I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 45
Hmmmm... Pervertidos


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Boa leitura :3



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- Mãe, pelo amor Deus, fica calma! Você tá me deixando nervosa também!

- Mas olha isso! Que coisa horrorosa! Daqui a pouco vou pedir o dinheiro de volta! – Bufei. O surto da minha mãe é porque só veio metade dos vasos pra colocar de enfeite nas mesas do restaurante.

- Senhora, a outra leva será traga amanhã. – O garoto que trabalhava na floricultura tentava explicar pra ela pela décima vez. Ela bufou.

- Você ouviu o que ele disse? – Perguntei e ela me ignorou.

- Que horas? – Perguntou pra ele.

- De tarde.

- Jenny, depois da escola você vem pra cá. Eu tenho que ver algumas coisas do casamento amanhã.

- Tá. – Ela pagou pelos vasos que recebeu, ou seja, a metade e foi pra dentro do escritório de novo. Eu estava falando pros carinhas que chegavam onde colocar mesas e estava orientando os jardineiros também. Minha mãe estava no escritório junto com o Robert fazendo entrevistas para garçons, chefe de cozinha, mais cozinheiros... Isso aqui tá um caos! Meu celular começou a tocar. Era só o que faltava. Eu pedi pro Jason vim aqui me ajudar e agora ele me liga. Só falta ele não vim.

- Oi Jay.

- Oi. Não tão me deixando entrar.

- Quem não tá te deixando entrar? – Disse indo até a porta.

- Os caras que tão colocando o toldo. – Abri a porta e desliguei o celular quando vi ele.

- Vem.

- Ah, desculpa. Não sabia que ele tava com você. – O cara disse.

- Se ele pediu pra entrar né. – Fechei a porta.

- Pensei que o Tyler ia tá aqui. – Sorri irônica.

- Era pra ele tá aqui. Corno.

- A inauguração já é semana que vem.

- É... Por isso preciso da tua ajuda. Eu tenho que organizar a cozinha ainda hoje porque os fiscais vão vim aqui amanhã. E o Robert e a minha mãe tão no escritório fazendo entrevistas ainda e... – Ele me puxou e me deu um selinho.

- Calma, Jenny. – Ele disse e riu fraco. – Vai dar tudo certo. Por onde eu começo? – Fui até umas caixas que estavam no canto e as abri.

- Aqui tem as toalhas pra colocar nas mesas. Ah, e tem mesa no piso superior também. – Escutei o barulho da porta e vi o Tyler entrando. – Nossa, achei que não vinha mais. – Disse irônica e ele revirou os olhos.

- Tive que deixar o Liam na minha mãe e tava transito.

- Lá em cima tem algumas mesas. E como é ao céu aberto, tem tipo aqueles guarda-sóis pra quando chover. Vai lá colocar. Já tão lá em cima.

- E tu vai fazer o que? –Bufei.

- Eu vou arrumar a cozinha. – Disse empurrando ele em direção as escadas.

(...)

- Jenny? Já acabei aqui. – Jason disse colocando a cabeça pra dentro da porta.

- Me ajuda pendurando essas panelas, por favor? – Ele assentiu.

- Eu vou ver recompensado? – Ele perguntou com a maior cara de ingênuo. Ingênuo... Aham...

- Te dou dez dólares.

- Maldade hein, Jenny. – Ri indo até ele e o abraçando por trás.

- Eu não sou maldosa. – Ele se virou pra mim.

- Dorme em casa hoje então?

- Tenho que ajudar minha mãe a ver o vestido hoje. – Fiz bico e ele também.

- Depois vai em casa?

- Tá, vejo se ela me leva. Sua mãe vai tá em casa?

- Tá com vergonha ainda?

- É lógico! – Ele riu.

- Ela e o meu pai tiveram que viajar por causa do trabalho do meu pai.

- Casa só pra nós então? – Perguntei sorrindo.

- Só pra nós. – Ele sorriu de volta me beijando. Jason me deu impulso pra subir na bancada segurando nas minhas coxas, o que me fez ter cosicas e rir. Ele mordiscou meu pescoço e eu sorri.

- Achei que vocês tavam arrumando a cozinha. – Tyler disse nos interrompendo e fazendo Jason bufar. Desci da bancada.

- Chegou agora e acha que manda. – Disse e ele revirou os olhos.

- Terminei lá em cima.

- Me ajuda a colocar os pratos no lugar então.

(...)

