I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 8
Atendo ou não atendo?


Notas iniciais do capítulo

oooooi. Boa leitura :3



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Acordei com um braço em cima da minha cintura. Tentei olhar pra trás e a gente tava dormindo de conchinha. Corei violentamente. Acho que fiquei mais vermelha que a cor da roupa do Papai Noel. Tirei o braço dele da minha cintura e peguei meu celular vendo as horas. Quase meio dia. Fui no banheiro, escovei os dentes e penteei o cabelo. Voltei pro quarto e comecei a cutucar o braço dele de leve.

- Turner, acorda. – Ele nem se moveu. Sacudi ele.

- Hm?

- Acorda.

- To acordando.

- Já é quase meio dia. – Ele abriu os olhos e ficou olhando pra mim. – Vai, se mexe, garoto. – Disse rindo.

- Bom dia. – Ele levantou, me deu um beijo na bochecha e foi em direção ao banheiro. Se eu estranhei? Não, não. Imagina. Só sei que eu corei porque depois ele deu uma risadinha. Arrumei a cama e ele saiu de lá.

- Vem tomar café. – Eu to com a leve impressão de que ele tá dormindo ainda, porque acreditem, parece. Descemos e a mãe dele tava na cozinha. – Bom dia, mãe. Bom dia, pai.

- Bom dia, senhor e senhora Turner. – Juro que eles quase tiveram um troço quando me viram. Olhei pro Jason sem saber o que falar.

- Não é isso que vocês tão pensando, pelo amor... – Ele disse fazendo careta e eu fiz também.

- É o que então? Super normal uma menina dormir no seu quarto. – A Senhora Turner disse vermelha já.

- Eu tinha saído com um amigo só que ele me deixou sozinha numa festa e eu acabei de me mudar. Não conhecia ninguém. E a única casa perto era a dele.

- Mesmo? – Ela perguntou de novo olhando bem pra mim.

- Mesmo.

- Graças a Deus! – Ela disse suspirando aliviada. – Você é a única amiga descente que o Jason tem. Já achei que tinha me enganado. – Ri fraco. – Mas sente-se, querida. – Me sentei e o Jason sentou do meu lado. Eu tava morrendo de vergonha. Enfim, terminamos de comer e ele subiu pra se arrumar.

- É você que vai no show? – O pai dele perguntou.

- Sou sim. – Disse e sorri fraco. Não falei mais nada e os pais dele continuaram conversando normalmente.

- Vamos? – Jason perguntou quando desceu e eu assenti. Dei tchau pros pais dele e saímos.

- Tá animada? – Ele me perguntou quando a gente já tava indo. Sorri.

- Lógico. – Ele sorriu de volta e chegamos na minha casa um tempo depois. – Não vou demorar, ok? – Ele assentiu. Abri a porta e quando cheguamos na sala fiquei roxa de vergonha!

- Mãe! – Ela deu um pulo.

- Ahn... oi. Não sabia que seu amigo ia vim também.

- Óbvio que ele ia vim. Ele que vai me levar. E quem é você? – Perguntei com os braços cruzados pra um homem que tava com ela.

- Ah, ele é o Robert. Essa é minha filha, Jenny e aquele é o amigo dela. – Semicerrei os olhos e ele sorriu fraco. Me deixa explicar. Ela tava quase fazendo filhinho com um cara que eu nunca vi na minha vida no sofá da sala! Podiam ir pro quarto pelo menos.

- Pelo amor de Deus, se vistam. Eu to indo me arrumar. – Subi, tomei banho e coloquei uma roupa confortável. Claro que fui com a blusa da banda, porque né.

Desci e o Jason ainda tava parecendo um pimentão. Pelo o que eu vi, aquele tal Robert não tava mais aqui. Fui até a cozinha e minha mãe tava lá.

- Ai, você expulsou o homem daqui. – Arqueei uma sobrancelha.

- Faça-me o favor né. Tem um quarto lá em cima.

- Eu achei que você ia direto pro show.

- Como se eu não tinha roupa?

- Ah é... e o vestido de ontem não é nada confortável também.

- Mesmo se fosse. O corno jogou bebida em mim.

- Eu te falei que...

- Eu sei, você não gosta dele. – Disse a interrompendo. – To indo, mãe.

- Ok, meu amor. Se divirta. – Peguei uma maçã e fui pra sala.

- Quer maçã? – Perguntei pro Jason e ele negou com a cabeça. – To indo. – Berrei pra que ela escutasse.

- Tá bom. Ah, vê se pega alguém lá! – Ela berrou e eu fiquei roxa de vergonha. A criatura do meu lado começou a rir.

- Tá rindo de que?

- Da tua mãe. – Bati no braço dele. – Olha a violência! – Ele começou a dirigir logo depois da gente entrar no carro e ele parar de rir.

- Não ri da minha mãe. Ela é doidinha, mas ainda assim é minha mãe.

- Parece que você é a mãe e ela a filha.

- É, eu sei...

- Não que você pareça uma velha de 40 anos, mas... – Olhei pra ele. – Eu disse que você não se parece.

- Ok, e minha mãe não é velha!

- Ela não tem 40 anos nem fudendo.

- Ela tem 36.

- Uau. Com quantos anos ela te teve?

- 20.

- E o seu pai? – Olhei pra ele.

- Não sei.

- Como não sabe? – Ele disse rindo sem humor.

- Eu nunca tive pai, Turner. – Ele olhou pra mim arqueando uma sobrancelha e não falou nada. – Eu achei que sua mãe ia enfartar hoje de manhã. – Disse rindo fraco.

- Na verdade, eu achei que ela ia me matar! Já tava me vendo sem vida. – Ri fraco de novo e ele também.

- Quanto tempo é daqui até lá?

- Três horas. – Olhei pra janela. A gente tava quase saindo da cidade. Meu celular começou a tocar. Olhei no visor. “Tyler”. Ai senhor... atendo ou não atendo?


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Notas finais do capítulo

Eae, ela atende ou nao? Xoxo :3