I Hate You escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi gente! Minha mãe tá melhor. Mas não tão assim. Eu tive q fazer o almoço hoje .-. E tbm tenho q estudar pra uma prova da Fundap. Vou tentar entrar pra um estágio. Então, nao sei se posto amanhã. Mas vou tentar. Boa leitura :3
- Não acredito que o Jason bateu no carro do Will! - Minha mãe disse parecendo aquelas velhas fofoqueiras do salão de cabeleireiro.
- Na verdade, foi ao contrário.
- Teve briga?
- Mãe! Lógico que não!
- Então, qual a graça disso? E eles poderiam ter brigado até por você. Te passei muito açúcar. Meu Deus hein.
- Não teve graça nenhuma. Só te contei porque parece que o Will ressurgiu das cinzas. Foi estranho. - Preferi ignorar o ultimo comentário.
- Acha que ele vai voltar a te procurar?
- Ele não me procurou até agora. Foi uma coincidência.
- No meu tempo não tinham coincidências. Era um saco.
- Os meninos atrás de você?
- É óbvio. - Ri fraco. - Vai sair hoje?
- Vou só na casa do Jay. Ah, e eu só não liguei pra mulher dos docinhos.
- Deixa que eu ligo. E então quer dizer que os dois tão de fogo?
- Mãe! Também não é assim né. - Ela revirou os olhos.
- Hmmmm... Vou ter a casa só pra mim.
- Tá me expulsando?
- Mais ou menos. Você vai voltar amanhã.
- Você falou de mim e do Jay, mas você e o Robert tão que tão hein.
- Ô, garota! Isso não é da sua conta! - Ri.
- Mãe, você já tinha pensado em se casar antes?
- Nunca foi meu sonho né. Na sua idade pensar em ver eu mesma entrando numa igreja toda vestida de branco me dava náuseas.
- Mas e antes de conhecer o Robert? Já quis casar com alguém?
- Já. Brad Pitt. - Ri. - Mas ele tá feio agora.
- Não exagera também.
- Ele era tão lindo! Eu era apaixonada por ele. Mas querer casar com alguém possível, não.
- Hm... Nem te contei. A outra lá vai embora.
- A Sarah?
- É...
- Um descanso pra você pelo menos.
- Graças a Deus. - Disse erguendo as mãos pro céu.
(...)
- Jay, é só olhar na tabela. - Disse pela quinta vez enquanto explicava química pra ele. Ou tentava. O vagabundo precisa de nota e fica me tarando.
- Uhum. Eu sei. - Ele apertou minha coxa.
- Você tem uma prova pra fazer amanhã.
- Eu sei disso também. - Ele disse mordiscando meu pescoço.
- Depois de eu te ajudar, ok?
- E porque não antes? - Por Deuses... Eu namoro um ninfomaníaco.
- Para com isso. - Disse empurrando ele pro lado. - Ó, quando você... Eu disse QUANDO. Quando você acertar mais da metade das questões, eu penso no teu caso.
- Para de ser ruim. É só a gente terminar com isso.
- Não. Você vai querer responder tudo de qualquer jeito. - Ele bufou.
- Eu vou me fuder de qualquer jeito.
- Não vai não. Vai. Me responde: qual o número de prótons quando juntamos Cálcio e Ferro?
- Onde eu vou usar isso?
- Na prova pra continuar no time.
- E depois?!
- Jay, não sou eu que coloco as matérias nos livros. - Ele bufou.
- Depois disso ok? - Ri. - Mas só um beijo?
- Só um beijo, Jason. - Ele deu de ombros e me beijou. Eu falo que ele é um vagabundo... Esse vadio já estava subindo em mim. Ouvi a porta bater e empurrei ele pro lado.
- Ah, oi pai. - Ele disse e eu sorri sem mostrar os dentes.
- Oi. - Ele respondeu e subiu.
- Aí ó. Antes que sua mãe apareça também, só depois de estudar. - Ele bufou.
(...)
- Nossa. Que otária. - Disse revoltada. Estávamos vendo filme antes de dormir. A principal era um saco, pra não falar outra coisa.
- Ela é muito chata.
- Essa guria tem problema.
- Demência. - Ri fraco. - Vai no meu jogo amanhã?
- Numa quinta?
- É. Avisaram ontem nas salas. Vai ser depois da aula.
- Ah... Não escutei. Vai ser no colégio?
- Eu só perguntei se você ia ou não. - Ele disse rindo e eu ri junto.
- Eu vou. Mas vai ser onde?
- No outro colégio.
- Você vai com o time né?
- Vou.
- Me leva?
- Mas nem... Vai ter um monte de moleque lá.
- Eu vou ficar do seu ladinho. Assim ó. - Disse abraçando o Jason e cheirando o pescoço dele.
