- Gente, agora chega. Eu não vou beber mais nenhuma gota de álcool ok? – eu estava com dificuldades pra ser clara mas não ia admitir isso. –

  - Ah qual é Clarinha?! Vai negar bebida agora? – ele disse com um sorriso de lado. Eu tenho certeza que aquele sorriso fica bem somente nele. Ele era bonito demais.  – Desde quando isso?

  - Desde quando eu tenho que levar a gente pra casa seu imbecil. – sorri pra ele. Ele acenou e virou pra falar com a Gabriela que eu não ouvi o que era.

   Levantei e fui ao bar pegar a chave do banheiro. Eu tinha bebido demais. Bom nem era tanto assim, já bebi muito mais, só que eu realmente não quero estragar o carro lindo que acabei de ganhar. 

    Fui ao banheiro e no caminho da volta, alguém entra na minha frente me fazendo bater em seu peito. Olhei pra cima e vi aquele sorriso que eu tanto gostava.

  - Você está impedindo minha passagem Caio.

  - E o que você vai fazer tampinha? Me bater? – neguei e me desviei dele, antes de dois passos dados ele me segurou pelo cotovelo e empurrou, pra uma parede. – Não tão depressa. Não quero te deixar ir.

  - Caio, Caio. Eu disse pra você não se apaixonar. – ele gargalhou.

  - Esse risco eu não corro. Já você.. - não completou a frase e se inclinou na minha direção, tomando meus lábios em um beijo feroz. Uma de suas mãos estava na minha nuca, me puxando ainda mais pra ele. A outra estava na minha cintura, apertando. Sem contar na perna dele que estava no meio das minhas e ficava roçando no interior das minhas coxas.

   Meus braços estavam enlaçados no seu pescoço e as mãos bagunçando os lindos cachos loiros. Bom estava tudo muito bom, até que começou a ficar melhor ainda sabe? E sempre tem um filho da puta pra estragar quando coisas ficam boas demais.

   - Ow. Vão pra um quarto, seus ninfos. – Diego apareceu me separando dele. Nós dois estávamos com os lábios vermelhos.

    Caio, que não gostou nem um pouco de ser interrompido, logo se sentou a mesa com nossos amigos. Se tirassem uma foto dele agora, seria a capa de uma revista. O nome da matéria seria: “Frustração Sexual”.

    Seria engraçado se ele não ficasse me olhando como se eu fosse a carne do jantar e ele ainda estava no café da tarde.

  - Para de olhar ela assim Caio. Credo. Está me dando medo. – Amanda que estava sentada ao meu lado disse.

    Mas ele não parou. Ficou assim até a hora em que saímos do bar.