Fiquei rubra, claro. Do jeito que sou tímida e, todos esses anos sem um amigo do lado, fiquei assim.

Levantei, puxei a sua mão e o levei para fora da caverna.

— Você está gelado... — Tentei trocar de assunto, mas acho que não deu muito certo... — Fique aí tomando sol.

Subi meu cachecol, peguei Alfred de dentro da caverna e sentei de baixo de uma árvore. Enquanto o pequeno se aquecia, fiquei pensando sobre o que ocorreu. Estava fitando Alfred quando me lembro: OS PORCOS!

— Creeper, tenho que dar um saída. Você prefere ficar aqui e esperar ou vir comigo?

— Acho que prefiro ir com você, não gosssto de ficar ssozinho no meio do nada...

— Então venha, pode demorar um pouco...

— Vamosss logo então! — O Creeper olhou para mim com um pequeno sorriso e eu o respondi:

— Vamos! — Quando eu disse isso ele segurou minha mão... Estava afundando meu rosto no cachecol de novo...

Estávamos caminhando, e eu reparava que ele parecia mais feliz... Ele percebeu que eu estava o olhando, fiquei envergonhada e virei a cabeça para outra direção rapidamente.

— Ender...? Tudo bem?

— S-Sim... Ahm... como posso te chamar? — Ainda não tinha perguntado isso.

— De ''Creeper'' messsmo, eu não tenho nome. Meus paiss ssão... — Seu rosto ficou com uma feição triste — ... eram ''dass antigass''. — Ele respondeu.

Droga, eu faço tudo errado... Eu devia pensar duas vezes antes de perguntar...

Chegamos até os porquinhos, precisava de mais cenouras...

— Precisamos de cenouras... Ah, uma vila... — Avistei uma vila de longe e fui até ela.

Recolhi algumas cenouras sem chamar atenção, mas quando voltei... cadê o Creeper?

— Eu trouxe as cenouras... Creeper? ...

Comecei a procurá-lo, mas... eu não o achei em nenhum lugar. Estava começando a entardecer de novo e ele não estava do meu lado...

— Pequeno... cadê você?

Meus olhos encheram de lágrimas...