With Me escrita por Factory Girl


Capítulo 6
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bem curtinho... Não sei se era realmente necessário, mas eu comecei á escrever, e acabou ficando muito grande pra colocar junto com o próximo capítulo, então tive que fazer um separado.
Enjoy!!!



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CPOV

– Foi... Um prazer conhecê-lo, senhor Mikaelson – falei, sorrindo suavemente enquanto Kol sorria e beijava a minha mão. Estávamos na varanda da frente da pensão, e eu podia perceber como ele hesitava em partir.

Após várias horas de conversa, algumas taças de champanhe, e incontáveis danças, lentas e agitadas, Kol havia se oferecido para me trazer para casa. Eu estava satisfeita com os progressos da noite, mas não podia deixar de me sentir péssima a cada olhar de Damon que eu interceptava.

Eu precisava admitir que Kol havia sido perfeitamente polido e educado durante toda a noite, e que não havia tentado me beijar outra vez, mas isso não queria dizer que gostava dele.

Eu nunca poderia me afeiçoar a ninguém daquela família, não sabendo de tudo que já haviam feito para machucar pessoas inocentes.

– Tem certeza que não quer passar a noite em minha casa? Algo me diz que os Salvatore não serão muito gentis com você – insistiu, alertando-me com os olhos.

– Não acho que seria adequado, mas obrigada, novamente, Kol – recuei, sorrindo aristocraticamente e me apressando em tentar ser o mais gentil possível. – Mas espero que nos encontremos novamente.

– Ah, eu tenho certeza que vamos... Adeus, senhorita Fell – disse ele, recuando enquanto eu me aproximava mais da grande porta de madeira escura, minha mão pairando sobre a maçaneta.

– Adeus Kol – me despedi, sorrindo ao abrir a porta e fechá-la atrás de mim assim que deslizei para dentro, respirando fundo e correndo meus olhos pelo hall de entrada e a escadaria. A casa parecia vazia, completamente escura e apagada.

Ao fundo, ouvi o carro de Kol dando partida e o som baixo e quase inaudível dos pneus no asfalto, à medida que o carro dobrava a esquina e depois voava na direção oposta ao centro.

– Charlotte? – ouvi Stefan sussurrar, e tudo o que podia ver no escuro era seu vulto, descendo as escadas.

Tudo se acendeu em um segundo, e me vi forçada a colocar a mão na frente dos olhos, em uma tentativa de fazer sombra novamente, retirando-a à medida que meus olhos se acostumavam à claridade.

– Stefan, oi – murmurei de volta, sem muito entusiasmo. A cota de fingimento do dia já havia sido batida há muitas horas atrás. – Pensei que a casa estivesse vazia. – Na verdade, eu sabia que havia alguém ali. Meus novos super-sentidos de vampira me davam esse poder, mas eu ainda não entendia isso muito bem, e não era o tipo de coisa que eu queria discutir agora.

– Eu estava lá em cima, esperando você chegar. Imaginei que talvez fosse convidar Kol para entrar, e se fosse assim, eu não queria atrapalhar – explicou, andando até mim. – Você foi simplesmente fantástica! Eu não poderia pensar em nada melhor que seduzi-lo, foi... Foi... Foi simplesmente genial! – explodiu ele, se permitindo falar em voz alta agora que Kol provavelmente não podia mais nos ouvir.

Tentei forçar-lhe um sorriso, mas não deve ter sido muito convincente, por que sua expressão desabou e ele tomou minhas mãos entre as suas, segurando-as suavemente.

– Sinto muito por ter que fazer isso. Eu não pediria à você se...

– Ele está em casa? – interrompi-o, suspirando e permitindo que meus ombros caíssem um pouco, derrotada e magoada.

– Não, ainda não chegou – respondeu, sem precisar de maiores explicações. Era óbvio que eu falava de Damon.

– Stefan, você sabe que eu te amo, não é? – falei, segurando suas mãos. – Sabe que estou fazendo isso por você, e pela segurança de todos que ama, não sabe? – continuei, antes que ele pudesse responder a primeira pergunta.

– Eu sei Char. Eu também te amo, sabe disso. Tanto quanto amo Damon, e é por isso que me martirizo tanto vendo os dois sofrendo tanto...

– Stefan, eu posso ter conseguido essa noite – interrompi mais uma vez, minha testa vincada devido à preocupação que eu sabia ter razão em ter. – Eu mantive minha expressão fria, todas as vezes que o vi olhando para nós com aqueles olhos... Eu disse o que me pediu para dizer, e nunca me senti tão desesperada desde aquela vez, no cemitério. Eu posso ter conseguido, mas... Eu não posso fazer isso, Stefan. Eu não posso mentir assim, não para ele! – falei, ao passo que Stefan me olhava com uma expressão que me dizia que ele já sabia onde eu queria chegar. Mesmo assim, eu disse:

– Damon tem que saber. Ele tem que saber que nada disso é verdade...

– Char, eu não sei, eu... Damon tem um longo histórico de colocar tudo a perder, eu não sei se... – começou a negar, mas eu não deixei que terminasse, poupando-lhe tempo enquanto ele tentava me apresentar argumentos que, no final, não chegariam nem perto de me convencer.

– Não está aberto à discussão, ou negociação, Stefan! Eu não estou pedindo permissão. Ou Damon faz parte disso, ou esse plano maluco acaba aqui! – exclamei, utilizando o tom autoritário e incisivo que costumava usar com ele quando era pequeno e se recusava a fazer alguma coisa.

– Tudo bem, quer que eu conte a ele? – perguntou, e tive vontade de sorrir com o efeito imediato que minhas palavras haviam causado nele, mas me controlei, me contentando em respondê-lo, apenas.

– Não, eu faço isso. Tenho que me desculpar... – disse, suspirando e puxando minha máscara do rosto, entregando-a a Stefan.

– Certo, agora vamos, deve estar cansada. Você explica tudo pela manhã – disse, apoiando a mão nas minhas costas e começando a me dirigir para as escadas, mas não me movi, dando um, dois, três passos para trás, em direção à porta.

– Não! Eu preciso falar com ele hoje Stefan. Agora! Eu preciso me explicar, não posso deixá-lo passar a noite pensando que...! – Não consegui terminar o que dizia, mas isso não fazia diferença. Eu ainda queria encontrar Damon essa noite, e eu sempre conseguia o que queria.

– Char, Damon não costuma voltar para casa em... Noites como essa – alertou Stefan, mesmo sabendo que aquilo não me impediria.

– Bom, eu vou esperar então! – respondi firmemente, cruzando os braços com força em meu peito. – Boa noite Stefan – falei, descruzando os braços e andando até a figura, alta e forte demais do meu garotinho, que agora abria a boca em um bocejo, abraçando-o.

– Boa noite Char – disse ele, beijando o topo da minha cabeça antes de desaparecer escada à cima.

Ali, em pé no hall de entrada da pensão dos Salvatore, me sentindo culpada, magoada, animada e orgulhosa ao mesmo tempo, eu tive um pequeno momento de “iluminação”.

Damon não voltaria para casa tão cedo, Stefan havia previsto, mas talvez isso não fosse necessário por que, talvez, eu fosse a única que tivesse uma ligeira ideia de onde ele pudesse estar.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Acho que eu mereço alguns né? Pretty, pretty please??



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