I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 36
The Best Part of Me


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Boa leitura :3



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Eu estava morrendo de sono. Tive que acordar mais cedo porque o Jason não podia me buscar. Entrei na escola e me arrastei até o armário. Quando o abri, até dei um grito de susto. Uma flor saltou na minha cara. Vi que tinha um papel e peguei.

“Foi difícil descobrir a senha do seu armário, baixinha. Não tem uma data especial (ainda), mas são suas.

Jason”

Aw! Olhei em volta. Agora cadê esse guri? Ele ainda não estava ali no corredor. Nem ele, nem o Charles. Tirei o vaso com a flor de dentro do armário e não sabia onde colocar. Não dava pra colocar de volta lá dentro. E eu tinha que pegar os livros.

- Deixa aí na frente do armário. – Jason surgiu do meu lado falando.

- Ah, oi! – Pulei no pescoço dele e lhe dei um selinho. – É linda! – Falei sobre a flor e ele sorriu. Eu estava surpresa. Não sabia nem o que dizer direito. O sinal tocou.

- Te vejo mais tarde? – Assenti. Ele me beijou e eu fui pra sala.

(...)

No intervalo foi normal. Não tinha mais flor. Mas foi tão fofo! Agora eu estou na aula de inglês. Esse professor não para de falar. Abaixei a cabeça na mesa. Eu estava quase dormindo quando ouvi alguém bater na porta. Levantei a cabeça e cocei os olhos.

- Licença, professor. Posso fazer um pedido? – O que esse menino tá aprontando?

- É da diretora? – O professor perguntou e ele coçou a nuca, visivelmente nervoso.

- É, professor. É da diretora! – Charles berrou lá do fundo. Só eu que ainda não tinha visto ele? Mesmo o professor não acreditando, ele deixou o Jason entrar. Eu quase tive um troço quando vi o que ele estava arrastando pra dentro da sala. Era tipo aqueles carrinhos de enfermeira cheio de flores. Juro. Estava lotado de flores! Ele parou aquilo na minha frente, tirou um vaso com tulipas, colocou na minha mesa e pegou na minha mão. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas já estava tremendo.

- Uma das coisas mais difíceis foi fazer você parar de implicar comigo. Há uns dois meses atrás você nem queria olhar pra minha cara! – Ele disse e eu ri fraco. – Eu consegui fazer esse ódio virar uma coisa completamente diferente tanto pra mim, quanto pra você. E foi a melhor coisa que eu já consegui fazer. Eu aprendi a amar você, Jenny. Sim, eu amo você. Namora comigo? – SOCORRO! Eu vou morrer! Na metade da fala dele eu já estava quase chorando e tremendo mais que vara verde. Levantei e pulei no pescoço dele. Dei um selinho no Jason. Ele desgrudou de mim e pegou o vaso com as tulipas, me entregando.

- É... Gente... Eu preciso dar aula. – Revirei os olhos.

- Eu já to indo, professor. Não foram nem 10 minutos. – Jason disse e pegou uma caixinha dentro do vaso, me entregando um anel. Ele me selou de novo. – Tenho que ir agora.

- O que eu vou fazer com as flores? – Ele deu de ombros e saiu da sala. Ri.

(...)

Cadê o Jason? Era só isso que eu pensava. Já tinha batido o sinal da hora da saída no colégio, minha mãe já devia estar esperando nós dois e ele, simplesmente, sumiu! Vocês devem tá perguntando onde eu deixei as flores. Tá tudo lá na frente do meu armário. Só to trazendo as tulipas comigo e o primeiro vaso do dia tá dentro do armário. O carrinho eu não faço ideia do que a tia da cantina vá fazer.

Alguém esbarrou em mim e eu quase caí pra frente.

- Olha o tamanho do corredor, colega. Não precisava esbarrar em mim. – Berrei e a pessoa se virou.

- Foi mal, Jenny. – Revirei os olhos. – Tá esperando alguém?

- Não te interessa.

- To esperando alguém também. Mas acho melhor eu ir lá pra fora.

- É, Tyler. Tchau.

- Preferia quando você era mais educada.

- Tá, tá bom. – Disse rápido pra ele sair dali. Ele saiu do corredor e tentei ligar pro Jason. Antes da ligação ser completada vi ele no fim do corredor.

