I Hate You escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi gente :3 Boa leitura.
– Tem certeza? Não acha que é só medo da resposta? – Arqueei uma sobrancelha pensando no que responder. Olhei pra ela.
– Medo de que resposta?
– Que você gosta do Jason.
– Vai insistir nisso mesmo?
– Claro que vou.
– Mãe, eu não gosto dele.
– Já que você diz... Eu que não vou insistir. – Ela disse e eu revirei os olhos.
(...)
Cadê esse menino que não chega? Eu já tava pronta. Coloquei um shorts, uma blusa soltinha e salto não muito alto. Olha, se o Turner furar comigo, eu largo ele! Pra falar a verdade passei a tarde pensando e cheguei numa conclusão: o primeiro que der mancada comigo, eu não fico mais. E to torcendo pra um deles fazer isso logo.
Mas voltando ao assunto, cadê esse guri?
– Dá pra você ficar calma? – Minha mãe perguntou. Ela chegou mais cedo do serviço e dizia de 5 em 5 minutos que não aguentava mais me ver reclamando. Irônico, não?
– Ele já devia ter chego faz 15 minutos! – A campainha tocou. Fui até lá e abri.
– Desculpa a demora, minha mãe ficou me enrolando em casa. – Dei de ombros.
– Mãe, to indo.
– Tá. Manda um beijo pro Jason. – Olhei pra ele.
– Então né. – Disse e ele riu fraco. – Já viu que filme tá em cartaz?
– A gente vê lá. Vai querer comer dentro do cinema ou depois?
– Depois é melhor né? – Ele assentiu, já dirigindo.
– Ah, e viu o troço lá do grupo?
– Hein?
– Do teatro.
– Ahhh... Vi sim.
– Vai mesmo entrar, então?
– É, vou.
– Mary disse que eles vão começar a ensaiar uma peça semana que vem, mas que ainda falta pessoas pra entrar. – Arqueei uma sobrancelha.
– Quem é Mary?
– Ah, é tipo a “líder”. É quem comanda lá. Ela é legal.
– Já saíram? – Ele riu fraco.
– Não, ciumenta.
– Eu com ciúmes? Bebeu?
– Sei, sei...
– Pelo menos nunca fui arruinar um encontro seu. – Disse rindo.
– Eu só ia te fazer companhia. E não foi ruim eu ter feito aquilo. – Ri fraco.
(...)
Saímos da sala do cinema rindo. Sim, era comédia. Mas não era do filme que a gente tava rindo. Alias, nem prestamos atenção no filme. Ou a gente se beijava, ou a gente conversava. E o povo mandava a gente calar a boca. E quase fomos expulsos da sala de cinema porque o Jason não parava de jogar pipoca nas pessoas. Sim, eu sei, vamos comer depois, mas já que somos dois gordos mesmo... Quer dizer, eu, porque né... Ele não é um pedaço de mal caminho, é o caminho inteiro. Risos.
– Eae, vai querer comer onde?
– Qualquer lugar. – Respondi e ele olhou no relógio.
– A gente podia passar num drive e ir pra outro lugar.
– Pode ser. – A gente tava andando abraçados de lado. Resolvemos pegar no shopping mesmo o lanche e pedir pra viagem. Iriamos pedir no Subway. Lá você monta o seu próprio lanche, então, enquanto alguém ia me atendendo, outra pessoa atendia o Jason. Eu tava pedindo o tipo de queijo pra mulher e uma outra tava cheia de gracinha pro Jason.
– Jay, vamos dividir a conta né? – Perguntei abraçando ele de lado de novo. Ele sorriu e colocou um braço em volta da minha cintura.
– Não.
– MASOQ. – A mulher ficou olhando pra mim com uma sobrancelha arqueada. Olhei pra ela. – Algum problema, moça? – Ela fez que não com a cabeça. Terminei de pedir meu lanche e ele também. Nem preciso citar que ele pagou tudo né... Enfim, depois disso entramos no carro e seguimos pra sei lá onde.
– Pra onde a gente tá indo? – Perguntei.
– Pra minha casa. – Olhei pra ele arqueando uma sobrancelha.
– Fazer o que lá?
– Prefere as cadeiras duras da praça de alimentação e aquele povo berrando? – Ele perguntou e eu ri. – Hm, você ia armar barraco com a garota que tava me atendendo?
– Lógico que não. Que ideia...
