O Rockeiro E A Patricinha escrita por Jeh Drager


Capítulo 22
Já é hora de conversar


Notas iniciais do capítulo

Hey! Nesse cap voltei um pouco mais para Jason e o pai, já que nos últimos estive mais em Jason e Sam. Vou ir variando aos poucos =) Aproveitem...



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Eles chegam ao hospital, Sam entra no quarto do irmão, Jason fica na sala de espera, Sam queria que ele entrasse junto, mas ele achou que seria melhor não.

Depois de cerca de 40 minutos Sam saiu de lá.

-vamos? – ela estava normal, mas o rosto avermelhado revelava que ela tinha chorado, mesmo assim, Jason achou melhor não comentar.

-vamos – disse Jason. Eles voltaram em silêncio. Jason nunca foi de falar muito, e Sam não estava com a mínima vontade disso.

Eles pararam em frente ao orfanato, Sam estava de cabeça baixa.

-obrigada, Jason – diz ela e o abraça

-ahnn... De nada – diz Jason

-nos vemos amanhã na escola? – pergunta Sam. Jason assente com a cabeça – tchau...

-tchau... – diz Jason e vai embora

Jason chega à sua casa em pouco menos de 20 minutos, Drew estava deitado no sofá assistindo televisão.

-e aí? Como foi o encontro? – provoca Drew, mas é, mais uma vez, ignorado pelo irmão que vai direto para o quarto.

Jason se joga na cama e fica ouvindo música, alguns achariam que ficar jogado na cama por horas apenas escutando musicas era pura falta do que fazer, mas era um meio de pensar, milhões de coisas se passavam na cabeça de Jason, todos os dias, alguns assuntos eram sérios, mas às vezes eram coisas sem a menor importância, só para não ficar com a mente vazia, por exemplo, por que temos umbigo... Ou, às vezes ele viajava nas músicas, imaginando clipes, shows e percebendo como algumas letras combinavam com sua vida e o mundo...

Depois de umas três horas, Marcio chegou a casa e foi falar com Jason. Tentou abrir a porta, mas estava trancada, então bateu. Jason levantou da cama e foi abrir a porta.

-precisamos conversar – diz Marcio. Jason tira os fones e senta-se na cama.

-o que foi? – pergunta ele. Marcio fecha a porta e senta-se na cadeira do computador virado de frente para Jason.

-você sabe o que foi... Dês de que você fugiu não tivemos tempo de falar sobre o assunto ainda... – diz Marcio. Jason fica em silêncio – tudo bem, eu começo... Onde estava com a cabeça? Quer dizer, se você não tivesse ido ao hospital vai saber onde estaria agora...

-provavelmente estaria em casa mesmo, tem gente que me conhece em todo lugar...

-ta, mas e se tivesse acontecido alguma coisa? Eu sei que você não tem uma das melhores famas na cidade, Jason, sabe quantas vezes já ouvi reclamações de você e de suas brigas por aí? Você não é um daqueles caras que pode andar por aí sem ser percebido...

-podia ter acontecido, mas não aconteceu, ta bem? – diz Jason cruzando os braços

-eu não estou aqui para brigar com você, garoto – garoto, seu pai não o chamava assim fazia uns quatro anos – eu quero apenas conversar, ok? – Jason fica em silêncio – quanto tempo iria continuar com isso? Sem dinheiro, sem lugar para dormir...

-eu sabia que não iria demorar a me acharem... Ia ficar por aí só até me acharem...

-ta, e a garota? – pergunta Marcio – quem é?

-a Sam? Eu tava passando e ela me pediu ajuda para voltar para casa, disse que o irmão dela tinha sido sequestrado, então eu a levei até a casa dela e passei a noite lá, no outro dia ela passou mal e eu a levei ao hospital...

-então uma menina que você nunca viu pede para você levá-la a um lugar onde você nunca esteve e você a leva sem mais nem menos?

-isso – diz Jason

-e se fosse uma armadilha?

-mas não era... – diz Jason

-eu sei, mas e se fosse? – insiste Marcio

-não era, então, isso não importa... – diz Jason

-ah, tudo bem... A garota, Sam, está estudando na sua turma?

-não, é na Herkey, mas não na minha turma...

-tudo bem – suspira Marcio – agora outra coisa. O colégio militar.

-você vai mesmo me mandar para lá?

-sinceramente, não sei mais o que fazer, Jason, a sua mãe... – Jason levanta a cabeça e lança um olhar desaprovador para o pai, Marcio já sabia o que significava, via aquele olhar dês de que havia se casado com Ketlin, Jason não a odiava, mas não aceitava que ela substituísse sua mãe – caham... A Ketlin quer que você vá, principalmente depois que você fugiu, mas... O que você quer que eu faça? – pergunta Marcio

-eu queria ter uma resposta pra isso... – diz Jason olhando para o chão

-olha, ela acha que você é rebelde por que você não tem nada para fazer, e eu tenho uma proposta para te fazer... – diz Marcio. Jason faz um sinal com a mão “prossiga” – sabe a sua colega que veio fazer o trabalho aqui em casa aquele dia, a Kim?

-o que tem ela? – pergunta Jason

-o pai dela trabalha comigo e hoje estávamos conversando e ele disse que tem uma mercearia e que a Kim foi trabalhar lá, ele disse que precisa de mais alguém e eu falei que ia perguntar para você se não queria ir trabalhar lá, como menor aprendiz... O dinheiro será seu, não irei mexer com ele, paga um salário mínimo... O que você acha?

-eu não sei... Onde é a mercearia?

-ela fica a umas três quadras da Herkey...

-eu preciso pensar... – diz Jason

-tudo bem – diz Marcio levantando-se – mas é isso, ou o colégio militar... – ele vai até a porta – logo venho te chamar para jantar... – diz Marcio e sai do quarto.

Jason põe os fones e deita-se novamente, agora pensando sobre o emprego e o colégio militar... Um emprego não seria tão ruim, e ele ainda ganharia dinheiro.

“não posso ir para um colégio militar, não posso me transformar num pirralho que sofre bullying, esses colégios pegam pesado e acho que por mais que eu resista isso vai acabar acontecendo... Um emprego, se a Kim ta nessa, acho que seria trabalhar meio período, das 13h30min até às 17h30min, 18 horas... Uma grana extra não seria ruim...”.

Ele pensa mais um pouco e chega a uma conclusão obvia: Ele ia aceitar o emprego.

-mano! – grita Drew da cozinha – vem jantar!

-mano... – repete Jason – pff... – ele vai jantar.


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Notas finais do capítulo

E aí, como ficou? Deixem reviews =)

Previsão para próximo cap: Jason/Kim



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