Viagem Ao Centro De Clara escrita por Chona


Capítulo 5
Capítulo 5: Trocando o carro


Notas iniciais do capítulo

Oh meu Deus! Desculpem por ter demorado tanto pra postar. Eu fiquei sem internet, e bom o ultimo capítulo não teve muitos comentários. Admito ter desanimado, mas já passou. Mesmo não tendo os tais comentários, a história me agrada então eu continuarei postando. Esse capítulo é meio inútil hahaahaha sério. Só que eu gosto dele então..
pretendo escrever mais um e postar o que eu tenho já escrito ainda hoje, ou amanha(05/02).
Queria avisar também(pra ninguém, mas é só um detalhe.) que entre os 08/02 e.. não sei qual o outro, mas é na quarta feira seguinte à esse dia, eu vou viajar portanto não terá posts DDDDDDDDDDDDDDD: triste né! Enfim, isso já ta grande. Espero que gostem. Au revoir!
Beijos,
Thay.



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Uma semana se passou desde minha última conversa com o meu pai. Foi a conversa mais inspiradora que eu já tive. A conversa me encheu de vontade de sumir. Mas não sumir no sentido de me trancar numa caixa de papelão e ser enviada pra Áustria. Sumir no sentido de dar um tempo disso tudo. Só dar um tempo, porque sei que a dor ou a culpa, muito menos a saudade, vai sumir. Eu só não sei o que fazer pra isso.

- Clara!Clara! Oh cacete olha aqui! – me virei e vi meu pai boca-suja correndo na calçada em minha direção. – Nossa! Tá precisando tirar a cera do ouvido hein? Credo. – ele tinha a respiração descompassada pela “corrida”.

- Pai vai com calma na hora de se exercitar ok? Quer que chame o médico? – brinquei.

- Você é tão engraçada. Eu até daria um chute nessa sua bunda magra, mas minhas pernas estão doloridas. A gente deixa isso pra depois.

- Claro, quer marcar horário? – dei um riso frouxo.

- Ok parou. Sou seu pai, me respeita. – ele tentou fazer cara de bravo, falhou. Meu pai podia ser qualquer coisa no universo, menos bravo. Ele não chegava nem perto de irritado. O contrário de mim que nunca fui paciente nem nada do tipo. – Você ta fazendo o que aqui? Tá longe de casa hein?!

- Vim dar uma volta na reserva. – dei de ombros.

- Ata. Vem cá me dar um abraço vem vareta. – rolei os olhos e me aproximei dele, que rapidamente me envolveu nos seus braços peludos. Carente. – Nossa. Como você está magra. Ta precisando come... que cheiro é esse Clara? Você tava fumando? – começou a cheirar meu cabelo. – Você tava fumando maconha Clara?

- O que? Ah! Não! Não!

- Então que cheiro é esse no seu cabelo? – ele tinha um tom de deboche na voz.

- Tinha um grupo lá na reserva... eles estavam fumando e eu passei perto. Só isso.

- Essa é sua melhor desculpa? Até na época da minha adolescência, que já passou faz tempo, a gente tinha umas respostas mais convincentes, Clara. Porra até eu já dei desculpas melhores que essa. – ele parecia decepcionado. Vai entender né!

Meu pai era dono de uma confeitaria. Bom ele era dono de várias, e uma delas, a preferida dele, ficava perto da reserva. Um tempo depois ele disse que teria que voltar pra loja e, eu não demorei muito por lá também. Parei pra encher o tanque do carro num posto perto do centro da cidade. Eu tive que atravessar a cidade praticamente, pra ir à reserva.

- Quer que cheque o óleo e dê de brinde um polimento na lataria?

- Vai demorar?

- Coisa de 15 minutos senhora. Temos uma lanchonete e locadora aqui, caso queira passar o tempo enquanto isso.