– “Algum problema, moça?” – Ele disse tentando imitar minha voz.
– HAHA engraçadinho.
– Parecia que você ia avançar nela! A outra que tava te atendendo até arqueou uma sobrancelha um pouco preocupada com o barraco.
– Cala a boca. – Disse batendo de leve no seu braço e ele riu. Ele pegou na minha mão e ficou segurando. Meu Deus... Eu to começando a acreditar que ele gosta de mim de verdade.
(...)
A gente tava vendo maratona de Friends na casa dele. Já fazia um bom tempo que eu tava lá. E já devia ser tarde. Minha mãe sabia que eu tava com ele, então nem ligou pra ver se eu to viva. Eu, folgada como sou, já tava deitada no sofá com a cabeça no colo dele. E quase dormindo com o cafuné.
– Quer que eu te leve? – Ele falou baixo no meu ouvido e eu me arrepiei.
– Tá bom aqui. – Ele riu fraco. – Mas que horas são?
– 23h45. – Fiz uma careta me levantando.
– Eu tenho que ir.
– Tudo bem. – Coloquei meu salto de novo e peguei meu celular. Entramos no carro. No caminho ele ficava fazendo carinho na minha mão de novo. Não sabia que o Jason era todo fofo assim. Chegamos em casa e dei um beijo nele antes de entrar.
– Mãe! – Berrei quando entrei. – Cadê tu?
– Eu to aqui no meu quarto. – Subi e fui até o quarto dela. Escutei o barulho do chuveiro e tava indo até lá. – Eu to aqui. – Virei e vi ela sentada na cama.
– Quem tá lá?
– Robert.
– “Ele não é pra namorar”. – Falei baixo imitando a voz dela, que revirou os olhos.
– Fazer o que se ele é bom?
– Poupe-me dos detalhes, por favor. E vamos pro meu quarto né? – Fomos até lá e tirei o salto me jogando de barriga pra cima na cama. – Mãe, foi tão perfeito!
– Que filme vocês viram? – Olhei pra ela.
– Não sei.
– Seus dois safados!
– A gente não só se beijou lá dentro ok? A gente conversou também. E ele jogou pipoca nas pessoas. – Disse a ultima parte rindo. – E eu acho que ele tá gostando de mim.
– Oh, não me diga.
– Ignoro esse comentário. Mas enfim, ele ficava toda hora pegando na minha mão e ficava fazendo carinho nela quando dirigia. Até sorriu quando eu chamei ele por um apelido.
– E por que o apelido? – Ela começou a se animar.
– A vadia do Subway que atendia ele começou a dar cima dele.
– E você ficou com ciúmes.
– É lógico, ele tava saindo comigo! – Vocês que tão lendo também ficariam mesmo se não sentissem nada, né?
– Ele vai te dar carona amanhã cedo?
– Não sei. Ele não falou nada. Mas acho que não. – Ela sorriu achando tudo fofo e perfeito.
– Vou dormir. – Ela disse e deu um beijo na minha testa. – Ah, e eu comprei um livro sobre teatro e outro sobre outras coisas pra você, mesmo que você já saiba. Tá em cima da sua mesinha. Boa noite.
– Boa noite, mãe. – Fui até a mesinha e vi dois livros. Um sobre teatro que ela disse e outro sobre coisinhas inapropriadas. É, isso mesmo. Minha mãe me deu um livro sobre sexo. Corei na hora jogando o mesmo dentro da gaveta e revirei os olhos. – Mãe! – Ela apareceu no quarto uns minutos depois já de pijama.
– Que foi?
– Olha o livro que você me dá!
– Ué, é sempre bom aprender coisas novas. – Olhei com cara de tédio pra ela. – Tudo bem que você não é mais virgem, mas eu li o primeiro capitulo e até aprendi umas coisas. Se você não quiser, eu pego pra mim. – Revirei os olhos.
– Eu não vou ler isso. – Ela riu.
– Já to até te imaginando com ele na mão. – Ela disse rindo e fechando a porta. Revirei os olhos de novo e fui tomar banho. Meu celular apitou quando eu tava me trocando e abri a mensagem.
“Aye, boa noite. Amanhã se você quiser, te dou carona.
'Jay'”
“Eu vou aceitar. Vou poder acordar mais tarde ú.u. Boa noite, Jason
Xoxo, Jenny”
Depois disso, deitei na cama e dormi.
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Xoxo :3