- Vai pro Jason hoje? – Minha mãe perguntou quando a gente estava indo pra costureira. Ela decidiu o modelo do vestido hoje logo depois que chegamos do restaurante. Minha mãe viu o vestido e quase morreu por finalmente ter achado um que ela amasse. E que eu aprovasse. Não iria deixar minha mãe ir com um vestido horrível ou que deixasse ela parecida com as irmãs da Cinderela. E nem parecida com um bolo.

- Vou.

- E os pais deles?

- Tão viajando.

- Hmmmm... Pervertidos. – Revirei os olhos. – Vocês não vão faltar na escola de novo né?

- Não, mãe. Relaxa.

- Chegamos. Aperta aí o interfone que tá do seu lado.

- Isso é casa de uma costureira ou do presidente? – Disse vendo o tamanho do troço que chamam, simplesmente, de casa.

- Eu to achando que a gente errou o endereço.

- Ah jura? Ela não ia morar aqui.

- Vai ver ela é a empregada. – Olhei pra minha mãe.

- Tá, mas ela não ia receber a gente aqui.

- De qualquer jeito, aperta o interfone. Vai que...

- Mãe, não é aqui. – Ela bufou desprendendo o cinto de segurança. Eu achando que ela ia sair do carro... Mas não. Ela pulou por cima de mim pra tocar o interfone. – Tira esses peitos da minha cara. – Disse berrando e virando pro lado.

- Para de reclamar, garota.

- Residência dos senhores Morgan. Boa tarde. – Fiz uma careta com toda a formalidade, assim como a minha mãe. Mais maduras pra que?

- Boa tarde. Aqui mora alguma Beth?

- Ah sim, sou eu. Você é a garota do vestido de noiva? – Pronto. “Garota”. Minha mãe ganhou o dia.

- Sim, sou eu. – Abriram os portões e entramos. – “Ela não ia morar aqui”. – Ela disse imitando a minha voz e eu bufei.

- Vai demorar?

- Não reclama, Jenny. Você viu? Eu tenho uma voz jovem.

- Só a voz também. – Murmurei.

- To pensando em te jogar de uma ponte.

- Ai que horror! – Ela sorriu. Minha mãe estacionou o carro e fomos até uma casinha nos fundos.

- Boa tarde! – A mulher que aparentava ter uns cinquenta anos disse.

- Boa tarde. – Respondemos. Minha mãe entregou o modelo pra ela, que estranhou, mas não falou nada.

- Daqui a quanto tempo é o casamento?

- Quatro meses.

- Bom, melhor tirar as medidas já hoje. Depois disso, vemos o tecido.

- Sem ser seda! – Minha mãe disse e a mulher concordou.

(...)

Juro que demoramos mais de duas horas na casa da mulher. Eu já estava estressada, necessitando um banho e dormir. Mas como todo ser humano que sou, necessito de outras coisas também. Toquei a campainha da casa do Jason e poucos segundos depois ele abriu a porta.

- Tchau, Jason. – A guria disse saindo de lá e sorriu pra mim, como uma forma de cumprimento. Sorri forçado de volta e depois olhei pra ele, que me deu passagem e eu entrei na casa.

- Quem era a guria? – Perguntei me sentando no sofá. “Tchau, Jason”. Fiz uma careta lembrando dela. Voz melosa. Parece que fala gemendo.

- Uma amiga minha. – Ele disse procurando algo

- Brota a menina na tua casa.

- É a Sarah. Pronto.

- A vadia? – Ele me olhou feio.

- Ela não é vadia.

- Ué, se ela te traiu...

- Não precisa jogar isso na minha cara. – Revirei os olhos.

- Mas o que ela queria contigo?

- Ela tá na cidade e veio me ver. Nada de mais. Juro que ela não passou mais de vinte minutos aqui dentro! – Rapidinha? Pensei, mas não falei nada.

- Hm. Ok. Ela vai voltar?

- Não sei. – Ele disse com a voz abafada porque estava com a cara embaixo do sofá. – Liga pro meu celular, por favor? Acho que eu perdi. – Dei de ombros e disquei o numero. Escutei um barulho vindo da cozinha e fomos até lá. Era o hino de um time de basquete, mas não sei qual. Ele pegou o celular e desligou, parando o barulho.

- O meu toque é um hino de time de basquete? – Perguntei revoltada.

- Eu amo basquete e amo você. Juntei as coisas.

- Ah... Que romântico. – Disse irônica e ele riu fraco. Ele deixou o celular ao lado do micro-ondas e veio até mim, me beijando.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3