- Anda mais rápido, colega! – Berrei e ele sorriu vindo até mim.

- Calma, Jenny. Sua mãe deve ter atrasado. – Ele disse chegando perto de mim e me dando um selinho.

- Sei lá. Mas já era pra gente tá lá fora. – Puxei ele pela mão até o lado de fora. – Como o Charles te ajudou?

- Ele me ajudou a comprar as flores, a conseguir o carrinho na enfermaria e a colocar a flor no seu armário, o que não foi nem um pouco fácil. – Sorri e ele sorriu de volta. – Quanto tempo é daqui até lá?

- Um pouco mais de duas horas, eu acho. Não sei direito. Faz muito tempo que não vou lá. – Ele deu de ombros. Avistei o Robert e fomos até lá.

- Oi Robert. – Cumprimentamos ele e o menininho que devia ter uns 6 anos. Eles fizeram o mesmo. Olhei pro lado vendo o Tyler ali.

- Tá fazendo o que aqui?

- Ahn... Meu pai... – Ele apontou pro Robert. Não... Tá brincando com a minha face! Ele olhou pra frente e depois pro Robert. – Não acredito que você vai casar com ela. – Ele disse o “ela” fazendo uma voz nojenta. Dei um tapão na cabeça dele.

- Tá falando desse jeito por que?

- Conhece ela?

- Ela é minha mãe!

- Ah... Desculpa. Não lembrava dela.

- Se eu não estudasse aqui, você não lembraria nem de mim!

- Relaxa, Jenny. E é um final de semana inteiro hein. – Ele disse e sorriu malicioso. Jason me puxou mais pra perto dele fuzilando o individuo na nossa frente.

- Então, vamos? – Minha mãe perguntou animada. Acho que nessa hora, era uma das únicas pessoas ali que estava animada. – Que cara é essa, Jenny?

- Nada, mãe. Nada.

- Enfim, daqui a pouco meus pais tão chegando com o micro ônibus. – Só agora reparei que eles não estavam com carro. Pelo menos vou ter mais espaço.

- Fundão? – Perguntei pro Jason, que assentiu. Uns 10 minutos depois, meus avós chegaram. Entramos no micro ônibus e vi que todas as malas ocupavam o fundo, mas ainda tinha bastante espaço.

- Mãe, quanto tempo é daqui até lá? – Perguntei.

- Umas 4 horas, Jenny. – Meu avô respondeu e eu quase tive um troço. Quatro horas dentro de um troço com o Jason e o Tyler.

(...)

Meu avô estava dirigindo e minha vó estava do lado dele na frente. Minha mãe e Robert ocupavam o primeiro banco, enquanto Tyler e o guri, que descobri que se chama Liam, estavam ocupando o banco de trás. Eu e o Jason estávamos no ultimo banco que dava pra sentar. Como era grande, deitamos.

- Tá dormindo? – Ele perguntou no meu ouvido.

- Não. – Me virei de frente pra ele. Dei um selinho no Jason e ele transformou num beijo. Enquanto nos beijávamos, ele ficou fazendo cosquinha na minha nuca e eu parava o beijo pra rir.

- Sabia que tem criança aqui dentro? – Alguém falou no banco da frente. Revirei os olhos. Não preciso nem dizer que era o Tyler né?

- Cuida da tua vida, garoto.

- Jenny! – Minha mãe berrou lá da frente.

- Que foi? – Berrei de volta.

- Isso é jeito de falar com o menino?

- Esqueceu que foi ele que me largou sozinha no meio da madrugada com um monte de bêbados?

- Ah é. Muito feio o que o seu filho fez, Robert.

- Devia apanhar com vassoura! – Disse e Jason riu.

- É melhor esquecer essa história, Jenny. Você vai ter que conviver comigo até a faculdade. – Ele disse e eu quase caí do banco. Fiquei em pé.

- Ô, mãe! Olha a tortura aqui! – Ele e o Robert riram.

- É mentira, Jenny. O Tyler mora com a mãe dele. – Robert disse e eu suspirei aliviada.

- Não ia ser mal a gente dividir o mesmo teto.

- Não seria mal também eu dividir a tua cara em duas partes. – Jason disse ainda deitado.

- Olha a violência aí atrás. – Minha vó berrou lá da frente e eu dei de ombros, voltando a me sentar.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3