I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 5
Anda me vigiando, Turner?!


Notas iniciais do capítulo

ooi gente. Boa leitura.



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Acabou intervalo, acabaram as aulas e eu ainda não tinha encontrado o Turner. Ah, ele que espere depois. Entrei na sala da detenção e entreguei um papel pra tia. Sentei e fiquei lá mofando. A porta abriu uns 5 minutos depois e o Turner entrou. E eu achando que ia tá livre desse ser por um tempo.

- Mas olha quem tá aqui também. - Ele disse sentando do meu lado. Revirei os olhos.

- Me erra, Turner.

- Pegou em que matéria?

- Inglês. E você?

- História. Você é a ultima pessoa que eu pensaria em encontrar aqui.

- Hm.

- É pra fazer silêncio. - A tia lá disse e eu revirei os olhos. Ele ficou fazendo um barulho completamente chato e irritante com a boca.

- Dá pra parar?! - Perguntei irritada e ele olhou pra mim. Qual é, ele vai ficar me encarando mesmo? - Dá pra parar com isso também? - Ele riu e, finalmente, ficou quieto. Não sei mais quanto tempo fiquei ali, só sei que foi muito tempo.

- Podem sair já. - A tia disse e eu levantei.

- Quer que eu te leve? - Turner perguntou.

- Não, obrigada.

- Ou você almoça lá em casa. Já que ia pra lá mesmo. - Arqueei uma sobrancelha olhando pra ele e minha barriga roncou. - Algo aí dentro tá com fome. - Bati de leve no braço dele.

- Ok. Vamos. - Entramos no carro dele e ele deu a partida.

- Vai querer lanche?

- Pode ser comida mesmo? - Ele assentiu e fomos pra casa dele. Ele parou o carro na frente de uma casa. - Sério que você mora aqui?

- É ué. Você achou que eu fosse rico por acaso? - Ele disse rindo. Na verdade, eu pensei sim, mas não é a isso que to querendo me referir.

- Você é vizinho dos meus avós. - Ele arqueou uma sobrancelha.

- Ah é. Nem tinha me tocado. Jenny Porter. Senhor e senhora Porter. – Não falei nada. - Vamos entrar. - Ele disse pra eu deixar minhas coisas no sofá.

- Pensou no show? - Ele perguntou quando estávamos comendo.

- Ainda não.

- Até amanhã.

- Até amanhã o que?

- Que você tem que me avisar. É domingo o show.

- Esse domingo? - Ele assentiu.

- Te aviso amanhã. - Terminamos de comer e fomos direto fazer o trabalho. I Found You do The Wanted começou a tocar do nada. Era meu celular. Atendi.

*Ligação on*

- Alo?

- Onde você tá? - Era minha mãe.

- Eu to na casa do Jason. Esqueci de te avisar.

- Hm…

- Mãe, não começa. - Disse baixo pra ele não escutar.

- Ai, garota. Relaxa. E se ele te beijar, não empurre o garoto! - Corei na hora.

- Tchau, mãe.

- Eu to falando sério!

- Tá. Tchau.

*Ligação off*

“Se ele te beijar, não empurre o garoto!” Minha mãe tem problema mental, só pode.

- Ela brigou contigo? - Ele perguntou.

- Não. - Fez pior!

- Por que você corou?

- Nada de mais.

- Falou com ela do show?

- Ai, eu esqueci. Mas amanhã te aviso. E tenho certeza que ela vai deixar.

- Porque eu vou pagar, ou porque ela gostou de mim? - Gostou até demais. Mas eu não ia falar isso pra ele.

- Convencido você hein.

- Eu vou pagar um show pra você. Shiu.

- “Shiu”. Ninguém faz “shiu” pra mim! - Disse brincando, mas parece que ele levou a sério.

- Desculpa.

- Eu tava brincando. - Ele olhou pra mim e sorriu torto. Continuamos fazendo o trabalho. A porta da frente abriu e olhamos pra lá. Uma mulher entrou pela porta e parou olhando pra nós dois.

- Oi filho. Oi… - Ela disse esperando eu falar meu nome.

- Oi. Sou Jennifer. - Disse sorrindo e ela sorriu de volta.

- Oi mãe. A Jenny é a menina que eu te falei que ia vim aqui hoje. -Jenny. Parece que ele fala só pra irritar.

- Ah sim. Fique a vontade, querida. Eu vou subir porque to morta de cansaço. - Ela disse e saiu da sala.

- Minha mãe já te adora. - Ele disse e eu fiz cara de confusa.

- Você disse ontem que ela tem ciúmes de você.

- É, mas as outras garotas não vinham aqui pra fazer trabalho. - Ele disse e eu revirei os olhos.

- Vamos logo terminar essa bagaça. - Depois de um tempo ainda, terminamos aquilo.

- Quer que eu te leve? - Ele perguntou.

- Não precisa. Ah, é pra apresentar isso? - Perguntei do trabalho.

- Não. Tem certeza que não quer que eu te leve? Você mora meio longe daqui. - Olhei estranha pra ele. Meu celular apitou.

“Vai pra casa da sua vó. Você vai dormir lá. E tem roupa sua lá já. Bjos. E depois me conta td hein!”

Era da minha mãe obviamente.

- Não precisa mesmo me dar carona. Vou dormir na minha vó.

