I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 3
Tá me testando?


Notas iniciais do capítulo

oooooi :3 Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312786/chapter/3

- Oi. - Era o Turner.

- Oi. - Ele olhou pra mim de cima a baixo e eu corei. Eu tava só de moletom gigante e de shorts. Alias, nem dava pra ver meu shorts direito. - Veio fazer o que aqui?

- Você esqueceu isso no carro. - Ele disse me entregando meu caderno. Como eu vou de bolsa, carrego na mão. - Tá meio molhado, mas…

- Ah, obrigada. Sua jaqueta tá secando ainda.

- Não precisava ter lavado. - Dei de ombros. - Ér… a gente vai fazer que dia o trabalho?

- Que trabalho?

- De biologia. É em dupla.

- Pra quando é?

- Quarta. - Como ele passa um trabalho no primeiro dia de aula e pra dois dias? Bufei.

- Pode ser hoje.

- Eu to com o meu caderno e o livro no carro. Pode ser agora? - Assenti e ele foi lá pegar. Enquanto ele ia até o carro, fiquei reparando nele. Ele “evoluiu” bastante. E que bunda gigante. OMG. Ele virou e eu balancei a cabeça dispensando esses pensamentos horrorosos.

Sentamos no tapete da sala apoiando tudo na mesinha de centro, e começamos o trabalho e só falávamos sobre isso. A gente tava quase terminando quando ouço o barulho da garagem. Se minha mãe ver ele aqui, ela vai me infernizar!

- A gente pode terminar outro dia? To cansada.

- Amanhã você quer dizer né? E pode sim. To cansado também. - Ele disse se sentando no sofá. Não querido, é pra você ir embora!

- Querida, cheguei! - Minha mãe disse entrando na sala. - Ah, oi. - Ela disse pra ele.

- Oi. - Ele respondeu e ela olhou pra mim.

- Ele veio fazer um trabalho comigo.

- Jason Tuner. - Ele disse estendendo a mão pra ela e ficando de costas pra mim. Fiz uma careta e ela reprimiu um riso. - Prazer. - Ele disse.

- Prazer, querido. Jenny, você deu comida pra esse menino? Ele tá com uma cara de fome…

- Não, mãe. Ele já tava de saída.

- Magina. Vou fazer um lanche. - Ela tá me testando?

- Já volto. - Disse pra ele e segui ela até a cozinha. - Você tá brincando comigo né?

- E por que não? E você tem razão. Uau. Ele é lindo!

- É, mas não esqueça que eu odeio ele.

- Ele não odeia você.

- Agora, você quer dizer.

- Mesmo assim. Dá uma chance pro garoto. Para de ser chata. E leva esse suco pro menino. Eu já to indo com os lanches. - Bufei e peguei dois copos e a jarra.

- Gosta de suco de laranja? - Perguntei pra ele entrando na sala.

- Aham. Obrigado. - Sorri sem mostrar os dentes. - Sua mãe gostou de mim. - Ele disse se achando.

- Qualquer menino que apareça em casa ela já adora. - Ele riu.

- Minha mãe é o contrário. Com garotas, óbvio. - Não falei nada. - Vai ser aqui de novo?

- O que?

- A gente precisa terminar. - Ele apontou pro trabalho em cima da mesinha. - Esqueceu?

- Ah sim. Tanto faz.

- Amanhã não dá. - Minha mãe entrou falando na sala com uma bandeja com os lanches. - A mulher vai vim pra arrumar a casa.

- Ah… - Disse. Minha mãe não me falou de mulher nenhuma.

- Bom, então posso passar pra te pegar as duas?

- Pode.

- Eu vou subir. To cansada. Aparece mais vezes, Jason. - Ele sorriu e assentiu. Fuzilei ela com os olhos.

- Não liga pra minha mãe.

- Ela é legal. - Oh! Muito! Compreenderam a ironia? Ele começou a comer. - Não tá com fome? - Fiz que não com a cabeça. - Tá muito bom! - Ele disse de boca cheia.

- Come e depois fala, por favor. - Ele riu fraco.

- Parece minha mãe. - Revirei os olhos.

- Essa bagaça é pra apresentar? - Ele fez que não com a cabeça.

- Vi que você tá amiguinha do Tyler.

- Vocês se falam?

- Ele não vai com a minha cara. Sei lá porque. - Olha. Eu e o bonitinho temos algo em comum.

- Hm.

- Bom, to indo. - Ele pegou as coisas dele e eu o levei até a porta.

- Peraí. – Eu disse e fui até a lavanderia pegar a jaqueta dele. – Antes que eu esqueça. – Disse entregando pra ele.

- Obrigado. Até amanhã, Jenny.

- Até amanhã. E é Jennifer! - Ele riu e entrou no carro. Entrei em casa de novo.

- “Até amanhã, Jenny” - Minha mãe disse imitando o imprestável. Olhei com cara feia pra ela. - Dá uma chance pro garoto.

- Lógico que não. E que história é essa de que alguém vai vim limpar aqui?

- Eu não menti, ok? Realmente a mulher vai vim aqui amanhã.

- Ah…

- Ele é bonito… rico…

- E eu odeio ele…

- Bom, você sabe o ditado, quem muito odeia, ama. - Taquei uma almofada nela.

- O dia que eu cogitar em gostar dele, me interna! - Berrei e subi pro meu quarto ouvindo a risada dela. Fiquei lá o resto da noite pra ela não encher a minha paciência e depois dormi.

Acordei sendo chacolhada.

- Acorda que você tá atrasada, garota.

- Que horas são?

- 06h30. - Levantei num pulo. Entro 07h00 no colégio.

- Você vai me levar né?

- A sua sorte é que hoje você tem carona. E não, não é comigo. - Olhei confusa pra ela. - Vai logo se arrumar! - Levantei e tomei o banho mais rápido da minha vida. Prendi o cabelo num coque e vesti o primeiro jeans e a primeira blusa que eu vi na minha frente. Olhei no relógio “06h45”. Peguei minha bolsa e coloquei tudo que eu ia precisar hoje. Ou o que eu achava que ia precisar. Peguei meu all star e fui descendo as escadas o vestindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o outro cap. Xoxo.