I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 65
Epílogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312786/chapter/65

Sete anos se passaram. Minha mãe e o Robert adotaram uma menina. Se chama Angel. Como ela era um neném e a mãe biológica não deu um nome, eu que escolhi lógico. Quer dizer, com o Tyler me infernizando porque achava um absurdo ele "não ter direito de escolha" aqui em casa. Mandei ele pra merda. Mas voltando a minha irmã, hoje ela tem 6 aninhos. É a coisa mais linda que eu já vi! Ela entrou faz dois anos na escolinha e minha mãe já acha que ela tem um namoradinho. Não duvido nada que, quando ela fizer uns 12 anos, ela ganhe um livro sobre sexo assim como eu.

Tyler não casou. Continua o mesmo puto de sempre. Exceto pelo fato de que ele próprio se sustenta, já que mora sozinho. Liam tá com 13 anos. Já tem uma namorada, apesar de ele falar que não. É bonitinha a menina, pelo menos. E todos nós sabemos que ele vai ser um garoto bonito, diferente do irmão que é parecido com filhote de capiroto. Mentira. Mas continuando...

Vocês devem estar querendo saber do Jason. Ele foi pra faculdade. A única sessão de fotos que ele fez foi aquela que eu fui expulsa da sala (deixo claro que eu ainda acho um absurdo isso ter acontecido). Eu fui junto com ele, apesar de que ter que olhar pra cara dele todos os dias foi cruel. Brincadeirinha. Risos. Bom, ele terminou a faculdade faz uns dois anos. Assim como eu.

Devo falar da viagem que fizemos pra Las Vegas há uns 3 anos atrás. Foi uma das viagens mais loucas que eu já fiz. Só fomos nós dois, o Charles e a Ruth. E não, eles não namoram. Mas é uma "pegação eterna". Quando se veem, não se desgrudam. Exótico né. Enfim, na terceira noite resolvemos ir a uma boate. Não teve um dia que não fomos. Acho que nunca dancei tanto na minha vida. E eu já estava louca louquinha, mas ainda conseguia pensar. Jason estava do mesmo jeito que eu. Do nada, ele berra no meu ouvido:

- A gente podia ir pra outro lugar. - Não me chamem de mente poluída, mas eu pensei em um quarto de hotel... só nós dois... entendem? Porém, não era isso.

- Hm... Também acho. - Disse sorrindo maliciosa. Ou tentando, pelas condições em que eu me encontrava. Ele foi me guiando com a mão na minha cintura. Chamou pelo Charles e pela Ruth. - Não to afim de sexo a quatro, Jay.

- Não to falando disso, bobona.

- Tá falando de que? - Entramos os quatro no carro. Charles e Ruth estavam em uma cena deplorável no banco de trás.

- Me responde: quer casar comigo?

- Momento romântico. - Ironizei.

- Você quer? - Ouvimos um gemido lá atrás. - Hey! Maneira aí! - Ele berrou e os dois bufaram.

- De véu e grinalda?

- Olha, não sei se vai ter o véu.

- Mesmo assim, eu quero. - Ele sorriu e me selou. Jason ligou o carro e foi pra algum lugar. Quando ele parou, estávamos na frente de uma capela. - Agora?

- Claro. Você não quer?

- Vai ser perfeito! - Saímos os quatro do carro quase caindo no meio da rua (apesar que a Ruth realmente caiu e eu quase morri de tanto rir) e entramos na capela.

Isso mesmo, galera. Nos casamos em Vegas! Foi incrível! Apesar de o padre perguntar várias vezes se tínhamos certeza porque estávamos sobre o efeito do álcool. Ruth e Charles ficaram o tempo todo se beijando nos bancos do fundos. O padre ainda tirou uma foto com o celular do Jason. Ficou uma coisa horrorosa. Mas o que importa é que nos casamos. Mesmo que a foto tenha sido revelada e esteja em cima da lareira da sala de estar.

Ah! Lola tá um pouco velhinha já. Mas não deixa de ser folgada. Apesar que, quando eu estava grávida, ela passava a cabeça e a patinha na minha barriga, acariciando-a. Uma fofa! Porém, depois que a Sophie nasceu, ela só fazia aquela cara de bunda que todo gato quando não gosta de algo faz. O motivo é que a Sophie amava ficar deitada em cima dela.

Agora, estamos esperando minha mãe chegar. Sophie já tem dois anos e adora puxar o rabo da Lola.

- Ô, menina! Para de puxar o rabo da gata. - Disse e ela riu.

- Pode puxar, princesa! Puxa mesmo! - Jason disse e eu olhei séria pra ele.

- Vou dar um puxão na sua orelha, isso sim! - A Lola não parava de mimar. Peguei ela no colo.

- Que dó de você! - A campainha tocou. Botei a Lola no chão e abri a porta. - Oi meu amor! - Disse pegando a Angel no colo. - Oi mãe e Robert.

- Oi, Jenny. Angel não parou de falar que ia vim puxar o rabo da gata hoje. - Minha mãe disse rindo.

- Jason é um idiota. Ele que fica ensinando as duas a fazer isso.

- Mentira! - Ele berrou do corredor.

- É verdade. Mas enfim, eu to com fome e vamos comer!

- Tem doce de abóbora? - Angel me perguntou.

- Claro que tem. E tem bolo confeitado.

- Que isso?

- Bolo de festa de aniversário. - Fizemos uma comemoração básica. O motivo do bolo é... nada. Somente que ela ama esse tipo de bolo, então o Jason resolveu comprar. Pois é... Quando ele quer, ele é um amor de pessoa.

Depois do almoço, ele e o Robert decidiram ver jogo na sala. Isso acontece quase todo domingo.

- E vocês como tão? - Minha mãe perguntou. Só estávamos nós duas na cozinha. As meninas estavam na sala brincando na frente dos dois.

- Muito bem.

- Bem em tudo?

- Claro.

- Até naquilo?

- Mãe!

- Ué, eu preciso saber.

- Precisa nada.

- Em pensar que você odiava o coitado. - Dei de ombros.

- E você e o Robert?

- Melhor impossível! - Ri fraco.

Bom, eu to realmente feliz. Acho que, assim como a minha mãe, melhor impossível. Lógico que nem tudo é perfeito e não vivo em um conto de fadas, mas, pra mim, é quase isso. Tenho marido que sempre quis, uma filha maravilhosa... Pra mim, minha vida estava completa. Não faltava nada. Eu não sentia que faltava algo. Ou melhor, a única coisa que falta é a vó do Jason parar de encher o saco. Mas, faz parte do pacote né.

Fui até a sala e o jogo estava no intervalo. Jason estava ensinando as duas a aprontar. Vadio.

- Jason! Isso não se faz!

- Elas iriam aprender de qualquer jeito. - Ele disse rindo.

- Você é muito chato.

- E você não vive sem mim. - Fiz uma careta.

- Vivo sim.

- Você me ama.

- Não mais do que você me ama.Eu sou o brilho da sua vida.

- Convencida. - Sorri.

- Você também é.

- Chatinha.

- Insuportável. - Ele riu fraquinho olhando pra mim. Me sentei ao lado dele. - Te amo.

- Eu também te amo.

- Muito?

- Muito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente! Eu queria agradecer por TUDO! A cada review, cada recomendação, cada tempo q vcs usaram pra ler a fic! No começo, eu não achei q eu teria tantos leitores quanto tenho agora. Eu realmente acho q não existe uma palavra pra dizer o quanto eu to agradecida! Amo vcs, xoxo :3