- Ah, ok. - Ele me levou até a porta. - Tchau, Turner.

- Tchau, Jenny. - Ele disse e depois riu fraco. Revirei os olhos e fui pra casa da minha vó. Entrei sem bater, como eu sempre fazia, e eles olharam pra mim. Minha mãe já tava lá.

- Chegou rápido. Já tava vindo? - Minha mãe perguntou.

- Ele mora aqui do lado. Literalmente.

- Ele quem, querida? - Minha vó perguntou com uma cara engraçada pra mim.

- Um menino que eu fiz trabalho hoje.

- O Turner? Ele é amor de menino! - Isso é complô? Dei um beijo na bochecha da minha vó, do meu avô e da minha mãe.

- É, ele mesmo vó.

- A Jenny odeia o menino. - Minha mãe disse revirando os olhos enquanto eu me sentava.

- Eu não odeio ele.

- Até hoje de manhã odiava. - Resolvi mudar de assunto.

- Mãe, posso ir no show do Maroon 5?

- Quando é?

- Domingo.

- Não sei, Jenny. Já te dei dinheiro pra ir no outro.

- Mas você não vai pagar.

- Quem vai pagar? Alias, você vai com quem?

- Com o Turner. - Falei olhando pra baixo.

- Eu ainda não faço leitura labial, minha filha.

- O Turner. - Ela começou a rir. - Tá rindo de que?

- Agora entendo porque você não odeia mais o menino. Interesseira.

- Ele foi legal hoje ok. - Apesar de eu tá com um galo na cabeça por causa dele. - Não é só por causa disso.

- Bom, já que ele tá pagando… - Sorri.

- Obrigada, obrigada, obrigada! - Disse beijando o rosto dela.

- Ai, desgruda! - Ela disse rindo e eu ri também. Subi pra tomar banho. Saí quase vestida do banheiro. Só faltava minha blusa do pijama que eu não encontrava. A cena tava totalmente estranho. Eu de shorts e sutiã procurando uma blusa perdida. Comecei a estalar os dedos como sempre fazia quando procurava alguma coisa.

- Cadê? Cadê? Cadê? - Eu parecia uma louca procurando algo. Confesso. Ouvi um risada baixa e arqueei a sobrancelha. Olhei pro lado e minha janela tava aberta.  Puxei o lençol e me tapei. O “ser” que tava rindo, era o Turner. - Ficou louco caralho? - Disse corando violentamente.

- A culpa não é minha se você aparece de sutiã na minha frente.

- Foi um acidente ok? E você é um tarado! - Ele riu.

- Eu cheguei agora aqui. Para de drama. Ah, e tava engraçado você procurando. - Ele disse ainda rindo.

- Tava nada.

- Achou a blusa?

- Não. E minha mãe nem trouxe uma extra. - Disse olhando dentro da gaveta pela milionésima vez. - Me empresta uma? - Ele saiu da janela e voltou com uma blusa. Fui até a janela e ele jogou, fazendo a blusa cair na minha mão. Fui pro canto do quarto e coloquei.

- Não precisa nem usar o shorts. Ficou gigante em você. - Dei de ombros.

- Falei com a minha mãe do show.

- E aí?

- Eu vou. - Disse sorrindo e ele sorriu de volta. - Turner, por que você vai me levar?

- Eu quero ir, mas não tinha com quem ir. - Arqueei uma sobrancelha.

- Você não tinha com quem ir? - Disse rindo.

- Eu queria ir com você ué. - Olhei estranha pra ele. - Não um encontro. To falando da companhia. - Ele disse sorrindo torto e corando de leve.

- Ah tá. - Disse e ri fraco.

- Tá sabendo da festa de sábado?

- Não.

- Achei que o Tyler ia te levar pra lá.

- Como você sabe que a gente vai sair? Anda me vigiando, Turner?! - Perguntei cruzando os braços.

- Não. É que as noticias correm naquela escola. Quem me contou foi a Amanda.

- Ah… Não sei pra onde ele vai me levar.

- E se ele for um tarado? Ele pode querer te levar pro meio do mato! - Revirei os olhos.

- Para de pirar. Ele não vai fazer nada comigo.

- E como você tem certeza?

- Ele nunca ficou me espionando de sutiã!

- Mas se pudesse, faria. Com certeza. - Revirei os olhos de novo.

- Cala a boca.

- No sábado aí você dome na casa da sua vó.

- Ok. - Alguém bateu na porta entrando em seguida no quarto.

- Filha, vem jantar. - Minha mãe disse e olhou pra mim e pra janela.

- Oi Jason.

- Oi senhora Porter.

- Vou jantar, Jason. - Eu assenti e entrei.

- Hmmmmmm. - Minha mãe disse com um sorriso divertido nos lábios.

- Shiu!

- Você que chamou ele?

- Óbvio que não.

- Essa blusa é dele?

- É. Pedi uma já que você sumiu com a minha.

- Eu esqueci de trazer. - Terminamos de descer as escadas. - Oh meu Deus! Ele te viu de sutiã? - Ela perguntou com os olhos arregalados.

- É... Foi um acidente. - Senti minhas bochechas corarem e ela não falou nada. Jantamos e eu subi de volta pro meu quarto. Ouvi algo batendo na janela e olhei pra lá. Era o chato de novo.


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Notas finais do capítulo

Xoxo, e obg pelos reviews!!