corou e eu sorri ao olha-la.

– Droga!- Ela exclamou se sentando na cama.

– Bella desculpe-me... Eu... Eu...

– Shh. O beijo foi maravilhoso, e eu esperei anos por isso. - Ela sussurrou a ultima parte e corou, e então continuou. – Mas não é com você, é comigo. Não podemos fica juntos, eu não quero tomar seu tempo, e...

– Bella eu...

– Espera. Deixe-me terminar Edward. - Fui até ela e me ajoelhei, apoiando nos meus pés e fitando-a.

– Eu falei que eu não podia beber porque eu tomo remédios, eu não quero ficar com você por seria injusto.

– Você está resfriada? Bella meu Pai é medico, isso não é motivo e sim desculpa.

– Não Edward. Compreenda-me. Não é tão simples assim.

Ela balançava a cabeça, e então começou a chorar.

– Eu queria poder dizer que tudo irá acabar bem... Mas não.

Ela me olhou, com as lagrimas escorrendo.