I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 32
Increasingly Better


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Boa leitura :3



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- Então, o que você quer comigo? – Ele perguntou quando a vadia saiu do quarto.

- Desculpa por ter mentido pra você. – Disse e mordi a parte de dentro da bochecha.

- Só uma pergunta. Quem começou com tudo isso foi você. Lembra que foi você que me chamou aquele dia no quarto? Que você me deu um selinho? Pra que tudo aquilo se você ia continuar sair com o idiota?

- Eu nem lembrei do Will quando fiz aquilo! E você me deixou com vontade ué. – Não menti. To sendo cem por cento sincera. Ele riu fraco. – E você não é muito diferente. Na primeira oportunidade já tá trazendo uma vadia pro seu quarto.

- A Amy é só...

- Um passatempo.

- Você não tá no direito de falar nada aqui.

- Eu sei. Mas eu não quero que toda vez que a gente brigue, você transe com alguém.

- Acha que vai ter mais brigas? Porque você sabe, pra isso a gente tem que tá junto.

- Eu sei. – Falei com a voz baixa e tremula.

- A história do teatro também é mentira?

- Eu sou uma péssima atriz.

- Não diria o mesmo. – Abaixei a cabeça.

- Eu não quero que a gente fique assim.

- Nem eu. – Ele falou tão baixo que, se o silencio não fosse absoluto, eu não teria escutado.

- Então...? – Ele não falou nada e eu suspirei. – Eu tava dividida, Jason. Eu não sabia o que fazer. Mas eu despachei ele logo na primeira vez. Se aquela semana eu... Se eu... Sentisse o que eu sinto hoje, eu não teria mentido pra você. Eu não teria saído com ele. Acredita em mim.

- Eu acredito em você, apesar de tudo. E isso é chato pra caralho.

- O que é chato? Você acreditar em mim?! – Juro que quase perdi o oxigênio que me resta.

- Não. Lógico que não. To falando de ficar brigado contigo de novo. – Sorri de canto. – A gente não tem mais 10 anos, Jenny.

- Então, tá tudo bem? – Ele deu de ombros e eu continuei olhando pra ele.

- Para com essa cara de cachorro que caiu de mudança.

- Eu to esperando uma resposta sua. – Ele sorriu e eu sorri de volta.

- Quem diria. Jennifer Porter pedindo desculpas pra mim. – Ele debochou e eu cruzei os braços debaixo do peito.

- Pelo menos eu não implorei que nem uma desesperada igual a você no meu primeiro dia de aula. – Ele riu.

- Eu não tava parecendo um desesperado por desculpas.

- “Eu tinha só 11 anos. Nunca que eu ia imaginar que você ia me odiar pro resto da vida.”. – Disse imitando a voz dele e ri.

- Isso não tem graça, baixinha.

- Tamanho não é documento. – Ele não respondeu e eu também não falei mais nada. Dei um passo em direção a ele como quem não quer nada. Ele fez o mesmo, mas não parou. Ele colocou a mão na minha nuca e eu sorri, mas algo atrás de mim chamou a atenção dele. Virei meu corpo e vi um vulto se mexendo no meu quarto. Revirei os olhos.

- É feio espiar o quarto dos outros, mãe! – Berrei na janela e ela apareceu.

- Queria saber como tavam as coisas, só. – Ela disse dando de ombros.

- Isso é constrangedor, senhora Porter.

- Senhora não, Jason. Pelo amor de Deus. Ah, e que bom se resolveram. Vou deixar vocês sozinhos. Tchau!

- Tchau, mãe. – Ela fechou a cortina, assim como eu e rimos fraco.

- Vamos continuar ou...? – Sorri e puxei ele pra mim.

(...)

- Isso tá ficando cada vez melhor. – Jason falou depois de sair de cima de mim e tentando recuperar o folego, assim como eu.

- Tenho que concordar. – Lembrei de quando minha mãe disse que compara todos os caras que já "passaram" pela vida dela. E que o ultimo é sempre o melhor. É, ela tem razão.

- Tá pensando em que? – Ele perguntou agora olhando pra mim.

- Em nada de importante. – Grudei minha mão na dele, as entrelaçando. – Fez o que ontem?

- Quer mesmo saber? – Fiz que sim com a cabeça. – Chorei, joguei vídeo game, chorei, escrevi. – Ele pigarreou. – E chorei. E você?

- Chorei, tentei me sufocar com o travesseiro. – Ri fraco. – Chorei, expulsei minha mãe do quarto, chorei, dormi. E quando acordei, chorei de novo.

- Você tentou se sufocar com o travesseiro? – Ele perguntou rindo fraco.

- Tentei. Ou só tava reprimindo meu grito. Não sei ao certo.

- Eu deveria ter medo de você? – Rimos fraco. Ele me juntou mais ao corpo dele e continuou brincando com os meus dedos. – Jenny?

- Hm?

- Promete não mentir mais pra mim? – Arqueei uma sobrancelha e olhei pra ele.

- Prometo. - Disse sorrindo.

(...)

- Sabia que vocês não iam ficar muito tempo nessa putaria de não se falarem. – Cody disse e rimos fraco.

- Mas e a mina lá? A Tiffany, eu acho? – Perguntei pra ele.

- Sei lá. Faz uns dias que não vejo ela.

- Eu disse que vocês dois eram uns fudidos. – Charles disse fazendo careta. – E eu não ia ficar de vela de dois casais. Já basta um. – Sorri pro Jason, que sorriu de volta. Demos um selinho. – Vocês são melosos demais.

- Tá sentindo esse cheiro, Jason? – Perguntei. – Acho que de é invejinha. – Todos riram, menos o Charles.

- Nossa, que engraçada. Só que não. – Sorri pra ele e me escorei ainda mais no Jason.

- Tá com sono? – Ele perguntou no meu ouvido e eu assenti.

- Jenny, o Jason falou que sua mãe vai abrir um restaurante. – Cody disse.

- Ah, vai sim. Mas ainda não tem nem prévia de quando vai ser. – Ficamos conversando até o intervalo acabar. Os meninos foram pra sala e o Jason resolveu ir pra outro lugar.

- A gente tá indo onde?

- Qualquer lugar. Tá chato aqui. – Ri fraco.

- Tava pensando na casa ontem. – Disse já dentro do carro. Ele começou a dirigir segurando a minha mão, como sempre.

- A abandonada?

- É.

- Então, vamos até lá. – Ele sorriu e eu sorri de volta. Mandei uma mensagem pra minha mãe falando que depois da escola ia sair com o Jason, sabia que lá não tinha sinal. – Quer passar em algum lugar pra comprar comida?

- Lógico. Eu vou ficar morrendo de fome. – Ele riu fraco. Eu, Jason e uma casa totalmente vazia e afastada da civilização. Ri fraco sentindo minhas bochechas esquentarem.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3