Sam chegou ao orfanato, todos a olharam, em especial um grupo de meninos com em média 15 anos. Ela não se sentia bem sendo o centro das atenções, mas tentou manter a calma e se apresentar (como Helena disse que ela teria que fazer).

-olá, meu nome é Sam, eu tenho 14 anos, e... Ah, esquece, vocês não precisam saber mais que isso – disse e olhou para Helena – onde é meu quarto?

-por aqui – disse Helena e entrou num corredor, Sam a seguiu. Alguns gostaram dela, outros a acharam uma metida, mas apenas um deles entendia que Sam devia ter passado por algo péssimo e que não queria estar ali naquele momento...

O quarto de Sam tinha duas beliches. E os quartos eram mistos, ou seja, eles não separavam os meninos das meninas, pelo que Sam percebeu dividiria o quarto com dois meninos, ou talvez alguma garota gostasse muito dos Power Rangers ou de azul, vai saber...

-você pode guardar suas coisas ali, vou chamar seus colegas de quarto para conhecê-la – disse Helena e saiu do quarto, Sam começou a guardar suas coisas. De repente entraram dois meninos no quarto, um deles era um pouco mais alto que Sam, o outro ainda era uma criança, bem pequeno.

-oi! – disse o menor sorrindo – eu sou Charles, tenho sete anos!

-e eu sou Leonardo, Leo se preferir, tenho 15...

-ah, oi Charles, oi Leo... – diz Sam

-olha Leo, ela é bem bonita, não era você que tava esperando uma menina bonita entrar no orfanato só para ficar no nosso quarto e você poder... – Leo tampa a boca de Charles com a mão, estava corado.

-me desculpe pelo Charles, ele é mesmo assim... – disse forçando um sorriso

-ah, não, ta tudo bem... – diz Sam – tem alguma lanchonete ou algo assim aqui ou aqui perto? – pergunta – é que fazem dois dias que não como nada...

-temos um refeitório, venha, vou te mostrar – diz Leo e sai do quarto seguido de Sam – bem, é aqui! – diz Leo e abre as portas do refeitório, o jantar sai daqui a pouco, mas você pode comer alguma coisa antes... – diz ele e pega uma maçã da cesta – aqui, pegue uma fruta – Sam aceita, vai até a pia lava e da uma mordida na maçã.

-Leo, que horas são? – pergunta Sam ao se tocar de “quase na hora da janta”

-ahnn – ele olha para seu relógio de pulso – faltam 10 minutos para as 7h

-hoje é terça? – pergunta ela

-não, amanhã é terça... Por quê?

-nada não, só pra mim me localizar aqui...

-ah ta... – diz ele e sorri – onde você vai estudar agora que se mudou para cá?

-acho vou pedir para ver a bolsa para a Herkey... Eles dão aquela semana-teste ali?

-sim. Seria bem legal, eu sou um dos bolsistas da Herkey, eu e a Diana que ta na 7ª.

-é... Você ta no primeiro ano do ensino médio? – pergunta Sam

-sim... Você conhece alguém de lá?

-sim, e por falar nisso, conhece algum Jason? – pergunta Sam

-Jason... Rossetti?

-acho que sim...

-ele é bem famosinho no colégio, encrenqueiro... Eu o conheço só de vista, ele ta no 1A e eu no 1B... Estudo com o irmão dele, Drew... Ele é seu amigo?

-pode-se dizer que sim – Sam força um sorriso

-ah, entendi... – diz Leo

-o que? – pergunta Sam meio confusa

-ele é seu namorado, não é?

-o que? Não! Ele é só um conhecido que viraria amigo se... Ah nada esquece...

-ahnn... Tudo bem...

No dia seguinte Sam é acordada 6h30min, junto com todos os outros para tomar café.

-e como é, Sam? Já decidiu onde vai estudar? – pergunta Helena sentando-se a mesa

-eu posso fazer a semana-teste na Herkey?

-claro, vamos lá hoje mesmo! – diz Helena sorrindo – vamos junto com o Leonardo e a Diana, você está em que série mesmo?

-oitava... – diz Sam. Depois do café da manhã eles caminham até a Herkey.

Depois de falar com o diretor, Sam vai dar uma volta pela escola até que Helena termine de negociar com o diretor, Leo e Diana já tinham ido para lá, e Sam estava procurando Jason, ou, pelo menos Drew, imaginou que ele fosse parecido com Jason, mas estava difícil achar alguém, afinal, a escola era gigante, quando olha para o portão, Jason está entrando na companhia de um homem alto de cabelos loiros e um garoto também loiro, o pai dele e Drew, imagina Sam. O homem vai embora e Drew vai para perto de uns garotos que estavam conversando perto do portão.

-Jason! – grita Sam, corre em sua direção e pula em cima dele. Quando Jason percebe está deitado no chão com Sam sentada em seu tórax.

-Sam? – pergunta Jason, sem se levantar – o que você ta fazendo aqui?

-vim te ver – disse sorrindo como uma criança

-hum... Ok, da pra sair de cima de mim? Ta todo mundo olhando... – diz Jason

-hã? – Sam olha para os lados, estavam mesmo todos olhando – ah, me desculpa, Jason – diz e se levanta rapidamente – tudo bem?

-sim, quer dizer, fora o fato de estarmos nesse inferno sim, e você?

-também, o Eric entrou em coma... – diz Sam olhando para baixo

-eu lamento... – diz Jason. Sam o abraça.

-obrigada, obrigada mesmo... – diz ela

-pelo que? Eu não fiz nada...

-nada? Você me protegeu o final de semana inteiro e ainda por cima me levou ao hospital mesmo sabendo que seria visto e dedurado... – diz Sam e o abraça mais forte.

-não foi nada... – diz Jason e abraça Sam. Em volta alguns olhavam com uma cara de “ownn” alguns só para tentar irritar Jason, outros acharam fofinho mesmo.

-ei, você vai ir para o tal colégio militar? – pergunta Sam

-não, vou ficar aqui mesmo...

-então eu também vou – diz Sam sorrindo

-legal! Você ta em que turma? – pergunta Jason

-não sei ainda, 8A ou 8B provavelmente...

-ah é, você só tem 14... – diz Jason

-sim... Aquele garoto que chegou com você é o seu irmão?

-sim, o nome dele é Drew... E o cara que me trouxe é meu pai, Marcio, que agora me vigia como um louco... – disse revirando os olhos. Sam ri

-me apresenta seus amigos... – diz Sam

-bom... Na verdade eu não tenho... – Sam ri

-eu também não tinha... Então me mostra a escola...

-ta – diz Jason e eles começam a andar pelo colégio...