I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 57
Fight


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Minha mãe tá melhor. Mas não tão assim. Eu tive q fazer o almoço hoje .-. E tbm tenho q estudar pra uma prova da Fundap. Vou tentar entrar pra um estágio. Então, nao sei se posto amanhã. Mas vou tentar. Boa leitura :3



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- Não acredito que o Jason bateu no carro do Will! - Minha mãe disse parecendo aquelas velhas fofoqueiras do salão de cabeleireiro.

- Na verdade, foi ao contrário.

- Teve briga?

- Mãe! Lógico que não!

- Então, qual a graça disso? E eles poderiam ter brigado até por você. Te passei muito açúcar. Meu Deus hein.

- Não teve graça nenhuma. Só te contei porque parece que o Will ressurgiu das cinzas. Foi estranho. - Preferi ignorar o ultimo comentário.

- Acha que ele vai voltar a te procurar?

- Ele não me procurou até agora. Foi uma coincidência.

- No meu tempo não tinham coincidências. Era um saco.

- Os meninos atrás de você?

- É óbvio. - Ri fraco. - Vai sair hoje?

- Vou só na casa do Jay. Ah, e eu só não liguei pra mulher dos docinhos.

- Deixa que eu ligo. E então quer dizer que os dois tão de fogo?

- Mãe! Também não é assim né. - Ela revirou os olhos.

- Hmmmm... Vou ter a casa só pra mim.

- Tá me expulsando?

- Mais ou menos. Você vai voltar amanhã.

- Você falou de mim e do Jay, mas você e o Robert tão que tão hein.

- Ô, garota! Isso não é da sua conta! - Ri.

- Mãe, você já tinha pensado em se casar antes?

- Nunca foi meu sonho né. Na sua idade pensar em ver eu mesma entrando numa igreja toda vestida de branco me dava náuseas.

- Mas e antes de conhecer o Robert? Já quis casar com alguém?

- Já. Brad Pitt. - Ri. - Mas ele tá feio agora.

- Não exagera também.

- Ele era tão lindo! Eu era apaixonada por ele. Mas querer casar com alguém possível, não.

- Hm... Nem te contei. A outra lá vai embora.

- A Sarah?

- É... 

- Um descanso pra você pelo menos.

- Graças a Deus. - Disse erguendo as mãos pro céu.

(...)

- Jay, é só olhar na tabela. - Disse pela quinta vez enquanto explicava química pra ele. Ou tentava. O vagabundo precisa de nota e fica me tarando.

- Uhum. Eu sei. - Ele apertou minha coxa.

- Você tem uma prova pra fazer amanhã.

- Eu sei disso também. - Ele disse mordiscando meu pescoço.

- Depois de eu te ajudar, ok?

- E porque não antes? - Por Deuses... Eu namoro um ninfomaníaco.

- Para com isso. - Disse empurrando ele pro lado. - Ó, quando você... Eu disse QUANDO. Quando você acertar mais da metade das questões, eu penso no teu caso.

- Para de ser ruim. É só a gente terminar com isso.

- Não. Você vai querer responder tudo de qualquer jeito. - Ele bufou.

- Eu vou me fuder de qualquer jeito.

- Não vai não. Vai. Me responde: qual o número de prótons quando juntamos Cálcio e Ferro?

- Onde eu vou usar isso?

- Na prova pra continuar no time.

- E depois?!

- Jay, não sou eu que coloco as matérias nos livros. - Ele bufou.

- Depois disso ok? - Ri. - Mas só um beijo?

- Só um beijo, Jason. - Ele deu de ombros e me beijou. Eu falo que ele é um vagabundo... Esse vadio já estava subindo em mim. Ouvi a porta bater e empurrei ele pro lado.

- Ah, oi pai. - Ele disse e eu sorri sem mostrar os dentes.

- Oi. - Ele respondeu e subiu.

- Aí ó. Antes que sua mãe apareça também, só depois de estudar. - Ele bufou.

(...)

- Nossa. Que otária. - Disse revoltada. Estávamos vendo filme antes de dormir. A principal era um saco, pra não falar outra coisa.

- Ela é muito chata.

- Essa guria tem problema.

- Demência. - Ri fraco. - Vai no meu jogo amanhã?

- Numa quinta?

- É. Avisaram ontem nas salas. Vai ser depois da aula.

- Ah... Não escutei. Vai ser no colégio?

- Eu só perguntei se você ia ou não. - Ele disse rindo e eu ri junto.

- Eu vou. Mas vai ser onde?

- No outro colégio.

- Você vai com o time né?

- Vou.

- Me leva?

- Mas nem... Vai ter um monte de moleque lá.

- Eu vou ficar do seu ladinho. Assim ó. - Disse abraçando o Jason e cheirando o pescoço dele.