A locadora deles só tinha filme antigo. Não que eu não goste, mas é que eu já tinha visto a maioria. Entrei na lanchonete e fui em direção ao balcão. Assim que pedi um café e uma revista, peguei meu copo e fui em direção ao carro. Já tinha passado os 15 minutos,sempre perco noção de tempo vendo filme, então meu carro estava parado em um canto. Fizeram um péssimo trabalho. Parece que ele tá até mais sujo. Ainda bem que não paguei por nada disso. Fui até lá e tentei abrir a porta mas a chave não rodava. Tentei mais umas 5 vezes mas de nada adiantava.

- Ei! Para já com isso! – um cara começou a gritar comigo.

- Por que eu faria isso? Se mete com a tua vida. – gritei de volta. Ele chegou mais perto de mim.

- Esse carro é meu!

- Não, esse carro é meu!

- Não é não. Ele é meu! Você tá louca?

- Eu ficando louca? Você tá falando que o MEU carro é teu! O louco aqui é você! E ainda fica gritando com os outros. Falta de educação.

- Mas você ta tentando me roubar caramba! – avançou pra cima de mim. Eu recuei.

- Eu tentando roubar o meu próprio carro? – disse irônica.

- Esse não é o seu garota. Qual parte você não entendeu?

- Olha aqui cara. Esse carro é meu. Sou capaz de reconhecer meu carro. Eu não to afim de brigar com ning....

- Ah você conhece seu carro? Então me diz qual é a placa do teu carro. – ele cruzou os braços na frente no peito.

- GVH-0251. Rá! – eu fiz esse rá, feito uma garotinha de 8 anos? Mesmo?

- Pode chegar aqui na frente, por favor? – ele parou na frente do carro com um sorriso no rosto. Andei até o seu lado, levantando as sobrancelhas. – Você pode ler qual é essa placa, por favor?

- KJL-52.. mas..meu carro..é... – franzi o cenho.

- Não sei se você sabe, mas existem muitos carros do mesmo modelo.

- Então..se esse é o seu carro cadê o meu? Ai meu Deus eu fui roubada! – arregalei os olhos. - Puta merda meu pai vai me matar! Caralho! Eu to fodidamente ferrada. - passei a mão no meu cabelo.

- Acho que não. – ele disse.

- Ah, você acha que não? Por que você teria de achar alguma coisa? E sabe de uma outra coisa? A culpa é sua!

- Minha?

- É. Sua. Se você não tivesse me distraído com esse lance de carro eu teria visto a pessoa roubando o meu. Existem tantos postos de gasolina na cidade e você tem que vir pra esse? Com o carro igual ao meu?

- O mesmo vale pra você. – ele disse, em seguida balançou a cabeça negativamente. – E o seu carro tá ali, louca.

Virei, e lá estava ele, brilhando.

- Oh, é verdade. Aquele é meu carro.

- Foi o que eu disse. – agora eu estou envergonhada. Respirei fundo e me virei pra ele novamente. O filho da mãe tinha um sorriso extremamente idiota no rosto. Revirei os olhos.

- Eu até ia deixar pra lá. Sair sem falar nada sabe? Mas pra te mostrar um pouco da minha boa educação eu vou pedir desculpas. – dei um sorriso forçado, sem esconder que era de má vontade.

- E então? To esperando. – ele parecia estar se divertindo.

- Esperando o que? Eu já pedi desculpas. – disse óbvio.

- Quando? Eu não escutei nada do tipo: “oh, por favor, seu lindo de olhos verdes me desculpa. Eu fui uma idiota.” – forçou uma voz de menina. De travesti na verdade, porque menina não fala assim.

- Idiota. – murmurei. – Desculpa. – disse de má vontade. Mal abrindo a boca. Ele sorriu satisfeito.

- Não foi como eu esperava mas vou aceitar isso. – ele piscou pra mim.

- Vá pro inferno. – sorri e pisquei pra ele. Dando as costas e entrando no meu carro sem olhar pra trás.

Cheguei em casa tomei um banho e fui ver filme. Fiquei esparramada na minha cama a noite toda.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Comentem!!!!!!!!