“Oi Brenda..

            Tudo bem? Eu sei que é estranho eu escrever pra você, mas é que eu vi que você e o Bill conversavam por e-mail, e como você pretende vir pra cá final do ano, eu decidi fazer uma surpresa ao Bill, e mostrar como estamos amigos..pra não acontecer mais o que estava acontecendo ai no Brasil..se você estiver de acordo, agente poderia conversar por e-mails sem o Bill saber e depois agente mostrava pra ele que já somos família..pode ser? Eu sei que é estranho eu te pedir isso, mas é que eu e meu irmão nunca mais voltamos a ser o que era depois de irmos ai no Brasil, e eu acho que é por causa disso..mas sei lá, é uma tentativa..ta?
            Mas me conta uma coisa, como andam as coisas ai no Brasil, você ta conseguindo tirar a nacionalidade? No final do ano quanto tempo você ficará com agente? E a sua faculdade, ta conseguindo estudar? Bom eu acho que isso pode ser o começo da nossa amizade..o quê que você acha?
Tom.”
            Brenda não entendia o porque, mas o Tom estava a tratando bem..Isso a fez lembrar do dia em que estavam indo embora, e que ele foi se despedir dela no aeroporto, e ela o ignorou de certa forma, mas agora parecia que ele nem se importava. “O que será que esta acontecendo? E se eu contar pro Bill será que pode dar certo? Mas o Tom pediu pra não fazer isso, e agora o que eu faço?..”
            Logo ela sentiu sono e decidiu ir dormir, assim pensaria melhor e no outro dia responderia aquele e-mail, pois não fazia idéia do que era certo ela fazer agora.

*Na Itália*
            Tom estava impaciente, não sabia se tinha feito a coisa certa ao mandar aquele e-mail pra Brenda, mas não havia outra forma de saber se não arriscar, o problema seria se ela contasse pro Bill, e ele descobrisse que o Tom pegou o e-mail em seu computador.
            “E agora, será que ela já leu? Será que vai responder logo? E se ela não responder? E se ela contar pro Bill? Droga quanta pergunta e nenhuma solução..to ficando doido”. Tom olha no relógio e vê que já ta tarde, estava quase amanhecendo, então decide tomar um banho e sair pra caminhar, pois há essa hora ninguém o veria, e ele poderia espairece um pouco.
            Quando Tom saiu do hotel, pois eles estavam na Itália, viu uma menina dormindo do outro lado da rua, no chão, apenas coberta por um jornal, ele achou estranho pois já havia estado ali antes e nunca tinha visto nenhum morador de rua, ainda mais uma menina, que deveria ter uns 17 anos. Tom caminhou até ela e parou ao seu lado, pois escutou barulho de choro, não percebeu mas o barulho vinha da menina, ele não sabia o que fazer, estava curioso pra entender o que estava acontecendo ali.
--Oi, tudo bem com você? – Tom se abaixava do lado da menina, e fazia menção de tocar seu rosto, mas a guria se esquivou ainda mais e não o respondeu. – Hey calma, ta tudo bem, eu só gostaria de conversar com você..pode ser?
            A menina se virou e o olhou sem entender o porque dele estar fazendo aquilo, mas apenas se sentou e ficou o olhando, esperando que ele fizesse algo. Mas Tom estava sem reação, o olhos da meninas eram negros e enormes, pareciam estar assustados, o que deixou Tom preocupado, havia marcas de unhas no rosto bem desenhado da menina, e ela estava toda suja. Tom não pensou duas vezes e pegou em sua mão a levando para um banco ali perto.
            A rua estava vazia, apenas um ou outro passavam, mas nem os notaram, pois os que passavam estavam a trabalho. A menina aceitou ir com Tom, mas ela parecia mais assustada agora do que antes, e ele estava começando a ficar mais preocupado.

--Han, eu sou o Tom Kaulitz, e te vi ali e fiquei preocupado..ainda mais depois que te vi chorando..então será que agente pode conversar?