- Chantagem emocional.
- Não é não.
- Seu cabelo tá na minha cara. - Ele disse com a voz abafada. - E seu pescoço também.
- Eu sei. Eu to me arrepiando. - Ele lambeu meu pescoço. - Ai que nojo, garoto! - Me levantei enquanto ele ria.
- Nojentinha. - Fiz uma careta.
(...)
- Oi Jenny. - Olhei pro lado.
- Oi Mary.
- Disseram que você veio com o time.
- Quem disse isso? - Perguntei rindo.
- Ouvi um povinho falando.
- Eu iria vim, se o treinador e o Jay deixassem. Minha mãe que me trouxe.
- Ah... Sabe quem é o outro time?
- Do barraqueiro. - Lembram aquele jogo que o Jason saiu no tapa com um guri? Então, é contra esse time.
- Ele não vai jogar hoje.
- Jura?
- Aham. É um jogador novo no lugar dele.
- Menos mal.
(...)
Menos mal o cassete. Eu to achando que eles vão se matar em campo. É o Will no lugar no menino!
- Por que caralhos ele entrou no time?
- Conhece o novato?
- Conheço esse insuportável muito bem! - Ela riu fraco. Jason estava com a bola na mão pronto pra fazer uma cesta de três pontos. Will empurrou ele com tudo no chão. Não preciso nem dizer o que aconteceu depois. Ou preciso? Bom, se preciso, Jason foi pra cima dele. Will é mais alto que ele. O que não foi nada legal. O treinador invadiu a quadra pra tirar o Jason de lá. E de novo eu fui pro vestiário atrás deles.
- Mais uma briga e você tá fora do time! Poderíamos estar ganhando o campeonato! Mas por causa dos teus ataques perdemos pontos e estamos em terceiro! - O treinador berrava tanto que do corredor eu estava ouvindo o que ele falava.
- Ele tá quebrado, baixinha? - Charles perguntou do meu lado. Eu não tinha entrado no vestiário ainda.
- Não sei. O treinador tá berrando com ele e achei melhor não entrar. O jogo continuou ou tá parado ainda?
- Continuou. Eu levo vocês. - Dei de ombros. O treinador saiu bufando de lá de dentro e eu o Charles entramos.
- Meu Deus. Olha isso. - Disse assustada quando vi o rosto dele. - Olha o tamanho desse machucado.
- Não é tão grande, Jenny. - Ele disse de frente pro espelho. Saía sangue da sobrancelha esquerda e do lábio superior dele. - Só tá saindo sangue.
- Então!
- Vem você dois. Vamos embora. - Charles disse e saímos os três.
- Ele foi expulso também? - Jason perguntou.
- Foi. Eu to achando que você não vai terminar o campeonato.
- Leva a gente pra minha casa, Charles? - Perguntei e ele fez que sim com a cabeça.
(...)
- Tá doendo! - Ele disse pela milésima vez. Eu estava tentando limpar os ferimentos do Jason, mas ele não parava de se mexer.
- Eu sei que tá doendo. Se você parar de se mexer, talvez doa menos. - Alguém, que obviamente é minha mãe, abriu a porta do banheiro.
- Que susto eu levei. - Me virei olhando pra ela.
- Por que susto?
- Maliciei a frase. E Jason, tem uma cara no seu machucado. - Ri.
- Tadinho, mãe.
- Brincadeira, querido. Mas o que foi isso?
- Briga no jogo. - Ele disse sem abrir muito a boca porque eu estava limpando ainda.
- Hm...
- Eu vou matar aquele desgraçado.
- Mata depois que ficar com a cara boa de novo. - Disse. Minha mãe já tinha saído do banheiro.
- To feio?
- Tá horroroso. - Ele fez bico.
- Poxa, Jenny... - Ri.
- Nem assim você fica feio. Agora para quieto que nem o remédio eu passei ainda. - Ele se endireitou sentado na pia.
- Você tá gata hoje.
- Fica quieto.
- "Your body is a wonderland". - Ele cantou e eu ri.
- Cala a boca. - Ele riu.
- "My sexy love...". - Ele cantou o primeiro verso de uma música do Neyo e eu ri de novo.
- Para de ser chato.
- Não to sendo chato. To te cantando.
- Ah jura?
- Me dá um beijo?
- Não. Eu to cuidando de você.
- Então. Um beijinho pra sarar?
- Para com isso. - Disse rindo. - Te dou um beijo depois.
- Tudo depois. E se eu morrer?
- Nossa. Tá tendo um ataque cardíaco. - Disse irônica.
- Amo suas ironias. - Ele disse mais irônico ainda.
- Que bom. - Ele bufou e eu ri.
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Xoxo :3