I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 21
QUE?


Notas iniciais do capítulo

ooi gente! Leiam as notas finais :3 E boa leitura



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- Mas você não tava ensaiando já? – Mordi a parte de dentro da bochecha. Merda. Mil vezes merda.

- Não... Você entendeu errado. Eu tava resolvendo umas coisas com a Mary. – Pigarreei. – É a menina que cuida de tudo lá. E eu tava pegando as falas também.

- Ah... Vai ser coadjuvante?

- É... Primeira vez que decido entrar. Não quero começar logo com a principal.

- Entendo.

- Gosta de teatro?

- Só de ver. Prefiro ficar nos grupos de esporte. – Rimos fraco. Ele mudou de assunto. Yeah!

- Também gosto de esportes. Mas só de ver. – Ele riu fraco de novo. – Uma vez quase taquei a bola em mim mesma. – Ele gargalhou.

- E como isso aconteceu?

- Nem eu sei. – Rimos.

- Chegamos. – Eu já tinha vindo aqui. Uma vez só. Mas faz muito tempo. Ele estacionou o carro e saímos. Entramos no restaurante e ele disse pra recepcionista que tinha feito uma reserva. Ela nos levou até a mesa. – Achei que íamos ter que sentar naquelas almofadinhas. – Ele disse e eu ri fraco.

- Ah claro. Ia ser lindo. – Disse irônica e ele riu fraco. Um garçom deu o cardápio pra gente. Não entendia nada que tava escrito ali.

- Entende alguma coisa? – Fiz que não com a cabeça. – Nem eu. – Rimos.

- A gente pede sushi, temaki e pronto. – Ele assentiu concordando.

(...)

Estávamos indo embora. O jantar foi divertido, mas não tanto que nem o cinema. Desde a hora que ele foi me buscar em casa, eu só pensava em como o Turner agiria se tivesse no lugar dele. Eu to enlouquecendo, só pode.

- Jenny? – Ele me chamou já de dentro do carro. Quando ele entrou mesmo? Se fosse o Turner, abriria a porta pra mim. HEIN? – Não vai entrar? – Ele disse rindo fraco. Ri junto e entrei. – Tava pensando em que? – No Turner.

- Nada não. – Respondi. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias o caminho inteiro e percebi que ele fazia um caminho diferente. – Onde a gente tá indo? – Ele só sorriu e não disse nada. – Onde a gente tá indo? – Ele parou o carro. – Will?

- Só pra gente ter mais privacidade. – Ri fraco.

- Não gosto de ficar parada no meio do nada.

- Aqui não é o “nada”. O carro tá encostado na frente de uma loja numa avenida.

- Mas quase não tem gente passando aqui. – Ele deu de ombros me beijando. O beijo começou a ficar mais intenso e eu empurrei ele de leve.

- Ér... Vamos?

- Não, ainda não. Tá cedo ainda. – Ele disse e veio me beijando de novo. Ele pousou a mão na minha coxa e apertou de leve. Tirei a mão dele dali.

- O que você tá fazendo? Não vai rolar “isso” ou o que quer que você queira. Pra começar, a gente só tá ficando.

- Tá me dizendo que tive que esperar a semana inteira e passar a noite inteira naquele restaurante pra nada acontecer? – Fiquei puta da vida. Dei um tapão na cara dele.

- É. Isso mesmo que to dizendo. Filho da puta. – Xinguei ele abrindo a porta e saindo do carro.

- Pérae, Jenny. Onde você vai?

- Não te interessa!

- Claro que interessa. Já viu que horas são? Tudo bem, você não quer. Não vou te obrigar. Não sou um maníaco que nem você deve tá pensando. Deixa eu te levar.

- Vou deixar porra nenhuma. Eu pego um taxi. – Falei vendo que tinha um ponto de taxi quase na esquina. Fui andando até lá e ouvindo ele berrar “JENNY, VOLTA AQUI”.

- Tá perdida, moça? – Um dos taxistas me perguntou.

- Um pouco. Quanto é a corrida daqui até o bairro XXXXX?

- Trinta ou quarenta, mais ou menos. Vai querer? – Assenti e entramos no carro. Liguei pra minha mãe.

*Ligação on*

- Toda vez que você sai me liga e sempre deu merda. Acho melhor te dar um banho de sal grosso ou te levar pra benzer logo de uma vez. – Ela disse e eu revirei os olhos.

- To voltando de taxi.

- Vai demorar? – Fiz a mesma pergunta pro moço.

- O moço disse que uns 10 minutos ou 15.

- Quanto vai dar a corrida?

- Uns 30 ou 40.

- Credo. Tudo isso? – Revirei os olhos. – Vou tá te esperando na porta.

- Ok.

*Ligação off*

(...)

- Tá, agora me fala o que aconteceu. - Ela perguntou quando entrei no meu quarto, tirando o sapato.

- Ele queria... coisas.

- Ele te forçou?! - Ela perguntou quase tendo um troço.

- Não. Tá louca?

- Tá, mas eai?

- Eu fiquei puta né. O cara só tava saindo comigo por sexo. Desci do carro e peguei um taxi.

- Hm... Mas vocês chegaram no restaurante? – Parei de andar pelo quarto e olhei pra ela.

- Lógico. O tempo que a gente demorou, você acha que a gente faria o que? – Ela deu de ombros e eu revirei os olhos.

- Então quer dizer que você vai tá só saindo com o Jason? – Sorri de canto.

- É... Por que?

- Você tá gostando dele.

- To nada. Para de viajar. E não começa com esse assunto de novo.

- Hm, ok. – Guardei meu sapato na parte de baixo do guarda-roupa. – E ele ligou hoje. – Bati a cabeça na prateleira de cima. Murmurei um “ai” e botei a mão na cabeça. – Você tá bem?

- Acho que to. – Respondi indo em direção a cama e me sentando. – O que ele queria?

- Falar contigo.

- Mas por que ele não ligou no meu celular?

- Ele disse que você não atendia.

- Tá, mas o que você falou pra ele?

- Que você tinha ido dar uma volta com uma menina do teatro. – Arregalei os olhos.

- QUE?

- Não era pra inventar uma desculpa?

- Mãe, a única menina que eu conheço do teatro é a Mary, que é amiga dele!

- Ah, inventa uma desculpa. Fala que eu me confundi, sei lá.

- Ele vai acreditar muito... - Disse irônica.

- Olha, não reclama. Eu ainda menti pro menino. E era pra você ligar quando chegasse.

- Tá. Só vou tomar banho e já ligo pra ele.

- Eu vou descer. Tenho umas coisas do serviço pra ver ainda. Vai dormir depois?

- Vou sim. – Ela me deu um beijo na testa. – Boa noite, mãe.

- Boa noite. – Ela disse e saiu do quarto. Bom, durante o banho penso no que falar pro Jason.


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Notas finais do capítulo

Gente, vou viajar hoje ou amanha, ainda nao sei direito, e só volto no final de semana. Então, vou ficar sem postar. Xoxo :3