- Chantagem emocional.

- Não é não.

- Seu cabelo tá na minha cara. - Ele disse com a voz abafada. - E seu pescoço também.

- Eu sei. Eu to me arrepiando. - Ele lambeu meu pescoço. - Ai que nojo, garoto! - Me levantei enquanto ele ria.

- Nojentinha. - Fiz uma careta.

(...)

- Oi Jenny. - Olhei pro lado.

- Oi Mary.

- Disseram que você veio com o time.

- Quem disse isso? - Perguntei rindo.

- Ouvi um povinho falando.

- Eu iria vim, se o treinador e o Jay deixassem. Minha mãe que me trouxe.

- Ah... Sabe quem é o outro time?

- Do barraqueiro. - Lembram aquele jogo que o Jason saiu no tapa com um guri? Então, é contra esse time.

- Ele não vai jogar hoje.

- Jura?

- Aham. É um jogador novo no lugar dele.

- Menos mal.

(...)

Menos mal o cassete. Eu to achando que eles vão se matar em campo. É o Will no lugar no menino!

- Por que caralhos ele entrou no time?

- Conhece o novato?

- Conheço esse insuportável muito bem! - Ela riu fraco. Jason estava com a bola na mão pronto pra fazer uma cesta de três pontos. Will empurrou ele com tudo no chão. Não preciso nem dizer o que aconteceu depois. Ou preciso? Bom, se preciso, Jason foi pra cima dele. Will é mais alto que ele. O que não foi nada legal. O treinador invadiu a quadra pra tirar o Jason de lá. E de novo eu fui pro vestiário atrás deles.

- Mais uma briga e você tá fora do time! Poderíamos estar ganhando o campeonato! Mas por causa dos teus ataques perdemos pontos e estamos em terceiro! - O treinador berrava tanto que do corredor eu estava ouvindo o que ele falava.

- Ele tá quebrado, baixinha? - Charles perguntou do meu lado. Eu não tinha entrado no vestiário ainda.

- Não sei. O treinador tá berrando com ele e achei melhor não entrar. O jogo continuou ou tá parado ainda?

- Continuou. Eu levo vocês. - Dei de ombros. O treinador saiu bufando de lá de dentro e eu o Charles entramos.

- Meu Deus. Olha isso. - Disse assustada quando vi o rosto dele. - Olha o tamanho desse machucado.

- Não é tão grande, Jenny. - Ele disse de frente pro espelho. Saía sangue da sobrancelha esquerda e do lábio superior dele. - Só tá saindo sangue.

- Então!

- Vem você dois. Vamos embora. - Charles disse e saímos os três.

- Ele foi expulso também? - Jason perguntou.

- Foi. Eu to achando que você não vai terminar o campeonato.

- Leva a gente pra minha casa, Charles? - Perguntei e ele fez que sim com a cabeça.

(...)

- Tá doendo! - Ele disse pela milésima vez. Eu estava tentando limpar os ferimentos do Jason, mas ele não parava de se mexer.

- Eu sei que tá doendo. Se você parar de se mexer, talvez doa menos. - Alguém, que obviamente é minha mãe, abriu a porta do banheiro.

- Que susto eu levei. - Me virei olhando pra ela.

- Por que susto?

- Maliciei a frase. E Jason, tem uma cara no seu machucado. - Ri.

- Tadinho, mãe.

- Brincadeira, querido. Mas o que foi isso?

- Briga no jogo. - Ele disse sem abrir muito a boca porque eu estava limpando ainda.

- Hm...

- Eu vou matar aquele desgraçado.

- Mata depois que ficar com a cara boa de novo. - Disse. Minha mãe já tinha saído do banheiro.

- To feio?

- Tá horroroso. - Ele fez bico.

- Poxa, Jenny... - Ri.

- Nem assim você fica feio. Agora para quieto que nem o remédio eu passei ainda. - Ele se endireitou sentado na pia.

- Você tá gata hoje.

- Fica quieto.

- "Your body is a wonderland". - Ele cantou e eu ri.

- Cala a boca. - Ele riu.

- "My sexy love...". - Ele cantou o primeiro verso de uma música do Neyo e eu ri de novo.

- Para de ser chato.

- Não to sendo chato. To te cantando.

- Ah jura?

- Me dá um beijo?

- Não. Eu to cuidando de você.

- Então. Um beijinho pra sarar?

- Para com isso. - Disse rindo. - Te dou um beijo depois.

- Tudo depois. E se eu morrer?

- Nossa. Tá tendo um ataque cardíaco. - Disse irônica.

- Amo suas ironias. - Ele disse mais irônico ainda.

- Que bom. - Ele bufou e eu ri.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3